1. Spirit Fanfics >
  2. Por Trás do Orgulho saiyajin >
  3. O passado de Tights part 2

História Por Trás do Orgulho saiyajin - O passado de Tights part 2


Escrita por: SonTata

Notas do Autor


Oi de novo, capítulo rápido. Só pra vcs, mil beijos.
Boa leitura

Capítulo 50 - O passado de Tights part 2


Quatro anos atrás

 

Pov Tights

Após os outros forem embora comecei a ajudar. Com o que eu podia, é claro. As pessoas precisam de tratamento médico e não de mãos finas, agulha e linha junto com um pano de prato. Que por acaso, era o que eu tinha. Consegui salvar um senhor costurando o pescoço dele, mas ele não viveria por muito tempo.

Eu estava realmente me controlando pra não gritar e chorar, eu nunca vi tanto sangue em toda minha vida. Ver o sangue no chão me fez lembrar de quando minha mãe se matou quando eu tinha quatro anos, engoli em seco.

-Ah mãe, eu teria feito mesmo se soubesse que minha vida seria assim. – Sussurrei para mim mesma e comecei a fazer massagem cardíaca em uma mulher.

-Por favor, salve ela. – O marido dela me pediu, senti um aperto no coração. A vida daquela mulher estava em minhas mãos, isso era demais, eu não podia decepcionar.

Ele pegou a mão dela e beijou enquanto a molhava com suas lágrimas, me controlei para não chorar também.

-Qual o nome dela? – Perguntei ao moço que parecia ter uns vinte e quatro anos.

-Tess, o nome dela é Tess.

-Tudo bem, e o seu? – Eu parecia uma médica naquele momento, como se eu soubesse o que fazer. E eu sabia.

-John.

-Okay, John. Eu quero que você confie em mim, tá? – Olhei para ele lhe passando a confiança que nem eu mesma tinha. – Você vai ajudar as pessoas que estão morrendo. – Olhei para frente e o sangue jorrava do peito de uma mulher. Apontei com a cabeça. – Ali, estanque o sangramento, pegue essas toalhas e vá. Eu vou salvar a Tess.

Ele parecia receoso, mas foi. Eu não podia o deixar ver isso, se ela morresse, seria terrível. Chequei o pulso dela.

-Estável! – Eu disse com um alivio crescendo no peito, mas ela ainda dormia. O que significa que tinha algo que eu não estava vendo. Rasguei a parte de baixo de sua calça e quase cai para trás.

A panturrilha dela estava roxa e enorme, parecia que tinha um tumor e ele estava prestes a explodir. Mas eu sei o que fazer. Peguei meu canivete e fiz um corte reto, olhei para ela.

-Vai ficar tudo bem Tess. – Sangue quase preto começou a escorrer.

Esperei.

Esperei...

E a perna voltou a tonalidade normal. Ela acordou e eu tinha razão, a pressão posta na perna estava indo pro cérebro impossibilitando-a de acordar. Fui até perto de seu rosto e sorri.

-Tess, seu marido está ali logo ao lado. Você esta bem e ele também. – Cobri a perna dela com um pano para ela não se apavorar. – Mas vou terminar aqui em baixo tá?

-Uhum. – Ela disse e tive que me esforçar para entendê-la. Ela começou a chorar e eu tive de me manter firme. – E-e-e-eles que estu-u-upraram, e-e-eu...

-Shiu, estou aqui. Você está a salvo. – Menti. Ela não estava a salvo, ninguém estava.

-Aí. – Ela gemeu de dor, me preocupei.

-Onde dói?

-Meu braço. – Dei uma olhada. Era uma torção. Porra.

-Ah, não é nada. É só uma torção. – Ela ficou desesperada. – Mas daqui a pouco eu ajeito, não tem por que ficar com medo.

Costurei a perna dela e fui até seu braço alguns minutos depois.

-Eu vou contar, no três, tá? – Ela pareceu se preparar e assentiu. Levantei-a um pouco e contei.

-Um, dois – Impulsionei o ombro dela causando um estalo alto. Ela gritou.

-Sua vadia. – Ela disse e eu ri. – Desculpa.

-Desculpada.

O marido dela veio correndo.

-Meu amor! – ele disse ao chegar perto dela beijando todo seu rosto, ele me olhou – Obrigado.

-Por nada, a paciente está estável? – Perguntei.

-Não consegui parar a hemorragia.

Baixei a cabeça. Quando eu ia me levantar Tess grunhiu de dor, sentei-me novamente e olhei para ela.

-Tess, onde dói? – Perguntei desesperada, a que mais eu podia fazer?

Ela não respondeu e olhou para baixo, para sua barriga. E continuava gritando.

-Ai, meu amor. – John chorava. – O que eu posso fazer?

Ele perguntou, eu não sei, eu realmente não sei. Eu estou em apuros. Levantei a barra da blusa dela e fiquei estática ao ver uma coisa se mexendo.

-Ela está grávida? – Perguntei á John.

-Não, não. – Ele disse também paralisados ao ver a barriga da mulher se movendo.

De repente parou. O que fosse que tinha na barriga de Tess parou os movimentos. Olhei para John e do nada minha visão foi preenchida por algo liquido no meu rosto. Cai para trás. Quando percebi o que tinha acontecido... A barriga dela explodiu. O liquido preencheu o rosto de John também. Olhei para a barriga de Tess, que antes era plana agora estava explodida. Porra. Olhei pro chão e lá estavam seus intestinos.

Meu olhar voltou para John e não suportei ao ver o desespero em seu rosto, todas as lágrimas que eu segurava vieram a tona como um Tsunami, derrubando e quebrando tudo.

-Tess – Ele sussurrou, mas ela não respondeu. Seus olhos abertos sem vida o encaravam. Fui até ela e os fechei respeitosamente.

-John, sinto muito. – Eu o abracei e ele nem pôs os braços ao meu redor, ele queria pegá-la. O olhar embaçado dele, o rosto vermelho e indecifrável.

-Ela pode estar viva. – Ele sorriu desesperadamente, eu sabia como era isso. Não aceitar uma morte.

-John, ela morreu. – Eu murmurei para ele, minha voz embarcada.

Saí de perto dele atrás de outra pessoa para ajudar, pus meus sentimentos para o lado e levantei. Eu fedia, mas não me importei.

Nunca conseguirei esquecer ela. Ou ele.

 

 

***

 

Atualmente

 

Pov Tights

 

Eu fui encarregada de limpar somente os quartos, o que era muito bom. Eu podia bisbilhotar, o que por acaso, eu gostava de fazer. Kakarotto me deixava dormir na cama dele à tarde. E era onde eu estava agora. É tão confortável.

Kakarotto entrou no quarto e sorriu pra mim.

-Tights, confortável? – Ele tirou as braçadeiras.

-Sim, na medida do possível. – Eu disse agradecida.

-Você nem é tão chata depois de conhecer! – Ele disse e eu sorri convencida.

-Não se engane.

Ele estava tirando a roupa na minha frente, levantei da cama.

-Se quiser me expulsar, Kakarotto, é só dizer!

-Mas pode ficar aí, vou só tomar um banho e vou voltar a treinar com o Raditz. – Ele parou de tirar a roupa. – Às vezes esqueço que vocês são tímidas.

-Vocês?

-Sim, humanas.

Revirei meus olhos. – Temos pudor Kakarotto. Não somos seres que ficam tirando a roupa na frente dos outros, é estranho e constrangedor. Eu realmente não gostaria de ver o seu pênis.

-Ora, por que não? – Ele falou e riu da cara que eu fiz. – Estou brincando Tights, relaxe.

-Vá logo tomar banho, eu quero dormir! – Eu disse entrando de baixo das cobertas. Ouvi a risada dele e depois a porta do banheiro fechar.

Kakarotto é muito atraente, devo dizer. Mas a governanta disse que ele tinha “dona”, como se eu o quisesse. Namorar um saiyajin era namorar um demônio incontrolável. Perigoso e nunca se deve subestimar.

Aconcheguei-me direitinho na cama e respirei. Pan, como sentia saudade. Uma lágrima desceu. Mas logo a enxuguei e me recompus, chorar não muda minha vida, e nem a de ninguém.

 

Acordei alguns minutos depois. Me espreguicei e levantei, fui até o banheiro de Kakarotto e limpei meu rosto. Olhei as horas no relógio digital e xinguei. Merda, eu estava atrasada. Eu devia ter ido arrumar o quarto do Bardock. Andei pelos corredores quase correndo, odeio por essa casa ser grande. Era enorme. Abri a porta do quarto e entrei de fininho. Olhei para dentro e ele dormia na cama, completamente esticado deitado de frente. Ele estava no meio da cama, o rosto calmo. Ele usava as roupas que todos usavam, devia ser desconfortável dormir com aquilo.

Bom, ouvi dizer que saiyajins tem sono pesado. Então entrei. Fui até o outro lado do quarto e peguei trilhões de roupas de treino no chão, meu deus. Esse homem não sabe o que é cesto de roupa suja. Botei as roupas onde deviam estar, limpei o scouder que estava cheio de lama e Terra. Coloquei no meu rosto para ver se estava limpinho e o treco apitou indicando tantas coisas, eu ia tirar, mas apareceu o Ki de vários saiyajins por perto. Apontei para Bardock e o Ki estava fraco, até demais. Estava com 100, meu coração bateu. Um Ki de 100 para um saiyajin era como estar morrendo, disse Kakarotto quando ele me deu uma aula de Ki.

Pus a mão no coração, puta merda. Eu não podia vê-lo assim, e ele nem parecia estar fraco. Eu só precisava sentir o pulso. Me aproximei da cama, já suando. Entrei na cama de joelhos e fui engatinhando até perto dele, a cama tinha que ser tão grande assim?

Cheguei perto dele e a respiração estava normal, engoli em seco. Botei meus dedos nos pontos vitais de seu pescoço e fechei os olhos me concentrando em sentir sua pulsação; estava normal. Abri os olhos sem entender e levei um susto ao ver que ele me olhava, com aqueles olhos. Olhos penetrantes. Corei e não consegui me mover, abri a boca para tentar explicar.

Mas como eu explicaria? Eu diria que estava preocupada com ele? Que queria me aproveitar de seu corpo enquanto dormia? Essa opção me fez rir e ele ergueu uma sobrancelha. Num susto ele trocou as posições. Eu estava por baixo dele, gelei e engoli em seco. Ele me olhava daquele jeito, e suas pernas impediam as minhas de se mover, suas mãos seguravam meus braços. Eu suei frio.

-Saia de cima de mim! –Chiei, agradecendo por não ter gaguejado. Minha voz saiu determinada.

Ele continuou a me olhar e não dizia nada. Isso me matava, eu que orava para que começasse a discutir, eu sempre venço uma briga oral, mas ali; naquele momento me senti vulnerável, nua. O olhar dele foi da minha boca e depois voltou pros meus olhos.

Eu não disse mais nada. Mesmo se quisesse isso seria impossível, sobe aquele olhar arrogante e vil, ao mesmo tempo luxuria e desejo se misturando. Não consegui desviar. Ele sorriu de canto, arrogância transbordando em seus lábios. Tentei ficar com raiva, mas só consegui observá-lo. Ele sabe o quanto é irresistível ao sorrir daquele jeito?

-Duvido que me queira longe de você agora! – Ele disse. O lábio quase tocando o meu, provocando. Fiquei vermelha e respirei.

-Está errado, eu quero que saia de cima de mim. – Menti. Eu o queria, mais perto e perto. Mas eu tinha que tirar isso da minha cabeça, e já.

Ele me ignorou completamente. Quando fui falar novamente ele me beijou, forte. Fiquei com a boca fechada surpresa. Ele continuava me olhando, e seu olhar ficou mais sombrio ao perceber que não abri a boca. Com isso, eu permiti que ele entrasse em minha boca. Ouvi um risinho.

-Assim que eu gosto! – Ele disse entre o beijo. A língua dele fazia magia, explodindo tudo, me dando sensações que eu nunca sentira. Ele separou o beijo e chupou meu lábio inferior. Encaramos-nos novamente e ele me beijou de novo, dessa vez mais necessitado, mais quente e mais exigente.

Conforme o beijo intensificava, ele soltou minhas mãos e desceu as mãos para minhas pernas me trazendo para mais perto e arfei ao sentir sua ereção. Vi que isso estava indo longe demais, mas eu não conseguia, eu queria mais.

Enrolei minhas pernas ao redor de sua cintura e enfiei minhas mãos em seus cabelos. Ouvi ele suspirar.

-Não faz isso comigo. – Ele disse com a voz sofrida e cheia de desejo.

-Você diz isso, mas é você que está fazendo tudo! – Eu disse e me separei de seu beijo. Olhei ele nos olhos e o empurrei.

-Isso nunca aconteceu! – Eu disse e saí do quarto. Minha postura ereta, superior.

Quando sai do quarto todo o ar preso em mim soltou. Minha respiração estava descontrolada, pus minha mão no peito e encostei-me na parede buscando ar.

Me peguei sorrindo, e depois me recompus.

 

 

Quando você não conseguir se controlar com uma pessoa, acredite você está apaixonado


Notas Finais


Gostaram? Deixem suas opiniões.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...