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História Poxa crush, por que não me nota? - 07


Escrita por: chriisan

Notas do Autor


Quase esqueci de atualizar aqui 🤡🔫

Capítulo 7 - 07


Hwang Hyunjin


  


— Não Hyunjin, você não vai faltar. — Ouço minha mãe dizer irritada enquanto perambula pela casa atrás provavelmente dá carteira que perdeu.


Suspiro me apoiando no batente da porta e encosto a minha cabeça ali, vendo-a com uma expressão emburrada.


— Mas eu estou gripado, mãe.


— Tome um remédio, pegue uma máscara e vá embora que daqui a pouco passa. E vá logo, não quero que chegue atrasado.


Mordi os lábios sentindo os olhos automaticamente encherem de lágrimas e me virei para voltar ao meu quarto. Havia acordado me sentindo péssimo, não dormi bem pois minha garganta ardia a cada segundo.


Respirei fundo reprimindo a minha vontade de chorar e me troquei rapidamente, enfiando qualquer remédio que me ajudasse na boca e prendendo meu cabelo de qualquer forma.


Joguei a minha mochila pela janela do quarto e logo passei por ela, pegando-a e indo embora para a escola.


Eu sempre faço isso quando estou revoltado com alguma coisa... Sinto que eu voltei aos meus dez anos, tempo que eu costumava "fugir de casa".


Caminhei cabisbaixo até a escola, tão lentamente que não adiantou ter saído meia hora antes de casa. Acabei chegando atrasado de qualquer jeito, e meu humor estava tão péssimo que as pessoas nem me cumprimentaram.


Não que eu estivesse reclamando... Nessa situação, tudo o que eu queria era cair numa cama e dormir até que eu acorde um dia e veja que essa vida não passa de um pesadelo muito realista. Mas como nada disso vai acontecer, me contento em sentar na minha carteira e tentar prestar atenção no que o professor explicava na louça.


Claro que eu viajei na batatinha. Praticamente estava dormindo de olhos abertos, sentia meu corpo esquentando provavelmente febre, mas espero que não seja.


O tempo passou tão rápido que quando notei o sinal já estava tocando. Chan, que eu tinha quase esquecido da existência, brotou ao meu lado com os olhos meio arregalados e a expressão curiosa.


— Você tá bem? Está tão pálido — Ele colocou a mão em minha testa e a retirou rapidamente. — E quente...


— Eu tô bem, é só uma febrezinha.


— Você não devia ter vindo...


— Você sabe como é minha mãe — Suspiro.


Chan assente e me puxa pelo pulso, me abraçando pelos ombros.


— Vou te levar na enfermaria pra você passar um tempinho lá, eu pego seu almoço. Vai querer o que? 


— Eu não tô com fome... 


— Mas você tem que comer pra ficar forte!


Olhei para Chan meio incrédulo, então ele rapidamente deixou isso de lado. Minha garganta estava terrivelmente seca, e eu esqueci a minha garrafa em casa, isso soa como a lei de Murphy... Prefiro nem citar, vai que atrai mais coisas ruins?


No meio do caminho para a enfermaria eu acabo avistando Minho conversando com Jeongin. Notei que eles estão próximos desde que Yang chegou aqui, então provavelmente o Minho gosta dele agora... Ele vive fugindo de mim, e eu entendo, também me odiaria se me desse um bolo e não tivesse explicações.


Na verdade, no dia do bolo, eu planejava realmente ir. Eu tinha chamado o Chan para ir comigo e estávamos nos arrumando no meu quarto, eu estava até animado... Porém, a minha mãe me impediu de sair de casa alegando que não me queria vagabundeando por aí. Eu sinceramente não a entendo.


Ela me trás um medo terrível, eu mal consigo encarar seus olhos. Não costumava ser assim, mas depois que nos livramos do meu pai, parece que ela virou outra pedra no sapato... Odeio admitir, mas temos que ser realistas, ela está abusando do seu poder sobre mim. Não vejo a hora de arrumar um emprego e morar sozinho...


Quando chegamos na enfermaria eu bebi um pouco de água e me deitei em uma das macas, tomando um remédio que eu sei que iria abaixar minha febre.


— Vou buscar um lanchinho pra você, quando você melhorar vai estar arriado de fome — Chan fala se levantando. — Não sai daí hein.


— Não é como se eu conseguisse ir pra outro lugar...


Chan atravessou a porta correndo, me deixando só na enfermaria.


Fechei meus olhos sentindo meu corpo pesar, nem tinha percebido que estava morrendo de sono... Exausto, na verdade.


Queria tanto um cobertor agora.


Não sei quanto tempo tinha se passado, é provável que eu tenha cochilado durante esse tempo, mas logo reconheço a voz risonha de Chan no corredor. Não me surpreende que não tenha voltado só, mas era surpresa que quem tenha vindo junto foi Minho.


Chan vinha trazendo uma sacolinha de lanches e Minho trazia três marmitas que pareciam bem fartas, acho que o fato de ainda estar grogue não me fez enfiar a cabeça no primeiro buraco que aparecer.


— Uau... Ele realmente tá péssimo — Minho diz, colocando as marmitas numa mesinha.


— Sabia que eu estou ouvindo? — Falo, me erguendo um pouco para me sentar na maca.


— Olha, ele ainda tem consciência pelo menos — Chan comenta, e se senta na maca. — Encontrei o Minho no caminho, contei de você e aí ele comprou três marmitas e disse que íamos almoçar juntos.


Olho para Minho e o pego me fitando. Encara-lo me dava arrepios, arrepios ruins graças ao acontecido de quando nos conhecemos. Mas mesmo com isso, permaneço o encarando até que ele mesmo desvia seus olhos para as marmitas na mesa.


— O Chan disse que você não queria comer, então pra você ficar sabendo, só vou sair daqui quando você tiver pelo menos comido metade.


— É muita coisa — Falo ao abrir um dos potes e praticamente transbordar comida.


Minho dá de ombros, como se não lhe incomodasse, como se não ligasse, ou como se fingisse ter esquecido do detalhe.


Talvez ele esteja fingindo ter esquecido... Afinal, quem ficaria do lado da pessoa que te deu um bolo? Nao literalmente um bolo, claro.


— E ele está sozinho nessa, porque eu tenho que fazer uma prova depois do toque de recolher — Chan fala, de boca cheia.


— Pra quê mais inimigos se eu já tenho o Chan? — Ri, mas logo em seguida tive uma crise de tosse.


— Karma — Ele fez um sorrisinho maléfico.


— Por que você veio pra escola desse jeito? — Minho questiona, enfiando comida na boca.


— É... Eu n-


— É que ele não quer faltar a escola, ele é tão perfeito — Chan me interrompe, falando tão naturalmente que eu mesmo acreditaria.


Minho me olhou meu bravo como se não acreditasse na minha existência.


— Você tem que se preocupar com a sua saúde primeiro! Eu hein! 


Sorri sem graça e comecei a comer em silêncio. Me pergunto o que Minho faria se soubesse da minha vida.


Chan e Minho pareciam ter muito assunto sobre os jogos pra falar, e como eu não estava muito pra conversar, apenas fiquei os ouvindo. Em algum momento Chan começou a falar sobre os jogadores, e o assunto os trouxe até Jeongin, que Minho fez questão de ficar elogiando.


Eu queria tanto perguntar se Minho gostava dele. 


Quer dizer, não que eu me importe, seria até melhor, porque Minho merece alguém melhor que eu... Mas eu preciso matar minha curiosidade.


— Você gosta do Jeongin? — Pergunto na lata, interrompendo a conversa dos dois.


Minho me olhou meio confuso, mas em seguida fez uma cara de desgosto e fingiu que ia vomitar.


— Gostar do Jeongin? Não! — Chan começou a rir com as falas de Minho. — Ele é tipo um irmãozinho, e é chato, eu só tenho amigos chatos.


— Exceto eu, claro! — Chan diz.


— Você é chato também.


— O que?! Não foi você que veio lamber os meus pés atrás d- — Chan não terminou sua fala, pois Minho enfiou comida na boca dele.


— Você fica menos chato quando está caladinho, não concorda, Hyunjinnie?


Nesse momento eu estava encarando eles como se fossem dois loucos. Logo desfaço a expressão e assinto, voltando a comer como se nada tivesse acontecido.


— Mas por que você queria saber? — Ele pergunta.


— Ah, por nada...


Claro que é por nada. Eu nem me senti aliviado nem nada do tipo, óbvio que não, na verdade estou muito triste que Minho não goste dele, é...


— Por nada hein? — Chan cutuca a minha barriga e eu o encaro com um olhar assassino, sentindo meu rosto ficar quente.


— Eu concordo plenamente que você fica melhor calado — Digo, enfiando mais comida na boca dele.


— Nofa. — Ele murmura de boca cheia.


Quando encaro Minho, ele estava com o maior sorriso do mundo, me encarando.


Talvez nem tenha sido tão ruim ter vindo hoje, com certeza me rendeu um momento melhor do que ter ficado em casa.


  


  



Notas Finais


sas


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