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História "POSSESSIVE" - Noany - I Want U


Escrita por: bieberchamp

Capítulo 22 - I Want U


- Confesso que eu até fico meio ereto quando você me chama de Urrea. - Ele riu malicioso e eu fui obrigada a revirar os olhos, aliás, isso era o que eu mais fazia quando estava com Noah.


- Cala a boca e não mude de assunto, Urr... Quero dizer, Noah. - Ele riu novamente.


- Ah claro, seu carro, o que tem ele? - Ele se fez de desentendido.


- Garoto, não se faça de sonso. - Falei dando um tapa em seu braço. - Eu sei que foi você quem o arranhou, ficou com raivinha porque me viu beijando Fred, é? Eu estou cansada dessas sua infantilidades. Que caralho, mesmo. - Noah olhou para baixo com um certo olhar maligno, sorriu pelo nariz com um tom de ironia, olhou-me novamente e me empurrou com tudo na parede, fazendo minhas costas doerem, logo ele prensou meu braço com força, impedindo-me de me mover. Nos olhávamos com firmeza o tempo todo.


- Any... Any... Você me leva muito na brincadeira. - Ele dizia friamente com aquela sua voz rouca. - Mas eu acho melhor você parar com isso, para o seu próprio bem. Você é minha garota, somente minha, caso ao contrário... - Ele riu com um ar debochado. - Você morre. - Noah segurou meu queixo com força, erguendo um pouco meu rosto, senti uma lágrima escorrer, confesso que era medo, pânico.


- Me larga. - Falei soluçando. - Eu não sou sua, não nasci para ser feita de idiota.


- Claro você já nasceu idiota. - Ele disse e eu ignorei seu comentário.


- Eu tenho que me prender a você. - Aumentei meu tom de voz. - Mas você pode comer até a mãe do padeiro, isso não existe cara. - Tentei empurrá-lo, mas foi inútil.


- Espero que você sinta muito por Fred... - Ele disse me soltando e caminhando lentamente pela sala, numa tranquilidade infinita.


- Você não vai matá-lo. - Gritei. - Eu o beijei, a culpa é minha. 


- Foda-se, Gabrielly. Eu te avisei, caralho. Qualquer garoto que você ficar morre.


- Então comece se matando. - Falei.


- Eu já falei para você parar de me levar na brincadeira, porra. - Ele gritou. 


- Você é problemático. - Gritei de volta.


- Não, Any... Adjetivo errado para me caracterizar. Mas se você disser possessivo, eu até aceito. - Ele disse se aproximando novamente de mim. - E Fred... Bom, já era para ele estar morto há muito tempo. Ninguém me rouba e sai fazendo festa, parte daqueles 15 milhões foram conquistado com o meu suor, você sabe como é difícil pegar carregamentos hoje em dia? Os caras estão por todas as partes. Mas depois vem a negociação, e depois só felicidade. Ah papai. - Ele disse rindo, odiava o jeito que ele banalizava as coisas. - Mas vamos voltar ao rumo das coisas, eu sempre achei engraçado o jeito que você sabia de tudo. - Ele riu com aquele seu ar de idiota. - Estava sempre escutando a conversa dos outros, ou você acha que eu sou idiota?


- Acho que você é idiota. - Disse simples, limpando as lágrimas e quando dei-me por conta meu rosto estava ardendo por causa de um tapa que eu levara de Noah. Levei as mãos ao rosto, incrédula por ter apanhando daquele idiota. Fiquei o olhando e vi raiva em seus olhos.


- Eu nunca seria sua, seu filho da puta. - Gritei. - Nem se eu quisesse.


- Você não esta cooperando, porra. - Ele disse virando de costas para mim e se apoiando na mesa como se tivesse reprovado sua atitude.


- Você quer me fazer de cadelinha. Porque eu cooperaria? 


- Para eu te ter viva, Gabrielly... Eu sou a pessoa mais impulsiva do mundo, quando as coisas não são do meu jeito eu não penso duas vezes, eu acabo logo com isso. Muitas vezes não é nem por vontade própria e sim por impulso, por isso que eu peço para você cooperar, e apenas me obedecer, apenas ser minha. Porra. - Ele disse passando as mãos no cabelo descabelando ainda mais, tentando manter a calma.


- Então comece a pensar antes de agir, porque eu tenho certeza, se você me visse atirada no chão cheia de sangue você ficaria até o fundo do cu de arrependimento. Foi isso que eu entendi.


- Poderia me arrepender, mas arrependimento para mim é algo fácil de lidar, aliás, qualquer sentimento.


- Menos o que você sente por mim. - Disse confiante.


- Não se iluda, Any. Não se iluda. - Ele disse simples.


- Então por que você faz tanta questão de me ter? Fala Urrea. - Exigi respostas.


- Porque eu quero. Simples assim.


- Eu nunca te entenderia. - Falei cansada de tudo aquilo. - Eu só quero que você me deixe em paz, caralho. 


- Eu não consigo. Nem eu sei porquê, Any. Nem eu. - Ele disse em sua outra face, uma face mais calma.


- Você não consegue deixar de me fazer de idiota, é isso? Porque eu não esqueci do que eu vi hoje naquela escola, naquela sala. - Por fim toquei no assunto que também estava entalado em minha garganta. - Você e Liana... - Meu estômago embrulhou novamente ao me lembrar da tal cena. - Logo minha arqui-inimiga, porra. - Falei pegando uma almofada que estava no sofá e jogando nele, fez nem cócegas, na próxima vez eu jogo outro vazo de vidro.


- Que drama, ....... fodo quem eu quiser. - Ele disse acendendo outro cigarro. - E se isso te consola, você é melhor que ela. - Ele disse simples, colocando toda a nicotina para dentro.


- Então eu beijo quem eu quiser... E se isso te consola. - Dei uma pausa. - Fred é melhor que você. - Agora eu deixaria Noah puto. 


- Tem certeza? - Urrea me puxou pela cintura e logo nossos corpos estavam colados, seu hálito quente chocou-se contra meu rosto, me entorpecendo. Eu odiava o efeito que ele tinha sobre mim. Odiava. 


Óbvio que Noah era melhor, eu tinha que admitir isto, até porque entre eu e Fred não havia nenhum sentimento, mas entre eu e Noah por mais que nós fossemos assim, tão opostos, eu podia sentir algo entre nós, algo que atraía um ao outro.


- Quem é o melhor, Nany? - Ele me chamou de Nany? Droga, esse garoto fazia de tudo para conseguir o que queria. Ele cochichava levemente em meu ouvido, certamente a fim de ouvir um ''Você, Urrea, você é o melhor, agora me come''. - Hein, Nany? Me diz. - Ele sugou meu pescoço. Por que era tão difícil resistir assim? Mas eu tinha que me conter, não podia me render. - Vai se fazer de difícil, é? Pena que eu já sei a resposta. - Ele disse apertando minha bunda, fazendo eu morder o lábio inferior. Noah tentou me beijar, mas o máximo que ele conseguiu foi um selinho. Não seria tão fácil assim, ainda mais depois do tapa que eu havia levado.


Mas algo diferente aconteceu, um silêncio pairou entre eu e Noah, ele se mantinha em minha frente, ainda com as mãos em minha cintura, mas algo diferenciava essa situação: O jeito que ele me olhava. Noah parou e nós ficamos nos olhando profundamente e pela primeira vez eu pude ver algo verdadeiro nele em relação à mim, talvez eu não fosse só mais uma para ele, talvez ele apenas não quisesse aceitar isso, se perder em sentimentos ou coisa e tal. Urrea continuou me olhando com aqueles seus olhos verdes de deixar qualquer garota louca, seu olhar tinha desejo, ou melhor, era indecifrável. Noah começou a subir suas mãos pelo meu corpo, até chegar em meu rosto, onde ele pôs sua mão direita sobre o lugar que ele tinha me atingido e começou a acariciar. Fechei os olhos sentindo o poder de seu toque, aconteceu que esse toque era diferente, era intenso, continha sentimento. Agora qual tipo de sentimento eu não sabia, Urrea podia mudar a toda hora. Confesso que aquilo estava sendo maravilhoso e por um momento me fez esquecer tudo, seus xingamentos, suas grosserias, a vadia de Liana e até mesmo o tapa que eu havia levado. Seu toque tinha poder sobre mim, eu era obrigada a confessar isso.


Sim, Urrea me causava certos sentimentos, sejam eles bons ou ruins mas era algo nunca sentido antes. Eu realmente não concordava com o fato de eu ser de Noah e ele ser do mundo, mas um desejo louco vinha surgindo dentro de mim: eu precisava ser sua, mas contanto que ele também fosse meu, mas vendo e revendo os fatos, isso parecia ser impossível, tínhamos vidas completamente diferentes e além disso ERAMOS completamente diferentes. Porém eu queria aquele Noah que agora me olhava como se eu fosse algo para ele, e não apenas mais uma. 


Noah aproximou seus lábios e me beijou lentamente, um beijo quente que eu não conseguiria resistir nem se essa fosse minha maior vontade. Envolvi meus braços em seu pescoço, enquanto Noah passava as mãos pela minha cintura, dando-me uma sensação de segurança sentida, embora que segura fosse o que eu menos estava em relação á Urrea.


Aquilo era um beijo de verdade, o melhor beijo nosso já dado. Afastei-me de Noah já ofegante e tanto eu como ele nos olhávamos sem saber explicar o acontecido, pude ver que até Noah sentiu algo diferente.


- Tenho que ir, Urrea, mas... Você vai me emprestar um carro. - Sorri inocentemente.


- Tá maluca? Por que? - Ele perguntou.


- Porque eu não quero ir a pé, e vou deixar meu lindo carrinho aqui para você arrumar. - Sorri novamente e Noah fez um movimente com a cabeça pra lá e pra cá.


- Ok, vou chamar um táxi. - Ele disse simples. 


- Ah não, Urrea. O que custa você me emprestar um carro? Tem três naquela garagem. - Falei com a voz manhosa. 


- Você acha mesmo que eu vou deixar você dirigir os meus garotos? Mas nem você acredita no que está falando né.


- Ai, idiota. Fode eles. - Disse ficando emburrada.


- Seu duvidar eu fodo mesmo, me amarro naqueles carros.


- Que coisa mais gay, Urrea. ''Carro'' é substantivo masculino, então parece que você quer foder com homens. - Quando eu queria falar merda para irritar Urrea eu conseguia. - Imagina se um dia você fala '' eu foderia eles '' as pessoas não iam saber que você estaria falando de carros e achariam você uma florzinha. - Eu não sei de onde saía tanta merda.


- Cala boca, Any... Você sabe muito bem da minha masculinidade.


- Hmmm... Esse chinelo é rasteirinha. - Comecei a rir e Urrea se mantinha com aquela cara de cu, louco para me dar outro coladão na cara. 


- Deita lá na minha cama rapidão que você vai se arrepender do que disse. 


- Gays também podem ser bons de cama.- Falei rindo.


- Tem um revólver logo ali. - Ele disse apontando para a mesa.


- Sério? Que legal. É de comer?


- O revólver não, mas você sim. - Ele disse me beijando.


- Vai te foder, Urrea. - Falei saindo de seus braços e indo em direção ao sofá, pegando minhas coisas. - Então, vai me levar ou eu vou ter que ir caminhando? Ainda mais que está de noite e sempre tem garotos que querem dar uma de espertinhos. - Falei simples, mas com o objetivo de atingir Noah.


- Se encostarem em você, depois eu mato.


- Mas você não saberia quem é. - Chantageei.


- Ok, porra. Vamos de uma vez, que merda mesmo. - Ele disse resmungando enquanto pegava as chaves, eu ri. - Eu vou levar você. - Noah falou colocando sua regata, ele não deixaria um garoto encostar em mim nos próximos cem anos pelo visto.


Fui até o banheiro rapidamente, a fim de olhar meu estado no espelho, e estava crítico. Meu cabelo estava todo estranho e meu pescoço tinha chupões. Merda, se meu pai visse isso eu estava fodida. Arrumei meus cabelos de modo que tapasse. E para foder ainda mais minha vida, Urrea tinha feito dois de cada lado, filho da puta. Fiz meus cabelos caírem sobre o ombro de modo que omitisse, minha sorte é que eles eram volumosos escondendo ainda mais. Lavei o rosto, pois eu ainda estava com rastros de choro no mesmo e me olhei novamente o espelho tendo um resultado descente. 


Logo após a porta se abriu atrás de mim, percebi que era Urrea, pois o via pelo espelho. Nem dei bola, continuei fazendo o que eu tinha que fazer, e então ouvi a porta ser trancada.


- Mas antes de irmos, você tem que responder minha pergunta. - Ele disse me colocando sentada em cima da pia e se envolvendo no meio de minhas pernas.


- Que pergunta? - Perguntei perdida.


- Quem é melhor?- Fui obrigada a rir, até havia me esquecido de tudo aquilo.


- Você quer mesmo saber, Urrea? - Perguntei provocativa.


- Eu não quero, eu necessito. - Ele respondeu.


- Ok. - Cruzei minhas pernas com Urrea envolvido nelas. - Talvez você seja. - Falei me fazendo de difícil e ele riu maravilhosamente. Logo ele me atacou novamente, sugando meus lábios, passando as mãos pelas minhas coxas e apertando minha intimidade fazendo eu gemer, em seguida ele deu selinhos em meus seios por cima da blusa mesmo, mas mesmo assim aquilo foi enlouquecedor.


Parei tudo, descruzando minhas pernas de volta dele e descendo de cima da pia.


- Talvez, Urrea. - Disse me ajeitando. - Se você não tivesse comido Liana, eu até pensaria em te dar prazer hoje, em ser sua, do jeito que você quer. - Falei e vi descontentamento nos olhos de Urrea, arrancando um sorriso meu. 


Destranquei a porta e disse de um modo superior: - Vamos. - Urrea quer jogar, então vamos jogar. 


Noah ouvia um rap pesadão altamente no carro e ainda pegou o caminho mais longo, não sei porque. Eu cantava algumas partes da musica, porque eu conhecia, hip-hop e os ritmos que o envolvia era o melhor estilo musical que existia, talvez Noah também achasse e seria a única coisa em comum entre a gente. Urrea me olhava sacudia a cabeça e ria, fui obrigada a mostrar aquele dedo lindo para ele.


Abaixei o volume.


- Eu tenho uma pergunta. - Falei.


- E quando você não tem? - Ele revirou os olhos. - Fala.


- Se eu ficasse com Josh você o mataria mesmo ele sendo um de seus melhores amigos? - Perguntei enquanto tirava o esmalte da unha, sujando o chão do carro de Noah.


- Por que essa pergunta? - Ele perguntou tirando os olhos da direção e olhando para mim.


- Ah sei lá, ele é gatinho... Pensei numa possibilidade. - Disse simples.


- Eu poderia não matar ele, mas você... Bom, aí já seria outro caso.


- Uau, obrigada pela sua atenção. - Falei saindo do carro, pois havíamos chegado. Quando estava pegando as chaves, lembrei-me de algo. - Noah... - O chamei. Ele ainda estava com o carro parado esperando eu entrar. - Por que você quer que eu seja sua? - Perguntei. Pensei que ele ia fazer altas declarações de amor, mas tudo o que ele fez foi me olhar e arrancar com o carro. Tão romântico. 


Entrei em casa, larguei as coisas em qualquer lugar e fui direto para o meu quarto tomar um banho, foi um banho bem demorado, até porque eu tinha que ter meus momentos de reflexão.


Eu tive muita sorte de chegar eu não ter ninguém em casa, bom, nunca tinha, mas mesmo assim não era certo eu chegar por essas horas. 


Coloquei um pijama qualquer e fui até o quarto de meu pai ver se tinha algo desorganizado, pois Luana nunca deixava as coisas no lugar, abri a porta e levei um susto, meu pai estava sentado em sua poltrona lendo um jornal e Luana estava na cama com uma cara do tipo '' Te pegamos ''.




Notas Finais


😬😬


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