1. Spirit Fanfics >
  2. Preferida (MadaSaku) >
  3. Dia 7 e 8 loading

História Preferida (MadaSaku) - Dia 7 e 8 loading


Escrita por: ciclame

Notas do Autor


Não consigo me posicionar pq sei que vocês queriam muito esse momento que chegou… Parcialmente!
Sexta fire 🔥
Prometo responder a todos os comentários no final de semana! Quero ver o caos que vai ser essa Fanfic a partir desse cap.

Capítulo 11 - Dia 7 e 8 loading


Fanfic / Fanfiction Preferida (MadaSaku) - Dia 7 e 8 loading

Amor, significado = Foder sua vida totalmente.  

Eu já assisti crepúsculo e era fã do vampiro malvadinho bonitão, qual boa adolescente não quis ser a Kristen Stewart ? Claro que no cenário que me encontro não sirvo nem para ser a doida da mãe da Bella que conseguia trocar de namorados. Resumo do pensamento é que não estou em um filme maluco em que no final a mocinha termina com um bonitão e fica tudo bem. 

Euzinha exímia em decifrar códigos, passei o dia martelando ideias do que poderia ter acontecido ali. 

Kakashi morto? Como? Não tive mais informações, Ino a loira, única pessoa no planeta terra que domina Deidara disse que foi uma coisa quase que impossível de acontecer, começamos a avaliar uma possível fraude. 

Assinamos uma ata concordando com uma patifaria sem tamanho, Lee ficou irritado porque sabia assim como nós que era um complô, só não entendíamos porque. 

Tobirama ria com vontade, quase quando vou em um rodízio de qualquer comida, mais de sushi em especial. 

Hashirama era um quadro vazio e Itachi parecia que iria vomitar em cima de mim, minha paciência era nula com o caráter dele, além de me levar a uma festa daquelas e me humilhar, não sou tonta pra cair em papo de uma lindinho milionário gostoso. 

Shino precisou sair de seu posto habitual para auxiliar o chefe de segurança e o técnico das câmeras, sendo o único encarregado Kiba, que sem a presença de Madara ficava tranquilo, por pouco tempo. 

Depois de Gaara profetizar seja lá o que for, decidi que precisaria por meu pescoço a risca pela última vez, já tinha tomado minha decisão quando sai pela manhã, era o certo e o melhor para mim, aceitar a proposta de Yma e fugir dessa insanidade que minha vida se transformou em pouco mais de uma semana. 

Depois que entrei nessa clínica já desmaiei, chorei, passei as maiores vergonha da minha vida, fui humilhada, insultada mas em contrapartida, ri, fiz amigos, bebi e tive os melhores papos. 

Levantei da minha cadeira velha de vigia que rangia toda vez que minha bunda afofava ela e espiei o corredor da morte, Deidara jogava uma bola pequena nas paredes distraído e Gaara parecia estar dormindo. 

— Lee estou com minha bexiga a ponto de explodir, na verdade acredito que não consiga chegar no banheiro. 

— Nossa Sakura, vai lá correndo. 

— Será que posso? Com toda essa agitação.. — Fingi demência, que pena do Lee que acreditou e me ajudou a escapar. 

É claro que não queria ir ao banheiro e sim descobrir onde era a tal solitária, se pedisse a ele seria crucificada, e também não queria meter ninguém e furada, então optei por ir direto a fonte. 


Hinata não estava na recepção, olhei para todos os lados e fiquei confusa, onde essa maluca se meteu? Deixou tudo sozinho! E agora? Olhei para os lados checando se realmente não tinha ninguém e fui parar atrás do balcão, quando me abaixei dei um grito que foi logo abafado pela mão melada de Hinata e orei a Deus que fosse de comida. 

— Você ficou louca Sakura? — Ela falava baixo, literalmente de joelhos com uma barra de chocolate na boca e o telefone no ouvido, outra vez ouvindo a conversa de alguém. 

— Louca é você, larga isso ou vão nos pegar. — Levei um empurrão e cai sentada, seus olhos pareciam assustados e confusos, quando fomos surpreendidas por batidas de salto ecoando ao longe. Levantei num pulo só, era Mito, a mulher do diretor vindo da direção dos corredores, Hinata foi ágil e nem parecia uma velha fofoqueira atolada no cacau, quando dirigimos a palavra fomos ignoradas, consegui impedir minha amiga de mostrar o dedo médio e fôssemos espetadas por suas garras. — Essa vadia veio aqui telefonar para alguém, do momento que ela entrou até agora e era um homem. — A morena cruzou os braços na altura do busto e do mesmo tirou a barra de chocolate. 

— Você vai ser pega. 

— Minha querida, não sou amadora, quando eles estão indo com a farinha euzinha tô voltando com o pão e mortadela. — Ela realmente se vangloriava pela curiosidade, será que Yma não precisaria de uma espiã? Aí não teria que deixar essa biruta aqui. — Fala o que você quer aqui, me ver é que não foi. 

— Sabe onde fica a solitária do Tobirama? — A pervertida riu e voltou a seu lugar, sentando de forma exibicionista e rindo. — Depende de qual você está falando. 

— Daquela em que você não frequenta. 

— Sem graça, sei, mas você não vai lá, até porque o demônio está fechado a sete chaves e água benta. — Fazendo o sinal simbólico católico no rosto. 

— Tem alguma coisa errada, e preciso descobrir, tem só que me dizer para que ala fica e corredor, por favor. — Uni as mãos na frente do rosto. 

— Não, Sakura é perigoso. — Terei que usar artilharia pesada.

— Se você me contar eu prometo que te conto uma fofoca que só eu sei. — Seu par de olhos brilharam como de uma animação, titubeou e foi mais forte que ela. 

— Se não estiver em ponto dentro daquele fusca hoje com uma notícia avassaladora vou falar que você tem piolho e por isso andava com o cabelo cheio de talco. 

— O QUE? Estão falando de mim? — Aumentei a voz sem notar, já que a ideia foi dela em teoria para me ajudar. A cara de pau foi logo cuspindo a informação que pedi e dando atenção ao entregador que acabava de entrar. 

— Você vai passar pela ala infantil e dobrar a direita, entrar na sala de limpeza e atrás de um armário tem uma porta que sai no corredor onde fica a solitária. 

— Hina você me paga! 


Perturbador, essa era a definição para o setor infantil, era difícil acreditar que crianças tão pequenas faziam aquilo, precisei me esconder atrás do carrinho de limpeza quando vi Tsunade conversando com uma jovem de cabelos ruivos, ali tudo era muito claro e branco, salas com paredes de vidros e uma música que causava calafrios, diziam que o corredor da morte era o pior lugar do hospital, duvido a não ser que a energia de Madara já tenha se alastrado por aqui. 

Tentei não chamar atenção, só fiz isso porque era meu último dia e depois que checassem as câmeras estaria longe, a solitária era bem escondida e obviamente não era um local permitido. 

As marcas do móvel no chão era fortes e parecia que o local era frequentemente aberto, o corredor estreito para sala e muito mal iluminado, senti frio logo que entrei, não tinha erro, no final dele que se alongava uma porta de ferro e uma minúscula janela onde apenas daria para ver os olhos. 

Fiquei tão assustada que não vi um rato passar por meu pé e dei um grito, não tinha para onde correr e entrei em desespero com o animal correndo de um lado para o outro, acho que eu o assustei mais ainda.

— Sinceramente já estava me acostumado com esse local, não tinha essa sua voz esganiçada em minha orelha o tempo todo e, aliás, está assustado o pequeno roedor, caipira. — Era ele, e vivo, ou o rato era seu amigo ou também ficou com medo porque sumiu naquele escuro me deixando sozinha, mickey mouse volta por favor. — O que está fazendo aqui criatura? — Sua voz não mudava em nada e não aparentava dor nela, fiquei de costas para a porta de ferro e de frente para a entrada do corredor. 

— Eu vim te dar boas notícias em primeira mão. — Isso aí Sakura, poderosa e cheia de si, esse momento é meu. 

Silêncio absoluto.  

Ele não vai perguntar o que é a notícia? Acorda Sakura, ele não é a Hinata. Na verdade vim aqui para saber se ele respirava e não para conversar. 

— Você não quer saber o que é? 

— Parece que eu quero saber de algo a seu respeito caipira? 

Respira, conta até mil e segue. 

— Olha aqui Madara querendo ou não saber, vou falar. Pode procurar outra monitora porque eu consegui uma vaga de emprego decente em um escritório de advocacia renomado e gostaria de dar tchau pessoalmente, espero do fundo do meu coração que você encontre outro ser que te ature. 

— Gostaria de ir pessoalmente parabenizar essa alma benfeitora que irá te tirar daqui. — Seu ar de deboche me tirava do sério. 

— Pode deixar que entrego para ela, aliás, sabe quem vai ser minha chefe? 

— Seu nome é Sakura não é? Adeus, sucesso na sua nova jornada espiritual. — Ele riu, ele riu de mim? 

— A que pena, achei que gostaria de mandar um recado para minha amiga Yma. — Caminhei de volta para a saída, minha intenção era saber se estaria tudo bem e o patife curtiu com a minha cara, viu só querendo dar uma de boazinha, o silêncio permaneceu, nem sobre sua amiga ele queria falar, ou era charme? Quando puxei a porta de saída sua voz se fez presente. 

— Desde quando você criatura medonha é amiga da Yma? — Vitória, 1x0 pra você Sakura, quem dera, nunca ganho uma com esses joguinhos e ele vai me retornar. 

— Achei que não queria ouvir minha voz esganiçada. 

— Seu charme feminino é péssimo só perde pro seu cabelo desbotado. 

— Pelo menos eu tenho o livre arbítrio de ir e vir. — Vou começar a andar com um bloquinho de notas, porque essa resposta foi fenomenal. 

— Não se eu arrancar suas pernas fora e servir para os javalis a lá Madara. — Maldito, meu ar faltou e minha pressão caiu, o que eu fazia ali? Se ele escapasse estaria morta e sendo servida exatamente como ele falou. Um barulho estranho e alto começou a ecoar do exterior dali, parecia uma sirene. — Eu tinha ficado um pouco perdido no horário mas pelo que me parece já está na hora de sair e se me lembro bem, Tobirama costuma por um cadeado pelo lado de fora desta porta para garantir que o preso, no caso eu, escape. 

A saliva desceu áspera em minha garganta, uma noite presa ali com ele? Pensa Sakura, pensa. 

— Isso é mentira, está blefando. — Como não chequei as horas? Merda. 

— Então confira a porta, o máximo que pode acontecer é você dar de cara com ele. — Sua voz de escárnio tornava tudo pior, era correr ou morrer. — Olha como eu não quero passar uma noite inteira ouvindo você, se me responder o que perguntar te digo como sair daqui. 

— Você deve achar que sou uma idiota! Se sabe como sair porque ainda está aqui? 

— Quem falou que eu quero sair. Eu era o diretor desse hospital, sei tudo sobre este lugar. — Tem razão, seja racional e pense uma vez na vida, você quis provocá-lo e agora precisa ceder as regras dele para sair e finalmente trabalhar em um lugar decente. 

— Sou amiga de Yma desde ontem à noite. 

— Ontem a noite? 

— Sim, jantamos na mansão Senju e ela me levou para casa e conhecendo meus talentos recebi a proposta. — A gargalhada dele era mais alta que a de Hinata. 

— Seus talentos? Ok, não irei discordar, minha área é outra, Yma costumava fazer caridade então não a culpo, você deve ser a cota. Mas eu sinto que preciso pedir desculpas a você Sakura, ou devo chamar de sobrinha? Não sabia que o relacionamento com Itachi tinha evoluído tanto. — Se ele tira com a minha pessoa pelo simples fato de existir espera ele saber que levei um pré chifre ao vivo. — O gato comeu a sua língua Sakura? Bom, mas que cavalheiro convida uma dama já corrompida por um jantar e não a leva de volta para casa? 

— Você é bem curioso, não acha? Deveria estar rezando para não ficar sem a língua. 

— Quem iria arrancar ela? Você? — Seu tom mudou e finalmente vi seus olhos na pequena abertura, eles sorriam para mim, como quando uma caça é avistada. 

— T-To-tobirama faria, não eu. 

— Sinto o cheiro do medo em você, isso ativa minha adrenalina, agora termine de responder minhas perguntas. E por curiosidade já comeu um ensopado de língua?

— O fato é que Yma e eu temos muito em comum, sou vegetariana. — Desde quando vegetariana Sakura? Porque não se veste de palhaçada é mais bonito do que isso.

— O que exatamente ? — Seu tom parecia de curiosidade.

— Experiências negativas com homens. 

— Itachi a decepcionou já? Não parece ser da personalidade de meu sobrinho esse tipo de coisa, com Izumi ele a levava ao pedestal. 

— Tsc. — Essa vadia era mesmo importante para ele a ponto de Madara saber?

— Por acaso ela também era convidada da festividade? 

— Sim. — Não se ouvia mais barulho, a luz fraca piscava e deixava minha respiração visível, o local era frio e muito úmido. 

— E mais alguém, Sakura? — Sakura. 

Meu nome foi pronunciado com tamanha suavidade que parecia acariciar meus ouvidos. 

— Sim. — Meus olhos não saíam dos dele, até piscar parecia uma tarefa difícil. 

— Chegue mais perto, quase não consigo te ouvir, está tão distante de mim. — Não entendia como minha coordenação obedecia a seu chamado, apenas fui. — Quem mais estava lá? 

Ryu.

Aí meu Deus. Acorda Sakura, ele é um psiquiatra, está mexendo com minha cabeça. 

Algum gatilho destravou a hipnose e me acordou, preferia pronunciar o nome do diabo do que daquele homem. 

— Para de mexer com a minha cabeça! 

— Tem tanto medo do Ryu assim?

— Não é claro que não. 

— Então quer dizer que graças ao Ryu e a Izumi você voltou para casa com a Yma?  Agora consigo entender o que de fato aconteceu. 

— O que aconteceu? — Tomei minha postura novamente, já chega dessa incapacidade. 

— Não sei Sakura, o que aconteceu? Aconteceu algo? 

— Não seja sonso, você… Ah que droga! Você matou Kakashi? 

— Não. — Ele sumiu da pequena abertura e tentei espiar lá dentro mas era uma completa escuridão, o maluco sumiu no relento. 

— Não seja mentiroso! — Chutei a porta e ele quase a arrebentou do outro lado.

— Atrevida! Se existe uma coisa que eu jamais serei é isso. — Pelo barulho ele tinha se afastado da porta novamente. — Talvez já tenha camuflado a verdade mas a omitido não, sempre assumi meus crimes. 

— Então por que se sabe como sair daqui não sai? Foi injusto isso. 

— Você precisa apreciar as oportunidades que a vida dá, sou extremamente valioso para a comunidade em geral e principalmente para a científica. Antes mesmo que você imagine, estará servindo meu almoço.

— Ilusão sua, não vai mais me ver aqui. Agora me diz como sair daqui. — Ele parecia verdadeiro, só que que também sou influenciável, Madara sabia persuadir como ninguém a poucos minutos tive a prova disso, já chega de tomadas de decisões irresponsáveis. 

— Claro, sou um homem de palavras, caminhe até a porta. — Assim o fiz e esperei. — Sakura tenho mais uma pergunta antes do nosso adeus doloroso.

O sobrenome deveria ser deboche. 

— Fala logo. 

— Como foi o deleite com meu sobrinho? Ele honra o nome Uchiha? 

Eu conseguia ouvir as batidas do meu coração, meus pés formigarem e o ar faltar meu cérebro, ele está realmente perguntando sobre minha intimidade? 

— Isso não é da sua conta. 

— Pela forma que seu corpo reagiu negativamente… — Não o deixei concluir a frase, Itachi foi um canalha mas de fato não lembrava de nada. — Ande Sakura, responda minha pergunta, não vale mentir, sei ler muito bem as pessoas, especialmente as mulheres. — Vou falar o que? Que foi tudo ótimo, e se ele realmente souber? Maldito seja a crise encônomica que me trouxe aqui. 

— A verdade é que não lembro de nada. — Minha mãe dizia que a sinceridade era a alma do negócio, Mebuki estava certa? Não sei. 

— Sinto muito mesmo, deve ser frustrante não lembrar como é ser tocada ou ao menos se teve um orgasmo, mas para saciar a sua curiosidade, segundo relatos verídicos sobre ele, parece que meu sobrinho faz mais o romântico carinhoso, provavelmente demoraria um bom tempo até encontrar seu alvo. — Virei meu rosto que queimava como o sol, sua voz mexia comigo de formas que não existiam estruturas em mim para fixar. — Tudo bem Sakura, só por favor, não se toque em casa pensando em como eu a foderia de quatro com seus cabelos emaranhados em minhas mãos enquanto mordia seu ombro nu. Sei o que provoco em você desde o dia que entrou aqui, é por isso que não consegue ficar longe de mim. — A inexistência de gravidade, o maior de sensações e tudo e nada eram incoerentes. 


— SAKURA? — Hinata, Kiba e Shino abriram a porta com tanta força que dei outro pulo, eles pareciam estar exorcizando a trava. 

— Você tá bem Sakura? Está vermelha? Tá com febre? — Kiba levou a mão em meu rosto, eles mal olharam para dentro do corredor e me retiram dali. Com a porta fechada e uma luz funcionando pude recuperar minha alma e dignidade. 

— Que diabos você fazia aí ainda? Sabe que nos quatros podemos ir para rua se descobrirem que estamos aqui? — Como eu explico que cai na cilada de Madara? Não consigo usar lógica para isso, e essa provocação e como se tivesse perfurado meu crânio e fosse concretada ali, a cena descrita por ele foi refeita e não sai de minha cabeça. 

— Eu n-não… Não sei droga! Achei que ele estivesse precisando de algo. — Kiba segurou meus ombros e começou a me chacoalhar. 

— VOCÊ TÁ DROGADA SAKURA?

— Silêncio, está vindo alguém no corredor. — Shino parecia o chefe da quadrilha. Nos abaixamos e ficamos mudos. Hinata me olhava com certa desconfiança. Não entendi porque. 

Kiba grudou o ouvido na porta, se nós pegassem ali, todos seríamos demitidos e por minha culpa. 

— É o diretor e o Dr. Itachi. — Cochichou quase que inaudível. 

E morremos, se entrarem aqui estamos literalmente fodidos. 

— Parece que passaram. — Eu não soltava nem o ar, até que um celular tocou e não no modo silencioso. A alma se Shino saiu nesse exato momento e levou as demais. 

A porta se abriu derrubando Kiba e deixando a cena mais lamentável do que poderia ser. 

— O QUE DIABOS ESTÃO FAZENDO AQUI? — Urrou o diretor.



Parecíamos quatro adolescentes levando bronca na direção do hospital, e a cena não era só vergonhosa como degradante, como diria Gaara, respingou em todos, Lee e Tsunade foram convocados para a mini reunião do purgatório, Lee por ter permitido como colaborador mais velho a minha saída e Tsunade por não ver nossa entrada naquele lugar. 

A loira tentou se posicionar mas foi silenciada. 

Itachi ficou em pé ao lado de Hashirama que gritava sentado em sua cadeira parecendo o poderoso chefão, a veia saltava no meio de sua testa. Para a festa ser completa, Tobirama entrou sem bater com uma feição de asco, batendo palmas como se fosse um circo, não posso discordar também, palhaça já tem.  

— O que vocês acham que essa instituição é? O salão de festividades da vila de vocês? — Mito deveria ter encarnado nele pela soberba. 

— O que faziam fora dos respectivos lugares de trabalho de vocês? — Pediu Itachi com a voz mansa, não me engana não. 

— Eu sou a única culpada, eles foram apenas ver se estava bem, se alguém tem que arcar com as consequências esse alguém sou eu. — Dei um passo à frente e cuspi tudo, era o certo, eles apenas tentaram me ajudar. 

— Não é você que decidi isso Sakura. — Completou Hashirama. — A verdade é que fico muito preocupado na forma em que entraram lá, se não fosse a casualidade do destino e o telefone de alguém não tivesse no volume alto, o que teriam feito? 

— Da Hinata. — Disse Kiba, que logo levou um empurrão no ombro e tive que apertar os lábios para não rir, Kiba apesar de tudo quis elevar o ego em não concordar que a “falha do plano” fosse dele. 

— Da Hinata, certo. Que sorte alguém ter te ligado ou sabe lá o que teriam feito. — Tobirama limpou a garganta e ficou desconfortável, pela forma que Hina mexeu as sobrancelhas, aposto que pretendiam se ver. 

— Está na cara que a única culpada é a monitora. Não tem porque segurar os demais, já são quase 21 horas da noite, passe amanhã para o RH uma advertência por escrito e que isso não volte a acontecer. — O safado queria limpar a barra e a língua afiada da minha amiga iria usar a nosso favor, no caso fosse necessário, parece que tenho muito o que aprender com essa louca. 

— Tem razão Tobirama, podem sair, menos você Sakura. — É só pedir demissão, só isso. 

Todos saíram de cabeça baixa, menos minha diva preferida que parecia querer ficar ali, ela vai ficar atrás da porta sem dúvida. Lee me olhou com certa decepção, envolvi pessoas queridas para tentar ajudar aquele monstro. 

Itachi pediu que sentasse e fiquei sozinha com os três. 

— Eu gostaria de pedir desculpa.. 

— Itachi e Tobirama por favor se retirem. — Oi? Não, sozinha com ele não, outra sessão de tortura psicológica não vai dar. 

— O que? Mas Hashirama? — O moreno apenas olhou de forma torta e foi o suficiente para saciar qualquer insistência dele. 


O diretor puxou da gaveta um charuto e cortou a ponta como nos filmes. 

— Você fuma Sakura? 

— Não senhor, obrigado. 

— É Cubano, quem me deu foi Madara. — Se continuar engolindo seco, vou ficar muda. — Sakura vou ser direto, o que pretendia ? Resgatar Madara? 

— Não senhor, é claro que não. 

— Então o que? Porque perdidos vocês não estavam. — Suspirei, fala logo é só falar, tchau, adeus, bye bye, sem comprometer sua pessoa. 

— Eu acho que foi uma injustiça o que aconteceu, Madara não mataria Kakashi. — Seu corpo ficou bem posicionado na cadeira enquanto curtia o charuto. 

— Injustiça? Madara uma vítima, isso? 

— É. — Ele levantou e caminhou ao redor da mesa, até acertar um soco na mesma me fazendo tremer com o susto. Meu coração não vai suportar, tô sentindo. O diretor em particular tinha um ressentimento muito íntimo pelo ex amigo que um dia confiou.  

— E o que me diz de todas as vítimas dele? Acha que tiveram uma segunda chance? Quando ele colocou um homem de cabeça para baixo sangrando até a morte? Ou quando cortou a perna de uma mulher e a fez comer com ele? Acho que você precisa saber de verdade quem é ele. — Levei a mão na cabeça tentando abafar sua fala, não queria recriar essas cenas. 

— Por favor, diretor. Eu sinto muito. — Ele segurou meu pulso me tirando da cadeira a força e me carregou até uma espécie de arquivo, uma enorme pasta de capa preta foi jogada em meus braços. 

— Abra e veja cada caso de Madara, só sairemos daqui quando você ler todo esse artigo para mim. — De volta a cadeira abri a pasta que tinha inúmeras folhas, comecei a chorar despedaçamento em perceber a atrocidade que fiz. 

— Eu sinto muito, não sei o que deu em mim. 

— Poderia ter feito um estrago irreparável, entende isso? 

— Sim.. — As lágrimas caiam nos papéis, tentava parar, mas pareciam não ter fim. Ele tomou os documentos e parecia estar procurando por um específico, com cuidado entregou novamente. 

Era um caso que foi muito comentado, fazia algum tempo e a garota morava na mesma cidade natal que eu. 

Não poderia ter sido ele. 

Seu corpo foi encontrado já em decomposição, ou o resto dele, os cortes brutais, na descrição também era relatado o uso de substâncias e abuso. Abuso sexual. Não. 

Yma não seria amiga de um ser abominável desses, ele não tolera abusadores também. 

Entrei em estado de choque e só conseguia piscar. 

— Ele não é quem você pensa, ele também me enganou, como fez com todos. — Hashirama pegou os dados e com lentidão levantei da cadeira, quando vi uma foto menor no chão, era só mesmo arquivo, conferi a série de números, o diretor ficou de costas para guardá-los quando escondi a imagem dentro de minha blusa. — Sakura, espero que isso não volte a acontecer já que você sabe quem ele é. Vá para casa. 


Os meninos me deixaram em casa, nem a curiosidade de Hinata conseguiu superar nosso susto e o silêncio no carro era arrebatador. 

Meu hóspede parecia estar faminto e teve que repetir a refeição, meu banho foi no modo automático e tudo que pude ingerir foi água com açúcar. 

Sentei na cama e fiquei tentando entender como me permiti aceitar é pior ainda chegar a tamanha catástrofe. Meu celular vibrava pela terceira vez, era Itachi, se existe o modo bloquear o faria. 

Levantei da cama e fui atrás da foto, mais doloroso que isso era ficar criando sabe lá que laços com esse homem, vou guardar de recordação toda vez que lembrar de sua existência, além do mais a única coisa útil que deveria fazer era pedir minha demissão e não consegui. 

Levei a foto para perto da janela e com o resto de coragem a virei para o lado de cima, era um homem, em putrefação com o tórax aberto, jogando em um descampado, cortes limpos e quase perfeitos..

Quase perfeito… 

A mulher da foto em que o diretor mostrou não tinha a mesma assinatura de corte, fechei os olhos e visualizei a imagem novamente, uma qualidade Haruno era memória fotográfica.

Corri para o notebook e revisitei o site de notícias que descreviam algumas das cenas protagonizadas por Madara. 

Assassinos em série como ele, seguiam uma regra, por mais audacioso que ele fosse, Madara era do tipo caprichoso, aquele caso não era dele, não tinha lógica, a vítima não era a sua primeira, caso usassem a desculpa de imperícia. 


Naquela madrugada liguei para Yma que prontamente atendeu com a voz cansada, expliquei o que aconteceu na clínica e perguntei sobre os casos dele, todos, ficamos exatos 127 minutos no telefone, cada um escrevi no caderno da faculdade, datei os mínimos detalhes e constatei seu padrão. Yma acabou pegando no sono já que a ligação ficou muda, pelo que ela sabia poderiam existir mais vítimas mas afirmou com precisão que ele não abusava de nenhuma de suas vítimas, ela mesmo participou de algumas autópsias e poderia ter certeza ao me confirmar. 


Fui a pé para a clínica, avisei que não precisaria de carona e o modo zumbi foi ativado, sai bem cedo e comprei um bombom de coco no percurso com minhas moedas restantes, deixei meu hóspede quente e na volta pegaria ração, o cachorrinho tinha afeição pela casa, era até estranho. 

Quase na clínica ouvi o barulho do motor do carro de Shino, chegamos praticamente juntos. 

Hinata desceu ofegante, quase derrubando sua merendeira de flores, as vezes eu penso que ela deveria largar a faculdade e se dedicar ao ramo da beleza, mesmo apavorada era linda 

— Você não vê tv não doida? 

— Eu nem dormi essa noite. — Respondi enquanto entrávamos. 

— Então você viu? Aquele maluco voltou a atacar e deixou uma mulher morta no parque central. — O dia começa com temperaturas agradáveis, chance de sol e de tormento logo pelas primeiras horas da manhã. 

— A polícia vai decretar toque de recolher, quantas vítimas em tão pouco tempo? Vocês duas não andem longe de nós. 

— Kiba elas não são crianças, sabem dos riscos. — Segui com os meninos enquanto ouvia Hinata gritar. 

— Você me deve uma fofoca e desculpas mais tarde. 


Aproveitei para começar a sessão desculpa, Kiba acreditou na mentira mas Shino não. 

— Não há necessidade de justificar seus motivos, apenas repense se é o que você realmente quer, meu papel é apenas um, o de não abandonar meus amigos. Mas Sakura, não procure culpar ninguém pelo que sente. — Shino, homem inigualável, ser supremo de total respeito que me deixava acolhida apenas com palavras, que também me deixava assustada por tamanha sinceridade.


Quando cheguei ao meu posto, não vi Lee logo de cara, as câmeras estavam desligadas no monitor, abri a grade para o corredor e parece que não fui convidada para a reunião. 

Dois policiais do esquadrão de elite com rifles mirados para a cela de vidro e em seguida para mim, dentro dela, se encontrava Hashirama, Itachi, Lee com uma bandeja de prata com um farto café, mais dois policiais, um agente do FBI e Madara? 

O que ? 

Madara estava com camisa de força, sentado em uma cama nova, revendo comida na boca enquanto o interrogavam? Pelo Kakashi? 

— Cadê a coca e a pipoca Sakura? — Alarmou Deidara sentado no chão atento a tudo. 

— Coca no café da manhã? 

— Você por acaso toma o que? Vitamina da Noruega? — Jogou os cabelos loiros para o lado e pediu que saísse do seu campo de visão, Gaara parecia ter um ar mais contente e também analisava a brilhante cena. 

— Ah Sakura! Bom dia, que pena não ter chegado antes, se não, estaria servindo meu alimento. — Ouvi bem com clareza o ênfase no servindo meu alimento e com o duplo sentido. Mordeu o pedaço de uma uva e lambeu os lábios maliciosamente me encarando. — Estou ajudando o pessoal com um caso, quer se juntar a nós? 

Ele era inacreditável o que meus olhos viam e meus ouvidos ouviam, o diretor não parecia estar no melhor dia, mas uma coisa era certa, existiam mais pessoas felizes pela volta dele do que ao contrário, em um dia apenas ele causou todo esse estrago. 

Porque algo me diz que todos somos peões do jogo dele?


Notas Finais


E aí? Vai dar MadaSaku ?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...