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História Portal para o desconhecido - Sexto mês


Escrita por: Mara-Kuchiki

Notas do Autor


Tive que fazer umas alterações neste capitulo, vou postar um aviso explicando melhor.
Boa leitura!

Capítulo 54 - Sexto mês


Fanfic / Fanfiction Portal para o desconhecido - Sexto mês

 

Sexto mês

 

Finalmente Rukia havia chegado ao sexto mês de sua gravidez. A gestação não estava sendo fácil. A morena sentia muito peso sobre seu ventre devido o tamanho considerável de sua barriga. Dores constantes nas costas e muita fadiga. Por esse motivo andava mais irritada que o normal. Ichigo fazia o possível para que sua esposa se sentisse bem, mesmo sabendo que não havia muito que fazer. Ainda assim ele procurava dar toda assistência que a bela precisava.

Naquela manhã fria de domingo, Ichigo levantou-se cedo, pois precisava ir até sua nova casa terminar os últimos acabamentos da pintura e algumas outras coisas que fora preciso mexer, juntamente com Ishida, Sado e Renji. Os amigos estavam o ajudando muito na reforma do novo lar do casal.

Levantou-se lentamente para não despertar sua esposa que dormia tranquilamente. Noite passada não havia sido nada fácil, ela acordou várias vezes com os bebês mexendo, sem falar que a mesma não conseguia encontrar uma posição confortável para deitar.

Ichigo por sua vez, ficou acordado com a esposa, pegando aegua, arrumando os travesseiros, fazendo carinho em seus cabelos, o tempo que foi necessário, até a morena adormecer.

Olhou para fora da janela e viu que o tempo estava ficando nublado, na certa iria chover. Voltou sua atenção para a bela morena que dormia em sua cama e teve vontade de ficar ao seu lado, sentindo seu corpo quentinho junto ao seu, mas não podia, faltavam apenas três meses para a chegada de seus filhos e queria que eles viessem ao mundo com o casal já residindo na casa nova.

Pegou algumas peças de roupas no armário e foi rumo ao banheiro para fazer sua higiene matinal. Depois de seu banho ele foi tomar café com sua família, logo em seguida pegou uma bandeja com algumas coisas que Yuzu fizera para ele levar a sua esposa que na certa ainda dormia. Tinha dó de acordá-la, mas não podia ficar sem seu café da manhã.

Ao chegar ao quarto encontrou-a na mesma posição que a deixara: deitada de lado com uma das mãos apoiando no rosto e a outra sobre a barriga.

 Deixou a bandeja em cima da escrivaninha e sentou-se na cama ao seu lado.

- Ei preguiçosa, trouxe seu café. – Ela abriu vagarosamente os olhos, resmungou alguma coisa e voltou a dormir. – Vai amor, come alguma coisa, depois pode voltar a dormir – Deitou do lado dela e acariciou seus cabelos. – Acorda minha vida... Mas que dorminhoca.

- I-Ichi... go... O que você quer? – balbuciou – Me deixa dormir! Sai daqui...

- Eu trouxe seu café da manhã, come alguma coisa, e depois pode voltar para a cama meu amor. – distribuiu beijos no rosto da morena.

- Ichigo, seus filhos não me deixaram dormi quase nada durante a noite passada. – fala toda manhosa ao sentar-se na cama e se espreguiçar.

- Ah! Mas que filhos levados eu tenho.– Se inclina e beija a barriga de Rukia. – Deixem a mamãe dormir viu! Senão ela passa o dia todo brigando com o papai.

A morena escutou muito bem o que seu esposo disse, mesmo sabendo que ele estava sendo injusto em seu comentário dela brigar com ele, resolveu não responder, pois pretendia comer tudinho que Yuzu havia mandado para ela. Tinha pressa em voltar para o conforto de sua cama.

- Está gostoso? – ele perguntou admirado com a forma gulosa que a bela comia. A pequena apenas balançou a cabeça em um gesto de sim, tinha sua atenção voltada para as gostosuras que estava comendo.

Ichigo ficou um pouco com ela e logo saiu, já estava bem atrasado, e na certa seus amigos deveriam estar esperando por ele.

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- Kurosaki você está atrasado! Faz ideia de quanto tempo estamos esperando você debaixo dessa chuva? – retruca Ishida raivoso.

- Cinco minutos. – fala Sado com sua típica cara inexpressiva.

- Ah, valeu mesmo, Sado. – Ishida fica sem ação.

- Foi mal pessoal por deixá-los esperando. - o ruivo coça a cabeça meio sem jeito.

- Está tudo bem, Ichigo? – Renji pergunta curioso, pois o rapaz não discutiu com a bronca que Ishida lhe dera.

- Não dormi bem a noite porque...

- Aconteceu alguma coisa com Rukia? – Berra o tenente interrompendo o amigo. Ichigo o olhou torto, não gostou nadinha da preocupação excessiva do rapaz por sua esposa.

- Ela está bem. – Murmura virando o rosto para o lado fazendo bico – Não precisa se preocupar, Renji. Estou cuidando muito bem da Rukia. – fala entre os dentes.

- Não fica com essa cara enciumada, SEU IDIOTA! – Berra – Só estou preocupado! Rukia é minha amiga, quase uma irmã para mim.

- Ah, eu não fiz NADA! Respondi a sua pergunta por que está reclamando, sua anta? – berra ainda mais alto que o tenente.

- Olha aqui seu...

Ishida entra na frente dos amigos que já estavam quase se pegando e os interrompem.

- Se ficarem brigando feito duas garotinhas mimadas, eu vou embora e vão ter que terminar de pintar a casa sozinhos.

- Olha só quem está falando! Não era você mesmo que estava agorinha brigando com Ichigo? – retruca Renji irônico.

Sado revirou os olhos entediado. Será possível que esses três não tinham mesmo jeito? Sempre que se encontravam eram gritos, confusões e baixaria. Na certa não mudariam nunca. Respirou pesadamente tentado se manter alheio às confusões à sua frente.

- Isso é irrelevante, vamos logo para dentro da casa que estamos ficando todos molhados. – o Quincy disfarça.

Os amigos não se fizeram de desentendidos e trataram de entrar. Afinal, ninguém queria passar o dia ensopado.

***

O dia fora cansativo, mas finalmente conseguiram terminar com tudo na casa, agora era só mobiliar e dar os últimos retoques, se tudo corresse bem, no próximo mês o casal já estaria vivendo em sua nova residência.

Assim que Ichigo comprou a casa, Rukia o ajudou muito na reforma pintando os cômodos e limpando o local, mas agora devido a fadiga da gravidez ela nem aparecia para ver como andava as coisas em seu novo lar. Disse que o ruivo podia ajeitá-la como achasse melhor já que não tinha ânimo para ajudá-lo.

O rapaz entendia sua esposa, carregar seus dois filhos não deveria ser nada fácil. Por isso ia cuidar para que seu novo lar ficasse lindo e aconchegante.

Despediu-se de seus amigos e agradeceu pela ajuda. Se não fosse por eles, ainda estaria todo enrolado com a reforma, seu pai não tinha muito tempo para ajudá-lo devido a vida corrida na clínica.

A chuva caia bem forte, nem mesmo o guarda-chuva de Ichigo o protegia de se molhar. Já era por vota das quinze horas, estava ansioso para chegar em casa e ficar debaixo da coberta agarradinho com sua esposa. Tratou de apressar o passo.

Casa dos Kurosaki:

- Cheguei! – exclama o ruivo ao entrar em sua casa.

- Bem vindo, Onii-chan. – fala Yuzu que estava sentada no sofá da sala assistindo televisão.

- Onde estão todos desta casa?

- Papai e Karin foram ao jogo de futebol no clube e Rukia está no quarto.

- Aquele cretino me disse que ia trabalhar. – Resmunga - Como Rukia passou o dia? – em sua expressão estava visível a preocupação.

- Ficou boa parte do dia na cama. Só saiu do quarto para tomar banho. Eu levei o almoço, ela comeu e desde então não a vi mais. – explica a garota.

- Ela quase não dormiu a noite, deve estar bem cansada. Vou levar algo para ela comer, o que acha?

- Ótimo! Vou agora mesmo preparar. – fala animada.

Alguns minutos depois, e lá estava Ichigo entrando em seu quarto com uma bandeja na mão. Nela continha bolo, leite e uma tigela com frutas picadinhas. 

Entrou sorrateiramente, pois não queria acordá-la. O quarto estava meio escuro, as janelas fechadas com cortina e a luz apagada. A morena permanecia deitada na cama coberta pelo edredom.

Assim que ela notou a presença do marido, mexeu-se e ergueu o corpo para fitá-lo.

- Ichigo?

- Desculpa! Não queria acordá-la – coloca a bandeja na escrivaninha.

- Não estava dormindo. – ela arruma os travesseiros atrás de suas costas e se senta recostada sobre a cabeceira da cama.

- Está se sentindo mal, meu amor? Yuzu me disse que passou o dia inteiro no quarto. – Senta-se ao seu lado e faz um carinho na barriga da nobre.

- Nem sei te dizer se estou passando mal ou bem. Não consigo reconhecer meu corpo, está tão pesado, até o simples ato de andar me cansa.

- O médico disse que gravidez de gêmeos é bem desgastante mesmo. Mas logo eles vão nascer. – Inclina o corpo para tocar seus lábios em um beijo. – Queria tanto poder te ajudar Rukia, mas não sei o que fazer.

- Não se preocupe, Ichigo. Você já faz tanto. – ela apoia a cabeça no ombro dele e o abraça forte. – Ainda vai sair hoje?

- Não! – afaga os negros cabelos da bela.

- Fica comigo? Sinto sua falta. – fala toda dengosa.

- Claro que fico, meu amor, mas primeiro come o que eu trouxe para você. – desfaz o abraço e coloca a bandeja no colo da morena. – Coma tudinho.

- Se eu continuar comendo tudo que você e sua família me dão, vou ficar enorme de gorda. – resmunga.

- Vai precisar comer muito para ficar gorda. – murmura e sorri ao imaginar Rukia gorda.

- O que você disse? – grita já se armando para dar uma voadora nele.

- Na-Nada... não, querida – Gagueja o ruivo – Come vai, faz horas desde a sua última refeição.

Apesar de Rukia sentir uma vontade quase insana de socar a cara de Ichigo, ela não o fez, pois seus olhos se perderam nas delícias que estavam sobre a bandeja. Tratou de comer tudo, dando apenas poucas coisas para seu marido.

Ichigo ficou observando ela comer atento a cada gesto. Como sua esposa estava linda. Sentia-se tão feliz com a nova vida que estava construindo ao lado de Rukia. Logo seus filhos chegariam ao mundo e eles seriam ainda mais felizes que já estavam sendo.

Apesar de ainda parecerem Hollows modificados na cidade de Karakura, mesmo que com menos frequência, tudo andava na mais perfeita paz. Urahara havia dito que esses Hollows ainda eram frutos das experiências macabras do ex-tenente Daimom Migayton, e com o passar do tempo eles sumiriam, nada que fosse tirar o sucesso e a paz que reinava, tanto no mundo dos vivos quanto na Soul Society.

Para o shinigami substituto isso era uma excelente notícia, quando seus filhos nascessem a vida seria mais tranquila, e ele faria o possível e impossível para que nada de ruim acontecesse ao seus bebês e sua esposa. Ninguém tiraria a felicidade de seu coração, não mais, pois ele não permitiria.

O fim de tarde correu tranquilo. Ichigo ficou deitado com Rukia em seus braços aproveitando o dia chuvoso e o frio que o mau tempo trazia. Era tão gostoso sentir o corpo da morena junto ao seu lhe aquecendo. Seu cheiro era tão embriagador. As mãos tão pequenas e delicadas que entrelaçavam em seus dedos e algumas vezes afagava os cabelos revolto. Seus lábios tocando os dela, e suas línguas se misturando como se fosse uma só.

Apesar da intimidade entre eles não ter passado de beijos e carícias, não fez diferença alguma. Para Ichigo seu maior prazer era ver sua esposa feliz em seus braços, e poder tê-la próximo de si. Mesmo que algumas vezes seu corpo sentisse falta do dela nu junto ao seu, já tinha se conformado que fazer amor com ela não seria mais possível enquanto não desse à luz a seus filhos. Rukia sentia-se muita fadigada e indisposta, jamais lhe forçaria a nada.

Rukia sentia-se protegida quando Ichigo estava ao seu lado. Ele estava sendo tão carinhoso e cuidadoso com ela, tanto que às vezes até estranhava. Mas isso não estava sendo problema algum. Naquele momento de sua vida, a morena se sentia frágil, e ter o apoio constante de seu marido estava sendo muito reconfortante para ela. Agradeceu mentalmente por ter se permitido dar uma segunda chance ao amor, e a Ichigo também, claro.

Os dias que se seguiram passaram rápidos e não demoraria muito para que o sétimo mês da gestação de Rukia desse o ar de sua graça.

 

Continua... 


Notas Finais


Quero desejar um ótimo ano para meus queridos leitores, muita paz, saúde e amor.

Então, os momentos ternuras estão chegando ao fim, então aproveitem bem, vem turbulências por ai.

O que acharam? deixem as opiniões.

To sentindo muita salta de leitores que não cometam a alguns capítulos, não me abandonem heim.

Obrigada por ler e beijos para todos!


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