História Power - Power II: Um salve para o meu EX

      Um mês atrás: Pov Joe

Será que ele está morto? - questionou Katrina. 

Não sei... perdi o controle, desculpa - disse Chloë arrependida do acontecido. 

Não se desculpe, ele mereceu. Babaca! - falei me aproximando do corpo. 

E aí? - perguntou Chloë. 

Parece estar vivo - falei dando nos ombros. 

Então... vamos ligar para emergência e logo saímos daqui, ok? - disse Katrina pegando o celular e discando o número. 

Olá, boa noite.... Tenho uma emergência..... encontrei um corpo em um beco atrás do salão de passarela United Show, Rua 18, Bairro Luz.... 

estão vindo? ... Ok, obrigada!- disse Katri terminando a ligação. 

Então, vamos! - falei. Saímos do beco ainda chovendo e deixamos o corpo lá. 

Uma semana depois: Pov Katrina

Como estão as investigações, delegado? - perguntou Joe.

Estão indo no seu devido tempo... - falou. 

Devido tempo? Aaa sim, sentados? Fazendo nada? - retrucou Chloë. 

Calma, mocinha. Ainda só tem uma semana de busca - falou se levantado da mesa para pegar um café. 

Só tem uma semana? A nossa amiga, é sequestrada e você só tem isso para falar? - falei com o tom alto.

Ora, abaixe o tom de voz se você não quiser ficar na cadeia! - falou autoritário. 

Calma, meninas. Vocês vão fazer o possível e o impossível para acha-lá, não vão? - falou, Joe, advertindo com o olhar o delegado.

Claro que vamos, agora saiam! - falou apontando o dedo para porta.

Duas semanas depois: Pov Joe

Chloë está tão cansada- falei parando na frente do quarto no qual a Chloë dorme. 

Nós três agora estamos vivendo na minha casa.

Sim, tô preocupada. Ela parece fraca, ela foi/é a mais afetada com esse sequestro, parece que algo a mais nasceu nela... - falou Katrina a analisando.

Algo, tipo? Amor? - questionei.

Não sei, mas é algo forte- falou.

Em algum lugar: Pov Agatha.

Há quanto tempo estou aqui? - questionei em vão. Estou em um espécie de cela, acho que é um galpão, só tem uma fonte de luz que me ilumina. 

Tá sem paciência? - retrucou uma voz feminina saindo do vão escuro. Com uma fantasia da rainha de copas.

Por que você tá fazendo isso? - questionei, com o tom fraco. Me sinto fraca, mau como...

Fácil! Você é apenas uma isca, para alcançar o seu grupo e acabar com isso tudo - falou se aproximando da cela.

Isso tudo? Tudo o que você criou, eu realmente não entendo a sua cabeça doentia - falei me levantando indo até as grades. 

Ora.... é simples, vocês fizeram as suas escolhas. Decidiram ir fundo em algo proibido e agora, por que não apresentá-los as consequências? - falou se afastando da cela.

Você não imagina o quão doentia você é!. Cria pessoas geneticamente modificadas e para quê? Nos matar? - retruquei com a voz firme.

Meu plano nunca foi matar a espécie X, é a revolução humana, mas se houve uma falha no monitoramento, eu não posso deixar falhas, até que não vou deixar vazar e me afunda na pobreza em uma cela de cadeia suja por causa de adolescentes mimados, simples! - falou.

Espécie X é assim que nos classificam? Que falha é essa? - questionei. 

Falha na qual, vocês tiveram culpa, quando mataram as suas mães! - falou andando em volta da cela.

Mães? - ri. 

Sabe, Agatha, o pior é que vocês, ainda não viram nada! - falou se afastando da luz. 

ME TIRA DAQUI!!!!! - gritei.

Um mês depois: Pov Chloë 

Então é assim? Eles estão largando o caso? - falei pegando o cartaz da notícia que estava em frente da cafeteria. 

Parece que sim, e o pior, estão finalizando o caso, falando que ela está morta - falou Katrina.

Isso é o cúmulo! - falou Joe irritado pegando o cartaz e jogando no lixeiro.

Vamos - falei. Seguimos o caminho para casa do Joe. 

Então, como vai o casal? - falei cutucando Katrina. 

Estamos bem, ele está longe na conferência, mas é melhor- respondeu cabisbaixa. 

É, tenho certeza que é sim - disse Joe abraçando- a.

Sabe, meninas? Não podemos esquecer o caso assim! - disse Joe parando no meio da calçada. 

Como assim? - perguntei. 

Vamos fazer a nossa própria busca! - falou. 

Tá... mas como? - perguntou Katri. 

É.... vamos da um salve para o meu ex- falou dando um sorriso de lado.

Fomos direto para casa do Joe, comemos e Joe começou a falar sobre o ex.

Como você acha que ele vai nos ajudar? - perguntei. 

O Alex, é hacker, se a gente dá uma das mensagens que a Mãe nos enviou, ele pode localizar o local de onde veio- falou.

Sério? Isso é excelente! - falei feliz. 

Mas onde vamos acha-lo? - perguntou Katrina. 

Ele tem um galpão, atrás do Shopping principal, logo depois do Rio Floresta. - explicou. 

Tá, então, vamos! - pegamos os nossos casacos e pegamos a Van da Ag. 

Desde o sequestro nós pegamos a sua Van. Saímos a sua procura dela, muitas vezes.Esse mês foi uma tortura para todos nós, sem nenhuma notícia, sem esperanças.

 Eu, principalmente, vi que não posso perder a Agatha. 

Joe está dirigindo. A noite está fria, o céu está nublado, poucas estrelas enxergo do teto solar.

Por quanto tempo, você e o Alex namoraram? - perguntou Katrina. 

Não sei, uns dois anos. Foi um relacionamento conturbado, diria que foi abusivo. Eu tinha acabado de me assumir, fui expulso e ele me abrigou, e se aproveitou muitas vezes disso - falou. 

Te estuprou? - perguntei.

Não, se aproveitou do fato de eu não ter ninguém, tudo que ele fazia/ fez, eu relevava, pois eu sabia que não tinha nenhum lugar para eu fugir dele - falou com o tom de dor como se estivesse lembrando de tudo. 

Tá tudo bem? Encontra-lo? - perguntei.

Sim, a Agatha é maior do que o meu passado - falou.

 Eu o abracei. 

Tá, chegamos garotas- falei descendo da Van. 

Pov Joe

Estamos indo em direção ao galpão, é um lugar abandonado, arrudiado de matos, sem nenhum poste de energia, apenas com a lâmpada na frente da porta. 

Toquei a companhia. Barulhos de fechaduras. Abriu. 

Olha só, se não é o Jo, Jo - falou me fitando de cima para baixo. 

Havia um tempo que não nos víamos, além do nosso relacionamento conturbado. 

Algum tempo atrás, ele foi preso como cúmplice de um assalto ao Banco. Hackeou o sistema que não houvesse imprevistos. 

Alex é muito bonito, alto, tom de pele parda, barba, cabelos longos e olhos profundos. Ele foi o grande amor da minha vida.

Não vim para matar a saudade, Alex! - falei rude entrando no galpão e puxando as meninas. 

Então, o que eu posso fazer? - perguntou. 

Preciso... Precisamos dos seus trabalhos como hacker - falei entregando o meu celular em suas mãos. 

Tá, o que vocês querem que eu faça- perguntou fitando o celular. 

Que você rastrei um número- disse Chloë. 

O que é fácil para você- falei. 

Claro, farei em um instante, só coloca a senha, meu amor - falou me dando o celular de volta. 

Cínico- sussurei. Aqui! - falei entregando o celular já com o número na tela. 

Pegou o celular e conectou em seu computador. 

Será que vai demorar?- me perguntou Chloë.

Não sei, mas espero que não- falei. 

Dois minutos depois...

E aí, conseguiu? - perguntei me aproximando da sua mesa. Colocando meu corpo em cima do dele.

Gosto do seu perfume, Joe, senti saudade - falou. 

Falta muito? - retruquei.

Não, já estou chegando lá- falou revirando os olhos.

30 minutos depois....

Consegui! - falou em exaltação. 

Sério? - falou Chloë indo até a sua mesa.

Sim, e a localização é.... - fez suspense.

Fala logo, idiota! - falei aborrecido. 

Tá, a algumas milhas daqui - falou.

Milhas? - questionou Katrina. 

Sim, a localização vem de uma ilha que pela foto parece deserta - falou aproximando a foto.

Joe... - cutucou Chloë. 

Essa não é a Fortaleza da Mãe? - disse Katrina apontando. 

Merda, é.... - falei.

Que fortaleza? Que mãe? - perguntou Alex, sem conseguir entender. 

Nada.... só me diz como chegar lá! - falei.

Vocês pegam um barco, ali naquele Rio que parece mais uma florestal, navegando pela esquerda, por um.... Dia e chega lá- falou.

1 dia? Vai demorar muito! - falei. 

O que? O que vocês querem fazer? - questionou Alex.

Um avião passeio/Turismo resolve - falou Katrina dando a ideia. 

Sim, podemos pedir na companhia- disse Chloë concluindo o raciocínio. 

Sim, vamos precisar de bastante dinheiro - falei me virando para ir embora.

Gente! Para!, me conta o que tá acontecendo, Joe.... - falou Alex perdido.

Algo que você não pode saber, não pode se envolver... entende isso e pronto, tchau! - falei indo em direção a porta.

Alex pega no meu braço. 

Joe... me conta, não quero que você se machuque- falou. 

Engraçado e irônico, você falar isso, sendo a pessoa que mais me machucou no mundo! - falei soltando o meu braço de suas mãos. 

Vamos, meninas! - falei saindo do galpão. Fechei a porta na cara e fui em direção a van. 

Joe, tá tudo bem? - perguntou Chloë. 

Não, mas vai ficar quando encontrarmos a nossa amiga! - falei enxugando a lágrima que deixei cair e subindo na Van.

Joe, não sabe o quanto a gente te ama, sério! - falou Katri, me dando um beijo na testa.

Também amo vocês, pra caralho! - falei, enquanto coloco a chave ligando a van para irmos embora. São 21:00 horas. 

5 minutos na estrada. 21:05.

Espera.... que tumulto é esse? - falou Chloë se aproximando do vidro para enxergar melhor a situação. 

São três carros da polícia, uma ambulância e muitas pessoas que eu não sei da onde saiu.

Ali não é a polícia? - disse Katrina. 

Sim, mas o que aconteceu? - falei.

Não sei, mas é no Rio Floresta - disse Chloë analisando.

Encosta! - gritaram.

Encostei. Veio um policial até a Van.

Vocês não podem passar por aqui! - falou. 

Por que? O que aconteceu? - perguntou Katrina. 

Achamos um corpo, já entrando em estado de decomposição- falou o policial.

Um corpo.... Foi? - falei sem jeito. E pensei se ali era o corpo de Tomisson. 

Ei, achamos alguma coisa aqui!! - gritou outro policial chamando-o. Se despediu. 

Merda, vocês estão pensando o mesmo que eu? - falei encarando as meninas.

Tomisson? - sussurraram

Nossos celulares apitaram com notificações. 

" Pobre Traficante morreu jovem e quem diria, morreu sem saber que ia ser pai, no final, nem a própria mãe, conseguiu ser mãe. Já encontraram o corpo, e agora?, quanto tempo vocês acham que eles vão levar para encontrar o culpado ou os culpados?" - A mãe.

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