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História Precious bae. - Pernico. - Vigésimo oitavo. (bandits and a little soldier)


Escrita por: etherangwl

Notas do Autor


no better you than the "you" that you are. no better life than a life with living. (◡‿◡✿)

Capítulo 28 - Vigésimo oitavo. (bandits and a little soldier)


“Aproveite o dia ou morra lamentando o tempo perdido. Está vazio e frio sem você aqui, tantas pessoas sofrendo.” Seize The Day, Avenged Sevenfold.

 

Quando Nico acordou no outro dia, sua primeira reação fora olhar ao redor. Depois se lembrou de que era o quarto de Percy e que ele estava deitado bem ao seu lado. Olhou a hora no relógio do criado-mudo. 06h50. Ainda tinham um tempinho. Virou-se de lado, cobrindo o corpo nu, e ficou observando Percy dormir enquanto corria os dedos pelo maxilar e pela bochecha dele.

Quando já eram 07h00 se levantou, colocou apenas a camiseta que Percy usava noite passada, e foi tomar uma ducha rápida – esbarrando com Gabe no caminho, mas ele não disse/fez nada.

Quando voltou para o quarto Percy estava deitado na mesma posição, de bruços, mas agora acordado e encarando a porta. Nico sorriu.

- Bom dia. – Disse, se aproximando para dar um selinho nele.

- Bom dia. – Percy sorriu se ajeitando na cama para observar Nico se arrumar. – Sabe se Gabe está em casa?

- Está. – Nico falou, virando-se de costas para Percy e tirando a camiseta.

- Viu ele?

- Infelizmente? – Nico falou em tom de pergunta, revirando a mochila em cima da cômoda. Era engraçado porque Nico era quase menor que a cômoda, então ele tinha que ficar do lado da parede para poder alcança-la e ficar na ponta dos pés. Percy se levantou silenciosamente, se aproximando de Nico.

- Ele fez alguma coisa? – Perguntou, colando as costas de Nico ao seu peitoral nu. Nico ofegou.

- Não. – Ele respondeu sussurrado. – Por que sempre me pega desprevenido?

- Não é isso. É que você fica se exibindo só de calcinha na minha frente – Percy falou, descendo as mãos pela barriga de Nico. – e eu não consigo me controlar.

- Eu- Nico foi cortado por três batidas na porta. Percy revirou os olhos.

- Sim? – Ele falou. Nico empinou a bunda na direção do membro de Percy e jogou a cabeça para trás. Percy colocou a mão na cintura dele, obrigando-o a parar de rebolar contra seu membro.

- Estão ocupados? – O tom de voz de Gabe era normal, não era o que ele usava para encher o saco de Percy – o que acontecia sempre.

- Hum... Um pouco? – Percy falou, colando o corpo de Nico à parede. Ele colocou uma mão para trás, tocando a barriga de Percy e descendo para seu membro, logo descobrindo que ele ainda estava nu.

- Okay. – Gabe falou. – Eu estou indo para o trabalho.

- Okay. – Percy não respondeu mais nada, ofegando quando Nico agarrou seu membro. O virou e se aproximou para beijá-lo. 

- A gente vai se atrasar. – Nico falou quando Percy começou a beijar e morder seu pescoço.

- ‘Tá cedo ainda. – Percy falou e pegou Nico no colo, colocando-o deitado entre os travesseiros. – A gente pode aproveitar um pouco.

 

Depois de alguns dias – um, para ser exato - de Nico morando na casa de Percy, (acabaram descobrindo que não conseguem controlar as mãos se estiverem sozinhos) Nico ficou sem roupas para vestir.

- Sua mãe está em casa agora de manhã? – Percy perguntou, sentando no banco do motorista do carro de Nico.

- Não. – Nico respondeu. – Octavian deve estar, mas ela não.

- Então a gente passa lá e você pega algumas coisas. – Percy falou. – Mas vocês têm que se resolver.

- Mamãe e Papai não desistem de uma ideia tão fácil. – Nico falou, encostando a cabeça no vidro. O resto do caminho até a casa de Nico fora silencioso, Percy concentrado em dirigir e o menor beijando o braço e a mão dele.

- Faz cócegas. – Percy reclamou, fazendo um biquinho. Nico riu do jeito bobo do namorado. Ele enfiou um dedo na bochecha dele.

- Parece uma criancinha. – Disse.

- Perto de você eu sou. Idoso.

- Ouch! – Riram. – É apenas dois anos, amor. E continua sendo pedofilia.

- Cale a boca. – Percy resmungou. – Chegamos.

- Okay. Já volto. – Nico se esticou para lhe dar um selinho e depois saiu do carro.

Nico não estranhou o carro de Maria estar ali, já que nos últimos dias ela e Hades estavam mais juntos do que Nico e Percy, então ele provavelmente estava levando ela para o trabalho nesse meio tempo.

Ledo engano.

Ele só não esperava encontrar Maria na sala com um cara que, aparentemente, trabalhava numa imobiliária (dava para perceber pela camiseta, calça, jaqueta e pela caneta que ele usava, todas com estampas de uma imobiliária).

- Filho. – Maria disse, arregalando levemente os olhos. O homem parou de olhar ao redor e escrever na prancheta e olhou para Nico, depois sorriu e esticou a mão.

- Você deve ser Nico. – Disse. Nico o cumprimentou, ainda olhando estranho para ele.

- Sim, sou eu. – Respondeu, soltando a mão do cara e arrumando a barra da saia.

- Prazer. – O cara disse, ainda sorrindo simpático.

- Igualmente. – Nico respondeu. Cruzou os braços. – O que está acontecendo?

- Sua mãe vai vender a casa. – O homem respondeu, voltando a escrever na prancheta. Quando os dois ficaram em silêncio, o cara ergueu o olhar para Nico e depois para Maria. – Ela não falou…?

- Ah, falou, falou sim. – Nico respondeu. Ele encarou Maria, que continuava de olhos arregalados. – Podemos conversar?

- Sim… Claro, claro. – Ela falou. Eles saíram para a varanda, Nico ajeitando a saia que estava muito curta.

- Por que vocês nunca me escutam? – Ele perguntou, cruzando os braços e sentindo as lágrimas chegarem. Ser sentimental é uma merda.

- Eu nunca quis isso Nico. – Maria começou o olhando nos olhos. Nico desviou o olhar, sorrindo debochado. – Desde a morte de Bianca, até o que você passou nos últimos anos nos colégios que frequentou até tudo o que aconteceu com a separação minha e do seu pai. Eu nunca quis nada disso, filho. E nem o que vem acontecendo nos últimos dias.

- Você não precisa-

- Sim, Nico, eu preciso! - Ela falou, se virando de costas para ele. Nico tinha consciência de que Percy estava no carro e provavelmente o esperando. – Tem tanta coisa acontecendo que eu me sinto como se tivesse a sua idade, com os hormônios a flor da pele. Noite passada eu passei com seu pai, peguei Octavian fumando maconha dentro de casa, e eu me sinto mais confusa do que nunca e tá tudo uma bagunça, Nico! Uma bagunça!

Nico entendeu a situação. Deveria ter, ao menos, um pouco de compaixão com ela, por mais errada que estivesse. Sentiu-se arrependido por ter criado tanta confusão.

 Aproximou-se dela, abraçando-a:

- Isso acontece com as melhores pessoas. – Ele falou. – E isso é normal, mãe, não é coisa de idade. Você não precisa estar no controle de tudo sempre, e nem fazer tempestade em copo d’água por isso.  – Maria se virou e o abraçou também:

- Quando você se tornou tão maduro assim? – Ela disse.

- Eu não sou maduro, mãe, é que às vezes as coisas só são simples de se resolver.

- Isso se aplica à nossa casa?

Nico ficou em silêncio antes de responder. Depois de um longo suspiro, disse:

- Sim. Façam o que acharem melhor. Mesmo se esse “melhor” for vender a casa. Não se preocupe com Papai e toda essa situação, isso vai se resolver. – Ele falou, se afastando dela. – Você viu Percy e eu? Coisas assim acontecem. – Riram. – Aliás, onde está Octavian?

- Depois de ontem, ele foi para a casa da mãe e disse que precisava de um tempo. E que era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. – Ela fungou.

- Oh… - Nico não soube o que responder.

- Diga que vai voltar para casa. – Ela falou, segurando as mãos de Nico. Ele sorriu meigo e assentiu com a cabeça.

- Eu vou, mãe. – Disse. – Mas só depois de me explicar porque queria que eu terminasse com Percy.

- Ciúmes. – Ela disse. Riram. – Ciúmes do meu filhinho que está crescendo e, infelizmente, eu não posso mais prender em casa. – Ela fez um biquinho. Riram. – E também por que achamos que ele estava envolvido com tudo isso, mas já descartamos essa hipótese também.

- Não vou nem te responder. – Nico falou. Riram. Ele sorriu doce para ela: - Coisas assim acontecem. – Ele repetiu. Maria lhe olhou de cima a baixo.

- Okay, eu vou dispensar o cara da corretora e você vai trocar esse pedaço de pano que você chama de saia.

- Mas, mãe…

- Sem “mas”! – Ela falou, o pegando pelos ombros e o empurrando para dentro da casa. – A. Go. Ra. E se troque rápido, já está quase na hora de ir para o colégio!

 

Quando Percy chegou em casa depois do colégio – e de almoçar na casa do namorado com a mãe dele, obviamente – a primeira coisa que viu fora uma bagunça de roupas espalhadas pela sala. Passou pela bagunça procurando Gabe.

- Gabe? – Ele chamou, entrando no quarto que costumava ser dele e de Sally.

- Perseu. – Ele respondeu, puxando mais algumas roupas do armário e passando por Percy como um furacão.

- Onde está indo?

- Para qualquer lugar. Longe daqui. – Ele respondeu apressado. Percy foi atrás dele.

- Por quê? Para onde? – Percy perguntou gesticulando e meio incrédulo.

- Sem perguntas, Perseu. – Ele falou.

Percy ficou calado o vendo enfiar as roupas emboladas em apenas uma mala, quando ele abriu a porta para sair, Percy o segurou:

- O que eu falo para mamãe? – Os olhos de Gabe se encheram de lágrimas imediatamente.

- Que eu a amei. Muito. Mas, infelizmente, isso não é o suficiente para me fazer ficar. – E então se soltou. Percy ficou parado o observando sumir na penumbra do corredor. Só saiu do transe quando seu celular começou a tocar. Era Nico.

- Hey. – Disse, largando a mochila no sofá e pulando as peças de roupas para ir até a cozinha.

“Não deixe Gabe sair de casa!” A voz apressada de Nico soou alta demais.

- O quê? Por quê?

“Ligue a TV.” Nico estava ofegante. Atrás da voz dele, ele escutou três portas baterem. Foi até a sala novamente e ligou a TV, no noticiário uma foto de Gabe e Octavian bem grandes e a palavra “FUGITIVOS” em caixa alta.

- Oh, oh. – Percy falou, se sentando no sofá de olhos arregalados. – Tarde demais. Ele acabou de sair.

“Merda.” Nico murmurou. “Estou com mamãe e um policial, estamos indo direto para o seu apartamento.”

- Okay. – Percy respondeu. – Mas o que está acontecendo?

“Gabe e Octavian conheciam os caras que entraram aqui em casa, e eles eram os mesmo da van que ficava na esquina.” A voz de Nico ficou distante e Percy reconheceu que ele colocou a chamada no bluetooth do carro. “Eles eram traficantes ou algo assim e os dois trabalhavam para eles. A quadrilha foi presa e deduraram os dois. Tinham ficha na polícia com coisas como crime qualificado e assalto a mão armada. Agora provavelmente estão fugindo do estado.”

-… Não sei nem o que falar. – Percy resmungou, se afundando no sofá, ainda incrédulo pela situação.

Nico deu uma risadinha antes de responder:

“Você nunca sabe o que falar. Principalmente quando-“

- Nicholas. - Percy falou, o cortando, na mesma hora que Maria o fez. Nico riu.

“Erro meu.” Resmungou. Eles conversaram mais um pouco, Percy cumprimentou Maria e tudo mais, e em alguns minutos os três já estavam na casa de Percy.

O policial lhe avisou que já tinham viaturas atrás deles e que eles não iriam muito longe dali para frente. Percy não sabia dizer se estava mais tranquilo ou mais triste por aquilo.

Enquanto ele conversava com o policial na cozinha, Maria e Nico davam um jeito nas roupas espalhadas pela casa.

- Isso aqui tá mais fedido que não sei o quê. – Nico resmungou, torcendo o nariz enquanto chutava algumas roupas para o canto da sala, sem coragem de tocar naquilo tudo.

- Está mesmo. – Maria falou, fazendo o mesmo. – Percy e ele são totalmente opostos.

- Se fossem parecidos nós nem estaríamos aqui. – Nico murmurou, se sentando no pequeno sofá escuro. Maria riu, se sentando ao lado dele:

- Eu sei. – Disse.

Alguns minutos depois, os dois rapazes saíram da cozinha. Nico e Maria se levantaram, se aproximando deles. O policial se pronunciou, fechando o caderno que levava consigo:

- Acho que é o suficiente para provar a inocência dos três.

- Como assim? – Nico perguntou franzindo as sobrancelhas. Ele abraçou Percy e aconchegou a cabeça no peito dele.

- Como vocês eram muito próximos dos fugitivos, a polícia automaticamente os considera cúmplices. Mas, pelo que vocês falaram para mim, essa hipótese vai ser descartada facilmente. – O policial falou, gesticulando.

- Então nós não vamos ter mais complicações? – Maria interviu. O policial negou com a cabeça.

- Não. Talvez tenham que comparecer ao julgamento, mas fora isso mais nada. – Maria assentiu, enfiando os dedos nos bolsos de trás da jeans clara.

- Okay. – Respondeu.

- Já vou indo. – O policial disse.

- Quer uma carona de volta? – Nico ofereceu.

- Não, não precisa. – Ele deu de ombros. – Eu trabalho aqui perto.

- Okay. – Nico falou.

- Eu levo você até a porta. – Maria se ofereceu. Nico puxou Percy até o quarto, o empurrando na cama para se deitar em cima dele. Percy riu, arrumando Nico em cima de seu corpo, suas pernas entre as do menor e o rosto dele em seu pescoço.

- Vocês não tomam jeito. – Percy ouviu a voz de Maria e abriu os olhos, rindo. Nico tirou a mão de baixo da camiseta de Percy e a ergueu.

- Culpado. – Ele disse. Sua voz saiu abafada por ele estar com o rosto enfiado no pescoço de Percy. Riram.

- Estou voltando para casa. – Maria falou. – Vou pegar um táxi.

- Quer que eu te leve? – Nico perguntou.

- Não filho, obrigada. Descansem um pouco.

- Okay mãe, se cuide. – Nico falou, erguendo o rosto do pescoço de do maior. Ela se aproximou e beijou a testa dele, em seguida a de Jackson. – Me ligue qualquer coisa.

- Tchau D. Maria. – Percy falou, afagando as costas de Nico.

- Tchau crianças, juízo. – Ela falou, saindo do cômodo. Assim que ouviu a porta da sala bater, Percy resmungou:

- Você só me faz passar vergonha. – Nico riu e ergueu a cabeça para olhar Percy nos olhos.

- Por quê? – Sorriu.

- Porque eu não gosto e nem costumo ficar duro na frente da minha sogra. – Ele resmungou, colocando um braço em cima dos olhos. Nico gargalhou.

- Tão lindo você falando “sogra”. – Nico falou, dando um selinho nele.

- Idiota. – Percy murmurou. Nico se ajeitou e sentou no quadril dele, sentindo o volume abaixo de si crescer. – Nico… - Percy grunhiu. Nico sorriu e começou a rebolar devagarinho. O maior segurou seus pulsos e o trocou de lugar, chocando suas costas com o colchão macio. Espalmou as mãos ao lado da cabeça de Nico e o olhou nos olhos: - Deveria parar de ficar me provocando. – Nico sorriu debochado.

- Ah é? Prove. – Rebateu, fazendo Percy acabar com o assunto.

 

Estavam deitados na cama de solteiro pequena de Jackson, Nico deitado em cima do braço de Percy enquanto conversavam.

- Hoje é o enterro do… - Percy ficou quieto por um segundo, depois continuou em tom baixo: - Eu não sei como chamar ele?

- Seu avô? – Nico revirou os olhos.

- Talvez. – Percy respondeu. – Enfim… É hoje.

- Você vai?

- Eu devo ir?

- Não sei. – Nico falou, se virando de lado para poder olhar Percy. – Faça o que achar melhor.

- O que você faria se estivesse no meu lugar? – Percy murmurou, se ajeitando para ficar de frente para Nico. Ele tocou a bochecha corada dele, passando o polegar pelos lábios avermelhados e desenhados.

- Acho que daria uma chance a Poseidon. – Nico falou, olhando Percy nos olhos.

- Por quê?

- Todo mundo merece uma segunda chance. – Nico murmurou, passando a mão no braço definido de Percy. – Voltou a malhar?

- Até mesmo ele? Depois de tudo? – Percy rebateu meio perdido entre os lábios de Nico e seus olhos. – Sim amor, faz um mês e pouco.

- Até mesmo ele. Depois de tudo. – Nico respondeu antes de se esticar para beijar Percy.

- Você quer ir? – Percy perguntou, abraçando Nico e enfiando o rosto no pescoço cheiroso dele. – Você tem cheiro de bebê. – Ele encarou Nico, que sorria. – Já te falei isso?

- Podemos ir sim, babe, se é isso que quer saber. – Percy sorriu. – E não, você nunca falou.

- Quer tomar banho comigo? – Percy sussurrou, se aproximando para dar outro beijo em Nico.

- Apenas um banho? – Nico arqueou a sobrancelha, segurando um sorriso.

- Talvez. – Percy murmurou sobre seus lábios, olhando em seus olhos. Nico enlaçou seu pescoço com os braços.

- Aceito. – Rebateu antes de Percy o beijar de verdade.

***

Depois de um banho rápido, Percy colocou a única jeans preta que ele tinha e uma camiseta azul escura, já que preta realmente não tinha. Nico colocou a mesma roupa, mas passou em casa para se trocar – e talvez Percy tenha babado um pouco quando o namorado voltou para o carro com um vestido cinturado curtinho e um chapéu Fedora também preto.

- Feche a boca. – Nico falou sorrindo quando entrou no carro. – Antes que sua baba comece a pingar.

- Acha que está cedo para gente casar? Quero garantir que essas perninhas serão apenas minhas. – Percy resmungou, se esticando para beijar o ombro de Nico e sorrindo esperto. Nico riu.

- Acho Perseu. Eu acho. – Ele falou, ligando o carro.

- Não me chama de Perseu.

- Persinho. – Nico falou, rindo em seguida. – Perseco. – Ele gargalhou. – Ai como eu sou engraçado.

- Não vi graça nenhuma, “Nixolas”. – Percy falou, depois gargalhou. Nico riu junto, apesar de ter tentando não tê-lo feito.

- Estamos indo para um enterro e rindo como acabados. – Nico falou, rindo mais ainda e limpando as lágrimas que acumulavam em seus olhos.

- É verdade. – Ele soltou um barulho estrangulado. – Minha barriga dói.

Eles ficaram se provocando até chegarem ao cemitério. Antes de saírem do carro, Nico pegou um óculos escuro.

- Você usa esse monte de coisas e ‘tá bem arrumado até pra enterro. – Percy resmungou, passando um braço pela cintura de Nico.

- Dress to impress. – Nico respondeu sorrindo.

Eles se aproximaram do grupo de pessoas, mas ainda ficaram um pouco afastados. Nico se agarrou a um braço de Percy e deitou a cabeça em seu ombro. Da onde estavam conseguiam ver Poseidon com um terno preto risca de giz parado em frente ao caixão aberto, olhando o corpo com lágrimas nos olhos. Nico sempre achou meio estranho e bizarro as pessoas interagirem com os corpos de pessoas mortas, mesmo que apenas para o velório.

Percy não sabia o que pensar. Enfiou os dedos nos bolsos da frente da calça, um pouco incomodado. Sabia que o homem parado ao lado do caixão branco era seu pai, mas não se sentia daquele jeito. Talvez fosse a confirmação de que não deveria mesmo ter brigado com Nico por fingir ser Poseidon, talvez só estivesse confuso. Talvez fosse os dois e mais alguma coisa. Não sabia dizer.

Ficaram parados ali, sem se aproximar, até fecharem o caixão e o começarem a abaixá-lo. Poseidon deu um beijo demorado no vidro da tampa do caixão e colocou uma bandeira dos EUA em cima dele, então o abaixaram. Lentamente. Por fim, Poseidon jogou um colar e um punhado de terra no buraco, então começaram a fechá-lo. Percy sentiu Nico estremecer, ainda agarrado a si, e o abraçou, beijando o topo da cabeça dele.

Depois que o tumulo foi fechado, as pessoas começaram a se despedir de Poseidon. Tapinhas nos ombros, afagos nas costas, apenas um “tchau”. Mais nada. No final, ficaram apenas Percy, Nico e ele, ajoelhado à frente da lápide.

- Esqueci de pegar as flores. – Percy resmungou. – Já volto.

- Okay. – Nico falou. Percy se afastou a passos rápidos, já Nico se aproximou de Poseidon lenta e silenciosamente.

- Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez. – Nico falou em voz alta. Poseidon não se movera um milímetro.

- Shakespeare. – Falaram em uníssono.

- Sinto muito. – Nico falou, tocando a parte de cima da lápide. Acima da frase, uma foto em preto e branco de um velhinho parecido com Poseidon todo sorridente. Cronos. Data de nascimento e data de morte. “Em amada memória de nossos pais” completava a lápide. Era o que geralmente colocavam em túmulos de pessoas que morreram na guerra, ou veteranos.

- Não, não sente. – Poseidon resmungou, esfregando o olho com as costas da mão rapidamente.

- Olhe Poseidon, eu não sou Percy. – Nico falou, tirando os óculos e o chapéu. – Eu não sei o que você passou nos últimos anos, ou em toda a sua vida, mas eu sei o suficiente para saber que sofreu quando teve que deixar Percy e Sally. E eu sei que está sofrendo agora.

- Você não sabe nada de mim. – Poseidon vociferou. Levantou-se e o encarou de os pulsos e olhos cerrados.

- Então olhe nos meus olhos e diga que não falei a verdade. – Nico rebateu. Poseidon não respondeu, mas Nico não queria uma resposta. Se tinha uma coisa que entendia era o que ele estava passando. Toda a raiva, a tristeza, a saudade mesmo que faça míseros dias, e a realização de que ele nunca mais veria o pai. Talvez essa sensação, a de que poderia acordar num dia qualquer e o ver andando pela casa, nunca o deixasse. Sabia o que era isso.

Percy se aproximou e se abaixou, colocando o buquê de rosas encostado à lápide, depois se levantou. Aproximou-se de Poseidon e lhe deu um abraço forte.

- Vou deixar vocês à vontade. – Nico falou. – Te espero no carro, amor.

Então se virou e saiu.

Poseidon abraçou Percy com força, o que foi retribuído.

- Sinto muito. – Percy murmurou. – E eu peço desculpas pelo que aconteceu naquele dia. Nós dois dissemos coisas que não deveríamos e… Eu sinto falta de ter um pai ao meu lado. – Ele sussurrou a última parte. – Talvez… Possamos recomeçar?

- Claro filho. – Poseidon respondeu sussurrado, sorrindo entre as lágrimas. – Com toda a certeza.


Notas Finais


AIAI, COMO CEIS TÃO, BABIES? tão bão? se hidratando bem nesse calor-amostra-do-inferno? ah então tá jóia.

não tenho o que falar aqui, então vou falar como o meu colégio tá mais puxado que não sei o que e como eu odeio as pessoas de lá. só isso mesmo.
28/31 CAPÍTULOS, EU TO CHORANDO
Louis foi preso aldjaslkdjaslkjdf nunca ri tanto aiudsjalasd ai tadinho
(não tenho meeesmo o que falar aqui, já perceberam né)
me sigam nas outras redes, twitter: @_littleerror, insta: heroin.badlands, tumblr: littleerr00r

comam o brócolis. all the love.
eu mesma, Ana Mello.


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