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História Por um triz (SasuSaku) (NaruHina) - Aprendendo a ser pai.


Escrita por: Kaah_ChanUchiha e NandaSK

Notas do Autor


OLAAAAAAAA MEU POVOOOOOO!!!

Agradecemos a todos vocês por todos os favoritos e comentário, estamos extremamente felizes com a aceitação da história, principalmente por ser uma temática tão intensa e importante. Continuem nos falando suas ideias e sentimentos, queremos vivenciar essa história com vocês.

Preparados para o capítulo do Sasuke-kun?

Música: Don't you worry child - Sam Tsui.

Capítulo 8 - Aprendendo a ser pai.


Fanfic / Fanfiction Por um triz (SasuSaku) (NaruHina) - Aprendendo a ser pai.

“Houve um tempo, eu costumava olhar nos olhos do meu pai

Em um lar feliz, eu era um rei, eu tinha um trono de ouro

Aqueles dias se foram, agora as memórias estão na parede

Eu ouço as canções dos lugares onde eu nasci...”


SASUKE UCHIHA

Eu ainda sentia o corpo tenso devido a conversa com Naruto. A vontade de soca-lo e puxa-lo para uma luta era grande, mas eu sabia que aquilo não resolveria o que eu precisava. Mata-lo não apagaria esse sentimento de traição que apertava o meu peito.

Sabia que Sakura havia deixado nossa filha na casa de seus pais, então assim que sai do QG fui para lá. Shikamaru me olhou preocupado quando passou por mim, Kakashi havia saído pouco tempo antes de eu decidir que era hora de ir embora e agora sentia como se todos na rua soubessem daquela traição.

Eu sentia que as pessoas me encaravam segurando o riso, como se soubessem que no tempo em que eu estive fora minha esposa e meu melhor amigo se uniram contra mim.


“No alto da colina em frente ao lago azul,

É onde eu tive minha primeira decepção

Eu ainda me lembro de como tudo mudou...”


 Sasuke? – a mãe de Sakura me encarou surpresa assim que abriu a casa – Que bom que voltou de sua missão. Veio buscar Sarada?

 Sim.

 Entre, sente-se um pouco. Vou colocar uma água para o chá enquanto dou um banho em Sarada. Ela acabou de comer melancia, está toda lambuzada.

— Eu posso fazer isso – disse um pouco ansioso – Posso dar banho em minha filha, quero aproveitar o tempo perdido.

Ela me olhou com um olhar estranho, misto de compaixão e algo que eu não conseguia identificar.

 Vou buscá-la, eu a deixei no quintal enquanto atendia a porta – ela desapareceu por entre os corredores e poucos minutos depois voltou com a pequena em seus braços – Papai veio te levar para casa Sarada.

Mais uma vez aqueles olhos arredondados e negros me fitavam e eu sentia o estômago revirar.

 Vamos para casa, Sarada.

 Onde a Okassan tá?

— Ela já deve estar em casa.

 Vai Sarada, a vovó precisa regar as plantas.

Mebuki me deu a bolsa de Sarada e depois entregou minha filha em meu braço. A pequena estava com a roupa suja da fruta recém comida.

Nos despedimos e assim que comecei a correr, Sarada reclamou.

 Vento... Vento forte – disse tampando os olhos com as mãos pequenas.

Respirei fundo. Teria que ir andando ao invés de correndo pelos telhados.

 Borboletinha... Olaaa o paquinho... Sarada grudenta – ela falava várias coisas de uma só vez, não pude deixar de notar a semelhança que ela tinha com Sakura – Po que você não mora com Sarada e Okassan?

Eu a encarei surpreso pela pergunta, uma por ser de uma criança e outra por vir daqueles onix tão intenso.

 Eu estava trabalhando... Viajando. Para manter vocês seguras.

Segulas? – ela franziu o cenho em uma expressão adorável – Você potege Sarada do bicho papão?

Tive vontade de rir da inocência de minha filha.

— É quase isso.

No restante do caminho minha filha não parava de fazer observações de tudo a nossa volta. Falava com os animais na rua, com outras crianças e até ria para alguns civis. Definitivamente o que ela tinha da minha aparência, tinha da personalidade de Sakura. Era extremamente comunicativa e sociável.

Quando chegamos em casa eu a coloquei no chão.

 OKASSAN!!! SARADAAAA CHEGOUUU!!!

 É Tadaima que se diz, Sarada – eu a corrigi enquanto colocava a bolsa no sofá e trancada a porta.

Tadama?

 Tadaima – disse novamente – significa “Estou em casa”.

 Aaaaaah – ela sorriu – TADAAAMAAA OKASSAN, SARADA CHEGOU.

Sorri de canto percebendo que o chakra de Sakura não estava em lugar nenhum. Foi então que notou um bilhete do que parecia ser a letra de Kakashi.


“Quando chegar em casa vá ao hospital, Tsunade precisa de você em uma cirurgia. Esqueci de falar mais cedo – H.K”


Respirei fundo.

 Sarada – chamei a pequena que já estava brincando no chão da sala – Okassan precisou ir trabalhar. Você precisa de um banho.

 Não quelo banho – franziu o cenho – Sarada não que banho.

Ela pula de uma lado para outro na sala, jogando um pequeno urso de pelúcia para cima e tentando pega-lo.

 Mas você precisa, está toda suja de suco de melancia.

 Naaaao – ela saiu correndo pela casa e eu respirei fundo, então isso era ser pai?

Lembrei do trabalho que dava para Itachi quando ele tentava me dar banho e eu saia correndo pelo clã todo pelado. Senti o peito doer pela lembrança do meu irmão e da minha infância. Tudo era simples antes daquela fatídica noite.

Voltei a realidade e comecei a procurar Sarada no quarto. Notei seus pezinhos embaixo da cama e sorri de canto. Me agachei e ouvi seu riso infantil, peguei sua perninha grossa e a puxei a ouvindo gargalhar.

 Achei você.

 Não... Sarada limpinha... Não quelo banho.

 Tem certeza? Por que eu ia tomar sorvete mais tarde, mas só pessoas que tomaram banho pode tomar sorvete.

Ela franziu o cenho.

 Sarada comeu melancia, não tô com fome.

Revirei os olhos e a vi cruzar os bracinhos e me olhar com uma feição de raiva. Kami, era mesma coisa que olhar minhas fotos antigas.

 Você não pode da banho em Sarada.

 E por que não?

 Você é menino, só a Okassan e a vovó podem dar banho em Sarada.

Sakura tinha feito um ótimo trabalho cuidando de Sarada. Eu não podia negar que ela era uma excelente mãe. Assim como a minha era...

 Você está certa – disse me sentando ao seu lado – Mas é você quem vai tomar banho, eu só vou te ajudar a com o shampoo e outras coisas.

Ela me olhou desconfiada.

 Eu quelo a Okassan.

Observo a teimosia de Sakura em suas feições quando a mesma franze a testa e faz um biquinho. Respirei fundo. Não podia ser frio e monossilábico com Sarada, ela era muito esperta, porém ainda era uma criança de três anos. Tentei ser o mais amável possível, mesmo não sabendo como. Me ajoelhei e fiquei o máximo possível na sua altura.

 Sarada, sua Okassan está trabalhando. Vai esperar por ela toda suja de melancia?

Ela pareceu pensar.

 Sarada pode da banho na boneca também?

Franzi o cenho e a vi correr até o armário de brinquedos e pegar uma boneca qualquer.

 Pode.

No banheiro eu a ensinei lavar seu próprio corpinho e sorri toda vez que ela pedia para eu fechar os olhos por que era “menino” o problema maior foi quando eu precisei pentear seu cabelos.

— Paaala, tá machucando a Sarada.

 Mas seu cabelo está embaraçado – eu tentava prende-la entre minhas pernas e penteava os fios negros com minha única mão. Ah, que falta me faria a mão esquerda nesse momento.

 A Okassan não machuca a Sarada... Você é mal.

Ela chorava e não parava de se mexer.

Tive que ativar o braço mecânico do Susanoo e a vi trocar as lágrimas pela curiosidade.

 Faz cócegas no braço da Sarada – riu quando o braço roxo a tocou.

Agora eu tinha mais controle sobre meus movimentos e conseguir terminar de pentear aquele ninho de corvos. Será que eu dava tanto trabalho quando era pequeno?

E então algo ainda pior surgiu. O que eu faria para jantarmos?

Estava com Sarada em meu braço e encarava a cozinha como um campo de batalha. A deixei sentada em sua cadeira de refeições e Suspirei. Nos últimos anos eu não me preocupava com alimentação. Comia e dormia onde dava. Mas não podia fazer o mesmo para minha filha.

Procurei na dispensa e na geladeira, quase agradecendo a Kami quando achei tomates frescos.

 Eca – Sarada franziu o cenho – Tomate não.

 Você não gosta? – eu quase me senti ofendido.

Ela fez um bico enorme e balançou a cabeça de um lado para o outro bagunçando o que eu havia acabado de arrumar. Bufei e encarei a geladeira novamente. Encontrei alguns legumes e filés de peixe. Espero que minha comida fique comestível e minha filha não morra de fome.

Deixei Sarada entretida com alguns brinquedos de cozinha e dei um pedaço de queijo para ela fingir que me ajudava a cozinhar. Pela segunda vez no dia tive que ativar o braço do Susanoo para fazer as atividades domésticas e conseguir cozinhar com mais facilidade. Nunca senti tanta falta do meu braço quanto estava sentindo naquele momento.

Quando finalmente consegui terminar o jantar, me sentei na mesa junto com Sarada e a encarei.

 Não está com fome?

Ela encarou o prato a sua frente.

 Okassan ajuda Sarada a comer.

Franzi o cenho e me sentei ao lado dela. Seu prato estava cheio de legumes e um pedaço de peixe. Estava relativamente fácil para comer, mas ainda assim Sarada parecia não conseguir.

 Corte os legumes e assopre... Está muito quente – a ensinei – Entendeu?

Ela tentou fazer e acabou queimando a boca, logo começou a chorar.

 Não Sarada, eu disse que estava quente.

Coloquei suco em um copo para que ela esfriasse um pouco a boca e aos poucos ela foi parando de chorar. Como Sakura fazia aqui? Eu não sabia o que podia fazer.

A janta fora uma verdadeira batalha. Minha comida esfriara enquanto tentava alimenta-la. A pequena brigava as vezes por querer comer sozinha e quando lhe dava a colher ela fazia uma bagunça não só na mesa, mas em suas próprias roupas, por diversas vez tive de parar meu garfo no meio do processo até minha boca para separar os legumes verdes que ela dizer se “salada” fazendo cara de nojo. Quando em fim a soltei após estar alimentada, pensei que poderia comer minha comida sem interrupções... mas fora só um pensamento mesmo... Pois a criança saíra correndo pela casa até que ouvira o som de vidro quebrando. Me dirijo até seu quarto e a vejo usando a gaveta da cômoda com degrau para pegar algo que estava lá em cima.

— Queblo... — diz ela com os olhos arregalados por ter sido descoberta.

Logo o cheiro de seu perfume infesta a casa inteira.

— Ei pequena, você não pode mexer aí em cima – a repreendo pegando-a pela cintura e a levando para sala.

Ela ri pela forma que a carrego de baixo do braço.

— Fique aí enquanto eu limpo aquela bagunça.

Passo os próximos minutos limpando o quarto. Estou voltando a sala onde a havia deixado e a encontro mexendo nos porta-retratos, quase derrubando um deles, mas sou mais rápido e pego antes que esse cai ao chão. Estou preste a chamar-lhe atenção novamente quando a ouço gargalhar alto. Seu riso inocente ecoa pela casa enchendo meu peito de algo completamente novo. Me perco, observando maravilhado a pequena dar palminhas no ar ao mesmo tempo que gira. Era coisinha mais bela e graciosa que eu já vira... e era minha e de Sakura.


“Houve um tempo, eu conheci um menino de um tipo diferente

Nós governamos o mundo,

Pensei que eu nunca fosse perdê-lo de vista, nós éramos tão jovens...”


Pensar em minha esposa me fizera lembrar dos últimos acontecimentos do dia. Tomar conta de Sarada ocupara minha mente por completo, me fazendo esquecer do mundo lá fora, de minhas obrigações com a Aldeia, me deixando levemente assustado. Como Sakura conseguira conciliar seu serviço no hospital, cuidar da casa e ainda dar a atenção que Sarada merecia?

Volto a realidade quando a vejo cair sentada, coçando os olhinhos ao mesmo tempo de boceja.

— Vamos mocinha, está na hora de por você na cama.  digo a pegando em meu braços.

— Quelo minha Okasaan...  choraminga ao deitar a cabeça em meu ombro.

— Logo ela estará em casa. Porque não esperamos ela na cama?

Ela faz que sim com a cabeça. Seu quarto cheirava forte ao perfume, então decidi deitar ela em nossa cama, esperaria mais algumas horas até o cheiro sair.

— Fica com Sarada... — Não posso deixar de sorrir da forma como ela se chama na terceira pessoa.

— Tudo bem.  Digo me deitando ao seu lado na enorme cama.

A sinto se aconchegar em meu braço e novamente aquela sensação inflama meu peito. Como eu pudera ter ficado longe de minha família, longe dessa coisinha miúda por tanto tempo?


“Meu pai disse:

Não se preocupe, não se preocupe criança

Veja, o céu tem um plano para você.”


Notas Finais


Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=vcR0MPPdcQQ

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Gente, Nanda e eu estamos apaixonadas por esse capítulo... Espero que vocês consigam sentir todo o amor que colocamos nessas palavras. Se você chegou até aqui, comentem e nos contem o que sentiram ao ver a visão do Sasuke e seus sentimentos com relação a filha 🤗

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INDICAÇÃO DO DIA:

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O primogênito - KAKASHI+AIKO: https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-primogenito-17798064

Brincando com a morte - Desafio - NEJI+TENTEN: https://www.spiritfanfiction.com/historia/bricando-com-a-morte-desafio-17603153

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Voltamos no sábado com a narração do nosso Sétimo hokage preferido 😏🖤


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