História Por Trás Da Folha - Flor Selvagem.

Os galhos das árvores se balançavam com força à medida que os ninjas os usavam como impulso para prosseguir com seu trajeto, o sol estava em seu ápice no céu, já devia fazer cerca de um dia desde que Akemi e Itachi haviam deixado Konoha e partido em direção ao que Itachi chamava de "campo de treinamento da Akatsuki".

Os raios de luz penetravam por entre as folhas, atingindo os rostos alheios, debaixo daquela luz as marcas de cansaço no rosto da menina se tornavam mais visíveis, os olhos platinados que outrora estiveram brilhantes estavam cemi-cerrados, o corpo tampouco aparentava estar melhor, sua respiração ofegante trazia a ela uma sensação de que a qualquer momento poderia desmaiar. Itachi notando essa fadiga excessiva da menina disse calmo:

— Em quantos minutos você acha que irá desmaiar?

A forma como Itachi foi direto em sua pergunta surpreendeu Akemi, que além de surpresa demonstrava estar ofendida por estar sendo julgada como alguém que não aguentaria continuar.

— Eu não vou desmaiar!

Sua fala era firme, mas nela havia uma parcela de dúvida que não passou despercebida pelos ouvidos do Uchiha. Ele suspirou como se estivesse tão cansado quanto Akemi, mas na verdade estava apenas sendo sádico. No galho que estava por vir, ao invés de Itachi o usar como impulso para ir reto, pulou nele e se atirou para a direita, em direção da morena. Os olhos platinados correram em buscar uma reação contra aquele ataque repentino de Itachi, mas seu corpo estava debilitado demais para que pudesse sequer se defender. Assim, uma das mãos do Uchiha atingiu em cheio a curva entre o pescoço e o ombro dela, uma dor aguda passou por seu nervo até que sua visão tornou-se turva, o corpo amoleceu e por fim caiu nocauteada.

— Ia acabar desmaiando mais cedo ou mais tarde.

Itachi disse para si mesmo enquanto recolhia o corpo sem consciência de Akemi nos braços, ele voltou a correr em direção a seu destino, desta vez muito mais rápido do que estava indo até então. Para começo de conversa, só manteve sua velocidade baixa para acompanhar os passos da menina, mas uma vez que não precisava mais podia desfrutar de sua rapidez o quanto quisesse. Agora, o percurso que duraria por volta de mais um dia e meio estava prestes a ser concluído em menos de três horas.

Algo lhe incomodava; estava cutucando seu braço há algum tempo. Os olhos inchados da menina se abriam lentamente, sendo forçados a se apertarem de volta devido à luminosidade que lhe cegava. Estava dormindo já fazia quase cinco horas e agora estava sendo acordada acidentalmente. Ela olhou para frente, sua visão ainda estava parcialmente embaçada mas conseguiu enxergar cabelos louros se destacando no meio de muito verde.

Uma menina? Ela pensou enquanto forçava seu corpo a se levantar, sendo punida pelo ato impulsivo ao receber fortes dores em seus músculos. Ela grunhiu jogando o corpo para trás, encostando em uma árvore. Akemi respirou fundo esperando que o cansaço passasse e enquanto fazia isso olhou de novo para a pessoa que parecia ter sido a responsável por lhe acordar. Agora que estava enxergando bem via que não era uma menina, mas um garoto de cabelos curtos e louros, cuja franja comprida lhe cobria o olho esquerdo. Aparentava ter a mesma idade de Akemi, suas vestes resumiam-se em um traje simples de shinobi nas cores verde e branco. Ele olhava torto para a morena que começava a se incomodar com aquilo.

— Quem é você?

Akemi perguntou sem rodeios, fazendo a expressão anterior do menino sumir para dar lugar a um sorriso com algo  a mais do que felicidade, talvez egocentrismo.

— Pode me chamar de Sensei!

Akemi franziu o rosto ao ouvi-lo, em uma outra situação teria rido, mas naquele momento não estava exatamente no clima para ser sarcástica. Quando finalmente sentiu que conseguia se mexer livremente, inclinou o corpo para frente, os joelhos dobrados e servindo de apoio para os braços. Com o olhar sério ela proferiu:

— Quer que eu acredite que um pirralho é meu mestre?

Foi a vez do loiro franzir o cenho, aparentando mais irritação do que indignação, como foi o caso de Akemi.

— Pirralha é você! Sua pintora de rodapé!

O sangue da menina ferveu com as provocações, depois de tudo o que aconteceu nos últimos dias a linha que separava sua mente da insanidade estava tão tênue quanto uma teia, e nisso Akemi se jogou para cima do menino com os punhos prontos para desferir socos, em contrapartida o loiro estava na mesma situação, acabando em uma cena que certamente era mais fácil de ver em uma creche do que no campo de treinamento da Akatsuki.

— Já está arrumando problemas, Deidara?

Uma voz rouca e pesada atingiu os ouvidos das duas crianças, fazendo ambas pararem de se golpear para dar atenção ao homem que se aproximava. Sua capa era mais comprida do que a de Itachi e por isso as pontas acabavam por serem arrastadas. Akemi olhou de relance para o loiro que ainda estava sendo pressionado por seus braços no chão. Então o nome da peste é Deidara. Pensou enquanto o encarava com o semblante de desgosto.

O então denominado Deidara usou as pernas para chutar Akemi para longe dele e de seguida correu para se levantar. O homem de antes olhou para ambos, por um momento Akemi pensou se ele não conseguia fazer outra expressão que não fosse a de raiva.

— E você, garota? Parece que vai ser tão problemática quanto o Deidara, porque o Itachi trouxe você?

Itachi. Foi só quando ouviu o nome sendo proferido pelo homem a sua frente que se lembrou do que havia acontecido há umas cinco horas atrás, lembrou-se do golpe que levou e como por conta deste acabou inconsciente. A raiva tomou conta de seu peito, uma pressão começava a pulsar em sua garganta, como se um grito estivesse sendo preso ali dentro.

— Eu a trouxe para que ocupasse o lugar de Orochimaru, Sasori.

A voz familiar de Itachi ressoou até os ouvidos de Akemi, em reação ela se levantou rapidamente, estava pronta para correr em direção a ele, não pensou no que iria fazer quando chegasse até ele, se o atacaria ou não, só queria extravasar aquela raiva toda. Não estava irritada por ter sido nocauteada, mas desde o momento em que aceitou ir com ele, sabia que teria a todo momento ficar alerta, não confiava em Itachi e esperava a qualquer hora uma traição. Em contraste com o fato de que havia deixado Kakashi para trás, por isso estava assim, seu senso apenas a levava naquilo, em se jogar com tudo para cima de uma ameaça, era tudo que lhe restava no momento. Foi então que, antes dela conseguir se mover para realizar o que pretendia, Itachi avançou e em poucos segundos estava a menos de um metro de Akemi. A surpresa a deixou sem reação.

— Você ainda tem muito que aprender. Para começar, tem que controlar essa raiva.

Ela rangeu os dentes em desaprovação, atiçando o que pareceu ser um olhar de ódio no Uchiha, encarando-os Akemi conseguia sentir seu chacra fluindo pelo corpo e deste jeito, estremeceu. Era como se pudesse tocar o ódio que percorria pelo corpo de Itachi. Quando ele se afastou ela soltou o ar que esteve prendendo durante o tempo que ficou cara-a-cara com Itachi. Ele virou de costas, começando a caminhar para o centro daquele bosque, agora que estava prestando atenção no lugar percebia que era bem escondido. Sequer sabia como fizeram para chegar lá, mas era amplo e perfeito para treinos.

— Este é local de treinamento para membros da Akatsuki. Não o usamos há bastante tempo, mas agora que temos você e Deidara voltaremos a visitá-lo para seus treinos. Sasori é o tutor de Deidara e eu... — Ele fez uma pausa para virar-se e encarar diretamente Akemi. — Serei o seu Akemi.

Uma risada cínica saiu pelos lábios de Deidara, que abria um sorriso arrogante enquanto dizia à ela:

— Trouxa, ficou com o pior tutor de todos. Você vai morrer antes que perceba.

Em uma velocidade fora do comum, algo acertou Deidara por trás, lançando-o alguns metros para frente. O golpe havia saído de dentro da capa de Sasori, Akemi teve que esfregar os olhos para acreditar no que estava vendo: Uma cauda enorme que se assemelhava ao de um escorpião se estendia por cima do corpo corcunda do homem.

— Não fique se gabando pirralho, você também não vai ter nenhuma misericórdia.

Deidara franziu o rosto como uma criança que acabava de ser repreendida. Akemi por sua vez passou a encarar Itachi com a mesma intensidade que ele, uma sensação de insegurança abateu-se dentro dela, uma pedra pesava em seu coração ao pensar no que estava fazendo com aquelas pessoas. Por um momento ela desviou seu olhar para Deidara, se perguntava o que tinha levado ele a querer fazer parte da Akatsuki. Seria vingança, assim como ela? Ou algo diferente...

— Por hora, nem você nem Deidara aguentariam uma luta contra nós, por isso irão lutar um contra o outro.

A fala de Itachi surpreendeu tanto Akemi quanto o loiro, em suas expressões havia uma indignação óbvia, Deidara permaneceu quieto embora estivesse desgostoso com aquilo, diferente de Akemi que não poupou fôlego para reclamar:

— Você só pode estar brincando Itachi! Eu vim aqui para ficar forte!

Uma pontada de raiva passou por Deidara, mas no momento ela não estava prestando atenção nele. Seu foco estava totalmente voltado para Itachi, que a olhava inexpressivo.

— A partir de hoje você servirá aos propósitos da Akatsuki. Te faremos forte para nosso benefício, então não tem que se preocupar na garantia de que nossos métodos farão com que você alcance esse objetivo. Afinal, não é por você, é por nós.

Os punhos da menina tremiam de tanto que ela os estava apertando.

— Mas, faço uma aposta com você. Se conseguir tocar em mim, um dedo que seja eu te deixo livre de ter que treinar com Deidara. Mas se não, seguirá minhas ordens sem reclamações.

— Não se arrependa depois.

Akemi se pôs em posição de batalha rapidamente, havia um brilho de confiança que iluminava seu rosto. No de Itachi, não havia nada que particularmente pudesse se caracterizar como emoção.

Como esperado, o primeiro passo foi de Akemi. Ela corria em zigue-zague em direção ao seu oponente, a velocidade no qual fazia aquilo era suficiente para confundir um inimigo com reflexos medianos, mas o problema era que ela não estava lidando com um amador, mas sim com Itachi, a pessoa que destruiu um clã de shinobis sozinho. O punho da garota se encaminhou em direção a ele, em sua mente ela previa o acerto do golpe, mas diferente do que havia imaginado, o corpo do Uchiha desviava com maestria para trás, tão suave que parecia ter sido empurrado pelo vento.

Embora seu primeiro ataque tivesse falhado, Akemi não perdeu a confiança de prosseguir atacando, saltou no galho de uma árvore acima de Itachi e usando-a como impulso desceu a caminho do homem, posicionando a perna esquerda para acertar um chute, entretanto, sem muito esforço o Uchiha desviou mais uma vez. O chute foi parar no chão, impactando-o e deixando um vão lá. A batalha mal havia começado, mas Akemi já sentia a dificuldade se impondo sobre ela.

Era a vez de Itachi atacar, percebendo que ele estava próximo de realizar um ataque Akemi se pôs atenta em posição de defesa, mas aquilo não foi suficiente. Quando ela ainda estava vendo a silhueta de Itachi a sua frente, ele já havia encaminhado-se para suas costas e ali, sem saída, ela recebeu um dos socos do homem direto na lombar. Foi atirada para frente e rolou pelo gramado, antes de parar foi surpreendida pela rapidez de Itachi ao ir direto para o local na onde estava prevista que ela pararia e assim que seu corpo chegou lá, Itachi desferiu um chute que a fez se elevar no ar.

Ainda que estivesse usando suas habilidades no máximo, nada que ela fizesse conseguia acompanhar a velocidade no qual o Uchiha realizava cada um de seus movimentos, essa situação se repetiu quando, ainda no ar, ele pulou pairando em frente a ela, os olhares se cruzaram e um espanto passou pelo rosto de Akemi. Itachi dobrou o braço e golpeou o estômago da garota com o cotovelo. Ela cuspiu sangue e caiu no chão, no mesmo lugar onde havia desferido o chute. O vão que antes era pequeno tornou-se tão extenso que desnivelou as árvores de suas raízes.

Akemi contorceu seu corpo, tentando de algum modo fazer a dor parar. Estava decepcionada com a forma que estava sendo facilmente vencida, ficou ainda mais angustiada quando ouviu os passos de Itachi se aproximarem dela.

Uma das mãos do rapaz apanhou a gola da blusa da menina, a levantando com facilidade. Os olhos vazios de Itachi faziam um arrepio percorrer sua espinha, não conseguia mexer-se então sabia que estava aberta aos golpes dele, ao pensar nele tornando-se vitorioso sobre ela uma sensação de impotência preencheu seu peito. Eu ainda sou fraca. Pensou enquanto cerrava os olhos. Ainda que usasse o Sharingan tinha consciência de que não era suficiente para vencê-lo. Seria derrotada, ela sabia disso, mas não estava disposta a demonstrar sua decepção a ele, de jeito nenhum.

— Prepare-se para o treinamento em cinco minutos.

As mãos do homem a soltaram, fazendo a garota atingir o chão mais uma vez, só que dessa vez estava surpresa. Surpresa pelo fato de que não tinha sido espancada ou coisa do tipo. Ficou observando Itachi afastar-se enquanto levanta com dificuldade do chão. Passou os braços em volta da barriga e começou a caminhar de volta onde Sasori e Deidara estavam. Haviam acabado se afastando deles no decorrer da luta.

— Deidara, para com isso.

— Eu estou treinando meu jutsu!

— Não, você só está explodindo coisas.

Ao longe Akemi conseguiu escutar a conversa entre os dois, olhando direito ela conseguiu enxergar algumas coisas espalhadas pelo chão. Eram brancas e tinham formatos variados, iam desde pássaros à aranhas pequenas, nas mãos do garoto algo parecia se movimentar, as veias se mexiam como se tivessem vida própria e aquilo intrigou a garota, que agora estava um pouco mais próxima deles. Quando Deidara virou-se ela visualizou duas espécies de bocas nas palmas de suas mãos, se assustou um pouco com aquilo mas estava mais interessada do que com medo.

— Ah, você voltou.

O loiro disse ríspido, nenhum deles havia simpatizado um com o outro, isso era certo, mas o modo como Akemi olhava para as "coisas" criadas por Deidara o deixava com o ego elevado. Nessa onda de egocêntria, ele chamou Akemi com uma das mãos para que chegasse perto e agora que estava mais próxima, ela conseguia ver a argila moldada em animais.

— O que é isso?

— É arte!

Deidara abriu um sorriso enorme enquanto falava de suas criações, explicou então que aquele era o seu jutsu e, curiosa, Akemi pediu uma amostra. Sem nem hesitar, Deidara juntou os dedos simbolizando a ativação do Jutsu e para a surpresa da morena, um dos bonecos do garoto explodiu, a força da explosão não era colossal, mas suficiente para derrubar uma árvore e deixar alguns buracos nas demais em volta.

— Hum... Até que você não é tão inútil quanto parece.

A expressão de felicidade do menino sumiu no momento em que ouviu Akemi e outra discussão se iniciou, até que Deidara cansou e foi em direção ao local onde o boneco havia explodido para recolher argila. Akemi estava esperando que Itachi voltasse para o início do treinamento, mas enquanto não voltava, observava Deidara entertido em sua "arte". Ao redor dele havia algumas camélias brancas que sobreviveram a explosão do boneco e enquanto analisava o cenário em um todo, achou que Deidara se parecia com uma flor. Os cabelos loiros se destacavam como um girassol que havia crescido por engano no meio de camélias. Um meio sorriso surgiu no rosto de Akemi. Uma flor, é? Das bem espinhosas por sinal.

***

Tsunade estava escrevendo em um dos muitos pergaminhos espalhados pela mesa com um pincel fino, Shizune ao seu lado vezes e outra recolocava a tinta no pote agilizando o serviço da Hokage. De repente dois toques rápidos foram dados na porta, a loira que já esperava a vinda de tal, disse curta:

— Entre.

No momento seguinte a porta se abriu, e dela entrava um Kakashi formal, mais do que normalmente. A luz baixa da sala batia em seu rosto realçando os traços de exaustão ao redor de seus olhos, naquele momento ele estava aparentando ser mais velho do que realmente era. Tsunade parou o que fazia e apoiou os cotovelos na mesa, juntando as mãos em uma posição pensativa.

— Kakashi, eu sei o quanto está focado na busca de Akemi e Sasuke, mas na situação em que estamos não podemos parar com as outras missões. Eles estão à merce de dois membros da Akatsuki, precisamos de uma equipe para isso e enquanto não temos, devemos continuar com os trabalhos que nos são dados.

Os olhos do ninja se fecharam durante o aceno que fez com a cabeça consentindo com a fala da Hokage. Quando os abriu não fitava nada em particular, estava com os pensamentos fora do lugar e isso era perceptivo para Tsunade. A loira suspirou enquanto pegava alguns papéis de missão, o rosto franzido demonstrava que tanto quanto Kakashi, não tinha gosto em afastá-lo de seu objetivo, mas ao mesmo tempo imaginava que um descanso daquela busca incessável lhe faria bem.

— Leve sua equipe com você.

Ela estendeu os papéis em direção ao homem e este os pegou sem dizer nenhuma palavra e daquele modo, calado, ele se retirou da sala.

Alguns metros já longe, Kakashi se movia lentamente. Seu corpo o levava em direção aos seus alunos, mas sua mente de certa forma não estava prestando atenção no caminho. Parte daquele seu estado era a exaustão e a outra era um misto de diversos sentimentos acumulados durante aqueles dias sem Akemi e Sasuke. Antes que ele se desse conta, já estava no campo de treinamento, a sua frente estavam Naruto e Sakura treinando arduamente como de costume. Ambos voltaram suas atenções a seu sensei, que vagarosamente se aproximava deles, explicando a missão que lhes fora dada.

— Sensei, eu não quero fazer isso! Temos que procurar o Sasuke e a... — Antes que Naruto pudesse prosseguir com sua reclamação eufórica, foi interrompido por um soco vindo de Sakura, que lhe acertou em cheio na cabeça, provocando uma dor que não iria passar tão cedo.

— Cala a boca, Naruto! — Sakura fez uma pausa e baixou o olhar. — Eu quero resgatá-los tanto quanto você, mas... — mas não podemos, temos que fazer as outras missões com o Kakashi-sensei embora elas sejam ridículas. A frase se completou na mente da garota, mas ela não se atreveu a terminá-la.

Kakashi colocou as mãos sobre os ombros de Naruto e Sakura, ele tentava transmitir confiança, mas ambos ali sabiam que ele era o que menos estava confiante.

À caminho de Suna, o grupo caminhava calado, devia levar cerca de dois dias para que chegassem lá, seu dever era escoltar a equipe de Gaara enquanto eles atravessavam algum objeto importante para uma aldeia vizinha. O fato de que teriam que encontrar Gaara tornava as coisas mais difíceis para eles, já que tinham consciência de que a pergunta viria. E a angustia batia só de pensar em ter que respondê-la. Onde estão Akemi e Sasuke. O que eles fariam? Mentiriam, para proteger os sentimentos dele? Ou simplesmente contariam a verdade e correriam o risco de ter Gaara envolvido nesse problema? Nenhum deles sabia. Restava esperar e ver como as coisas ocorreriam, mas se pudessem escolher, não visitariam Suna tão cedo assim.