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História Porque o único pomo que eu quero pegar é você - Único


Escrita por: Musa_

Notas do Autor


Drarry
Continuação de "Noite de detenção"

Capítulo 1 - Único


Fanfic / Fanfiction Porque o único pomo que eu quero pegar é você - Único

Harry acordou, meio assustado, ainda em transe. O mundo ao redor de si era desfocado e estranho. As cortinas da cama estavam abertas naquele dia, pois se esquecera de fecha-las, tamanho cansaço do dia anterior.

Assustou-se novamente quando seu melhor amigo roncou na cama ao lado mais uma vez. Olhou para o lado, vendo Ron, que dormia com a boca aberta, em uma posição estranha e uma poça de saliva forma-se em seu travesseiro. Sorria com o som reconfortante e estranho.

Chutou os lençóis para longe e se aconchegou melhor na cama. Mais um ronco. Seamus resmungou algo na própria cama, virando de costas e cobrindo as orelhas. Enquanto isso, Harry ainda olhava na direção do ruivo, com uma expressão boba, mas, já não o via, perdido em pensamentos.

...

O professor Snape se ausentara da escola, pois, precisara fazer algo importante para o diretor. Naquele dia, a aula dupla com a Sonserina fora substituída por uma extra de história da magia. O professor Binns flutuava na frente da sala, narrando-mais uma vez- a revolta dos gobblins. Ron estava sentado ao seu lado, esfregando os olhos.

-Que bom que vamos ter duas aulas dele hoje, né Harry? Pode ser chato, mas, ainda é melhor que o Snape. - Bocejou- Eu não dormi direito ontem a noite. Pelo menos dá pra tirar o atraso.

Harry concordou com a cabeça desanimadamente.

-Engraçado, né? Você não dormiu bem?- a voz arrastada de Malfoy surgiu de algum ponto próximo. – Você ronca tão alto que eu não consegui dormir nada essa noite.

-Vai se f... Pera. Como você sabe que eu ronco?- perguntou Ron confuso, com os olhos semicerrados.

Harry gelou.

Draco riu de nervoso, mas, manteve o tom de desdém. –Todo mundo sabe que você ronca Weasley. O castelo inteiro pode te ouvir. -A parte da Sonserina e alguns grifinórios que não estavam dormindo riram. Alguém concordou com um murmúrio de aprovação.  

-Vá á merda Malfoy. –  Ron mostrou-lhe o dedo do meio.

-Sabe o que eu acho cara? O Malfoy está dormindo com o Harry pra tentar absorver um pouco de habilidade no quadribol. – Dean riu.

Ron riu de volta, virando-se para o amigo deitado contra a mesa, face vermelha enfiada no meio dos braços. – Porra Harry! Está nos traindo?

O moreno tentou controlar o tom de voz e respondeu alto, sem sair do seu esconderijo- Nem assim pra Sonserina ganhar a copa das casas.

Dean e Ron riram em aprovação, trocando um “High-five”, enquanto a Grifinória trocava risinhos, assovios e murmúrios em aprovação, até o professor fantasma virar-se sério, pedindo silêncio. Espiou por cima de seus braços, vendo Draco revirar os olhos e lhe mostrar a língua. Sorriu pequeno.

Cinco minutos depois Hermione Granger apareceu para chutá-lo da cama e de suas divagações.

...

Ron entupia seu prato -e boca- de torradas, ovos, salsichas e bolinhos de abóbora. Hermione ralhava com ele, em um intenso sermão: “Você vai ter uma indigestão! E se passar mal e cair da vassoura? Depois de todo esse treino, o time não pode se prejudicar por causa de um goleiro com o olho maior que a barriga!”. Nesse ponto, a cacheada tinha razão. O treino já durava mais de um mês e acontecia quase todos os dias. Quando finalmente podiam descer da vassoura quase não podiam sentir as próprias pernas.

O primeiro jogo fora contra a Corvinal, com uma vitória apertada garantida por Gina Weasley, que demonstrava ser uma ótima artilheira. Parece que a paixão pelo quadribol estava mesmo no sangue dos ruivos. Com a derrota da Lufa-Lufa, vermelho e verde enfrentavam-se na final. Todos tinham certeza que os professores – muito provavelmente com um dedo de Dumbledore – organizavam a ordem de jogos daquela forma de propósito, só para causar discórdia. Se aquele era o objetivo, estava dando certo.

 Toda a escola estava alvoroçada. Seamus pintara o rosto de vermelho e amarelo para ver Dean jogar. Luna Lovegood usava seu icônico chapéu de leão em tamanho natural. Uns garotos haviam soletrado “Sonserina” com tinta na barriga e esperavam ansiosos para tirar a camisa no meio do jogo, quando nenhum funcionário da escola poderia impedir. Três alunos da Grifinória e um corvino escreveram “fede” e soltavam risinhos animadamente ansiosos, esperando para se posicionar nos locais certos nas arquibancadas e estragar a brincadeira. Até mesmo os professores estavam se alfinetando. Alguém deixara o cabelo da McGonagall verde, e ela andava furiosa para descobrir quem havia feito aquilo, mas, desconfiava de Snape e aguardava o momento certo de contra-atacar. Dumbledore colocava bolinhos em seu saco de doces, para comer enquanto via o circo pegar fogo.

Alguns alunos passavam pela mesa da Grifinória para incentivar os jogadores. Hagrid até havia feito um bolo- meio torto- desejando boa sorte. Mas, Harry não ligava para nada disso. Seus olhos fixavam-se na mesa da Sonserina, onde um certo loiro recebia um sermão dá parte de Pansy Parkinson. Seus olhos se encontraram. Pansy Parkinson olhou feio para ele, agarrando o rosto do loiro e voltando-se para ela. Harry entendeu o recado. Sem distrações em dia de jogo.

Suspirou infeliz. Estava tão frustrado! Havia semanas que não se encontrava com o loiro por causa dos treinos. Considerou até mesmo invadir o vestiário da Sonserina, reconsiderou pensando na possibilidade de encontrar com um Goyle pelado.

A ausência prolongada fez com que ele tivesse tempo de pensar sobre seus sentimentos e sentir-se melhor sobre eles. Não ia dizer que era amor ou algo assim, mas, sabia que podia se sentir muito bem com o loiro e desenvolvera uma certa afeição por ele. Também desenvolvera uma espécie de Síndrome de Abstinência de Draco Malfoy. Sempre que estava longe dele ficava procurando-o no mapa do maroto e, quando em sua presença, não conseguia parar de encara-lo. Até Hermione começava a se incomodar. Quantas vezes já não precisara arrumar uma desculpa? Agora ela e Rony achavam que ele estava obcecado- e talvez estivesse mesmo- enquanto ele só sentia vontade de gritar.

Draco tinha Zabini e Parkinson. E ele? Se dissesse qualquer coisa, principalmente se envolvesse “transar” e “Malfoy” na mesma frase, seria imediatamente internado na área de casos irrecuperáveis no St. Mungus. Esse dilema pesava em seu peito. Corria atrás de Malfoy-e causava um ataque de coração no senhor Weasley- com a chance de perder o apoio dos amigos, ou ignorava o loiro e perdia a própria sanidade mental?

Ambas as opções pareciam perigosas, principalmente considerando que no final havia a chance de o loiro não ter as mesmas intenções que ele. Certo, o Sonserino já havia dito que também gostava dele. Mas, até que ponto?  Olhou para a mesa verde e prata novamente. Um dos artilheiros do time fazia uma imitação patética de Harry Potter. Os amigos riam dele, Draco ria para ele.

Harry Potter tomou sua decisão. Daquele jeito não podia ficar! Saindo escondido, mentindo para os amigos, seu ciclo de sono todo bagunçado e para piorar, a dor esquisita no peito, a sensação de querer ver e não poder? O moreno só queria poder acordar, se dirigir ao salão principal e desejar um “bom dia meu  loiro”. Isso era pedir demais? Sentiu vontade de levantar do banco e marchar até a mesa do outro lado e gritar “Que porra nós somos agora?”. Hm. Mas, hoje não. As apostas sobre o jogo cresciam rapidamente, quase ultrapassando as apostas sobre quem ele supostamente estaria namorando, espalhadas pela Murta-que-geme.

Um a um os alunos dirigiram-se ás arquibancadas, enquanto os jogadores iam para os vestiários. Dean saiu com um alegre Finnigan - Harry não sabia se a música de vitória que o garoto cantava era trouxa ou inventada- nas costas. Hermione beijou a bochecha de cada um, antes de partir com Neville e Luna para o campo, gritando um “boa sorte” de longe.

Harry foi um dos últimos a se levantar, esperando por Ron que havia ido para o banheiro. Do outro lado do salão, na mesa da Corvinal, Cho Chang e suas amigas soltavam risinhos, algumas  mandavam beijos. Na mesa da Sonserina Draco Malfoy não estava a vista e Blaise fez uma cara de nojo, enquanto esperava a melhor amiga se levantar, mas, Pansy não estava muito perto disso. Fez um gesto com a mão para que Harry se aproximasse.

-O que foi?-  Harry disse baixo, olhando em volta para ver se ninguém estava  ouvindo. Ao seu lado só havia Crabbe, que de algum jeito prendera a mão em um pote de geleia e teve que se levantar para pedir ajuda ao professor Flitiwick que passava.

A garota sorriu e sussurrou- Estamos tentando fazer as pessoas pensarem que estamos juntos, darem o palpite errado e nós ganharmos a aposta quando você finalmente sair do armário.

-Seja legal Harry! Nós vamos usar o dinheiro para dar uma festa!- completou Blaise baixo.

Harry forçou uma cara feia, mas, logo Parkinson disse em voz alta, piscando os olhos sugestivamente – Você vai pegar o pomo pra mim não vai Harry?

As garotas da Corvinal se viraram para olhar surpresas. Harry mostrou o dedo do meio e saiu andando com um riso no rosto. Ron voltou do banheiro, ajeitando as calças e juntos se encaminharam para os vestiários com pressa, para vestir o uniforme.

- O que eles queriam Harry?- perguntou Ron, novamente com a boca cheia de alguma coisa.

-Ela estava falando de você. -  respondeu como quem não quer nada, continuando a andar quando o amigo estacou no caminho.

-Sério?!

...

Os jogadores entraram em campo, sete de cada lado. Ouviram-se gritos e vais -e o som da briga de vários estudantes sem camisa- das arquibancadas. Harry fechou os olhos e sorriu, sentindo o vento -acabar de- bagunçar seus cabelos. Alguns jogadores faziam um aquecimento no chão, outros giravam no ar. O moreno estava alheio a tudo, a poucos centímetros do chão, esperando o sinal para disparar para o ar. Sentiu alguém apertar de leve a parte interna de sua coxa.

-Nervoso?- disse Gina, com um sorriso caloroso- talvez até demais- nos lábios, flutuando ao seu lado.

Harry abriu os olhos e não soube qual dos dois olhares, de Draco ou Ron, acima de sua cabeça parecia mais ameaçador. Mal teve tempo de responder, pois o jogo começou e a ruiva passou zunindo atrás da goles. Logo anunciou-se o primeiro -de muitos- gol da Grifinória.

Perdeu-se de seus pensamentos, à procura do traço dourado do pomo. De vez em quando, ouvia a voz do narrador  sem reconhecer a quem pertencia.

-Grifinória continua com a bola...

-Defesa espetacular da Sonserina!

-Gina Weasley se aproxima para roubar a bola... Opa! Falta da Sonserina!

-Está na hora do Weasley parar de fazer essa cara de peixe morto e começar a defender alguns gols!

-Goyle tenta acertar um balaço, mas, acaba derrubando o próprio bastão. Como é que deixam um cara desses entrar no time?

O menino ignorava a maior parte dos comentários, captando apenas algumas frases soltas. Numa dessas pode ouvir “Parece que o apanhador da Sonserina avistou o pomo! E está indo rápido!”. Harry se virou a tempo de ver o loiro voando como um foguete. Não avistando o pomo, disparou atrás dele, mas a distância já estava grande demais.

Um dos batedores da Grifinória tentou intervir, mirando um balaço nas costas de Malfoy, que por sua vez se aproximava, cada vez mais rápido, da direção onde Gina Wesley apanhava a goles. O loiro desviou-se no último segundo. A garota mal teve o tempo de fazer o mesmo, tendo que largar a bola- apanhada pelo time adversário-  para não cair, ficando pendurada na vassoura.

-Oh! Golpe baixo do apanhador da Sonserina! Mas, não posso deixar de dizer que foi esperto.

Harry olhou feio para o loiro, que ria, sem olhar em sua direção, vendo, bem de cima, a menina receber ajuda dos companheiros de time para subir de volta na vassoura, enquanto a Sonserina aproveitava para marcar vários pontos. Um brilho dourado chamou a atenção do moreno, que percebeu a oportunidade perfeita.

Voou alguns metros para cima, devagar, ficando de frente o loiro. Draco parou de rir, olhando-o desconfiado. O moreno mordeu o lábio inferior, enquanto se aproximava. O Sonserino o encara, estático. O jogo continuava, bolas e jogadores passavam cortando o ar.

- Que maldade Dray. Tudo isso por ciúmes?- Harry provocou enquanto o loiro olhava feio. Continuou se aproximando até estarem a poucos centímetros um do outro, a ponto de se beijarem. O olhar de Draco fitou sua boca e em seguida as orbes verdes. Aquela foi uma das poucas vezes que viu o outro corar. As vassouras estavam pareadas. Tudo aconteceu muito rápido. Harry ouviu um zumbido muito próximo, que o mais velho não percebeu, logo dizendo para só ele ouvir. – Te entendo. Você nunca acabou de admitir mas... Também não suporto que mexam com o que é meu.

A plateia vibrou. Sobre os gritos, as exclamações do narrador “Grifinória ganhou o jogo! Grifinória ganhou o jogo!”. Harry sorriu maldoso, guardando o pomo que apanhara, voando poucos centímetros atrás da cabeça de Malfoy. Disparou para o solo, onde todo o time o puxou para um abraço coletivo.

...

Depois de todas as comemorações e agradecimentos, Harry se permitiu relaxar. Não via Draco desde que o jogo acabou e estava meio receoso com a possibilidade do garoto ficar com raiva dele.  Negou o convite de Seamus para se juntar a eles na festa de vitória no salão comunal da Corvinal, com a desculpa que preferia tomar banho no vestiário antes, sem ninguém para encher o saco.

- Melhor pra nós! -Ron Weasley gritou, esfregando as mãos no uniforme imundo, enquanto Hermione bufava em desaprovação. – As garotas adoram o cheiro de macho suado. Ah! Está rindo é? Pois vamos ver quem vai rir quando eu conseguir pegar alguém hoje e você não!

Harry esperou os amigos subirem e se dirigiu ainda rindo ao vestiário da Grifinória. Um *click* chamou sua atenção à distancia, mas, decidiu por ignorar. Entrou no vestiário e surpreendeu-se pelo silêncio naquele lugar normalmente preenchido de riso e conversas. Mal teve tempo de retirar a primeira luva quando sentiu algo agarrar seus ombros e suas costas se chocarem contra a parede. Dedos longos apertaram seu pescoço com força, o susto foi suficiente para fazê-lo perder o ar.

-Não acredito que fez isso comigo de propósito Potter. – Draco Malfoy estava parado na sua frente. Havia raiva em seu tom de voz e um brilho frio e assassino em seus olhos cor de tempestade. – Acho que foi a coisa mais babaca que você já me fez.

-Malf...- tentou dizer, tentando arrancar a mão do outro de sua garganta.- Está me mach..

Não conseguiu completar a frase, pois, o loiro o calou, selando seus lábios em um beijo, primeiramente calmo, mas, logo se transformando em algo voraz e desesperado. Seu pescoço foi solto, porém, continuou respirando com dificuldade, arfando entre os beijos. Draco colou seus corpos, prendendo suas mãos acima da cabeça. Harry gemeu baixo na boca do maior, que riu, soltando suas mãos.

-Muito sonserino da sua parte Potter. Gosto da sua atitude. Só preferiria não ser eu a testa-la. - Sorriu de canto- Te assustei?

Harry soltou um suspiro aliviado, ao perceber que Malfoy não ficara chateado. – Hm... talvez? – disse, esfregando a garganta dolorida. Sorriu sacana quando o loiro apertou  sua bunda.

- Ah é? – Draco riu sarcástico.- Pois só você está feliz. Eu estou muito puto com você- disse, fazendo um beicinho e apertando a cintura do moreno.

Harry fingiu levar a sério. – E o que você quer que eu faça?

Malfoy sorriu maliciosamente, respondendo bem perto da orelha do menor, que se arrepiou. – Bem que você podia achar um jeito de me compensar.

Harry sorriu por dentro, enquanto tentava parecer sério, analisando o uniforme de quadribol do loiro. – Então vamos fazer assim... – Rosnou puxando a frente das vestes com força, trazendo o rosto do loiro em sua direção e com os rostos tão próximos, continuou – Você perde a Copa das Casas e o direito de reclamar sobre isso...

Parou para morder os lábios do loiro, que impacientemente os puxou para que o moreno terminasse a frase- E ganho...?

Harry sorriu, atacando o pescoço do loiro com beijos e mordidas, enquanto direcionava ambas as mãos do loiro para sua bunda – Me parece uma boa oferta. – Draco riu, acertando um tapa na nádega esquerda do menor, que se apertou mais contra ele.

Ambos sorriram e voltaram a se beijar. Draco não estava realmente chateado. Apesar de ser bastante competitivo, aquele tipo de esperteza era algo que sua casa valorizava. Mas, ouvir que o seu moreno vai estar no nu e sozinho em algum lugar não é uma oportunidade que se joga fora... Por algum motivo, não se sentira nem um pouco preocupado sobre o que aquele gesto parecera daquela distância no jogo. Sabia que os amigos de Potter eram burros e não perceberiam que algo estava acontecendo entre eles nem que presenciassem. Agora sonserinos... Era outra história. Sabia que ouviria muitas provocações mais tarde. Não se importava.

O moreno retirou a capa do loiro, que caiu aos seus pés, segurando seu rosto com ambas as mãos para aprofundar o beijo. Draco chutou a capa para longe, agarrando as coxas do grifinório e puxando-o para cima, sem parar de beija-lo. Harry entrelaçou as pernas na cintura do loiro, passando as mãos por suas costas. Estava feliz.

O beijo se tornava cada vez mais profundo. Arfou quando o parceiro pressionou seu corpo contra ele, sentindo quão duro ele estava. Harry não muito diferente. Draco findou o beijo mordendo e puxando o lábio inferior do menor, logo partindo para explorar seu pescoço. O de olhos verdes sentiu o corpo amolecer, jogando a cabeça para trás e suspirando. Gemeu por cima do ombro do sonserino, quando ele atacou sua orelha esquerda. De repente, afastou-se.

-Harry? Você ouviu isso? – sussurrou, olhando em volta desconfiado.

- O quê? – perguntou, envolvendo os braços em volta do pescoço do maior para observar melhor.

-Não sei dizer. Estou com uma sensação ruim. – voltou a olhar para o menor, frustrado por não conseguir identificar a origem do som. Seria real?

- Como se estivéssemos sendo observados? – perguntou, apoiando a testa contra a de Draco.

- É. – concordou, colocando-o no chão e virando-se para espiar o vestiário.

Harry achou muito bonitinho a forma como o loiro se mantinha na frente dele, como se para protegê-lo de algo que pudesse ataca-los. Riu. – Talvez a Parkinson esteja escondida em algum dos armários. -brincou.

Draco riu, voltando-se para ele e pegando-lhe a mão. -Vem, vamos sair daqui.

Harry seguiu com o sonserino para a área que continha os chuveiros e fechou a porta. Tomando iniciativa, empurrou o menino para um dos boxes, abrindo o chuveiro e rindo com  a aparência do cabelo loiro molhado caindo sobre os olhos. Draco mostrou a língua e o moreno  a mordeu, recomeçando o beijo, as mãos do  loiro foram para sua cintura do menor, puxando-o para sob o jato de água.

Suas roupas colavam contra seus corpos e Harry achou muito sexy ver o peitoral do loiro marcado contra a camisa molhada. Logo arrancou a própria capa. O restante das roupas de ambos foram atiradas em uma pilha molhada no box ao lado.  Mãos de dedos longos apertaram e separaram sua bunda, trazendo-o para mais perto. Ambas as ereções roçavam dolorosamente. Malfoy agarrou ambas e começou sofregamente. Harry gemeu baixo contra a boca do maior, voltando a beija-lo. Sentiu um pouco da água entrar em sua boca e  tornara-se um pouco difícil de respirar com o vapor que tomava o banheiro. Não ligava.

Harry encarou os outros nos olhos e percebeu que ele observava a massa disforme e molhada de uniformes no chão um pouco sério, parecendo pensativo. Logo sua visão voltou-se para ele novamente, sorrindo e lhe roubando um selinho, em seguida, voltando a chupar seu pescoço. Harry se arrepiou com o gesto, mas, murmurou em voz baixa:

- Dray, tem certeza que não está chateado por causa do jogo?

-O que?- Draco perguntou confuso, observando o rosto preocupado do menor. –Não seja bobo. O único pomo que eu quero pegar agora é você- rosnou contra a orelha do moreno, mordendo o lóbulo, enquanto apertava-lhe a bunda.

Harry soltou um suspiro anasalado, interrompido quando o loiro voltou a tomar-lhe os lábios. Sentiu as mãos do loiro percorrerem suas costas, raspando com as unhas pequenas. Suas coxas foram separadas e o loiro se posicionou melhor entre elas.  A mão do maior surgiu na frente dos seus lábios, pressionando-os.

-Chupa. – pediu, mordendo o lábio inferior.

Seus olhos brilharam quando o moreno agarrou seu punho, chupando seus dedos com intensidade e rodeando-os com a língua. Observou com intensidade oi fio de saliva que ligava seus dedos aos lábios do moreno por um segundo, antes que a água o corta-se. Direcionou seus dedos á entrada do moreno, rosnando ao ouvir o gemidinho que o moreno soltou ao introduzir o primeiro.

O grifinório estava com a cabeça e mãos apoiadas contra peito do loiro, gemendo baixo, quando sentiu o segundo dedo. Soltou um gritinho. Draco sorriu, com o queixo apoiado na cabeça do menor e a mão desocupada arranhando sua cintura. Começou a mover os dedos um pouco mais rápido no interior do moreno.

Em pouco tempo, rebolar contra aqueles dedos não era mais suficiente- Me fode!- pediu manhoso, afastando o cabelo molhado do rosto.

-Com prazer. – o loiro mordeu-lhe o lábio.

Com cuidado para evitar escorregar no chão molhado, ergueu a perna do menor, segurando-o pela coxa, para facilitar a entrada. Harry ficou na ponta do pé, entrelaçando os braços no pescoço do maior, sentindo a água correr por suas costas nuas. A glande forçou sua entrada e ele soltou um gemidinho de dor, enquanto o pênis de Draco penetrava em si. Mordeu o ombro do loiro durante todo o tempo que levou para acostumar-se á ardência. Quando finalmente o soltou, Malfoy soltou um suspiro aliviado, aproveitando a deixa para empurrar-se um pouco mais forte contra o corpo do menor.

Harry tinha as costas apoiadas na parede gelada e o loiro masturbando-o devagar enquanto sua próstata era estimulada com a penetração. Pendurava-se no pescoço do loiro gemendo alto, enquanto o ritmo aumentava. O sonserino parou de masturba-lo, puxando a cintura do moreno em direção contrária aos próprios movimentos.  A visão do menor estava nublada, pelo prazer, pelo vapor e pela falta de óculos, mas, podia perceber Malfoy mordendo o lábio inferior com força, evitando o escape de gemidos.

-Mais forte. -Harry gemeu, com o rosto enfiado no pescoço do loiro.

Estranhou quando o loiro saiu de dentro de si de repente. Ia reclamar, mas, voltou ao chão e foi agarrado pela cintura e virado de costas. Mal teve tempo de apoiar as mãos na parede quando foi penetrado por trás, com força. Harry gritou alto. Os movimentos recomeçaram com intensidade. O moreno apoiou os antebraços e a testa na parede fria, se permitindo aproveitar, enquanto o Draco metia.

O maior voltou a masturba-lo e ele sentiu o orgasmo se aproximando em espasmos por todo seu corpo. Draco veio primeiro, gozando dentro de si e apoiando a cabeça em suas costas. Harry gozou logo em seguida, com um gemido alto, ao sentir seu interior ser preenchido e a movimentação em se pau acelerar. Ficaram parados alguns instantes, respirando alto. Devagar, o grifinório se endireitou, retirando o pênis de dentro de si e virando-se para beijar o maior. Ambos sorriram.

...

Após tomarem um banho, secaram as roupas com um feitiço e as vestiram. Deram uma olhada no vestiário, não vendo nada estranho. Despediram-se, pois, deveriam estar sentindo falta do apanhador na festa de vitória. Por outro lado, Draco Malfoy com certeza não seria bem vindo. Mesmo assim, Harry estava feliz com a possibilidade de voltar a ver o loiro com mais frequência sem a pressão dos treinos. Antes de cada um seguir seu caminho, Draco olhou em volta, e vendo que não havia ninguém, roubou-lhe um beijo demorado e um tapa na bunda. Harry seguiu seu caminho e corou ao ouvir o loiro gritando ao virar o corredor:

-Dá próxima vez, por que não beija de verdade?

...

Harry chegou á sala comunal da Corvinal, onde a festa acontecia. Alguém havia arrumado bebida e Parvati Patil estava em cima de uma mesa cantando uma música animada. Várias pessoas gritaram quando ele chegou, comemorando. Coloraram um copo em sua mão. Ele não conseguia entender nada com a imensa quantidade de barulho em volta. Não viu Hermione em lugar nenhum. Rony parecia se divertir em um jogo com bebidas que o garoto não conhecia.

-Harry Potter! Isso por acaso é um chupão?- Gritou Dean aparecendo do nada e chacoalhando seu ombro. Harry ficou da cor de sua casa. - Não acredito nisso! Ouviu essa Weasley? Você estava errado! O Potter pegou alguém e você não! Então era por isso que você queria o vestiário só pra você filho da puta!

Seus amigos gritaram em aprovação. Do sofá Ron mostrou o dedo do meio. Recebeu tapinhas nas costas de alguém. E vários cumprimentos e parabenizações que não sabia se eram sobre o jogo ou sobre a marca. Ouviu uma lufana comentando com uma amiga que havia ouvido Cho Chang dizer que ele estava pegando a vaca da Pansy Parkinson. Harry sorriu, virando seja lá o que fosse que estivesse em seu copo.

...

Horas depois, voltou para a torre da Grifinória. Não havia bebido nada, mas suas pernas doíam, assim como sua cabeça e sentia-se extremamente cansado. Ron Weasley capotou na cama ao lado, mais louco que o Dumbledore, ainda com o uniforme sujo do jogo. Harry estava com preguiça demais para se trocar, jogando-se na cama como o amigo.

Mal colocara a cabeça no travesseiro, sentiu algo em seu bolso se mexer. Enfiou a mão, encontrando o pomo que apanhara mais cedo. Sorriu, pensando na possibilidade de dá-lo de presente a Pansy Parkinson no dia seguinte para bagunçar ainda mais as apostas. Riu com a ideia. Que tipo de pessoa conseguiria acreditar que ele ficaria com a garota.  No momento, a única pessoa que queria da casa das serpentes era um certo alguém de cabelos claros e olhos cor de tempestade.

Sorriu. Aquele dia só havia confirmado suas convicções. Por mais estranho que parecesse, não conseguia mais ficar sem a presença do menino.  Tinha a sensação que o loiro sentia o mesmo. Assim que pudesse (e criasse coragem) ia procurar o garoto para conversar. Apesar de nunca tivessem falado sobre isso e fazer algumas semanas que estavam um pouco distantes, estava claro que aquilo não era mais uma amizade/inimizade-colorida. Já estava na hora de decidir o que eles eram. Mesmo que o sonserino não quisesse nada sério com ele, estava cansado de ter que mentir para Ron e Hermione.

Harry brincou com a bolinha de ouro em suas mãos, ouvindo o zumbido gostoso das asas batendo. Suas mãos passeavam pelas curvas douradas do objeto. Sentiu algo estranho, que não estava lá nas últimas vezes que esquecera de devolver um pomo e ficara brincando com ele. Rodou a bolinha em suas mãos. Do outro lado, uma marca chamou sua atenção. Era um pequeno entalhe em forma de serpente.

Harry se sentou na cama surpreso, aumentando a luminosidade da sua varinha para observar melhor. Na verdade eram duas serpentes, cujo entrelaçar dos corpos formava um coração. Será que é por isso que Parkinson o mandara apanhar a bola naquele dia? Isso não seria levar aquela aposta a sério demais? Franziu o cenho.  Será que era algum tipo de brincadeira? Tentou um revelio, mas, nada aconteceu. Deu de ombros, achando bonitinho. Um flash passou por sua mente:

-Dá próxima vez, por que não beija de verdade?

Não.  Será que? Não. Draco não faria algo do tipo para ele. Com certeza não. Harry resolveu levar a bolinha aos lábios, só de brincadeira, dando um selinho. Ouviu um som metálico quando o pomo se abriu em suas mãos. Algo caiu lá de dentro. Harry tateou sua cama á procura do que seria.

Encontrou algo, frio contra sua pele. O objeto brilhou sob a luz de sua varinha. Harry demorou alguns segundos para entender do que se tratava, ficando surpreso ao perceber que era uma anel de prata, onde estavam incrustradas pedrinhas verdes. Dá cor dos seus olhos. Sentiu seu coração falhar por um instante, apanhando de volta a bolinha dourada. No meio do entalhe em forma de coração lia-se agora:

Quer namorar comigo?

Na cama ao lado, Ronald Weasley roncou alto.


Notas Finais


Estou muito feliz que finalmente acabei. Esse é o penúltimo capítulo do projeto (sim, pretendo fazer uma long no futuro e continuar com ones a parte com pedidos). Eu pensei em colocar um trecho do próximo, mas, ficaria obvio demais. Prefiro que vocês tentem adivinhar o que vai acontecer agora.
Obrigada por todo mundo que leu e me apoiou até aqui
Amo vocês


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