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História Por um falso incidente - Yeonbin(TXT) - Prólogo: Sobre expectativas e frustrações


Escrita por: BunnyTeaser

Notas do Autor


Oi, amores, estou de volta! Certo, venho trazer uma shortfic Yeonbin sem muitos propósitos. Só estava a fim de trazer mais Yeonbin para esse site e aqui estamos.

A) vale lembrar que aqui o Soobin é mais velho com 21 anos, e o Yeonjun tem dezoito.

B) A fanfic terá cinco caps, pelas minhas contas.

Me dêem amor💛😬

Capítulo 1 - Prólogo: Sobre expectativas e frustrações


Agosto de 2018, BUSAN:


Era verão. Eu, particularmente, amava essa época do ano. Eu adorava a sensação do sol irradiando na minha pele — pela maior parte do ano pálida — das cores fortes e chamativas presentes nas vestes das pessoas ao meu redor, fazendo jus a moda quente da estação, e, principalmente, a brisa forte que desgrenhava os fios negros do meu cabelo todas as vezes que eu chegava à beira mar. A estação sempre foi propícia para a realização de cada um dos meus sonhos de verão, contudo, eu nunca iria levar a sério que, realmente, um amor  pudesse ser ainda mais arrebatador e intenso naquela temporada do ano. 

    Foi numa manhã energética e ensolarada, que eu caminhava preguiçosamente na orla da praia. As ondas se quebravam rente aos meus pés descalços enquanto eu mantinha a minha atenção no céu sobre a minha cabeça, pintado num tom de azul lindo, daqueles de tirar o fôlego de tão esbelto. Eu gostava de admirar a paisagem que me era mostrada e por isso estava alheio a tudo o que acontecia ao meu redor, afinal, se eu estava ali, era para aproveitar de todo e pequeno detalhe que entrava em meu campo de visão, porque passar as férias em Busan sempre foi o meu desejo, já que sempre ansiei conhecer suas praias e pontos turísticos a cada vez que via algo relacionado ao estado passar na televisão de casa, dessa forma eu estava realmente embasbacado com cada ondinha cristalina formada na água e o barulho característico das mesma se desmanchando na areia. Eu até me esqueci que Beomgyu me fez prometer que gravaria qualquer mínimo detalhe para o mostrar quando eu chegasse de volta a minha cidade, pois os seus pais não deixaram meu amigo vir na minha mala de viagem, o que foi bem triste para nós dois na hora da minha partida. 

    No entanto, ainda preso em divagações, eu estava a caminhar sozinho por ali, já que andar sem minha mãe tagarelando ao meu lado era bem mais proveitoso e calmo. Até que meu coração poderia se encontrar em qualquer estado de espírito, menos calmo, porque, embora eu quisesse dizer que eu não fazia nenhum pouco o estilo do tipo de cara que curte clichês, eu não poderia negar e dizer que a droga do órgão que bombeava sangue para todo o meu corpo não passou a bater mais rápido quando eu, fatidicamente, esbarrei numa estatura maior que a minha e afastei três passos para trás, tudo para elevar meu olhar mais dignamente — sem ter que levantar a cabeça para olhá-lo — e dar de cara com uma figura de olhos oblíquos e sorriso reconfortante traçado por duas covinhas minimamente profundas. 

    A partir daquele momento, não só o meu coração pareceu reagir àquele encontro, como também o meu corpo por inteiro. Aquele garoto não parecia surpreso por conta daquele esbarrão inesperado, e sim calmo diante a situação. Sua expressão mostrava expectativa, o que eu não conseguia entender. Mas pude inconscientemente reparar de imediato que ele era lindo. E quando o de fios marrons agiu para comigo de modo aberto e sorridente, eu descobri que aquele encontro tinha sido mais do que armado por ele, o que me fez saber que o mesmo era bastante audacioso para isso. 

    Quando ele me estendeu a mão, eu não poderia imaginar que sempre desejaria vivenciar aquele encontro novamente, pois eu tive a sorte grande de Choi Soobin provocar um esbarrão por desejar entrar na minha vida. 


                              (...) 

Agosto de 2019, Seul:

    Quando a droga do despertador berrou na mesinha ao lado da minha cama, eu poderia ter o jogado no chão e gritado todos os tipos de palavrões que aparecesse na minha cabeça agora, mas abrir os olhos de imediato e saltar da cama pareceu bem mais promissor. Nunca acordar cedo pareceu tão fácil antes. Era o último dia de prova, e eu não poderia estar mais aliviado. Quando eu tomei meu aparelho celular em mãos, e minha mãe apareceu na porta sorridente, eu já sabia o que ela pensava naquele momento. 

    — O que uma viagem para encontrar o namoradinho não faz, uh? — Brincou, entrando no meu quarto para pegar minha mala a fim de arrastá-la escada abaixo, ainda ostentando aquele sorriso presunçoso que só ela sabia ter. 

    — Mãe, não inventa, eu só estou feliz porque hoje é o último dia de provas. — Resmunguei, enquanto fuçava meu celular, logo recebendo o que queria e tentando sorrir contido. — E o Soobin é só o meu amigo, está bem? 

    — Tudo bem, então —  Riu — Não ficaria chateado se eu adiar a viagem para a próxima semana, sim? Tenho certeza que seu amigo pode esperar. — Eu sabia reconhecer de longe quando ela estava tentando me provocar, e bufei. 

    — Não brinca — Rebati — Faz um ano que não vejo ele! Você não pode fazer isso comigo. 

    — Sabe o que essa saudade me parece, Yeonjun? Amor. — Ela soltou um risinho quando a fitei sério, parando no batente da porta apenas para suspirar um pouco aliviada pelo peso da minha mala, que ela fazia questão de carregar. — Então trate de ser um pouco mais sincero comigo, porque eu te conheço desde que te pus para fora da minha barriga. — Gesticulou, e eu fiz cara de nojo, tampando meu rosto com uma das mãos, ouvindo sua risada alta. — Mas, vamos, você ainda tem uma prova antes de partirmos para Busan.

    Quando a porta bateu, anunciando que ela finalmente tinha me deixado em paz, eu pude ler a mensagem fofa de Soobin me dando bom dia e alegando estar ansioso para me encontrar mais tarde. Apesar de ser rotina trocarmos diariamente mensagens a qualquer hora do dia, hoje tudo parecia ser diferente. Desde que conheci Soobin em Busan, eu vivo saudoso por retomar aqueles 7 dias que passei ao seu lado novamente. Eu gostava de me convencer que toda a minha admiração e necessidade de o reencontrar se encaixava apenas no quesito amizade, porém eu sabia que deveria trabalhar mais em aceitar meus sentimentos, e eu realmente estava disposto a tratar de todos os assuntos pendentes nessa próxima viagem, ou iria permanecer na dúvida para sempre.

    Quando cheguei no prédio no qual eu teria o meu teste de física, não foi de grande novidade encontrar Beom surtando assim que me viu entrar pela porta da classe. Só pelo modo que as suas pernas balançavam incessantemente e o seu rosto contorcia em nervosismo, eu já sabia que era a ansiedade o atacando. 

    — Ei, se acalma, hoje é o último dia. — Tentei o reconfortar quando apertei seu ombro, antes de sentar na cadeira da fileira ao lado da sua. Então ele levou os olhos esbugalhados até mim, me transmitindo o seu transtorno. 

    — Você está tão calmo assim porque depois daqui vai encontrar o boy magia, Yeonjun. — Apontou, com a cara de poucos amigos, como se realmente tivesse raiva. — Depois daqui, eu vou para o inferno, conhecido como a casa da minha vó. Eu já te falei que odeio meu primo do Havaí, aquele asiático falsificado? — Eu prendi uma risada, pois eu sabia que aquele ódio todo acabaria em amor. 

    — Não seja tão duro com o seu futuro marido, Beom. — Provoquei um pouco, vendo-o tentar levantar para me bater, mas sendo impedido pelo professor entrando em sala. 

    — Eu não te suporto, Choi Yeonjun. — Foi a última coisa que ouvi vindo dele assim que o professor  anunciou que os testes se iniciaram. 


    Eu não poderia acreditar que estava livre daquela prisão por dois meses. Eu não poderia acreditar que agora era só esperar minha mãe vir me pegar para cairmos na estrada rumo à cidade litorânea que eu tanto amava. Eu gostava de me convencer que estava indo para Busan também por conta que realmente gostava do turismo de lá, mas eu não tinha o poder de fingir que meu coração apenas não estava eufórico para ver Bin depois de um semana inteira na qual quase nem nos falamos pelo celular por conta da correria causada por conta dos testes de pré-férias. 

    Eu estava ansioso para caminhar pela orla da praia ao seu lado até o anoitecer e depois do jantar ir o encontrar no telhado da minha casa, onde de lá assistíamos o nascer do sol com uma visão privilegiada. Essa foi a minha programação favorita nas férias de verão do ano passado tudo porque Soobin passou a ser a minha companhia em todos esses dias. 

    Assim que minha mãe acelerou com o carro entrando no estacionamento, Beomgyu se assustou ao meu lado no banco qual estávamos sentados com o barulho potente do motor, logo depois me olhando com aquela carinha chorosa que só ele conseguia ter. 

    — Sério que não tem um espacinho no porta-mala para eu ir também? — Choramingou, me desmontando. Eu fiquei de pé, sendo acompanhado por ele, antes de o puxar para um abraço apertado. Eu o amava, desde a sua fofura até o seu drama diário. 

    — Não seja tão dramático, Beom, você sabe que é contra a lei transportar pessoas no porta-malas. — Tentei fazer graça e ouvi do seu resmungo. — Vamos lá, o Kai é bonitinho e você pode mudar o roteiro dessas férias. Nós dois sabemos que ele curte você, é só você dar uma chance para o coitado. 

    — Sério, Yeonjun, eu gosto de você mil vezes mais quando está calado. — Ele me empurrou, me fazendo rir. 

    Minha mãe buzinou  do outro lado do estacionamento, chamando nossa atenção.

    — Eu tenho que ir. — Tentei fazer uma cara triste para ele não me acusar de estar feliz por mais uma vez estar o “abandonando”. 

    — Vai lá...— Falou cabisbaixo, e eu não hesitei em o puxar para um mais novo abraço. — Eu espero que você aproveite esse reencontro com o bonitão lá, porque se você voltar solteiro de Busan, meu amigo, eu juro que te bato quando você chegar. — Tentou me ameaçar, me empurrando para longe novamente enquanto eu gargalhava alto. 

    Beomgyu era uma piada. 

    — É para eu levar a sério? — Indaguei à medida que ia me afastando para longe. 

    — Tenta me testar para ver, Choi Yeonjun. — Ergueu o seu dedinho indicador, e eu neguei com a cabeça sorrindo. 

    Eu realmente amava o meu melhor amigo. 


    Faltava poucos quilômetros para o carro atravessar a divisa e logo eu estaria oficialmente em Busan, no litoral, podendo correr e sentir a areia branquinha da praia sob os meus pés descalços, e eu não poderia estar mais ansioso. Meu coração parecia um batuque de samba daqueles do carnaval, no Brasil, e eu estava torcendo para que não desmaiasse de ansiedade. Minha mãe tirava a atenção da estrada vez ou outra para olhar a minha cara, que com certeza afirmava a minha alegria, então ela soltava um risinho, momentos esses que se estenderam até próximo o nosso local de destino. 

    Era final de tarde já. O degradê no céu me despertando uma felicidade incrível, me dando uma sensação de paz enquanto os raios solares iluminavam o meu rosto. Eu queria descer logo daquele carro e correr para encontrar Soobin, entretanto, quando eu cheguei, as coisas não estavam como eu esperei. Claro, a casa de praia ainda era a mesma de dois andares e pintada com uma forte cor de amarelo, o que eu amava porque aquela era a cor favorita do Choi, o porém era que ele não estava na porta da minha casa para me recepcionar. 

    Enquanto eu descia do veículo com o Aty — meu hamster de estimação — a realidade se fazia mais cruel do que eu achava. Sinceramente, eu era bobo por me sentir tão magoado com algo tão idiota. Certamente ele tinha coisas mais importantes para fazer e não havia me prometido nada sobre me esperar em frente da minha casa, como fazia das outras vezes em que eu apenas saia com a minha mãe para conhecer os pontos turísticos daqui e na volta eu o encontrava com o seu cabelo grande no tom avermelhado por ser queimado pelo sol embaraçado pela brisa que vinha do mar em conjunto de suas bochechas vermelhinhas. Talvez o que me abateu foi o desejo imediato de ver a sua figurinha naquele estado lindo do auge de sua beleza. 

    Soobin era adulto, tinha a sua faculdade de biologia para frequentar, seu trabalho na barraquinha  de frutos do mar para exercer e até mesmo os seus próprios interesses que iam muito além do que a sua amizade comigo. Mas, na verdade, hoje já era fim de tarde e ele não trabalhava e estudava à noite…

    — O que você está fazendo aí com essa cara de cachorrinho abandonado? Vem me ajudar logo a retirar essas malas daqui! — Minha mãe resmungou, e eu apenas despertei dos meus devaneios reparando que o mar naquele dia se mostrava calmo como a brisa, que era quase que inexistente. 

    Soobin não me devia nada. E eu deveria parar de ser tão paranoico e exagerado. 


   



Notas Finais


Primeiro, eu quero agradecer imensamente a @Nescauxxx pela capa maravilhosa. Eu amei ela de coração e até quero chorar agora porque alcançou todas as minhas expectativas. Você é demais, Rosinha, mesmo que você não me suporte por eu te chamar de Rosinha kkkk Obrigada💛🌈

O Yeonjun é jovenzinho, inseguro e paranoico assim mesmo, okay? Mas, e aí, o Soobin o deixou na mão ou não precisa de tanto drama? Kjkkk

Desculpem qualquer erro. Me avisem caso tiver algo absurdo perdido aí que eu não tenha reparado.

Yeonbinas, avante. Me dêem feedbacks, please aaah


Grupo yeonbin — https://chat.whatsapp.com/FydejriYkvz5tcqiM0JsLO


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