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História Predestination - Quando o Destino Te Obriga a Encará-lo


Escrita por: Marimachan

Notas do Autor


Boa noite! Voltei. O/
Esse capítulo ficou menor, mas é que eu queria acabar justamente nessa cena. Espero que gostem do que vem por aí!
Boa leitura! ;)

Capítulo 14 - Quando o Destino Te Obriga a Encará-lo


— Irashaimase¹! — Ouviu Laki lhe desejar quando atravessou os portões do salão, ela recolhia alguns copos e garrafas numa mesa por perto.

Lucy sorriu como resposta e logo encontrou seu time na mesa que costumavam sentar, dividindo-a com Levy, Gajeel e o casal Zervis como ela e seus companheiros decidiram apelidar carinhosamente. Pareciam imersos em alguma conversa animada, porque a azulada menor gesticulava empolgada ao lado de Juvia, Erza e Teru, enquanto os olhos de Mavis brilhavam sonhadores. Divertindo-se em imaginar o assunto do momento, ela se aproximou, não demorando a cumprimentar todos com um “boa tarde” animado. Sentou-se ao lado de Atsushi, que cumprimentou-a com um sorriso, mas não interrompeu sua conversa com Jellal e Erik por isso, todavia prontamente colocou o braço sobre as costas da cadeira agora ocupada por ela, fazendo um carinho de leve em seu ombro.

Descobriu que o tema da conversa das meninas era a última missão de Levy — solo, já que Gajeel ficou em casa com os gêmeos —, que pelo pouco que pegara da história havia sido em uma ilha repleta de insetos mágicos estranhos e extraordinários. Não demorou a imergir no assunto, divertindo-se também com os comentários variados resultantes dele, bem como com os constantes momentos em que Zeref “implicava” com os comentários fantasiosos e encantados de Mavis, fazendo a menor inflar as bochechas, insatisfeita, em quase todas elas.

Fazia cerca de dois meses que Zeref aparecera acompanhado de seu irmão mais novo. Desde os primeiros dias já podiam ver que a interação do casal era a mais expectante possível. Eles adoravam observá-los e, às vezes, fazê-los ficarem sem graça com alguns comentários — desnecessários, eles sabiam, mas genuínos. Eles, de fato, eram uma graça juntos e parecia que tê-los presente na guilda trazia uma luz e uma alegria diferente para todo mundo.

Esses sentimentos conseguiam inclusive abafar o clima estranho e pesado que se instaurara entre Natsu e eles.

Àquela altura, a Fairy Tail parecia estar se adaptando às mudanças drásticas sobre aquele ponto em especial. A maioria dos membros já parecia ter se acostumado com o “novo Natsu”, passando a lidar com ele de forma natural. Além disso, não estranhavam mais o fato dele se manter sempre longe e/ou aparentemente indiferente aos antigos companheiros de time, conversando mais com Laxus, Cana e Gildarts, Lisanna e até mesmo Evergreen e seu marido; talvez porque esses eram os únicos que não o enchiam de perguntas todas as vezes que ele se dispunha a conversar — o que eles aprenderam com o tempo ser absolutamente raro.

Ainda assim, os únicos que podiam se dizer próximos do rosado eram seu irmão e sua cunhada, além, é claro, de Happy, que por mais dividido que se sentisse entre seus amigos, não saía do lado dele quando esse resolvia aparecer. Geralmente, quando Natsu passava algumas horas no salão, era dividindo a mesa com esses três. Quando o mago do fogo não estava por ali, entretanto, o que era a maioria das vezes — ele se tornara quase tão ausente quanto Gildarts —, esses ficavam por ali, como naquele momento.

Dessa maneira, dentro do grande grupo naquela mesa, o único, além das três pessoas que moravam com o rosado, que mantinha uma conversa amigável com o dito cujo — mesmo que ao modo deles — era Gajeel, o qual não parecia se importar com o fato do outro Dragon Slayer ter voltado tão diferente do que eles conheciam. Todos os outros, portanto, raramente dirigiam a apalavra ao antigo companheiro ou vice-versa; aparentemente, estipularam uma regra que a conversa entre eles seria apenas se muito necessária e minimamente essencial.

Lucy, embora começando a se acostumar, se sentia terrível com aquela situação. Por mais que forçasse a si mesma a manter a mesma distância que seus amigos de Natsu, não fora uma nem duas vezes que se pegara observando-o em silêncio. Repreendia-se toda vez que percebia estar fazendo isso, mas seu cérebro não parecia entender. Involuntariamente ela fixava sua concentração nos gestos e nas atitudes do rosado, talvez tentando encontrar qualquer semelhança entre o Natsu que conhecia e aquele com quem se deparava. No entanto, ainda que isso a incomodasse, não tinha sido capaz de tentar qualquer aproximação com o antigo parceiro de time. Talvez sua coragem não fosse o suficiente para isso; o medo de ouvir qualquer coisa parecida com aquilo que ouvira no final do ano anterior não a dava outra opção senão a de permanecer assistindo-o de longe.

— Lucy. — Ouviu Kinana chamá-la, tirando-a de seus devaneios. A de cabelos curtos lhe sorriu. — O Mestre está te chamando na sala dele — explicara o motivo do chamado, surpreendendo-a.

— Aconteceu alguma coisa?

Erza, contudo, fora quem questionara preocupada, ao que a substituta de Mirajane — naquele momento em casa, cuidando de seu pequeno recém-nascido — negou com a cabeça.

— Parece que tem a ver com um pedido de missão direcionado — respondeu, tranquilizando a ruiva.

Lucy então levantou-se, um pouco mais aliviada confessava, pronta para subir para o segundo andar. Sorriu para os presentes.

— Já volto! — E então seguiu seu caminho, tentando conter a curiosidade que lhe afligia.

A maga celestial não demorou muito a alcançar seu destino, batendo na porta educadamente e então ouvindo um “Entre” provindo de seu mestre. Ao abri-la, porém, não conseguiu passar do portal, porque seu corpo paralisara ali mesmo.

Ele não estava sozinho em sua sala. Sentado na poltrona, no canto direito do cômodo, estava Natsu, com uma expressão aparentemente nada satisfeita.

Temendo pelo o que aquilo poderia significar, a loira hesitou em continuar adentrando o lugar, mas não pudera evitar mais quando Makarov a pediu que encostasse a porta ao entrar. Fazendo o que lhe foi pedido, a maga caminhou até à cadeira indicada pelo mais velho, sentando-se em silêncio, completamente apreensiva.

Não sabia exatamente o que esperar daquilo, mas coisa boa não resultaria.

— Deve estar se perguntando por que te chamei e o que Natsu está fazendo aqui — começou ele tranquilamente, ajeitando-se em sua cadeira de rodas. — Eu recebi um pedido direcionado a vocês dois — informou encarando-a seriamente, decidindo-se por ir direto ao ponto.

Lucy sentiu seus ossos gelarem.

Então a missão era direcionada aos dois? E não só a ela?

Engoliu em seco.

— A nós... dois...? — repetiu, tentando convencer-se de que talvez tivesse entendido errado.

— Sim, vocês dois — confirmou o mestre empurrando sobre a mesa uma espécie de carta, aonde um tal de Walter Skin os pedia para cumprirem a missão detalhada no decorrer da escrita caprichada.

— Hum... o Natsu pode ir sozinho, não, Mestre? — tentou, sem jeito, após ler o documento brevemente.

Observou o senhor suspirar cansado, recostando-se melhor à cadeira. Ele olhou-a com uma expressão que dizia o mesmo que seu suspiro. Aparentemente já tinha passado pela mesma coisa minutos antes de chegar; talvez fosse por isso que o mago do fogo ainda encontrava-se insatisfeito e com a cara tão amarrada do outro lado.

— Não, Lucy. Não pode — negou ainda mantendo a calma, embora fadigado. — O contratante fora muito claro ao dizer que precisava ser os dois, nada menos ou nada mais que isso.

— Nenhum de nós quer fazer a droga dessa missão, então por que diabos apenas não nega de uma vez? — Natsu pronunciara-se pela primeira vez desde que ela entrara, seu tom parecia altamente irritadiço.

A expressão de Makarov, por seu turno, endureceu, fazendo-a encolher-se.

— Eu venho ignorando o comportamento de vocês há semanas, na esperança de que se resolvessem sozinhos, mas não vou tolerar que neguem um trabalho pedido por um antigo e fiel apoiador da Fairy Tail por conta de suas desavenças pessoais — declarou com firmeza, haviam conseguido irritá-lo, ela percebeu. — Vocês não são mais crianças! Se não são maduros o suficiente para se entenderem, sejam pelo menos para agirem profissionalmente — concluiu de maneira séria, revezando o olhar repressivo entre um e outro.

A loira apenas encolheu-se um pouco mais, agora enrubescendo pela repreenda e por isso abaixando sua cabeça para encarar as próprias mãos. Natsu, por sua vez, apenas bufou contrafeito em seu lugar.

— Desculpe-nos, Mestre — pediu envergonhada, ainda com o olhar baixo.

Ele suspirou novamente.

— Tudo bem, minha filha — desculpou tornando a ficar mais calmo. — Vou entrar em contato com o Skin-san e informar que vocês partirão amanhã cedo, tudo bem? — Ela acenou positivamente, ainda contraída. — Pode ir agora, se quiser — dispensou a jovem, que não tardou a agradecer e levantar-se, saindo da sala rapidamente.

Tornando a ficarem sozinhos, Natsu também ergueu-se de seu lugar, ainda com a cara amarrada, mas não se dando ao trabalho de encarar Makarov.

— Apenas se esforce em não tornar isso mais difícil, Natsu — o velhinho pediu quando o outro já estava prestes a atravessar a porta, quase suplicante, voltando a demonstrar cansaço. — Nem pra ela, nem pra você — concluiu com pesar.

Não obteve resposta, entretanto, pois assim que concluíra sua fala, o jovem retomara seus passos e deixou-o sozinho.

Suspirou pela terceira vez só nos últimos cinco minutos, enquanto observava com tristeza o Slayer se afastar. Ele queria ser capaz de fazer mais por seus filhos, mas naquele caso o destino deles estava apenas em suas próprias mãos.


Notas Finais


1- Cumprimento utilizado por proprietários ou funcionários para receber seus clientes ou visitantes.
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Eu não gostei taaanto do resultado desse capítulo, porque não ficou bem do jeito que eu queria. Mas né, nem sempre a gente consegue o que quer. -_-
No próximo já teremos NaLu partindo pra essa missão! E aí? O que esperam dela? Posso garantir que terá de tudo um pouco. hehe'
Até o próximo, minna-san! ♥


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