1. Spirit Fanfics >
  2. Por Trás Da Tela >
  3. Especial II - Sempre Juntos

História Por Trás Da Tela - Especial II - Sempre Juntos


Escrita por: TatyNamikaze

Notas do Autor


Olá!
Bom, primeiramente, eu quero agradecer quem leu essa história até aqui. Muito obrigada por dedicar um tempo para minha fanfic e por todo o carinho.
Vocês são maravilhosos e estarão sempre em meu coração.
Obrigada por me proporcionarem muitos sorrisos!
Boa leitura!

Capítulo 7 - Especial II - Sempre Juntos


Fanfic / Fanfiction Por Trás Da Tela - Especial II - Sempre Juntos

Por Trás Da Tela

Por: TatyNamikaze

Capítulo Sete - Especial II

Sempre Juntos

 

Era o dia. Oficialmente, o fim do ensino médio.

Muitos não queriam se despedir daquele momento, não estavam prontos para seguir rumos diferentes, batalhar pelos sonhos que possuíam e assumir as responsabilidades de uma vida adulta. Outros estavam animados, finalmente, poderiam estudar o que quisessem e tornarem seus sonhos realidade.

Mas ele tinha medo. Sim, medo. Sasuke sabia que, alguns dias após o baile de formatura, os resultados das provas sairiam, e ele saberia se passou ou não para a faculdade de Engenharia Civil e se Sakura passou em medicina na mesma instituição, se continuariam juntos ou seriam separados por causa de seus sonhos.

Ele não queria se separar dela, amava-a demais, seria impossível aguentar isso.

Enquanto ele vestia sua roupa social para o baile de formatura — mesmo que a contragosto, já que queria mesmo era usar seu tão amado moleton com as iniciais de AC/DC —, Sasuke não tirava esses pensamentos da cabeça.

Já fazia um ano e meio que namorava com Sakura, porém mais parecia uma eternidade. Eram tantas lembranças, tantos momentos felizes, tantas promessas de durarem para sempre, mas, agora, parecia tudo tão incerto.

— O que foi, Sasuke? Que cara de idiota é essa? — Itachi perguntou ao entrar no quarto do irmão e vê-lo olhar seu reflexo no espelho com uma expressão tristonha e pensativa.

— Agora, não, Itachi, por favor. — Sasuke pediu, balançando os cabelos, fazendo Itachi olhá-lo de forma confusa.

O mais velho percebia que havia algo errado.

— O que está acontecendo? Você deveria estar feliz, é o dia do baile de formatura. — a voz de Itachi assumiu um tom mais sério, deixando a brincadeira de lado.

— É esse o problema. — o irmão caçula revelou, sentando na sua cama, onde, em seguida, Itachi fez o mesmo. — O ensino médio acabou, agora, cada um vai para um lado. — explicou, olhando para as mãos inquietas em cima da calça social preta. — Tenho medo de isso acontecer comigo e com a Sakura também.

Itachi soltou o ar, entendendo aonde o irmão queria chegar. O mais velho notava o quanto Sasuke amava a menina de cabelos cor de rosa, apenas olhando para ele. Desde que Sakura aproximou-se dele, Sasuke tem mudado cada vez mais. Ele não era mais tão fechado, e sorria com frequência.

O que o irmão sentia pela namorada era algo muito intenso, verdadeiro. Não era uma simples paixão adolescente.

Era amor.

— Tudo dará certo, Sasuke. Vocês dois conseguirão passar na mesma faculdade e irão juntos. — Itachi começou a dizer de forma otimista, chamando a atenção de Sasuke para si. — E, mesmo que não consigam passar juntos, não será a distância que impedirá o amor dos dois.

— Mas…

— Sasuke. — Itachi o interrompeu, olhando nos olhos do irmão de forma intensa. — Você a ama de verdade, não é? — o mais novo acenou positivamente com a cabeça. — E ela te ama da mesma forma, não é? — Itachi perguntou novamente, recebendo outro aceno positivo. — Então não precisa preocupar-se com isso. Se vocês se amam de verdade, nada pode separá-los. A distância não será um obstáculo para o amor dos dois.

Sasuke sentiu o efeito das palavras do irmão na mesma hora. Ele tinha razão. Itachi tinha toda razão. Mesmo que os dois ficassem afastados, continuariam amando um ao outro.

O Uchiha mais novo acenou com a cabeça e sorriu de leve. Foi bom conversar com Itachi, pois ele havia transmitido-lhe a confiança e segurança que Sasuke não tinha.

— Obrigado, Itachi.

O mais velho deu um sorriso em resposta e abraçou o irmão mais novo, uma demonstração de carinho que há muito não faziam.

— De nada, irmão.

Os dois trocaram mais algumas palavras antes de Sasuke sair do quarto e dirigir-se ao andar de baixo, onde sua mãe, após um milhão de fotos e elogios, deu-lhe as chaves de seu carro para ir até a casa de Sakura buscá-la.

Assim que a jovem saiu de casa — trajando um longo vestido em um tom rosa claro, justo da cintura para cima e um pouco volumoso da cintura para baixo, cujo decote arredondado deixava aparecer o colar de pedrinhas que usava, e os cabelos cor de rosa presos em um coque com alguns fios soltos caindo ao redor do rosto —, Sasuke só conseguiu sorrir e exclamar maravilhado o quanto ela estava deslumbrante daquele jeito.

Foram para o baile logo em seguida, animados. Adentraram o grande ginásio da Sarutobi High School atraindo olhares para si. Estavam maravilhosos, ainda mais juntos.

Uma alta música eletrônica tocava pelo local repleto de alunos com trajes de baile. As luzes coloridas destacavam-se na escuridão do lugar.

Eles, logo, avistaram os amigos em um canto do ginásio e seguiram até eles. Sasuke e Sakura cumprimentaram o pessoal — Naruto, Ino, Hinata, Shikamaru, Neji, Chouji, Shino, Kiba, Tenten, Lee, Gaara, Deidara e Sasori, estranhando a presença dos dois últimos no local, já que formaram-se no ano anterior.

— Olha ele, que gato! — Ino elogiou, sorrindo de canto.

— Tira o olho, Yamanaka. — Sakura disse, a voz um tanto quanto séria e os braços cruzados em frente ao vestido.

As duas encararam-se de brincadeira por uns instantes e, depois, começaram a rir, abraçando-se em seguida.

— Como vai, cara? — Sasori perguntou, aproximando-se do Uchiha e batendo as mãos em um toque típico deles. — Animado para a faculdade?

— Nem fala, quero só ver para onde eu vou. — Sasuke disse.

— Sei como é. — Sasori concordou. — Ainda estou pensando se vou para a faculdade esse ano, já que não quis ano passado.

— É complicado. — o Uchiha concordou.

— Mas qual pretende fazer, Sasuke? — o ruivo perguntou.

— Engenharia Civil, mas não sei se vou conseguir passar na universidade que eu quero.

— Ele fala isso, mas sabe que vai passar. — Sakura intrometeu-se no assunto, abraçando o namorado.

— Pois é, o cara tira as melhores notas da turma. — Naruto concordou, dando um tapinha nas costas do amigo.

— Então, você consegue. — Sasori disse, e Sasuke pediu aos céus para que o ruivo estivesse certo.

Ele e Sakura precisavam passar na Universidade de Konohagakure.

Alguns minutos depois, todos seguiram para a pista de dança enquanto tocava uma música eletrônica. Ambos movimentavam-se animados entre as pessoas, alguns desajeitadamente, mas não se importavam. Só queriam curtir a noite, só queriam curtir o último momento do ano em que estariam todos unidos.

 

. . .

 

Ele andava de um lado para o outro, nervoso. Já fazia dez minutos que tentava entrar no site da universidade, mas sua internet não colaborava. Sasuke precisava saber se passou no curso que queria e se Sakura estaria ao seu lado, porém não estava conseguindo ver o resultado.

O Uchiha esperou, esperou e esperou, entretanto, o site não carregava. Já estava começando a achar que isso era para ele não decepcionar-se ao ver que seu nome não encontrava-se entre os aprovados.

Ouviu batidas na porta, mas estava nervoso demais para ir abri-la ou responder, nem mesmo olhou para o objeto de madeira às suas costas, só escutou-o deslizar sobre o chão e, logo, mãos abraçar seu corpo por trás.

— Nós conseguimos. — a voz embargada de Sakura entrou pelos seus ouvidos, despertando-lhe do transe em que encontrava-se.

O Uchiha sorriu e virou-se, abraçando o corpo um pouco menor em seus braços. Não estava acreditando que conseguiu. Que os dois conseguiram.

— Isso é sério? — perguntou baixo, ainda com a rosada nos braços, só para ter certeza de que havia escutado certo.

— Sim, nós passamos, Sasuke. Nós dois vamos para a Universidade de Konohagakure.

E o sorriso que ele deu naquele momento fora tão grande e belo, que Sakura queria guardar a lembrança para sempre em sua mente.

Em seguida, ela também sorriu.

Mais uma etapa de suas vidas estava prestes a iniciar-se e seria bem diferente de antes, diferente de qualquer momento de suas vidas. Porém, uma coisa era certa. Estariam juntos como no ensino médio.

Naquele momento, eles fizeram uma promessa silenciosa. Uma promessa de que ficariam juntos por toda a vida e passariam por todas as novas etapas juntos.

Sempre e para sempre.

 

 

 

 

.    .    .



 

Eles estavam animados, pois fariam uma viagem nas férias entre o terceiro e quarto período da faculdade. A tão sonhada viagem à Disney. Mas não se enganem, não estavam indo para lá pelos castelos ou príncipes e princesas, estavam indo por causa do parque do Harry Potter, afinal, tinha uma réplica de Hogwarts lá, local que eles precisavam conhecer.

Ao entrarem no parque da Disney, eles só conseguiam sorrir, pois não acreditavam que estavam onde queriam. Valeu a pena cruzar o mundo para chegar até ali, valeu a pena dois anos juntando dinheiro para isso. Eles enlaçaram as mãos e adentraram a área tão desejada do parque.

Parecia um sonho. Pareciam realmente dentro dos filmes que tanto gostavam.

O Beco Diagonal era exatamente como se lembravam. As lojas dos livros mágicos, os animais, vassouras e a tão adorada loja de varinhas mágicas: Olivaras.

Sakura sorriu abertamente ao tirar uma foto de todo o local e puxou-o para dentro da loja de varinhas em seguida. Era exatamente como a loja de varinhas no primeiro ano que Harry iria para Hogwarts.

As prateleiras com numerosas caixas de varinhas, o balcão antigo, até o velhinho atrás dele lembrava o velho Olivaras.

— Olá! — o velho disse, a voz cansada bem parecida com o personagem do filme.

— Olá! — Sakura respondeu, e Sasuke apenas acenou com a cabeça.

— No que posso ajudá-los?

— Queremos varinhas.

O velho sorriu de leve.

— Alguma preferência? — perguntou, e Sakura assentiu.

Ela queria a varinha das varinhas e a varinha de Lord Voldemort. Já Sasuke queria a varinha das varinhas e a de Harry, a qual o garoto comprou para seu primeiro ano em Hogwarts. Após comprarem as varinhas mágicas, o casal seguiu pelo Beco Diagonal, parando logo em uma loja de uniformes de Hogwarts.

Ao entrarem, experimentaram alguns tamanhos, até acharem o que ficaria melhor em seus corpos. Sakura pegou um uniforme da Grifinória, pois adorava a casa, já Sasuke optou pelo uniforme da Sonserina, sua casa preferida de Hogwarts.

Pagaram as vestes e saíram usando-as, já que muitas pessoas utilizavam-nas nas ruas do parque. Eles sorriam ternamente enquanto andavam de mãos dadas.

Após comprarem mais alguns acessórios como o colar das relíquias da morte para Sakura, o vira-tempo e alguns livros usados nas aulas de Hogwarts, eles seguiram para o Expresso de Hogwarts, um trem exatamente como o do filme.

Eles estavam vivendo um sonho ali. Era como se estivessem, realmente, no mundo mágico criado pela maravilhosa escritora J. K. Rowling. Dentro do trem, eles compraram os doces famosos do Expresso, principalmente, os feijõezinhos de todos os sabores.

Ao desembarcarem, seguiram para Hogsmeade, onde tomaram a tão famosa cerveja amanteigada.

Mas, o que eles queriam mesmo ver era o próximo destino: Hogwarts.

Após saírem de Hogsmeade, o casal seguiu até o grande castelo de pedra, maravilhoso assim como o do filme. Muitas pessoas tiravam fotos com a construção ao fundo, várias vestidas como os bruxos, segurando varinhas mágicas como eles. E Sasuke e Sakura não iriam perder a oportunidade de fazer isso.

Após várias fotos e beijos entre o casal, os dois entraram na edificação maravilhados com o quanto o local era maravilhoso.

Aquele estava sendo o melhor dia da vida dos dois, pois estavam realizando um sonho, um ao lado do outro, não havia nada melhor que isso, e o dia ainda prometia ser melhor, pelo menos, era o que Sasuke pensava.

Ao saírem, ele viu sua oportunidade.

Era o momento. Aquele, sem dúvidas, era o melhor local para fazer o pedido mais importante de sua vida.

As ruas estavam com um número razoável de fãs da saga, mas ele não se importava, só queria aproveitar aquele cenário maravilhoso e tornar aquele dia mais inesquecível ainda.

Olhando Sakura nos olhos e, no fundo, Hogwarts estampada, Sasuke respirou fundo, tentando controlar as batidas de seu coração e passou a mão direita por dentro de suas vestes da Sonserina, retirando, lá de dentro, uma caixinha pequena, preta e aveludada. Sakura, que antes possuía o semblante confuso diante das atitudes do namorado, abriu a boca em um perfeito “o”, tampando-a logo com as mãos à medida que ele abria a caixinha.

Seus olhos marejaram-se ao ver o lindo anel de brilhantes dentro da caixinha, e Sasuke sorriu ao notar a reação dela. Sabia que ela estava extremamente surpresa e que havia gostado. Conhecia-a o suficiente para desvendar seus pensamentos através de seus olhos verdes intensos.

— Sakura Haruno. — ele começou, atraindo a atenção dela. A menina sorriu ao tirar as mãos do rosto. — Desde que te vi pela primeira vez, eu sabia que você era a mulher da minha vida. Desde aquele dia, eu sinto algo por você. Algo muito forte. — fez uma pausa, buscando as melhores palavras para aquele momento tão especial. — Quando você entrou na minha vida por acaso, quando me notou, tudo mudou, mudou para melhor e, até hoje, agradeço todos os dias por ter anotado o número da Asaye errado e ter caído no meu celular. — Sakura deu uma baixa e curta risada, secando uma lágrima que insistiu em cair. — Os momentos que passamos juntos foram e são os melhores que já vivi em toda minha vida. Você me mudou, me tornou uma pessoa melhor, uma pessoa feliz. Eu sei que sou meio tímido e muito inseguro às vezes, mas, de uma coisa, eu tenho absoluta certeza. Eu te amo, Sakura e quero viver toda minha vida ao seu lado. — Sasuke fez uma pausa, ajoelhando-se com uma das pernas e levantando a caixinha enquanto segurava uma das mãos delicadas e macias da garota que amava. — Então, senhorita Haruno, você aceita se casar comigo?

O choro que estava sendo reprimido todo esse tempo, agora, já não podia mais ser controlado. Várias lágrimas escorriam pela face pálida dela. Logo, seus lábios rosados curvaram-se em um sorriso maravilhoso, o mais lindo que Sasuke já a vira dar e que ele nunca iria apagar de sua mente.

— Sim, sim, sim! — ela respondeu em alto e bom som, entre lágrimas, e Sasuke sorriu, imensamente feliz, colocando o anel no dedo dela e levantando-se em seguida.

Eles se abraçaram fortemente e selaram os lábios em um beijo apaixonado ao som dos aplausos das várias pessoas que nem mesmo notaram que os observavam.

Um beijo maravilhoso em um local mágico para selar o compromisso mais importante de suas vidas.

 

 

 

.    .    .



 

Dez anos depois…

Era natal. A melhor época do ano segundo Sarada.

A garota de oitos anos estava animada, corria de um lado para o outro da casa. Ela só queria que a noite chegasse logo para abrir seus presentes de natal. Atrás dela, o pequeno Daisuke, com apenas dois anos e meio, corria à sua velocidade, tentando acompanhar a irmã mais velha.

Sasuke sorriu ao ver seus dois filhos animados e pegou o pequeno no colo, fazendo cócegas logo em seguida. O pequeno ria descontroladamente enquanto seu pai sorria feliz.

Tinha a melhor família do mundo: a melhor e mais legal esposa, e os dois filhos mais animados.

Não tinha nada o que reclamar da vida, pois era bem feliz e realizado, possuíam uma boa condição social, já que tanto ele quanto Sakura eram bem sucedidos em suas carreiras profissionais — engenheiro civil e médica — e tinham bastante tempo com os filhos mesmo com o emprego.

Sasuke colocou o filho no chão e seguiu em direção à cozinha, mas não sem antes afagar os cabelos da filha mais velha, que sorriu ao sentir o carinho do pai.

Ao adentrar a cozinha, ele viu a esposa e a mãe fazendo a ceia de natal e cumprimentou-as: a mãe, com um beijo na testa e a mulher, com um nos lábios. Elas sorriram, e, em seguida, começaram a conversar enquanto terminavam a comida.

Logo, a noite chegou e, com ela, os convidados para a ceia já pronta. Todos estavam por lá. A família Uchiha reunida: Itachi e Izumi, junto com o filho de quatro anos, o Hideo, e Fugaku e Mikoto. A família Haruno, composta por Kizashi e Mebuki; e os amigos: Deidara, Kiba, Shino e Lee — ainda solteiros —; Sasori e sua esposa Fuu; Gaara, Ino e seus filhos, Inojin e Aimi; Naruto e Hinata, junto com Boruto e Himawari, Shikamaru e sua esposa, Temari; Neji, Tenten e seu filho Hizashi; e, por fim, Chouji e sua esposa Karui, juntamente com Chouchou, a filha do casal.

Todos estavam felizes, sentados nos sofás espaçosos ao redor da grande árvore cheias de presentes de todos os tamanhos e embrulhados em papéis das mais diversas cores.

— Como vai a vida? — Gaara perguntou para Sasuke, que sorri de leve em resposta.

— Muito bem. E você, Gaara, anda trabalhando muito?

O ruivo suspirou.

— Sim, sabe como é, vida de empresário é muito atarefada.

— E como... — Ino comentou.

— Mamãe, pega refrigerante para mim? — Aimi pediu, interrompendo a fala de Ino.

— Claro, meu amor. — a loira levantou-se do sofá e seguiu até a mesa.

— A Aimi está enorme, nossa! — Sakura comentou, sentando-se ao lado de Sasuke.

— Sim, já vai fazer quatro anos. — o ruivo respondeu sorrindo ao ver a filha e a esposa próximos à mesa de jantar do apartamento do amigo. — Daisuke também está enorme.

— Está mesmo. — Sasori concordou, vendo o garotinho correr de um lado para o outro atrás de Inojin, de oito anos.

— E esperto. — Naruto completou sorrindo, acariciando os cabelos da filha mais nova, a qual estava tímida em seus braços. — Por que não vai brincar com as crianças, Himawari? — abaixou-se para falar próximo à criança.

— Estou com vergonha, papai. — a voz tímida e baixa da menina se fez presente.

— Não precisa ficar com vergonha, pequena. — Sasuke disse, parando em frente menininha. — Vem, eu vou brincar também.

Entendeu as mãos, e Himawari hesitou um pouco antes de ir com o “tio” brincar. Eles foram de mãos dadas até próximo às crianças, que corriam animadas pela sala na parte que estava mais vazia.

O Uchiha soltou as mãos de Himawari e começou a correr atrás das crianças também. Daisuke começou a rir e seguiu atrás do pai. Assim que o Uchiha parou, Daisuke agarrou as pernas dele, seguido por Sarada.

Sasuke, então, abaixou-se, bagunçando os cabelos de ambos os filhos, até que todas as crianças o notaram parado e foram para cima dele, derrubando-o deitado no chão.

— Ataque de cosquinha! — Sarada gritou, e todas as crianças, inclusive Himawari, começaram a rir e a fazer cócegas no adulto, que ria com a brincadeira.

Sasuke adorava crianças.

Os mais velhos começaram a dar gargalhadas de Sasuke no chão, inclusive os pais dele, principalmente, por lembrarem do quanto o filho mudou. De fechado à muito animado e criança.

— Ele leva jeito com crianças. — Lee comentou, e todos os outros concordaram.

Após alguns minutos de brincadeira e conversas, todos seguiram para a mesa de jantar, onde várias comidas típicas da época natalina estavam servidas.

Enquanto comiam animadamente, conversaram sobre a vida e até lembraram-se de alguns acontecimentos do passado. Alguns tinham muito para falar, outros só queriam escutar mais sobre o outro.

Fazia tempo que não colocavam o papo em dia, pois o trabalho não deixava que o grupo inteiro se reunisse.

— Hora dos presentes! — Sarada gritou ao ver que já era meia noite, e todos seguiram para a árvore de natal.

— Presentes, eh! — Daisuke gritou, fazendo seus pais rirem do pequeno garotinho dos olhos e cabelos tão negros quanto os do pai.

— Deixa que eu entrego. — Mikoto disse, seguindo até a árvore e pegando o primeiro presente.

De um a um, ela entregou os embrulhos das crianças e adultos. Sarada saiu com um presente na mão, mas logo voltou para ajudar seu irmão com o seu, pois era um pouco grande para o pequeno carregar sozinho.

Sentaram-se um ao lado do outro no chão sob os olhares dos pais, que também estavam curiosos para saber o que Itachi tinha dado aos seus filhos.

O menor abriu o grande embrulho e sorriu ao ver o grande dinossauro de brinquedo, o qual era do seu tamanho e dava para montar. Daisuke sentou no brinquedo e apertou um botão, fazendo o dinossauro abrir a boca e fechar, produzindo o som que dinossauros fazem.

— Olha, papai, ele ganhou um Indominus Rex! — Sarada disse, e Sasuke sorriu em resposta, um pouco surpreso pela filha ter reconhecido o dinossauro.

— Muito legal. — Sakura sorriu, afagando os cabelos de seu filho. — Agradeça o tio Itachi, Dai.

— Obrigado, tio Ita. — o menino falou, e Itachi sorriu, acenando com as mãos em resposta.

— Agora, o meu. — Sarada disse, abrindo seu presente e dando de cara com um sabre de luz de plástico.

Ela sorriu, animada, tirando-o logo da comprida embalagem.

Feliz, ela apertou o botão do sabre, o qual assumiu um tom vermelho, e Sakura revirou os olhos, indignada.

— O sabre do Kylo, não, Itachi. — a mulher reclamou, fazendo o cunhado rir de sua indignação.

Ele sabia que ela ficaria brava.

— Sabre de quem? — perguntou, fazendo-se de desentendido.

— Kylo Ren, filho de Han Solo e Leia. A mamãe o detesta por causa do que aconteceu com o Han Solo. — Sarada comentou, mostrando que era, realmente, filha do Sasuke e da Sakura, pois, até nos gostos, eles eram parecidos.

Itachi abaixou, ficando na altura da sobrinha.

— Eu sei, foi exatamente por isso, mas não conte para sua mãe. — ambos riram, deixando Sakura com uma cara emburrada e os braços cruzados, sem saber o motivo das risadas.

Sasuke passou um dos braços dele pelos ombros dela, rindo da expressão da mulher.

— É o Itachi, o que esperava? — o Uchiha mais novo perguntou, e Sakura concordou com um aceno, suavizando a expressão facial ao lembrar-se de como o irmão do Sasuke era.

“Eles nunca mudam.” Itachi disse em pensamentos ao ver o irmão e a cunhada, os quais continuavam com os mesmos gostos mesmo apesar de casados e com filhos. Mas, não teria graça se eles mudassem, nenhum pouco, principalmente, agora que o mais velho entendia as referências.

Só que Sasuke e Sakura não precisavam saber disso.

 

 

 

 

.    .    .



 

Oito anos depois...

— Ai, Daisuke! Não pula em cima de mim! — Sarada reclamou enquanto tirava o notebook de cima de seu colo.

— Daisuke, sem bagunça. — Sakura adentrou o quarto da adolescente de dezesseis anos a procura do filho mais novo, que, agora, possuía dez anos de idade, seguida pelo marido.

— Eu só queria conversar com a Sarada, ela nunca tem tempo para mim. — o menino reclamou, cruzando os braços, e Sarada sentiu a tristeza através da voz dele.

A jovem, então, fechou o notebook e colocou-o sobre o criado mudo ao lado. Chamou o irmão, pedindo-o para sentar ao seu lado e abraçou-o.

— Que tal pedirmos ao papai e a mamãe para contarem uma história para a gente? — a menina sugeriu.

— Isso! — Daisuke concordou, feliz, e Sasuke e Sakura se entreolharam antes de sentarem na beirada da cama.

— Que tal como eles se conheceram? Você ainda não ouviu essa história. — Sarada sugeriu novamente, e Daisuke sorriu em resposta.

Sasuke e Sakura suspiraram antes de contar a longa história, mas não deixaram de sorrir enquanto relembravam-se dos momentos que passaram juntos trocando mensagens. Daisuke ouvia a tudo animadamente, os olhos até brilhavam. Estava maravilhado com a maneira como os pais começaram a namorar.

Já Sarada sabia aquela história de cór, era linda, não havia como negar o quanto era especial e se parecia com uma história de filme de romance.

Mas era impossível não se emocionar novamente com a história de amor dos pais. Sem dúvida, era melhor que qualquer conto de fadas que ouvira na infância, em sua opinião.

E o pedido de casamento então. Era seu sonho encontrar alguém maravilhoso consigo como seu pai fora com sua mãe.

— E é isso. — Sakura finalizou, os olhos marejaram-se de tanta emoção.

O filho pequeno sorria feliz.

— Que linda história! — Daisuke disse, e seus pais afagaram seus cabelos em resposta.

— Sim, mas agora já passou da sua hora de dormir, pequeno. — Sasuke disse, puxando-o para seu colo e levantando-se. — Vamos lá, amanhã você tem aula.

— Certo.

Os dois saíram do quarto, deixando as duas mulheres por lá. Sakura sorriu, ajeitando os cobertores da filha.

— Adoro ouvir sua história. — a jovem revelou, e Sakura sorriu, beijando-lhe a testa.

— Eu sei. — bagunçou os cabelos negros. — Boa noite, minha filha.

Ela saiu do quarto, deixando Sarada sorrindo sozinha. A menina virou-se para o lado e fechou os olhos, desejando ter um futuro tão feliz quanto o dos pais.

Alguns minutos depois, Sasuke adentrou o quarto da filha e se ajoelhou próximo à cama. Por uns instantes, ele observou o semblante sereno da menina e sorriu, retirando, de seu rosto, os cabelos que insistiam em cair sobre sua face.

— Boa noite, Sarada. — depositou um beijo suave sobre sua testa e se levantou, mas, antes de sair do quarto, o barulho do celular dela chamou sua atenção.

Sasuke aproximou-se do criado mudo e viu o visor aceso, indicando a chegada de uma mensagem. Na tela, o nome de Boruto se destacava.

Ele não devia fazer isso, mas estava curioso, então, pegou o aparelho e abriu a mensagem.

 

“Me diz quem você é, por favor, eu estou curioso!”

 

Sasuke deu uma risada ao ler a mensagem, porém logo parou ao sentir um toque em seu ombro.

— Ei, não mexa no celular da Sarada! — Sakura o repreendeu, pegando o aparelho e colocando-o de volta no criado mudo.

— Desculpe, não pude evitar. — ele disse enquanto Sakura o arrastava para fora do quarto da filha.

— Isso é errado, Sasuke!

O Uchiha sentou no sofá, ignorando as palavras da esposa, que logo sentou-se ao seu lado também.

— O que estava olhando no celular? — perguntou, curiosa.

Sasuke encarou-a por uns instantes, mas logo riu da cara dela. Estava repreendendo-o por mexer no celular da filha, mas, agora, queria saber o que o marido vira?

— Pensei que fosse errado ver o celular dela. — o Uchiha retrucou, sério.

— Mas, agora que você viu, também quero saber! — a rosada disse, os braços estavam cruzados e uma expressão séria, estampada no rosto.

O Uchiha deu outra risada, puxando a esposa para perto a fim de depositar um beijo no topo de sua cabeça.

— Nada de mais. — respondeu, abraçando Sakura e acariciando seus cabelos ainda cor de rosa e curtos.

O silêncio se instalara pelo local enquanto os dois aproveitavam o momento à sós, cheio de tranquilidade e paz.

Fazia alguns meses que não ficavam assim, em paz.

— Mas, sabe, acho que a Sarada anda ouvindo muito as nossas histórias. — comentou, lembrando-se da mensagem de Boruto, onde o mesmo perguntava quem era a Sarada, situação que lhe fazia recordar dos momentos de sua própria adolescência.

Os momentos que mudaram sua vida por completo.

 Sasuke sorriu, depositando outro beijo no topo da cabeça de sua esposa enquanto Sakura permanecia em seus braços, sem saber o que Sasuke queria dizer com aquelas palavras. Ela mantinha os olhos verdes fechados durante todo o tempo, aproveitando o carinho em seus cabelos e aquele momento de paz e tranquilidade.


Notas Finais


E então? Gostaram?

Agora, Por Trás da Tela está oficialmente terminada, mas novas histórias virão (em breve).

Curtam minha página (TatyNamikaze) no Facebook para ficar por dentro dos novos projetos e me sigam aqui no Spirit.

Obrigada por tudo!
Beijinhos e até uma próxima fanfic.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...