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História Portais da alma - Carinho


Escrita por: Rainha_de_Mirkwood

Capítulo 34 - Carinho


Fanfic / Fanfiction Portais da alma - Carinho

O forno foi pré aquecido enquanto Duil abria a massa e montava a pizza, as velas acesas provinham só o necessário para iluminação. Lara olhava com interesse o modo como ele montava a pizza, chegava a ser metódico em distribuição uniforme, pizza mais simétrica era difícil de imaginar.

- A energia acabou no A Toca? – viu-se comentando.

- Eu não tenho certeza, mas se foi na cidade toda sim... – abriu o forno e introduziu ali a pizza, colocou o timer necessário. – Está preocupada com os Bolseiros?

- Um pouco, se o restaurante estiver aberto e acabou a luz, vai ser inconveniente... – respondeu. – Nem poderei ajudar...

- Espere... – aproximou-se e tocou sua face. – Você ia mesmo atender hoje?

- Sim, com a falta de luz seria importante ter alguém a mais para ajudar... – respondeu, o toque de Duil era tão leve que quase a fez pressionar seu rosto contra a sua mão, estava quase derretendo a sua frente, isso a envergonhava de certo modo.

- Que bom que está aqui comigo então... – beijou sua fronte.

- Eles tem sido tão gentis comigo... – fechou os olhos por alguns segundo, Duil era tão quentinho que acabou por abraçá-lo, a resposta dele foi imediata sentiu-se envolver.

- Entendo... Mas duvido que Bilbo a deixasse ajudar, mesmo no escuro... – mentira, em si mesmo havia a certeza que provavelmente Lara dobraria Bilbo, afinal ela foi trabalhar no Baobá quando estava tomada de dor, nem mesmo desistiu de seu expediente, tomou dipirona ao ponto de ficar fora de seu normal.

- Daria meu jeito...  – soltou Duil e o viu abrir a geladeira procurando algo ali.

- Sei que está cansada e dolorida, mesmo assim ainda ia se esforçar para ajudar, isso faria com que sua recuperação fosse mais lenta... Concentre-se em melhorar, logo vai estar bem e vai dar conta de fazer tudo isso... – pegou o suco de uva integral e serviu em duas taças. – Logo estará bem...

- Eu sei, mas sinto necessidade de retribuição... Eles tem feito muito por mim... Nem mesmo seu Augusto faria isso por mim... – comentou já sentada com os olhos de Duil preso a sua face.

- Seu Augusto não é generoso? – tinha adorado o senso de gratidão de Lara, embora sua autopreservação fosse questionável.

- Na medida do que não o incomode sim... – comentou. – Quando pedi para dormir no Baobá ele deixou, mas não era possível ficar lá sempre, tinha que renovar a permissão, foi assim que parei naquela obra... – omitir esse detalhe seria besteira, afinal ele a tinha visto na obra pronta para dormir ali.

- Entendo... – realmente nem todos eram generosos como os Bolseiros e estava contente de terem aparecido na vida de Lara, era difícil imaginar que ela estaria na obra a essa hora, sem iluminação ou uma cama para descansar. – Seus primos realmente a fizeram sair de casa com um prazo muito curto... – queria saber mais que isso. – Mas eu não entendo o motivo de não terem dado a você parcela na venda...

- Dinheiro? – Lara riu com desgosto. – Duil, meus primos me achavam uma sanguessuga, imaginavam que eu entraria na justiça para pegar parte igual à deles... Mas eu sou apenas sobrinha neta, nunca pensei em receber herança da tia Amaris...

- Era esse o motivo? Medo de que você conseguisse ter parte? – algo repuxou em si mesmo, entendia perfeitamente o pensamento dos primos, mas por tudo que via em Lara em nada se parecia com uma sanguessuga.

- Basicamente isso, mas realmente não gostam de mim... Nunca gostaram, tia Amaris teve minha guarda quando eu era criança, criou-me e eu a tinha como minha própria avó... – comentou já um pouco dolorida.

- Você estava desempregada... – o fato de a chamarem de sanguessuga devia se justificar nisso.

- Sim, eu cuidava da tia Amaris, ela não podia ficar sozinha por muito tempo... – respondeu pensando no passado. – Era isso ou ela iria morar em um lar de idosos...

- E seus primos? Não cuidariam dela? – viu o sorriso triste brotar na face feminina, teria de mudar de assunto logo, não queria entristecer sua dama açucarada.

- Eles eram “ocupados”... – já tinha comentado isso antes com Thranduil. – Ela sentia falta deles, mesmo assim...

- A pizza está pronta... – sabia tudo que precisava saber, ela cuidou da tia como faria a própria mãe, também não gostava da ideia de deixar idosos em casas de repouso, se ela podia ter deixado a tal tia Amaris sendo cuidada em um lar, com certeza teria um emprego e estabilidade a essa altura, mesmo que não fosse o bastante para ter uma vida confortável, teria o básico assegurado. Avaliava o quanto ela trabalhava e se esforçava, Lara estaria bem em breve, ainda pobre, mas definitivamente teria seu espaço, era o que julgava por tudo que tinha visto.

Thranduil teve vontade de fazer uma coisa, mandar investigar o passado da família de Lara e até mesmo o dela, mas isso seria uma grande quebra de confiança, apenas sentia alguma necessidade de conhecê-la de modo neutro, saber o que há por trás sem para isso abrir feridas nela. Retirou do forno e depositou sobre o suporte de madeira da bancada, o cheiro gostoso subia, verdadeira tentação.

Sentaram-se ambos na mesa da cozinha começaram a degustar da pizza.

- Não deve em nada a pizza comprada... – comentou Lara. – Acho até que está melhor... Parabéns, Duil...

- Muito obrigado... – adorou o elogio, aquilo não era nada demais, mas quase flutuou ao ouvir que ela apreciava algo feito por suas mãos.

- E sua família Duil? – Lara questionou, até agora somente ela tinha revelado algo mais pessoal, pouco conhecia dele.

- Bem, eu tenho um irmão mais novo... – ainda via Légolas como seu filho, impossível tirar essa impressão que estava entranhada em sua alma. – Meu pai não mora perto nem mesmo meu irmão... Agora, minha mãe? – entristeceu-se um pouco. – Partiu há muito tempo...

- Entendo... – notou a alteração na voz dele, realmente devia doer, da mesma forma que sabia que para sempre doeria a falta de tia Amaris. – Se dá bem com seu irmão?

- Sim, ele está fora há mais de um ano, confesso que sinto falta... – breve Légolas voltaria e isso era bom, talvez apresentasse ambos, realmente considerava a possibilidade de que Lara conhecesse seu irmão. – Diz que vai voltar em breve...

O assunto a mesa ficou mais ameno, não falavam mais de família, trabalho ou nada do tipo, era tudo leve e fluído. Finalmente terminaram de comer, arrumaram a cozinha, a energia nem esboçava que voltaria em algum momento.

- Vamos para a varanda? – Thranduil deu a ideia, ainda era muito cedo e apesar de já terem comido, queria passar mais tempo com Lara. Pegaram as velas e levaram para a sacada.

Lara aproximou-se da grade delimitava o limite da varanda, havia também uma tela muito providencial, geralmente tinha algum medo de altura, mas ali era muito seguro, a chuva ainda estava presente, hora ou outra via-se o clarão ameaçador no céu.

Postou-se ao lado de sua dama açucarada, estava aliviado por ter conseguido que estivesse com ele nesses dias de recuperação, era absurdo que quisesse trabalhar, mesmo se tivesse ficado em repouso no apartamento dos Bolseiros ela agora estaria se desdobrando em vinte para amortecer os efeitos do apagão. Estava meio sem saber exatamente como agir, tinha medo de ser invasivo demais, de dar a entender que só a hospedou na esperança de a levar para cama. Se pensava em dormir com ela? Claro que sim, mas nesse momento não tentaria nada nesse sentido, justamente por ter medo de que ela tomasse alguma interpretação equivocada, estava praticamente arando a terra para só então poder com o solo preparado estar mais envolvido.

Já havia passado do estágio de descobrir o que sentia, sabia que gostava muito dela, demais, preocupava-se de verdade, tinha vontade de vê-la bem em todos os sentidos, isso ia além da mera amizade, nunca zelaria daquele modo um amigo ou amiga. Definitivamente nunca se empenharia tanto por Miro, com certeza aconselharia e argumentaria, mas a esse ponto? Ele mudou sua rotina por ela,  claro que não a levou para sua casa real, ainda estava no processo de conhecê-la melhor, embora tivesse noção de que a essa altura pouco mudaria do que já existia dentro de seu coração, pouco provável que algo rompesse o que se iniciava.

- Não está com frio? – questionou abraçando-a por trás, tinha medo de ser repelido, mas tinha de testar até onde ela aceitava seu afeto sendo demonstrado de modo físico, claro que estaria pronto a voltar duas casas se necessário, mas ela até mesmo o tinha abraçado por conta própria.

Sentiu a pequena mão pousar sobre a sua, o modo como se recostou contra seu corpo começou a acendê-lo, abaixou-se somente o necessário para enfiar sua face contra os fios escuros. Seus movimentos foram delicados ao virar para si, colou seus lábios a sua testa, beijou cada bochecha de modo demorado, como derramar afeto de modo lento, para então assimilar o que nela havia, finalmente reclamou por seus lábios, abraçou-a, mas teve cuidado de não pressioná-la demais, se o fizesse ela com certeza notaria sua excitação.

Lara percebia o quanto ele parecia hesitar, tinha certeza de que ele estava dosando o que faria, isso a encantou de alguma forma, era difícil encontrar esse tipo de respeito e cuidado, Duil realmente era diferente. Quando o beijo foi interrompido e sentiu a boca de Duil em seu pescoço acabou tendo que conter o gemido, acabou o apertando contra si mesma, teve certeza de o ter percebido excitado, ele era sensível a ela desse modo? Sua boca foi coberta outra vez pela dele, afastando qualquer raciocínio que ainda sobrasse em si mesma.

Thranduil notou claramente que já era impossível de ignorar seu estado exaltado, foi simples de notar ela tinha estremecido de leve e ficado levemente tensa, nada gritante, mas estava tão atento a ela, como não foi repelido e tão pouco aceito, tirou-a do chão evitando o contato desse tipo. Geralmente nessa altura quando uma mulher notava seu estado o tocava ou se pressionava contra ereção, Lara nem tentou se afastar e tão pouco o apertou. Mesmo quando abandonou sua boca colou seus lábios à têmpora da garçonete, sentou-se no puff que havia mais ao canto da sacada, a alocou em seu colo, acariciou seus cabelos e de modo cuidado a manteve próxima a si mesmo.

Quando viu-se sentada no colo de Duil nada fez de imediato, logo teve a face dele enfiada em seu pescoço onde seus cachos opunham suave barreira, a respiração dele era quente e levemente irregular, era nítido que respirava fundo quase exigindo assim mais de seu cheiro. Recostou-se ali mesmo onde se encontrava, percebia o modo cuidadoso como foi acomodada, Duil estava excitado, mas não estava sendo inoportuno. Foi ela mesma a buscou por seu beijo e tocar a pele nua de seu pescoço, notava quando ele arrepiava, sua cintura foi acariciada a princípio de modo leve, para logo sentir-se pressionada contra o peitoral rígido de Duil.

Thranduil estava mais que aceso, o modo como ela o tocava era simples demais, não chegava a ser erótico, mesmo assim só o inflamava sentir o carinho de suas mãos, estava cada vez raciocinando menos, embora se esforçasse para não arrancar a blusa dela e sentir sua pele, verdade é queria fundir-se em sua carne, só era precoce para que o fizesse. Por dentro implorava que a iniciativa viesse dela, que ela o tocasse com volúpia, sentir a delicada mão em seu membro, se ela fizesse isso tocaria as nuvens e avançaria de uma vez, aí sim sem medo de ser mal interpretado, doce sonho, tão doce... Desceu os lábios por seu pescoço, tinha notado a grande sensibilidade que ela tinha nessa região, perceber que se alterava o inflamava ainda mais do que no momento.

Tocou o braço de Duil sobre o tecido sentindo a musculatura trabalhada um tanto tensa, subiu de modo lento até alcançar seu pescoço, logo sentiu seu beijo novamente, interrompeu depois de alguns segundo escondendo a própria face no pescoço de Duil, o modo como ele acariciava suas costas era brando e ao mesmo tempo sensual, como se fosse perfeitamente dosado para agradá-la.

Foi impossível conter o gemido quando ela mordiscou seu pescoço, acabou puxando-a para mais perto de modo praticamente impossível de ignorar o quanto estava excitado, ela aninhou-se melhor em seu colo. Quanto tempo levaria para que não conseguisse pensar em mais nada? Julgava que pouco, questão de minutos...

Algo sobressaltou o casal, especialmente Lara que ainda estava no colo de Duil. O susto foi imenso e a fez levantar do colo do CEO.

Thranduil quase reclamou por sua ausência, mas o barulho ensurdecedor não permitiu que o fizesse.

- Alarme de incêndio?! – estava ofegante tanto pelo que estavam fazendo, quanto susto.

- Sim... – puxou-a com a mão a conduzindo, verificou que não era em seu apartamento a origem do fogo, mas todo aquele prédio contava com o alarme. Pegou uma única vela e apagou todas as outras, tinham que sair dali, estava quase com ódio do descuidado que devia ter causado isso, foram para a escada e no primeiro lance não havia ninguém, o alarme ainda soava quando com ela chegou a térreo, foram uns bons andares, os bombeiros já tinha aparecido e contornavam a situação.

Saíram do prédio ficando a beira da rua, Duil abraçou Lara que claramente estava com frio, logo tirou seu casaco e jogou em seus ombros colando a suas costas de imediato. Aquele prédio não era dos mais habitados, muitos dos apartamentos ali eram funcionais e dificilmente abrigados, de modo que não havia tanta gente ali embaixo.

- Estão por aqui? – uma voz conhecida fez-se ouvir, Thranduil ficou totalmente rígido, ela tinha mesmo que estar ali? O que raios ela fazia ali? Detestou tê-la ali perto, podia entregar algumas verdade que não estava preparado para assumir.

Continua... 


Notas Finais


O que você achou???

Vamos jogar, essa é a hora da verdade!!! Quem leu as notas finais escreva nos comentários a palavra chave; INCÊNDIO


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