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História Porttus - Drarry - A Voz de Alguém


Escrita por: dracoboiola

Notas do Autor


O horário de att agora vai ser apenas aos sábados pois eu tô muito sem tempo no meio da semana, galera 😭😭
Mas pretendo postar um na meia-noite de Natal como um presente, só não prometo nada pois tá difícil aqui

Boa leitura 💖💖

Capítulo 14 - A Voz de Alguém


Fanfic / Fanfiction Porttus - Drarry - A Voz de Alguém

Os quatro adolescentes só pararam de correr quando concluíram que estavam em uma distância considerável de Hogwarts. Hermione e Rony ofegaram cansados, sentindo a adrenalina nostálgica das corridas com Harry. Já os dois sonserinos estavam quase desabando no chão.

— Sedentarismo de merda, se eu soubesse que iríamos correr tanto teria feito alongamento. — Blaise lamuriou, se apoiando em uma árvore enquanto respirava forte.

— Temos que ir mais fundo, precisamos achar um lugar para a barraca. — Hermione opinou, enquanto regulava sua respiração.

— Que barraca? — Pansy perguntou, confusa.

— A que eu trouxe. — a morena saiu andando na frente, sem mais explicações. Rony saiu logo atrás claramente segurando o riso.

Os dois sonserinos se olharam confusos, mas deram os ombros e seguiram a outra dupla.

— De onde vocês estão sentindo Malfoy agora? — Hermione perguntou quando os sonseninos os alcançaram.

— Estava se aproximando de nós ainda à tarde mas agora está parado, as vezes se mexe levemente. Talvez tenham encontrado um ponto fixo? — Pansy respondeu, questionadora.

— Eu espero que sim. — Hermione suspirou cansada — E espero que esteja tudo bem com esses dois, ainda não entendo o por quê de eles não terem aparatado em algum local seguro.

Pansy concordou com a cabeça.

Quando os quatro chegaram em um local mais aberto, dividiram as tarefas. Pansy e Blaise ficaram encarregados de pegar gravetos e pedras para uma fogueira, já Hermione e Rony passaram à armar a barraca.

Os dois sonserinos fizeram sua busca um pouco longe dos dois grifinórios, o que os deixaram alheios sobre o que eles faziam. Quando voltaram com os gravetos, viram uma pequena barraca bem montada e Hermione e Rony não estavam à vista.

— Até agora eu me pergunto de onde eles tiraram essa barraca. — Blaise comentou, de olhos arregalados.

— Não faço a menor ideia. — Pansy respondeu, ajeitando os gravetos em seus braços e se aproximando do lugar, com o moreno em seu encalço.

A garota chegou na frente, apoiando os galhos em um braço e empurrando o lençol na entrada com o outro. A primeira coisa que seus olhos viram foram cadeiras, depois uma mesinha e um candeeiro que iluminava tudo lá dentro. Quanto mais seus olhos vagavam por ali, mais se arregalavam.

Aquele lugar parecia mais uma casa do que uma barraca. Cabia claramente mais de cinco pessoas na parte de dentro, bem diferente da imagem na parte de fora.

— Finalmente chegaram. — Hermione parou de arrumar sua cama de camping, olhando satisfeita para o rosto surpreso dos sonserinos.— Já estávamos morrendo de frio.

— Parem de fazer essa cara idiota. — Rony sorriu zombeteiro, sentado na cadeira enquanto apoiava os cotovelos na mesa.

— Como vocês- — Pansy se auto interrompeu, olhando em volta novamente — Isso é- Isso é feitiço dos grandes! — exclamou, quase derrubando seus gravetos.

— Como Hagrid disse um dia… — Rony pigarreou, levantando um dedo dramaticamente como o próprio Sócrates — " Ainda não inventaram um feitiço que a nossa Hermione não possa fazer". — recitou com a voz grossa.

Hermione riu envergonhada, logo indo ajudar os sonserinos com a pilha de lenha. Os quatro saíram da barraca, preparando a fogueira e tentando ao máximo deixar o fogo aceso mas ele se recusava à queimar.

— Que vontade de me auto-incendiar. — Pansy resmungou, logo voltando à recitar feitiços consecutivos com os outros três.

— Isso! — Blaise exclamou feliz, quase pulando no fogo quando ele acendeu, iluminando todo aquele local.

Os quatro se sentaram ao redor da pequena fogueira, estendendo suas mãos na mesma. Rony acabou enfiando sua mão no fogo sem querer em algum momento, o que fez os outros três rirem em uníssono.

— Você ainda não nos explicou como trouxe a barraca, Granger. — Blaise questionou quando Rony parou de reclamar sobre sua queimadura.

— Vocês não quiseram saber. — a garota deu os ombros — Estão com fome?

— Eu estou, não consegui comer nada hoje. — Pansy respondeu, acariciando a barriga.

Hermione sorriu, pegando sua bolsa de contas. E de repente, seu braço inteiro havia desaparecido dentro do pequeno local, voltando logo com alguns pacotes de sanduíche.

Pansy e Blaise haviam ficado novamente de boca aberta.

— Cara, por que você não entrou pra Corvinal?! — o sonserino perguntou, estupefado.

A garota riu, jogando um sanduíche para cada um. Eles comeram ao redor da fogueira, deixando um silêncio confortável pairar, as vezes interrompido pelo som de alguma criatura estranha que vagava por ali perto.

No meio daquele silêncio, os quatro se assustaram quando ouviram algo que os fez estremecer.

— V-vocês… ouviram isso? — Rony gaguejou olhando o rosto de cada um ali — Foi um rugido…

— Me diga que colocou proteção contra monstros aqui, Granger. — Pansy perguntou, estremecendo.

— Sim, óbvio que coloquei. Só espero que ela aguente seja lá o que isso for. — a última frase ela falou mais para si mesma.

— Vamos entrar, já está tarde e amanhã temos que sair daqui bem cedo. — Blaise disse enquanto se levantava, limpando a terra de seu traseiro. Mesmo parecendo impassível exteriormente, quando ouviu o rugido quase infartou.

Os três entraram rapidamente no local, Hermione ajudou os dois sonserinos à montarem suas camas e logo todos se deitaram para dormir. As vezes Pansy e Blaise soltavam um comentário ou outro sobre o quão desconfortável era aquela "cama trouxa".

Quando tudo se acalmou e apenas o som do fogo na lamparina ficou no ar, os quatro adolescentes ainda não dormiam. Seus pensamentos estavam no rugido da criatura, e mentalmente imploravam para Merlin proteger seus respectivos amigos.

ϟ


Draco acordou sentindo um peso adicional em cima de seu corpo. Tinha algo estranho, pois tinha certeza que a pessoa que estava deitada em seus braços era Potter, mas na parte da sua barriga tinha algo mais esguio e pesado.

Abriu os olhos lentamente, sendo cegado pela luz fraca que vinha entre as folhas das árvores. Quando seus olhos focaram, viu um ninho de cabelo preto pousado no seu braço, o deixando dormente. Mas não era com aquilo que estava preocupado, tinha algo muito errado em sua barriga.

Olhou para mesma perdendo todo o ar dos pulmões quando viu uma enorme cobra pesando ali, dormindo calmamente. Imediatamente Malfoy parou de respirar, com medo de mexer o estômago e a cobra se irritar.

P-potter! — sussurrou extremamente baixo para o garoto que dormia serenamente — Cicatriz!

A cobra mexeu a cabeça levemente e Draco calou a boca. Pensou em retirar seu braço de baixo do "cabeção rachado" bruscamente para que ele pudesse acordar e ajudá-lo de alguma forma, mas tinha certeza de que a coisa acordaria junto.

Estendeu seu braço direito até o bolso, lentamente. Seu pulso estava do lado da cabeça da serpente, se ela despertasse Malfoy estaria morto. Pegou a varinha cuidadosamente do bolso de sua calça e quando os olhos do ofídio se abriram, exclamou o feitiço.

Petrificus Totalus! — o animal parou em seu movimento.

Malfoy à empurrou de sua barriga finalmente, acabando por tirar o "travesseiro" de Harry, fazendo com que ele acordasse com uma pancada na cabeça.

— Ai! — Harry se sentou acariciando a cabeça, pegando seu óculos e vendo um Malfoy de pé completamente assustado olhando algo no chão — O que houve?

— Uma maldita cobra deitou em cima da gente! — exclamou em resposta. Sua expressão estava em uma mistura de medo e raiva.

Harry se levantou sonolento, vendo uma cobra imóvel no chão com apenas os olhos se movimentando. Ele se aproximou lentamente da cobra, sacando sua varinha, mas quando ia pronunciar o feitiço, seu pulso foi segurado por Malfoy.

— Você vai matá-la? — ele perguntou, preocupado.

— Não, irei apenas soltá-la. — respondeu, sentindo a mão em seu pulso apertar.

— Ela pode nos atacar!

— Está tudo bem, Malfoy. — Harry retirou a mão do outro de seu pulso com facilidade, vendo-a cair ao lado de seu corpo — Se ela me atacar você a lança uma azaração.

Malfoy achou aquela ideia horrível mas quando o outro soltou um sorriso tranquilizador e sem dentes, ele cedeu. Ficou em uma distância considerável e ergueu a varinha na direção da cobra, vendo Harry se aproximar.

O moreno reverteu o feitiço e a cobra se contorceu como se estivesse se espreguiçando. Seus olhos cor âmbar fitaram o garoto em sua frente, como se visse todos os seus pecados.

Harry Potter, é uma honra conhecê-lo.

Harry sentiu sua pele arrepiar quando reconheceu aquela voz. Era a mesma que clamava por comida nas moitas ontem, e ainda parecia faminta. Então eles iriam ser o jantar?

Oh, não é isso que você está pensando. Eu nunca mataria Harry Potter em um milhão de anos. — a cobra respondeu os pensamentos de Harry.

Como você me conhece? — perguntou, com o cenho franzido.

Você é muito conhecido entre as cobras, dizem que você libertou uma aos dez de idade. Ele nos contou tudo antes de viajar para o Brasil.

Harry sentiu um clique em sua cabeça quando lembrou-se de algo. Recordou da cobra que havia solto no zoológico quando tinha dez anos, quando o vidro sumiu.

Vejo que se lembra, Harry Potter. — a cobra falou — Mas no momento não quero lhe lembrar sobre situações passadas e sim lhe pedir um favor.

O que deseja? — Harry se aproximou mais da cobra abaixando-se na sua frente, vendo de soslaio Malfoy se mexer em alerta.

Preciso de algo para comer.

Infelizmente não posso ajudá-lo. Não temos comida nem para nós mesmos. — Harry respondeu se desculpando.

Você pode puxar um peixe como o vi fazer antes? Posso comê-lo cru sem problemas, é apenas isso que peço. — a cobra implorou.

Claro. Pensei que cobras comessem apenas ratos. — Harry divagou, se levantando.

— Do que estão falando? — Draco perguntou, meio assustado com aquele festival bizarro de silvos.

— Ele quer comer.

Malfoy arregalou os olhos.

— N-nós?

— Não, apenas um peixe. — Harry riu.

— Cobras comem peixe? — perguntou, confuso.

— Estava pensando a mesma coisa. — o moreno se aproximou do riacho com a cobra rastejando  atrás de si, e Malfoy bem longe dela.

Harry convocou o peixe, chegando perto da cobra. Ela o abocanhou quase arrancando um dos dedos da mão do garoto, fazendo Malfoy prender a respiração.

Hmmm, estava delicioso. Faz dias que não como nada por causa do maldito territorial. — a cobra lambeu os lábios que não tinha com sua língua bifurcada.

Maldito territorial? Quem? — o moreno perguntou, confuso.

Uma criatura que ronda por aí, nunca o vi mas as outras cobras sempre dizem para nós ficarmos longe dos lugares que ele marca.— a cobra respondeu.

Harry ia fazer mais perguntas, mas sua conversa foi interrompida pela voz zangada do loiro.

— Já chega, precisamos ir embora. Deixe a peçonhenta aí, Potter. — Malfoy criou coragem para se aproximar, segurando o braço de Harry. Quando iria puxá-lo, viu a cobra se enrolar no pé do moreno.

Já irá embora, Harry Potter? — a cobra perguntou inocentemente.

Eu preciso ir, nós temos que chegar logo à Hogwarts.

Quando estava os observando, vi que estavam à procura de algo. Posso ajudá-los à encontrar, conheço essa floresta com a ponta da minha língua. — sibilou enquanto se soltava do pé de Harry.

Sério? — Harry perguntou, com uma pitada de esperança — Pode encontrar uma… Como é mesmo o nome do que estávamos procurando? — ele se virou para o loiro.

— Vagem soporífera?

— Isso! Vagem soporífera. — se virou para a cobra novamente.

Sei onde tem. Posso trazê-lo para vocês facilmente, mas com um porém. — ela se aproximou de Harry — Quero que me leve junto com vocês.

Por quê? — perguntou, confuso. Por que uma cobra iria querer acompanhar dois humanos?

Pois não aguento mais essa floresta. Não tem comida o suficiente, só inseto e folha. As vezes umas árvores de fruta que o meio-gigante plantava, mas todas já tem dono.

Espera, meio-gigante? Você está falando de Hagrid?

Esse é o nome dele? Tem um barbudo que sempre plantava umas árvores para os morcegos-gigantes. Não vem aqui faz um tempo.

Então está explicado a árvore estranha de maçãs. — concluiu, pensativo — Tudo bem, se você encontrar a vagem eu lhe levo à Hogwarts e lhe sirvo um banquete. Nos vemos no caminho

A cobra assentiu, rastejando propositalmente perto do pé de Malfoy para vê-lo pular de susto, desaparecendo entre os arbustos.

— Maldita. —  o loiro xingou, se recuperando — Deixe-me checar a ferida, depois nós iremos embora.

Harry prontamente retirou a calça e se sentou, vendo Malfoy rapidamente fazer seu trabalho. Hoje ele não estava para piadinhas desde que foi acordado por uma cobra. Abriu o curativo vendo que a infecção estava piorando mais e mais, sentindo seu estômago embrulhar.

Não esteve preparado quando o viu morto na guerra bruxa, e estava menos preparado agora. Sabia que o moreno não teria outro milagre pois aquilo não era um Avada Kedavra e sim uma simples mas mortal infecção.

— Já falei que seria ridículo se você morresse por uma infecção, Potter? — Draco pronunciou, terminando de limpar o ferimento e enrolando-o de novo.

— Se a cobra encontrar a vagem, vou estar bastante vivo para tornar seu ano um inferno, Malfoy. — Harry sorriu, se levantando com a ajuda do outro, se apoiando em seu braço.

— Então vamos andando logo, não vejo a hora de chegar em Hogwarts e falar para todos que eu salvei Harry Potter. — o loiro disse, pretensioso.

— E eu não vejo a hora de dizer a todos que Draco Malfoy me salvou. — fez uma falsa expressão pensativa — E que Draco Malfoy brincou comigo na água, que Draco Malfoy me emprestou o braço para dormir-

— Ok, chega. Nada de falar disso. — interrompeu, começando a andar — Você brinca com essas coisas mas ontem estava todo envergonhado, não é, Potty? Meu braço é um bom travesseiro?

— Cala a boca. — Harry lhe deu um soquinho no ombro, sorrindo constrangido.

Os dois garotos passaram a andar calmamente por entre aquelas árvores, as vezes soltando uma piada ou risada, alheios ao que acontecia em volta. Tão alheios que não perceberam a presença de outro ser os seguindo periculosamente.



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