História Prazer, a filha do batman - Segunda prova: viva por mim

Pov Margot
 

Ele puxou-me pelo braço e me arrastou para dentro do imenso galpão. Percebi então que era uma fábrica abandonada.
 

- O que irá fazer? - Questionei enquanto subíamos escadas de ferro.
 

- Espera e verá, baby.
 

Desistindo de tentar adivinhar, apenas me deixei levar.
 

Depois algum tempo subindo várias escadas, chegamos ao suposto destino.
 

Era uma espécie de ponte de aço, e ao averiguar o que havia lá em baixo, vi grandes tanques repletos de algo que parecia ser acido puro.
 

- Uma pergunta... - Ouvi Joker se pronunciar e me virei para fita-lo - Você morreria por mim?
 

- Sim. - Respondi prontamente, fitando seus hipnotizantes olhos azuis. Eu estava à beira de mergulhar por completo na insanidade junto à si.
 

- Não... muito fácil... - Murmurava consigo mesmo enquanto aparentava pensar - Você... Você viveria por mim?
 

- Sim.
 

- Cuidado. Não faça este juramento assim, sem pensar. - Ele colocou sua mão com a tatuagem de um sorriso sobre minha boca. - O desejo se torna a rendição. A rendição se torna o poder.
 

E então, seu olhar me fitava no fundo dos olhos, como se lê-se minha alma.
 

- Você quer isso? - questionou enquanto seu dedo indicador pousava em meus lábios.
 

- Eu quero.
 

- Diga... - Seu timbre era suave, e ele parecia se apreciar com minha resposta - Linda, linda, linda, linda...
 

- Por favor.
 

E então ele sorriu.
 

- Ah, você é tão pura... - enquanto suas mãos tocavam meu rosto, ele dizia apreciado. - Não tem noção do quanto quero lhe corromper
 

Caminhei até a beirada daquela ponte de aço que não possuía barras de proteção, e olhei mais uma vez para os tanques de acido que haviam lá em baixo.
 

Virei-me para fitar Joker, ficando de costas para a beirada. O príncipe palhaço do crime me observava estudando minhas ações.
 

Eu já sabia o que tinha de fazer.
 

Ergui um pouco meus braços e então me deixei cair.
 

Meu corpo despencou até o tanque, e admito ter sentido uma adrenalina correr por todo o meu corpo.
 

Assim que atingi o ácido, senti toda a minha pele arder como se eu me queimasse. Sem forças para alcançar a superfície, senti minha visão escurecer e então desmaiei afundando naquele tanque.




 

Ponto de vista da autora

 

 Música: Kehlani - Gangsta - ON - (Link nas notas finais)


 

Joker via, da beirada, Margot mergulhar no ácido corrosivo. Ficou por alguns momentos a analisar se a garota retornaria para a superfície.
 

Mas ao perceber que havia afundado e provavelmente desacordado, deu as costas para ir embora.
 

Mas ao dar cinco passos, desistiu da idéia. Não sabia o motivo, mas algo queria que o fizesse voltar para resgata-la.
 

O príncipe palhaço do crime então retirou o seu blazer e pulou, mergulhando no ácido atrás da menina.
 

Ao tê-la nos braços, fez uma breve respiração boca-à-boca. Assim que Margot acordou em um pulo de surpresa, teve a visão de Joker tê-la em seus braços com um sorriso no rosto e coberto de ácido, assim como ela.
 

Sua pele havia se corroído e estava mais esbranquiçada, assim como o seu cabelo. A blusa de Margot era azul e a de Joker roxa, e ao desbotarem no ácido, a tintura do tecido impregnou-se nas pontas do cabelo da menina.
 

Joker então aproximou-se da Wayne e selou seus lábios. Margot afagava timidamente sua língua em uma dança lenta e erótica que era aquele beijo.
 

O príncipe palhaço do crime então desfez o beijo e sua alta gargalhada ecoou de sua garganta, podendo ser ouvida à metros de distância. Margot ria junto à si. Estava completamente louca. Louca junto à ele. Louca por ele.
 

Mergulhados na insanidade, tornaram-se então o rei e a rainha de Gotham.
 

Batman e Robin não perdem por esperar.


 

 Música: Kehlani - Gangsta - OFF - (Link nas notas finais)