História Possua-me! (Dramione) - Você está gostando do Malfoy?

Draco pov

Antes de ir para o lugar do treino, pegamos nossas vassouras. Fomos para a quadra de Quadribol para treinarmos, para a Sabe-Tudo ter uma noção do que iria enfrentar. 

— Malfoy, estou com medo. — Confessou.

— Deixa de ser medrosa, Granger. Estou aqui para lhe ensinar.

Ela segurava a vassoura ao seu lado, com bastante força. Transmitindo todo seu nervosismo e medo. 

— Tudo bem, vamos iniciar. 

— Primeiro suba na vassoura. 

Ela subiu, segurou firme no objeto, não precisou mandar prosseguir, a mesma tomou coragem. Ela voou poucos metros do chão, teve atitude, mas não o necessário. 

— Voe mais alto, Granger! — Ordenei.

— Eu não consigo! — Praticamente choramingou. — Eu vou cair!

— Eu não vou deixar! — Me certifiquei.

— Ah tá bom, seria um espetáculo para você me ver caindo de uma certa altura. 

— Até que seria uma boa. — Brinquei. — Mas temos um torneio a enfrentar, você toda quebrada não iria ajudar muito. 

— Idiota! 

Ri da situação. 

Ela subiu mais, toda desengonçada, voava fazendo ziguezague, um desastre. Depois de um tempo fazendo o mesmo passo, mesmo eu tagarelando para fazer ao contrário, não escutava. Nisso aconteceu o pior, ela perdeu o controle da vassoura e se desequilibrou, caindo. Ela conseguiu segurar na vassoura, mas estava desesperada. 

— Malfoy, me ajuda! Não vou aguentar por muito tempo. 

Um certo nervoso tomou conta de mim, era bom em qualquer feitiço, mas vê-la nessas condições só fez minha mente virar um quebra cabeça. Mas não podia deixá-la cair, não por causa do torneio e sim porque não podia deixar machucar aquele rostinho de menina. Não tinha o direito de deixar a Leoa cair, por mais que somos inimigos. Na verdade nem a vejo mais como inimiga, apenas como uma irritante Sabe-Tudo, agora minha parceira de quarto. 

— Se joga, Granger, eu te pego!

— O que? Não! Eu vou cair, bem o que você quer, né? — Mesmo em uma situação como essa, não perdia sua pose. Maldita Granger!

— Eu não vou te deixar cair! Anda! — Ordenei.

Em segundos soltou o cabo da vassoura e caiu, não sei onde surgiu tanta força e equilíbrio, mas consegui tomar a Sabe-Tudo em meus braços. Ela se aninhou em meu corpo, segurando com força minhas vestes, sua respiração ofegante.

— Granger, você está bem? — Tentei puxar assunto, já que a castanha ainda estava em choque. 

— Eu só não quero continuar o treino. 

— Mas só temos uma semana, Granger. Tem que acabar esse medo.

— Eu sei, mas não agora! 

Coloquei-a no chão, seu rosto estava pálido, ela arrumou os cabelos, que estavam presos em um rabo de cavalo, respirou fundo. 

— Desculpa! — Fui sincero.

— Pelo o quê? 

— Fui um pouco rígido com você logo no primeiro dia de aula, como se no primeiro você conseguisse algo.

— Não se preocupe, você só está querendo ganhar o torneio e precisa que sua parceira faça sua parte. — Revirou os olhos. 

— Isso também conta. Mas não é só isso, por Salazar! Você me ver como um monstro.

— Desculpa se te ofendi, mas você nunca pensou em ninguém além de você. 

— As coisas mudam, não é? — Me senti ofendido. Mas de fato, sempre fui um babaca, sempre me preocupei com minhas necessidades e não ligava muito para os outros, na verdade ainda tenho esse jeito, mas muita coisa mudou. Não sou mais aquele Malfoy de antigamente, não cem por cento. 

— Perdão, Malfoy! — Pareceu sincera, sempre foi sincera. 

— Vamos Sabe-Tudo, precisa descansar. 

 Seguimos para guardar nossas vassouras, quando íamos fazer o ato, avistamos o Cabeça de Cenoura, devia está procurando alguém e provavelmente era a Granger. Ele não nos avistou, era o momento exato para tentar escapar com a Sabe-Tudo, puxei-a para o Armário de Vassouras, tapei sua boca antes que soltasse algum som dos seus lábios e o Weasley acabasse escutando. 

Depois retirei minha mão de sua boca, esperamos o Weasley sair, nossos rostos estavam bem próximos, a respiração dela estava um pouco ofegante, seria por causa da nossa aproximação? Ou por causa do jeito que a peguei para dentro do Armário? 

Quando notamos que o Cabeça de Cenoura se foi, ficamos nos encarando. 

— Apreciando a beleza natural, Granger? 

— Apreciando o quão idiota você é...

Fomos interrompidos quando a porta do Armário se abriu, demos de cara com a Professora McGonagall, nos olhando curiosamente. 

— O que estão fazendo aqui? — Perguntou.

—  Fugindo de alguém? — falei, na maior cara de pau.

— E precisam se esconder no Armário de Vassouras? — Retrucou.

— Viemos guardar nossas vassouras. Tivemos nosso primeiro treino. — A Granger tentou se explicar, estava super sem graça. 

— Eu sei, vocês não notaram, mas vi o treino de vocês. Tenham mais cuidado na próxima vez. 

— Sim, senhora! — A castanha abaixou a cabeça. 

— Como sabia que estávamos aqui? — perguntei, curioso.

— Tenho meus truques, Senhor Malfoy. Agora saiam daí, preciso falar com vocês. 

Saí do Armário, sem vergonha nenhuma, a Sabe-Tudo ainda estava um tomate. 

Seguimos para a sala da mais nova diretora, antes de chegarmos ao destino, encontramos o Cenoura, que não se preocupou em ver a Professora McGonagall ao lado. 

— Hermione, estava te procurando. 

— Já encontrou, mas depois conversamos, a Professora McGonagall quer conversar comigo e o Malfoy. 

O Cenoura me olhou friamente, se não fosse a Professora Minerva ali, com certeza ele teria partido pra cima de mim.

— Qual o problema, Senhor Weasley? — A Professora repreendeu. 

— Preciso falar seriamente com a Hermione. 

— Deixemos o assunto do casalzinho para depois. Tenho assuntos a tratar com a Granger e o Malfoy. — Foi curta e grossa. 

Ele assentiu impacientemente.

— Espero você no mesmo lugar de sempre. — Depois se retirou. 

Ah, fala sério, mesmo lugar do Trio de Ouro? Que cafona. Esse idiota só queria atormentar a Granger, com tanta coisa na cabeça, ela não vai prestar atenção no torneio. Se depender de mim, não vou deixar que esse idiota interfira em nada.

Hermione pov

Rony estava ficando cada vez um completo idiota. Ele nem quis saber que a Professora estava ao nosso lado, foi logo direto sem respeitar. Idiota! Ele não entende que entre nós dois não rola mais nada além da amizade? 

Na sala da Professora, ela iniciou o assunto. 

— O torneio de Quadribol contará com a ajuda de alguns integrantes. No jogo vocês sabem que necessita de outros jogadores. Vocês escolherão. 

Não sabia quem escolher, me veio a mente, o Rony, já que o Harry não era uma opção, ele seria meu adversário, então não seria possível. Mas ele e eu estamos em um clima ruim, sem contar que não iria querer fazer parceria com o Malfoy, os dois iriam trocar farpas toda hora. Quero participar e competir numa boa, não com várias brigas e intrigas ao meu redor. Malfoy com certeza iria chamar seus amigos da Sonserina, mas com certeza, iria reclamar de uma das minhas escolhas. 

Malfoy e eu assentimos, saímos da sala...

— Nervosa, Granger? 

— Não sei quem chamar, meus amigos te detestam, estou em clima chato com outros. 

— Sinto por eles. — Deu de ombros. — Eu chamarei meus amigos.

— Se nosso time tiver apenas os sonserinos, vão achar que entrei para a Sonserina de vez.

— Não está perdendo nada, Granger. Aliás, deixem que falem, você vai viver pelo o que os outros pensam de você? 

Ele tinha razão, ficar sempre indo pelo o que os outros falam, não iria viver, não saberia se não tentasse. Se nosso time for apenas sonserinos, tudo bem... Precisava aceitar, quem sabe com a ajuda deles nosso time ganha o Quadribol? Eu queria ganhar, queria tentar, Malfoy me ajudaria nessa, se pegar o jeito com os treinos, daremos certo. 

— Tem razão! — sorri. O mesmo retribuiu o sorriso. — Bem, depois a gente se ver, vou ver o que o Rony quer de mim. 

— Ainda vai perder tempo com ele?

— Preciso! Tenho que pôr um fim nessa história ou ele vai ficar atrás de mim o ano todo.

— Você que sabe!  

Era hora do almoço, Malfoy foi para o Salão Principal, fui para meu encontro com o Rony. Ele estava no Salão Comunal da Grifinória, estava sozinho.

— Oi, Rony! 

— Hermione, você veio.

— O que quer falar? 

— Sobre nós.

— Nós? Não existe mais nós, Rony. Somos apenas amigos, você está tentando algo que não dar mais.

— Você nunca me amou, não é? — Fez carinha de triste. 

— Eu amo você, Rony. Mas como amigo, tentamos, mas não aconteceu como deveria. Você tem que aceitar! 

— Você está gostando do Malfoy? 

Eu sabia que esse assunto iria ser dito novamente. Qual o problema de todos hein? Que mal tem está próxima de um sonserino? O mundo não iria acabar. A Professora McGonagall está dando uma chance para toda essa rivalidade acabar, de toda essa criancice se encerrar. Temos 18 anos, por Merlin.