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História Porto do Reencontro - Monte Serrat


Escrita por: dougstange

Notas do Autor


Um jovem ambicioso e muito "fora da curva"

Capítulo 9 - Monte Serrat


Fanfic / Fanfiction Porto do Reencontro - Monte Serrat

“...Lá não existe

Felicidade de arranha-céu

Pois quem mora lá no morro

Já vive pertinho do céu...”

                                                  Herivelto Martins

Esse é um trecho de uma das músicas favoritas de Seu Nestor e Dona Célia, pais do jovem Nélio. Dona Célia vive cantarolando enquanto costura. Esse trecho em especial sempre chamou a atenção do garoto. A visão da janela de seu quarto em uma casa humilde no Monte Serrat sempre o fascinou; o Centro de Santos, o cais, a Serra do Mar...

Claro, seria muito melhor ter uma visão do outro lado do morro: as praias, a imensidão do Oceano Atlântico, a “parte chique” da cidade. Mas; para o jovem Nélio, sobretudo em tenra idade, isso pouco importava. Sempre tivera a sensação de “olhar mais alto e além” devido a aquela vista.

Assim como outros jovens da sua idade e de seu bairro, Nélio ouvia rap, funk, pagode, axé; porém, respeitava muito os gostos musicais de seus pais; não apenas respeitava como também apreciava. A própria “Ave Maria do Morro” e outras canções de Herivelto Martins, os sambas de Luis Américo (o mais santista dos sambistas e o mais sambista dos santistas, como dizia Seu Nestor), Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Adoniran Barbosa e os Demônios da Garoa; entre outros.

Nélio também tinha afinidades com outros garotos e garotas de sua idade e localidade, gostos e “hobbies” em comum. Entretanto, tinha algo diferente: visão. Visão além do alcance da maioria de pessoas com origem comum a sua. Ambição? Com certeza, mas algo mais. Poderia perfeitamente juntar-se ao crime organizado, como vários de seus amigos de infância; isso certamente traria mais recursos. Mas para Nélio, não valia a pena; além dos riscos, era uma forma muito medíocre; qualquer um poderia fazer. E Nélio definitivamente não era qualquer um.

Caçula de seis irmãos; sempre ouvira destes, dos pais e dos avós uma série de conselhos sábios; sempre lhe chamaram a atenção para a importância do trabalho, dos estudos; acima de tudo, da honestidade. Os mais velhos aconselhavam: não basta saber, o importante é o que fazer com o que se sabe.

Nélio sempre foi curioso. E tinha sede de saber. Sim, gostava de jogar bola e de outras brincadeiras comuns as crianças de sua convivência; mas amava os livros. Vivia nos “sebos” da Praça dos Andradas, logo tornou se amigo de seus respectivos proprietários e prestava pequenos serviços, em troca de uns trocados e de livros usados. Seu favorito era Robinson Crusoe; Nélio jamais cansava se daquela história.

O garoto sempre soube conciliar os estudos com brincadeiras, ajuda aos pais com costuras e sua paixão por livros. Seu Nestor; após anos trabalhando no Porto de Santos, ficou meio sem rumo ao ser demitido devido a crise econômica. Acabou aprendendo a costurar e em pouco tempo já ajuda a esposa. Dona Célia sempre trabalhara com costura e ensinou o ofício aos filhos mais velhos, dois homens e três mulheres. Todos especializaram se e acabaram tornando-se profissionais da área. Nélio seguia o mesmo caminho, mas queria mais: queria ser empresário.

Influencia dos livros e revistas de negócios, bem como livros de auto ajuda que garimpava nos sebos. Respeitava aqueles que trabalhavam como empregados, todo trabalho honesto é digno; porém, queria ser patrão.

Outro conselho dos mais velhos: patrão tem o pior dos patrões: responsabilidade.

Nélio aprendera desde cedo o significado de “responsabilidade”: a capacidade de “responder”. No caso do empresário; responder ao cliente, responder ao fornecedor, responder ao fisco, responder ao governo. E, acima de tudo, arcar com as consequências de suas respostas.

Aos 17 anos, Nélio já tinha consciência disso tudo. Por isso, ao tomar conhecimento do projeto “Profissão Empresário”, o rapaz não pensou duas vezes: inscreveu-se. E para sua surpresa foi selecionado, apesar de ser menor. Precisou de autorização dos pais, mas isso não foi problema.

E já sabia em que ramo atuar: vestuário, mais especificamente “streetwear”. Ele próprio vestia-se nesse estilo, tal qual outros garotos de sua faixa etária e classe social. E notara extrema falta de qualidade e de bom gosto na maioria das marcas disponíveis no mercado. Nélio enxergou aí sua grande oportunidade.

O trabalho na oficina de costura dos pais já dera a Nélio diversas noções sobre a atividade empresarias. Um dos aspectos que mais lhe chamava a atenção era o financeiro.

Seu Nestor e Dona Célia já tinham, meio sem querer lhe dado o “norte”. Mesmo com um bom volume de costuras, parecia que nunca faturavam o suficiente. Sempre faltava algum valor no fim do mês e sempre acabavam fazendo alguma dívida, por menor que fosse. Resolveram consultar o Sebrae e aprenderam muito sobre o tema. O que faltava na verdade era “organização” e “disciplina”. Desde então, o casal passou a:

Separar as finanças pessoais das finanças com negócios, cada um com livro-caixa diferente;

Fixar uma quantia mensal como “pro labore”, e limitar seus gastos pessoais e domésticos a este valor devidamente separado do dinheiro usado em negócios;

Conhecer, anotar e controlar gastos, despesas e custos; diferenciar os “fixos dos variáveis”;

Conhecer a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio;

Priorizar o fluxo de caixa sobre o lucro, organizando-se para sempre ter em caixa valores disponíveis para o cumprimento de todos os compromissos assumidos com fornecedores, colaboradores, etc;

Conhecer e renegociar dívidas.

A partir do momento em que seguiram essa “cartilha”, Seu Nestor e Dona Célia nunca mais tiveram dificuldades financeiras. O negócio de costura não lhes proporcionava grande “fatura”; porém nunca faltava dinheiro tanto para os negócios quanto para o lar e suas despesas pessoais. Sem contar que conseguiram livrar-se das dívidas em pouco tempo.

Nélio sentiu então que, estava em vantagem em relação aos pais, pois já detinha algumas noções de Finanças antes mesmo de iniciar seu negócio.

No dia seguinte a aula presencial inaugural do projeto “Profissão Empresário”, Nélio resolveu consultar o material disponível para consulta no site do projeto. Além das apostilas sobre PODC, Matriz SWOT e Metas Smart, resolveu checar o que havia disponível sobre Finanças. Encontrou algo que lhe pareceu bem interessante.

 

DEFINIÇÕES

 

FINANÇAS

As “finanças”,  sejam elas pessoais ou empresariais, dizem respeito a “gestão de recursos” não apenas monetários (dinheiro vivo) e sim os recursos materiais e imateriais (mercadorias, equipamentos, tempo, valores a pagar e a receber) a serem geridos por uma pessoa física ou jurídica.

O correto é dizer “administração financeira” ou “gestão financeira” para referir-se a gestão de “recursos financeiros”; ou seja, dinheiro vivo, valores a pagar e a receber, saldo em bancos, e tudo mais que pode ser convertido em dinheiro vivo.

 

ATIVOS

Todos os recursos que estão em poder de uma pessoa física ou jurídica: dinheiro vivo, saldos em bancos, valores a receber, mercadorias, equipamentos, veículos, imóveis marcas e patentes, direitos autorais. Enfim, todos os recursos que uma pessoa física ou jurídica possui em seu direito de propriedade.

 

PASSIVOS

Todas as obrigações e origens dos recursos aplicados em ativos por uma pessoa física ou jurídica; podendo ser “recursos próprios” (economias acumuladas, capital, lucros) ou “recursos de terceiros” (empréstimos e financiamentos, valores a pagar, notas promissórias). Enfim, todas as obrigações financeiras de uma pessoa física ou jurídica.  O total de recursos de terceiros é chamado “Passivo Exigível” e o total de recursos próprios é chamado de “Patrimônio Líquido”.

 

CAIXA

Geralmente são os recursos mais fáceis de utilizar no curto prazo; dinheiro  vivo (principalmente) e saldos em bancos, ou seja, valores de maior liquidez.

 

RESULTADO

Lucros ou prejuízos, a diferença entre a receita total na venda de produtos ou serviços e o custo total dos mesmos. É o resultado positivo ou negativo das operações de um empreendimento em um determinado período.

 

PATRIMÔNIO

O total dos ativos e passivos, sendo o Caixa um componente do Ativo e o Lucro um componente do passivo.  A soma de todos os bens e direitos forma o conjunto de “aplicações de recursos”; a soma dos recursos de terceiros (obrigações financeiras) e recursos próprios (capital e lucro) forma o conjunto das “origens de recursos”. Toda soma de recursos aplicados em bens e direitos tiveram uma origem, podendo esta ser própria ou de terceiros.

 

CUSTOS

São os gastos direta e indiretamente envolvidos na produção e distribuição de produtos e na prestação de serviços. Os custos diretamente envolvidos na produção e distribuição são os “Custos Variáveis”, os custos indiretamente envolvidos são os “Custos Fixos”.

 

CUSTOS VARIÁVEIS

Custos diretamente envolvidos na produção de bens e na prestação de serviços, são diretamente envolvidos na produção. Exemplo: matérias primas, material secundário, fretes, etc. Quanto maior o volume de produção, maiores são os Custos Variáveis.

 

CUSTOS FIXOS

São os custos indiretamente envolvidos com a prestação de serviços e produção de bens, ocorrem independentemente do volume de produção, mesmo quando não há produção nem vendas, os Custos Fixos devem ser pagos. Exemplo: aluguel, pro labore, água, luz, telefone, internet.

 

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

É a diferença entre o prelo de venda ou da receita total de venda de um produto ou serviço e seus Custos Variáveis. Não deve ser confundido com “Margem de Lucro”, pois o lucro é determinado pela Margem de Contribuição menos o Custo Fixo.

 

PONTO DE EQUILÍBRIO

É quando a Margem de Contribuição é suficiente para cobrir o Custo Fixo, não havendo lucro nem prejuízo. Ou ainda, é quando um determinado produto ou serviço, vendido a um determinado preço e em uma determinada quantidade, gera uma Margem de Contribuição em valor suficiente para o pagamento dos Custos Fixos.

Quando a venda de um produto ou serviço está abaixo do Ponto de Equilíbrio, tem-se um prejuízo; quando a venda de um produto ou serviço está acima do Ponto de Equilíbrio, tem-se lucro.

 

LIQUIDEZ

Dinheiro vivo ou bens mais fáceis de serem convertidos em dinheiro no curto prazo (abaixo de 360 dias). Quanto menor o prazo para conversão do bem em dinheiro, maior sua liquidez.

 

SEGURANÇA

É o quanto de “recursos próprios” um empreendimento utilizou-se para financiar suas operações. Quanto maior o volume de recursos próprios, maior a segurança do empreendimento; quanto maior o volume de recursos de terceiros, menor a segurança.

 

ENDIVIDAMENTO

O contrário de Segurança, ou seja, aumento dos recursos de terceiros no patrimônio do empreendimento, ou ainda, aumento no “Passivo Exigível.”

 

LUCRATIVIDADE

O peso de lucro de um empreendimento sobre a receita total de vendas durante um determinado período. Quanto maior for o lucro sobre as vendas, mais lucrativo é o empreendimento neste período.

RENTABILIDADE

O peso do lucro sobre o patrimônio do empreendimento durante um determinado período. Quanto maior for o lucro sobre o Ativo Total, mais rentável é o empreendimento no período.

 

RECEITA

O valor recebido na (a vista ou a prazo) pela venda de em produto ou serviço.

 

ALAVANCAGEM

Injeção de recursos (próprios ou de terceiros) que gera aumento de patrimônio, tanto ativo quanto ou passivo.

 

CAPITAL DE GIRO

Disponibilidades financeiras para manter um empreendimento funcionando; recursos para pagamento de fornecedores, colaboradores, reposição de estoques, pagamento de despesas operacionais, financeiras, etc. Recursos os quais um empreendimento deve dispor imediatamente.

Outro material que despertou a atenção de Nélio foi outro diferenciando “Gastos, Despesas e Custos”

Hoje falaremos  sobre um tema um pouco maçante, porém de fundamental importância para a Gestão Financeira de qualquer empreendimento: Custos, Gastos e Despesas.

E porque de fundamental importância?

·        Conhecendo nossos custos, gastos e despesas; poderemos ter parâmetros referentes aos resultados financeiros do empreendimento;

·        O conhecimento desses números são vitais para a formação do preço de venda e definição da margem de lucro;

·        São indicadores da lucratividade (ou ausência desta) em determinados períodos.

O conhecimento detalhado dos custos, gastos e despesas nos auxilia a tomar diversas decisões, inclusive quais destes itens são ou não necessários para a otimização das operações e dos resultados do empreendimento.

De modo geral, custos e despesas são conceitos que estão ligados à saída de caixa de uma companhia, ou seja, de gastos realizados pela empresa para que a mesma mantenha as suas operações.

Os custos de uma empresa são os gastos ligados diretamente à produção ou à atividade-fim de uma organização, como por exemplo: compra de matéria-prima, pagamento de salários, contas de energia, entre outros.

Já as despesas podem ser consideradas gastos relacionados à manutenção do negócio. De modo geral, eles não são tão fundamentais para o funcionamento de uma companhia como os custos da mesma. Exemplos de despesas: contas de telefone, salários do setor administrativo, comissões de vendedores, etc.

Primeiro temos que diferencia-los:

GASTOS: genericamente, todas as saídas de caixa, todo o dinheiro dispendido pelo empreendimento. Todos os bens e serviços utilizados pela empresa geram “gastos”; que no decorrer do processo serão convertidos em custos e despesas. Por exemplo: compra de insumos, pagamento de água, luz, telefone, mão de obra direta e indireta, etc.

DESPESAS: todos os valores utilizados para a manutenção de infra estrutura operacional básica  do empreendimento; normalmente tudo aquilo dispendido nos setores administrativos, comercial, marketing, logística; ou seja, o que não tem relação direta com o processo produtivo.

CUSTOS: todo e qualquer valor aplicado diretamente na produção de produtos e serviços; tais como insumos, mão de obra, energia e luz, água e esgoto, manutenção de máquinas e equipamentos, bem como suas respectivas depreciações, custos de limpeza e conservação, etc. Tudo que está diretamente ligado ao processo produtivo.

O cálculo dos custos, despesas e gastos Vaira de uma empresa para outra, entretanto, cedo ou tarde todos eles terão impactos sobre o resultado da empresa.

Mais especificamente, sobre os CUSTOS; ou seja, o que tem relação direta com a oferta de bens e serviços, eles podem ser divididos em:

1 – Custos diretos

Entrando mais especificamente na classificação de custos, quando, dentro da empresa, uma pessoa fala em custos diretos, ela está se referindo aqueles que são atribuídos aos produtos ou serviços que a organização oferece no segmento em que atua.

Isso quer dizer, que se tratam daqueles custos que estão diretamente ligados e incluídos nos cálculos que são feitos para se chegar ao valor final do produto ou do serviço oferecido.

Assim, entendemos que os custos diretos são aqueles que o empresário, empreendedor ou o gestor conseguem identificar e mensurar com facilidade, de forma clara e objetiva, sendo exemplos disso as matérias-primas utilizadas na produção direta do produto, bem como a mão de obra contratada para prestar os serviços fins da organização.

2 – Custos indiretos

Indo na direção contrária dos diretos, os custos indiretos são aqueles que não necessariamente estão ligados à atividade-fim realizada pela empresa. Isso quer dizer que são custos que interferem na produção, seja do produto ou do serviço, mas que não têm relação direta com estes. Como exemplos,  é possível citar os gastos com água, energia, internet, aluguel do estabelecimento, entre diversos outros.

Por não terem exatamente esta ligação direta, os custos indiretos não chegam a ser incluídos nos custos do produto/serviço. Para isso, o que é feito é um rateio, que permite que estes valores sejam integrados ao preço final daquilo que a empresa oferece.

No próximo artigo iremos falar mais sobre CUSTOS, destacando os CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS.

E Nélio foi procurar o tal artigo:

No ultimo artigo vimos as definições de “GASTOS”, “CUSTOS” E “DESPESAS”.  Também falamos da importância de conhecermos “na ponta do lápis” todos esses valores, para melhor “controle” e “planejamento” bem como a “precificação de produtos / serviços”.

Vejamos agora mais detalhadamente sobre custos.

 

CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS

CUSTOS

São os gastos direta e indiretamente envolvidos na produção e distribuição de produtos e na prestação de serviços. Os custos diretamente envolvidos na produção e distribuição são os “Custos Variáveis”, os custos indiretamente envolvidos são os “Custos Fixos”.

 

CUSTOS VARIÁVEIS

Custos diretamente envolvidos na produção de bens e na prestação de serviços, são diretamente envolvidos na produção. Exemplo: matérias primas, material secundário, fretes, etc. Quanto maior o volume de produção, maiores são os Custos Variáveis. Basicamente, os custos variáveis dependem da produção; quanto maior a produção, maiores serão.

 

CUSTOS FIXOS

São os custos indiretamente envolvidos com a prestação de serviços e produção de bens, ocorrem independentemente do volume de produção, mesmo quando não há produção nem vendas, os Custos Fixos devem ser pagos. Exemplo: aluguel, pro labore, água, luz, telefone, internet. Independem da produção e das vendas. São valores a serem pagos mesmo que não se produza e não se venda nada; são custos para “manterem as portas abertas”.

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS CUSTOS

Vejamos um exemplo bem simples, do resultado e uma empresa em um mês

Companhia X

Demonstração de Resultado do Exercício Referente ao Mês de Junho de 2020

RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS ...... R$ 20.000,00

(-)CUSTO DAS MERCADORIAS E SERVIÇOS ............... R$  9.000,00

RESULTADO COMERCIAL .........................................R$ 11.000,00

(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS ............................ R$ 2.000,00

(-) DESPESAS COM MÃO DE OBRA ..........................  R$ 3.500,00

(-) DESPESAS COMERCIAIS ...................................... R$ 1.500,00

(-) DESPESAS FINANCEIRAS ...................................... R$   500,00

RESULTADO DO EXERCÍCIO ...................................... R$ 3.500,00

 

A forma de calcular os custos variam de uma empresa para outra, cada uma tem uma metodologia. Suponhamos que a Companhia X considere no CUSTO DA MERCADORIA VENDA não apenas a mercadoria em si, e sim todos os gastos diretamente realizados desde a aquisição até a venda do produto. Do total de R$ 20.000,00 em vendas, obteve um resultado de R$ 11.000,00. Destes R$ 11.000,00; deduzidos todos os gastos indiretos, ainda sobraram R$ 3.500,00. Caso a empresa não realizasse nenhuma venda, teria todos esses gastos, ou seja; eles são fixos.

CUSTOS FIXOS TOTAIS ................................................................................... R$ 7.500,00

CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS  ........................................................................... R$ 9.000,00

Vejamos o resultado do mês seguinte:

Companhia X

Demonstração de Resultado do Exercício Referente ao Mês de Julho de 2020

RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS ...... R$ 23.000,00

(-)CUSTO DAS MERCADORIAS E SERVIÇOS .............. R$  10.350,00

RESULTADO COMERCIAL .........................................R$ 12.650,00

(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS ............................. R$ 2.000,00

(-) DESPESAS COM MÃO DE OBRA ...........................  R$ 3.500,00

(-) DESPESAS COMERCIAIS ....................................... R$ 1.500,00

(-) DESPESAS FINANCEIRAS ....................................... R$   500,00

RESULTADO DO EXERCÍCIO ....................................... R$ 5.150,00

 

CUSTOS FIXOS TOTAIS................................................................................... R$ 7.500,00

CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS  .......................................................................  R$ 10.350,00

Quanto mais se produz e se vende, mais se gasta; entretanto mantendo os custos indiretos fixos e elevando-se a receita proporcionalmente a elevação do Custo Variável; obtem se um resultado melhor.

Evidentemente,nem sempre os resultados serão exatos. Nem sempre o que se prevê é o que acontece no final das contas. Entretanto, quanto mais exatos forem os cálculos, menores serão as probabilidades de erro. 

Já era muito conteúdo e muitos números para a jovem cabeça de Nélio naquele momento, embora ele já soubesse de algumas daquelas informações. Resolveu descansar um pouco a mente.


Notas Finais


Ficou longo, não? E ainda faltou falar em "Margem de Contribuição" e "Ponto de Equilíbrio". Mais adiante veremos.


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