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História Porttus - Drarry - A Voz de Ninguém


Escrita por: dracoboiola

Capítulo 12 - A Voz de Ninguém


Fanfic / Fanfiction Porttus - Drarry - A Voz de Ninguém

Harry acordou sentindo seu pescoço doer.  Percebeu que fora a pior decisão ter dormido nas costas de Malfoy, agora sentia que sua cabeça iria se separar do corpo. Mas internamente ficou feliz pois o loiro não havia o afastado, desde que eles começaram à ter as pequenas conversas sentia que estava cada vez mais se aproximando dele. Talvez poderiam até ser amigos.

O moreno se sentou direito, longe das costas do sonserino. Reclamara que sua forma de dormir não foi boa, mas a de Malfoy estava bem pior. Não parecia muito confortável dormir com a cabeça apoiada no tronco de uma árvore, principalmente por que sua casca parecia ter uma textura bem desaconchegante.

Se levantou sentindo uma vontade enorme de fazer xixi, decidiu aproveitar que o loiro estava dormindo e foi em uma árvore um pouco longe dali, se esvaziando ali mesmo. Malfoy praticamente o obrigara à tomar quatro litros de água no dia anterior, e Harry não teve nenhuma oportunidade de ir fazer suas necessidades.

Suspirou aliviado quando terminou, ajeitando o zíper da calça. Prometeu mentalmente que faria Malfoy beber quatro litros de água do riacho apenas para irritá-lo. Ele iria começar à andar, mas ouviu algo que fez com que seu corpo todo se arrepiasse:

Comida... Me dê comida...

Harry ouviu murmúrios baixos sem saber de onde viam. Olhou em volta sentindo seu corpo tremer quando não viu nada por perto. Estava ouvindo coisas?

Saiu lentamente daquele local ainda olhando de soslaio para os arbustos e por trás das árvores. Talvez a falta de convivência humana' esteja o deixando paranóico - Malfoy para ele era mais um poltergeist do que humano.

Quando viu em seu campo de visão o loiro que estava se levantando ainda bêbado de sono, mancou o mais rápido possível até lá.

— Eu ouvi alguém, ou algo, nos arbustos aqui perto. — começou, aturdido.

Malfoy, que estava com seu belo mau-humor matinal, olhou com uma carranca para Harry.

— É o eco na sua cabeça aberta, não se preocupe. — resmungou enquanto dobrava sua capa para logo colocá-la no mesmo canto, começando à andar até o riacho ali perto com Harry em seu encalço.

— É sério! Eu o ouvi, ele pedia comida! — o moreno exclamou, vendo o rosto do loiro se contorcer pela falta de paciência.

— Certo, Potter. Depois que eu me banhar, eu o salvo de 'seja lá o que for'. E faça o favor de banhar também senão serei obrigado à conjurar outro bottons de "Potter Fede".  — Malfoy começou à tirar a roupa ficando apenas de calças.

— Você é tão branquelo que parece que sua pele brilha. — Harry comentou — Chega a ser bizarro.

— Obrigado, Potter. Fico lisonjeado. — ele fez uma sarcástica reverência e saiu andando até onde pudesse antes de mergulhar no riacho.

Harry queria nadar com Malfoy, talvez finalmente pudesse afogá-lo e se livrar do sofrimento que é ter que conviver com aquele ser debochado, mas ele queria saber também de onde era aquela voz. Talvez fosse algo perigoso.

— Você vem ou não, Testa Rachada?

Certo, aquela voz sinistra pode esperar. O moreno logo retirou sua camiseta e calça, não se importou tanto pois "Malfoy já havia visto tudo mesmo". Protegeu sua ferida, colocou um feitiço no seus óculos e logo pulou perto do outro ainda mantendo certa distância, os dois prontos para dar o bote competindo sobre quem atacaria primeiro.

Harry olhou para o rosto do loiro que parecia bem concentrado. De repente, um sorriso malcriado nasceu em seus lábios e ele mergulhou tão rápido quanto uma âncora. O moreno engoliu em seco, era quase impossível ver algo na parte funda pois tinha mais concentração de areia e Harry não sabia de onde Malfoy iria atacá-lo. A ansiedade e atenção aumentaram drasticamente.

Sua coragem grifinória desaparecera quando ele sentiu algo passar perto de seus pés.

E de repente, Harry sentiu-se ser erguido no ar, tão forte que parou de ter contato com as águas do riacho. Malfoy havia o jogado para cima como um saco de batatas. Caiu de volta na água com um baque barulhento, escutando as gargalhadas do loiro que agora estava atrás de si. O susto havia deixado um frio na barriga mas logo passou à olhar zangado para o loiro. Sem conseguir se segurar, Harry juntou sua risada com a de Malfoy.

— Ok, eu admito. Essa foi boa. — o moreno riu — Mas da próxima vez espere minha perna curar, quase ela saiu do meu corpo.

— Seu rosto assustado está agora na minha lista de coisas preferidas, sinta-se lisonjeado. —  Malfoy terminou de rir, deixando apenas um sorriso.

Harry passou a esfregar seu cabelo molhado, tirando os requícios de areia que tinha ficado na sua raiz. 

— Acha que temos quantos dias de vida, Malfoy? — Harry perguntou casualmente.

— No máximo três, se continuarmos comendo esses peixes com gosto horrível. Talvez um se algum monstro aparecer. — Malfoy respondeu, pessimista. — Vou ensiná-lo a trocar os curativos, Potter. Vamos.

Harry saiu feliz do riacho, odiava ser tão dependente, finalmente poderia fazer algo que não precisasse da ajuda de Malfoy. O loiro abriu a capa que estava dobrada novamente e Harry se sentou.

Com um aceno na varinha, o loiro fez com que os dois fossem secos. Malfoy reverteu o feitiço impermeável, abrindo as ataduras e limpando o ferimento com água, Harry estava mordendo os lábios de dor.

— Agora essa parte será com você.  — o sonserino colocou uma atadura e uma tesoura nas mãos de Harry — Enrole na sua coxa do jeito que eu sempre faço, depois corte-o e prenda.

Harry fez o que foi mandado. Sentia seus olhos lacrimejarem toda vez que apertava demais a atadura, reclamara sempre do tratamento indelicado de Malfoy mas o loiro parecia ter mais cuidado que ele.

Quando o moreno terminou, Draco se levantou indo até a beira do riacho novamente. Malfoy acordara com o braço ardendo, o que o assustou muito lhe lembrando dos tempos do Lorde das Trevas. Felizmente, ou infelizmente, a ardência era só os dois buracos que o morcegão havia feito em seu braço.

Draco retirou suas ataduras, se assustando com a forma que o machucado estava. Os dois pequenos buracos estavam cicatrizados já com cascas de ferida, mas envolta deles saíam veias roxas e estava avermelhado.

— O que houve? —ouviu o grito de Harry.

— Esqueci minha camisa. —gritou de volta, pegando pegando a camiseta do chão e vestindo-a rapidamente.

— Pegue minhas roupas também!

Malfoy andou até as roupas bagunçadas perto de uma árvore e as pegou. Seu rosto estava impassível mas seus pensamentos estavam em turbilhão. Provavelmente o morcego era venenoso, mas não contaria sobre a ferida para Potter pois ele não ajudaria.  Precisava achar o ditamno, curar o Cicatriz e aparatar em algum lugar perto de Hogsmeade para que eles consigam os devidos médicos.

   Irá dar tudo certo.



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