História Predestinados - Capítulo XXVI

Adotado.

A palavra rondava a mente do alfa diversas vezes, enquanto a imagem do acastanhado proferindo a frase ecoava e se repetia, como se estivesse dentro de um loop infinito. Os olhos do jovem rei se arregalaram e os seus lábios se entreabriram, a sua garganta secou e o seu coração pulsava forte, enquanto o seu lobo se remexia dentro de si.

Taehyung chamava o nome de Jungkook, exibindo uma expressão preocupada. Alguns minutos haviam se passado e o acastanhado começara a se assustar com o mais velho fitando o nada. O que fora que ele dissera de tão ruim assim para deixar o rei em transe?

— Majestade? Estais me ouvindo? — Taehyung balançava a mão na frente do rosto do mais velho e mordiscava o lábio inferior, pensando em quem deveria chamar primeiro para vir o ajudar. Hoseok, Namjoon ou Seokjin? — Jungkook!

Ao sentir um solavanco, o moreno saiu de seu transe e balançou a cabeça para os lados de leve, levando o olhar para o acastanhado a sua frente e franzindo o cenho em confusão.

— Não me assuste desse jeito! — O alfa mais novo apertou o tecido da blusa de seda do maior e suspirou, dando dois passos para trás. — O que foi que deu em você?

— Perdoe-me, não foi minha intenção te assustar... eu apenas fiquei surpreso... muito surpreso. — Jungkook pigarreou baixo e mordiscou o lábio, fazendo a expressão confusa voltar a adornar a face de Taehyung.

— Mas o que foi que eu disse?

— O Jimin é adotado. — O acastanhado arqueou a sobrancelha direita e assentiu em concordância. — E ele sabe disso? Perdoe-me pela curiosidade, mas é que nós nunca chegamos a conversar de fato sobre as nossas famílias.

— Sim, o nosso pai nos contou quando ele tinha nove anos. — Taehyung suspirou baixo e mordiscou o lábio, enquanto a lembrança do fatídico dia surgia em sua mente.

Flashback on

Taehyung e Jimin brincavam perto de casa, aproveitando que o sol estava escondido entre as nuvens branquinhas e que uma brisa fresca de verão percorria pelos campos.

O pequeno ômega de nove anos gargalhava, enquanto o alfa corria atrás de si com o rosto sujo de lama. Embora fosse tímido e quieto na maior parte do tempo, Jimin sabia ser arteiro e espoleta quando queria.

— Jimin! Eu vou te pegar. — O jovem alfa rosnou e acelerou o passo, pulando agilmente sobre o corpo do loirinho como um felino dando o bote, e levando os dois ao chão, os fazendo rolar algumas vezes até que pararam no campo de tulipas. — Peguei!

— Não vale, TaeTae. — Jimin formou um biquinho e fitou as írises achocolatadas, ao que o maior sorria quadrado, vitorioso, sobre si. — Alfa bobão.

— Você que me faz ser assim, oras. — Taehyung soltou um riso e se apoiou sobre os joelhos, abrindo um sorriso sapeca. — Hora da minha vingança.

— Espera, TaeTae! — Jimin tentou sair de baixo do acastanhado, mas Taehyung foi mais rápido e deu início a uma série de cócegas na barriga lisa do loirinho, o fazendo explodir em gargalhadas gostosas que aqueceram o peito do jovem alfa. — TaeTae! E-Eu não aguento mais.

— Agora nós estamos quites. — Taehyung soltou um riso e sorriu, afastando as mãos e se sentando ao lado do loirinho, o observando respirar ofegante com a face avermelhada quando ouviu a voz de Yuna os chamando. — Vem, Chim.

Taehyung levantou e estendeu a mão para o menor, que sorriu e aceitou a ajuda, se levantando e balançando o corpo como um gato, tirando os resquícios de sujeira. O alfa riu baixo e apertou a mão pequena, seguindo de volta para casa de mãos dadas com o ômega.

— Meu Deus, o que foi que houve com vocês? — Yuna arregalou os olhos ao ver o estado das duas crianças e levou a destra ao rosto, soltando um suspiro. — Vão se lavar no tanque, sim?

Os dois menores assentiram e caminharam até a lavação com a ômega atrás. Enquanto Yuna limpava o rosto de Jimin com os polegares, o acastanhado terminava de lavar as mãos e o rosto, caminhando até a progenitora ao ouvir o seu nome.

O jovem alfa sorriu largo e Yuna soltou um riso, terminando de secar as bochechas rosadas com a toalha felpuda, depositando um selar na testa de cada um.

— Vão para a sala, o seu pai quer conversar com vocês. — Taehyung assentiu e segurou na mão de Jimin, o levando para a sala de estar.

Ao ver Min-jun sentado na poltrona, o alfa mais novo engoliu em seco e guiou o loirinho até o sofá, se sentando e olhando para o pai. Yuna se posicionou atrás do marido e mordiscou o lábio em nervosismo.

— Muito bem, agora que todos estão presentes, nós iremos ter uma conversa muito séria. — O alfa mais velho respirou fundo e olhou para o loirinho, apertando uma mão na outra. — Jimin, nós temos algo para te contar, filho.

Jimin olhou de forma curiosa para o pai, mesmo que o seu coração estivesse batendo acelerado e um pouco receoso com a expressão preocupada do progenitor.

— Jimin, meu anjo... antes de qualquer coisa, eu quero que você saiba que eu e a sua mãe te amamos mais do que qualquer coisa e que nós sempre iremos estar aqui para o que der e vier. — Min-jun sentiu a mão de Yuna em seu ombro e a segurou, suspirando baixo. — Nós sabíamos que não poderíamos esconder isso por mais tempo e que é algo de que você precisa ter conhecimento, mesmo que não saibamos como você irá reagir a notícia, mas... meu bem, você precisa saber que nós não somos os seus pais biológicos. Você foi adotado.

O loirinho arregalou os olhos e as írises caramelo brilharam em meio as lágrimas. Adotado. O pequeno ômega sentiu como se uma bomba tivesse sido deixada aos seus pés e que estourara sem qualquer aviso, o seu coração errou uma batida ao que se acelerava gradativamente conforme lágrimas se formavam em seus olhos e escorriam em suas bochechas coradas.

Jimin já havia notado as diferenças físicas entre ele e os seus pais, até mesmo com o seu irmão, e o pequeno ômega sempre se questionava de o porquê ser tão diferente e não ter traços de seus progenitores. No fim, as suas dúvidas foram sanadas com a confirmação de que nunca teria semelhanças com a sua família realmente, já que não possuía laços sanguíneos.

— Meu amor... — Yuna se aproximou de Jimin e se abaixou no chão, ficando na altura do pequeno e levando a destra ao rosto do loirinho, acariciando a bochecha direita. Jimin se jogou nos braços da ômega e chorou, colocando para fora toda a frustração causada pela notícia. — Eu posso não ter carregado você comigo durante nove meses, mas nós te amamos como se eu tivesse e nós sempre iremos amar. Você é um dos nossos tesouros, meu pequeno.

Taehyung olhava fixo para o tapete, como se estivesse vidrado, e mordiscava o lábio inferior. O jovem alfa tinha poucos resquícios de memorias sobre a chegada de Jimin em sua vida, mas ouvir as palavras vindas de seu pai fora como tomar um choque de realidade. Jimin não era seu irmão de sangue.

Depois que Jimin se acalmou, o pequeno esfregou os olhos enquanto fungava baixo. As írises caramelo fitaram a face da ômega durante minutos e aos poucos um sorriso tímido se formara nos lábios rosados e cheios.

— Me desculpem pelo choro. — Jimin desviou o olhar para as mãos pequenas e apertou o tecido da jardineira jeans, respirando fundo. — Eu sempre me questionei de o porquê eu era tão diferente e agora que eu sei, eu percebi que isso não faz muita diferença. — Jimin mordiscou o lábio inferior em nervosismo e suspirou baixo, voltando a olhar para os pais. — Então, mesmo que eu não seja biologicamente filho de vocês, eu sei que vocês sempre vão estar no meu coração e que eu nunca vou deixar de amar vocês. Eu sempre serei eternamente grato por terem me acolhido, cuidado de mim e me criado com tanto amor e carinho... obrigado por serem os melhores pais do mundo. — O loirinho abriu um sorriso largo e fechou os olhos, deixando que as últimas lágrimas escorressem por suas bochechas.

Yuna deixou as suas lágrimas saírem e envolveu o menor nos braços, logo sentindo Min-jun e Taehyung que os observam, rapidamente se aproximarem e os abraçarem também. Podiam ter origens diferentes, mas o que sentiam era o mesmo. Seriam uma família, para sempre.

[...]

Jimin suspirava baixo, abraçando as pernas em frente ao peito e apoiando a cabeça nos joelhos enquanto observava a paisagem dos campos da fazenda. A brisa leve e morna bagunçava as madeixas loiras e os raios de fim de dia tocavam a face serena, deixando as írises caramelo brilhantes como dois poços de ouro.

O jovem alfa caminhava com uma pequena flor nas mãos, seguindo na direção do loirinho com o intuito de o animar um pouco, visto que passara o restante do dia cabisbaixo.

— ChimChim. — O acastanhado se abaixou e ficou na altura do menor, atraindo a atenção do ômega para si, que o fitou com curiosidade. — Não fiques triste... o que achas de brincarmos nas campinas com os potros?

Jimin sorriu levemente, sem mostrar os dentes, e negou devagar, mordiscando o lábio e abaixando o olhar. O jovem alfa suspirou baixo e levou a pequena margarida até a orelha de Jimin, a posicionando entre as madeixas loirinhas e brilhantes.

— Chim, eu estou aqui com você para o que der e vier, lembras? Podes me contar tudo, sabes disso, não é? — As írises chocolate fitaram o menor com intensidade, enquanto aguardava por uma resposta do loirinho.

— Eu sei, eu só... estava pensando um pouco. — Jimin voltou a olhar para o mais novo e fungou. —  TaeTae, e se começarem a nos julgar? E se as pessoas começarem a nos criticar porque eu sou adotado e que nós não somos irmãos de verdade?

Taehyung suspirou e levou as mãos ao rosto do ômega, segurando as duas bochechas rosadas e fazendo o menor voltar a olhar para si.

— ChimChim, mesmo que nós dois tenhamos pais diferentes, nós sempre seremos irmãos e melhores amigos. Eu vi você crescer e se tornar o garoto incrível que eres, eu cuidei de você assim como você sempre cuidou de mim também, eu te protegia de outros alfas e até mesmo de outros ômegas e betas que te incomodavam e sempre irei fazer isso. — O jovem alfa fez um singelo carinho com os polegares e Jimin engoliu em seco, sentindo os olhos marejarem. — Tenha plena certeza de que nada e nem ninguém no mundo vai quebrar o laço que nós temos. Nós somos soulmates, para a vida toda. Você nunca vai me perder pequeno, eu vou estar sempre com você, bem aqui. — Taehyung tocou o peito do ômega, dando-lhe um sorriso quadrado. — Eu amo você, ChimChim, e você sempre será o meu irmãozinho, não importa o que digam.

O moreno envolveu o menor nos braços e acariciou as madeixas loiras, enquanto Jimin se aninhava e apertava o alfa, escondendo o rosto em seu peito.

Flashback off

Taehyung abriu um sorriso e suspirou baixo, saindo de seus devaneios e fitando o alfa mais velho, que o observava curioso.

— Apesar de ser uma criança, Jimin sempre foi deveras compreensivo e entendia o que acontecia ao seu redor. Quando o nosso pai nos contou, claro que teve o choque no primeiro momento, mas ele entendeu e aceitou. — O acastanhado apertou a mão e desviou o olhar. — Mas me diga, Majestade, por que ficastes tão surpreso com isso?

— Você se lembra da história que eu te contei? — Jungkook suspirou baixo e sentou sobre a mesa, apoiando as mãos ao lado do corpo. Ao ver Taehyung assentir, o lúpus mordiscou o lábio inferior e fitou as írises chocolate. — Desde que eu encontrei o Chiminie pela primeira vez, eu senti como se o conhecesse a minha vida inteira. Ele me trouxe tanta nostalgia e um sentimento de saudade tão grande que eu cheguei a ficar confuso.

Taehyung arregalou os olhos ao que se lembrava de tudo que o moreno havia o contado e os seus lábios se entreabriram.

— Espera... você acha que o Jimin é o príncipe perdido? — O moreno balançou a cabeça, assentindo em concordância, e sorriu de leve. — Jungkook...

— Eu sei, há uma grande possibilidade de nós estarmos errados, mas quais as chances? Eles têm o mesmo nome e Jimin não conhece os pais biológicos, as idades também coincidem. — Jungkook suspirou e desviou o olhar. — Se ele realmente for o herdeiro do Reino do Sul... o meu casamento com Dong-hae seria completamente anulado.

— E por que ele ainda está de pé? Eu pensei que você não ia desistir e que iria lutar pelo Jimin. — Taehyung cruzou os braços na altura do peito e franziu o cenho.

— E eu vou, mas eu preciso do apoio dos meus pais primeiro para convencer a corte, caso contrário eu estarei colocando a segurança do reino inteiro em jogo. — O alfa mais velho fitou as írises chocolate e Taehyung suspirou, assentindo. — Eu te prometo Tae, se um casamento for acontecer, o noivo será o Jimin.

[...]

Na manhã seguinte, Yoongi caminhava ao lado de Taehyung pelo jardim do palácio enquanto mantinha um sorriso radiante nos lábios. O platinado estava extremamente curioso para poder passar um tempo com o conselheiro e talvez até pedir uns conselhos.

Quando chegaram no palácio, Taehyung travou a respiração e apertou a mão do ômega, engolindo em seco. O alfa arregalou de leve os lumens ao que a imagem do ômega arruivado caminhando ao lado dos soberanos do Reino do Sul preencheu a sua visão.

Um rosando baixo escapou pela garganta do acastanhado e Yoongi apertou a sua mão, olhando para o alfa em um pedido mudo para que se acalmasse. Taehyung respirou fundo e fitou o platinado durante tempo o suficiente para que o seu coração desacelerasse e a sua respiração se normalizasse.

Seguiram o caminho até a sala do conselheiro e o mais novo se despediu rapidamente, depositando um selar breve nos lábios rosados e rumando até o campo de treinamento. O ômega suspirou baixo e bateu na superfície lisa de madeira, aguardando pacientemente no corredor.

Seokjin lia um de seus livros quando escutou batidas em sua porta e um sorriso surgiu em seus lábios, rapidamente se levantando e caminhando até a esquadria, a abrindo a vendo Yoongi balançando o corpo para os lados.

— Que bom que você já chegou. — O moreno deu espaço para que o mais novo passasse e Yoongi assentiu, entrando na sala. — Tae disse que querias conversar comigo... sobre o que se trata?

— Na verdade... eu queria te pedir alguns conselhos. — O platinado desviou o olhar e sorriu tímido. — É sobre o Hoseok.

Seokjin assentiu e indicou o sofá para que o ômega sentasse. Assim que os dois estavam acomodados confortavelmente, Yoongi se abriu, contando tudo ao mais velho. O moreno ouvia atentamente e em silêncio, enquanto aproveitava para analisar as expressões do platinado.

— Então... o que achas que eu devo fazer? — Yoongi apertou uma mão na outra e olhou de forma curiosa para o moreno.

— Há um tempo atrás, Hoseok me procurou pedindo conselhos e coincidentemente sobre o mesmo assunto. — Seokjin soprou um riso de leve e tocou as mãos do ômega. — Eu vou te dar o mesmo conselho que eu dei a ele. Siga o seu coração, mas apenas tenha em mente de que o Hobi possui cicatrizes e que se ele se permitiu sentir novamente, é porque ele gosta verdadeiramente de vocês.

Yoongi arregalou de leve os olhos e mordiscou o lábio inferior, desviando o olhar para baixo. Seokjin sorriu de leve e suspirou, apertando a mão do ômega.

— Eu não posso contar o que houve, isso é algo que o próprio Hoseok precisa dizer quando se sentir pronto, eu apenas gostaria que vocês me prometessem que não irão machuca-lo... por favor. O meu coração não aguentaria se eu tivesse que o ver sofrendo novamente. — Yoongi voltou a olhar para o mais velho e balançou a cabeça, assentindo e suspirando baixo. — Era apenas sobre isso que queria conversar? Eu sinto que tens algo lhe incomodando, meu bem.

Yoongi ficou em silêncio, ponderando se deveria contar ao ômega ou não. Ao ver o olhar preocupado e curioso do mais velho, o platinado suspirou e assentiu.

— É sobre o Jimin.

— A sim, o ômega fofinho que eu encontrei aquele dia. — Seokjin sorriu e se aproximou mais do ômega. — Conte-me, aconteceu algo ao pequeno anjo?

— Não, ele está bem. — Yoongi sorriu tímido e mordiscou o lábio. — É só que... eu não sei como te contar isso, Jinnie. — O platinado arregalou os olhos e levou a destra aos lábios. — Desculpa, eu nem perguntei se eu podia te chamar assim.

— Está tudo bem, podes me chamar como preferir, não se preocupe. — O moreno soltou um riso e balançou a mão. — Prossiga, apenas me conte como achares melhor.

— O Jimin não é irmão biológico do Tae... e nas últimas semanas ele têm tido flashs de lembranças fragmentadas sobre o passado dele, antes da família Kim o adotar. — A surpresa estampou a face do ômega mais velho e os seus lábios se entreabriram.

— Okay... e o que é exatamente que te incomoda?

— A origem do Chim. Nós sequer encontramos alguma informação que nos ajude a chegar a alguma conclusão. — O platinado suspirou e formou um biquinho nos lábios finos.

Seokjin ficou em silêncio, pensativo. Em sua mente, diversos pensamentos circulavam, e ao se lembrar de uma das conversas que teve com o rei, o ômega se levantou do sofá, fazendo Yoongi o olhar confuso e levemente assustado.

— Yoon, e se na verdade nós tivéssemos essas informações, mas apenas não percebemos que estava abaixo dos nossos narizes? — Seokjin olhou para o platinado. — Tae deve ter lhe contado sobre história do príncipe perdido, não é? — Yoongi assentiu e franziu o cenho em confusão. — E se o Jimin for o mesmo Jimin da história?

— Isso seria muita coincidência, Jinnie. — Yoongi se levantou do sofá e soltou um suspiro baixo, bagunçando as madeixas platinadas. — Uma coincidência muito grande e precisa.

— Mas é uma grande possibilidade. — Um sorriso estampou os lábios cheios do mais velho e Seokjin exalava animação, deixando o platinado confuso pela súbita mudança. — Resolveria todos os problemas.

— Que problemas? — Yoongi franziu o cenho e Seokjin soltou um riso baixo.

— Me perdoe, mas eu preciso ir. Podemos nos encontrar mais vezes para conversar, eu adorei a sua companhia. — O moreno abraçou rapidamente o mais novo e sorriu. — Até mais breve.

Yoongi olhou confuso para o mais velho e o observou sair da sala às pressas. O mais novo soltou um suspiro e mordiscou o lábio inferior, apertando o tecido da blusa de algodão enquanto saía da sala e caminhava pelo corredor.

O ômega seguia distraído, tentando se lembrar do caminho que fizera para chegar à sala de Seokjin, mas haviam tantos corredores que o platinado se sentiu dentro de um labirinto elegante. As írises acinzentadas percorriam pelos detalhes das paredes e do teto quando sentiu seu corpo trombar com alguém e acabou caindo no chão.

Quando levou os seus mirantes para cima, Yoongi arregalou os olhos e entreabriu os seus lábios, sentindo o seu coração acelerar ao ver quem estava a sua frente.

O dia estava apenas começando e já estava cheio de surpresas.