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História Por Trás da Guerra - Madrugada Silenciosa


Escrita por: Johan33

Capítulo 1 - Madrugada Silenciosa


– 14 de Julho de 1948, Londres.

Era uma madrugada silenciosa, ruas vazias, exceto pelos poucos casais de namorados que apreciavam o luar, fazendo juras de amor eterno.

O Dr. Fucher, um homem alto, de aproximadamente 1,86cm, vestia roupas pretas, desde seus sapatos comprados em sua última viagem à França, até sua cartola.

Apesar de ser conhecido como "doutor", o sujeito não era médico, mas sim advogado. Tendo se formado na França, aonde vai todos os anos para visitar velhos amigos, além do túmulo de sua falecida esposa, Margaret. 

No bairro corria um boato de que o advogado teria assassinado sua esposa, nunca é especificado à razão, mas as formas do suposto assassinato são inúmeras, alguns dizem que ele teria à empurrado da sacada de seu escritório de advocacia, já outros afirmam que Margaret tivera sido envenenada.

O tal boato era sustentado pelo comportamento peculiar do Dr. Fucher, o homem abria seu escritório às 09:00, de segunda à sexta, e fechava às 18:00, com a mesma pontualidade, nenhum minutos antes ou depois.

Depois de trancar tudo, o sujeito caminhava pelas ruas da cidade, seus trajes escuros, tamanho amedrontador e sua pele extremamente clara, eram motivos suficientes para causar um pânico imediato nas pessoas, seguido pelo alívio, após se darem conta de que aquela figura espantosa era apenas o Dr. Fucher, ele aparentava ser uma pessoa séria, mas se divertia bastante com as caras de espanto direcionadas a sí mesmo.

Naquela madrugada, após o número de casais perambulando na cidade quase se extinguir por completo, Dr. Fucher decidiu sair da varanda de seu escritório, ao qual tinha dedicado grande parte de seu tempo durante à noite.

O sujeito caminhava vagarosamente enquanto observará as ruas vazias, aquilo o fizera lembrar de sua cidade natal, tinha se mudado ainda novo por conta da guerra. Sentia falta de sua amada mãe, sua comida, até mesmo o hábito insistente de fazer o filho lavar às mãos duas vezes antes de comer, ela dizia que a primeira vez servia para limpar a sujeira, e que a segunda limpava seus pecados.

Apesar de já ter 42 anos, o Dr. Fucher mantém o hábito de lavar suas mãos duas vezes, dessa forma a lembrança de sua mãe permanece fresca em sua memória.

Sem aviso prévio, uma forte ventania correu por entre as ruas estreitas, levando consigo a cartola do advogado, ele perseguiu ela com rapidez, o vento corria para o norte, depois trocou de direção repentinamente, levando a cartola para o sul. Dr. Fucher tinha a impressão que alguém brincava com sua paciência e suas pernas, já fazia cinco minutos que ele seguia aquela maldita cartola, sempre que parecia aproximar-se o vento trocava de direção, fazendo ele se sentir um paspalho.

O homem percorria grande parte do bairro, sem perceber, acabou voltando para seu escritório, quando o vento finalmente decidiu parar de brincar consigo, permitindo o sujeito recolher sua cartola. O advogado colocou sua cartola na cabeça e se direcionou para a varanda novamente.

No outro lado do bairro, enquanto Dr. Fucher corria atrás de sua cartola. O comerciante local, Alfred William Mounier havia despertado com uma forte pancada na porta de seu pequeno mercado, que ele tinha fechado com três cadeados, um homem bastante precavido, assim como o falecido Edward William Mounier, seu pai.

Com bastante pressa e cuidado, para não acordar sua esposa, Alfred desceu as escadas acompanhado de um velho Colt que era guardado debaixo de seu guarda-roupas. O homem de 39 anos, estatura mediana, cabelos levemente grisalhos e pele morena, percorria com rapidez e sem fazer barulho o corredor de sua casa, indo em direção da porta de seu comércio.

Chegando na passagem para seu estabelecimento, o homem ficou espantado, em seguida uma mistura de raiva, ódio e outros sentimentos que nem um psicólogo renomado seria capaz de explicar, tomaram conta da mente de Alfred. A porta estava aberta, os três cadeados no chão, cobertos por uma gosma esverdeada que tinha um péssimo cheiro.

Sem pensar duas vezes, o homem entrou no seu pequeno mercado, examinou as prateleiras com rapidez, tentando descobrir o que teria sido roubado. Até ser surpreendido por um barulho vindo da rua, já era muito tarde, o que fez ele ter certeza que se tratava do ladrão.

Sem demora, o Sr. William saiu em perseguição do suposto ladrão, carregando consigo o seu velho Colt. Ele esbraveja gritos na direção do ladrão.

– Pare aí mesmo, seu maldito! – desgraçado, ele não sabe com quem está se metendo. – Praguejava ele, através de palavras e pensamentos.

– É melhor parar, eu vou atirar se não o fizer! – Gritava ele enquanto corria atrás do ladrão.

Aquele imbecil está indo na direção do escritório do Dr. Fucher, aquela rua é um beco sem saída, ele não vai me escapar naquele lugar. – Pensava Alfred, cheio de sí.

Por mais que Alfred corresse, o suposto ladrão continuava se distanciando dele. Sem demora, o sujeito abriu uma esquina de distância em relação ao Sr. William. Quando entrou num beco, o comerciante demorou cerca de doze segundos para alcançá-lo, porém se espantou por completo. O ladrão havia sumido, o beco não tinha saídas, mas mesmo assim, não tinha qualquer sinal de vida naquele lugar.

Alfred estava saindo do beco quando ouviu uma forte pancada, como se uma escrivaninha fosse jogada de uma janela, o barulho foi ouvido por grande parte da vizinhança. Rapidamente, as pessoas foram saindo de suas casas, todas indo em direção do escritório do Dr. Fucher.

Lá se depararam com a figura do Sr. Williams parado, como uma estátua, exceto pela sua perna direita, essa não parava de tremer. Ao chegarem mais perto, os olhos curiosos da pequena multidão se depararam com um homem trajando preto da cabeça aos pés caído na direção em que Alfred se direcionava.

O sol já estava saindo, os primeiros raios alaranjados bateram na parede do escritório de advocacia do Dr. Fucher, havia manchas de sangue por todo o local, elas levavam até o homem caído. Por volta de seis e doze daquela manhã, bastante movimentada, a polícia, juntamente da ambulância, chegaram até o escritório.

Os homens trajando preto faziam perguntas, escreviam em blocos de notas, enquanto isso, enfermeiros terminavam de colocar o corpo no automóvel. A ação durou cerca de trinta minutos, desde a chegada até partida. A ambulância partiu com o corpo do Dr. Fucher. Os policias chegaram a um consenso, suicídio.


Notas Finais


Qualquer dúvida sobre os personagens ou acontecimentos serão respondidos por mim, fiquem à vontade para perguntar.


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