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História Preferida (MadaSaku) - Dia 5… e ciúmes?


Escrita por: ciclame

Notas do Autor


Boa noite de sábado para os melhores leitores desse site, sinto muito pela demora e início pedindo desculpas pelos erros de português, não encontrei ninguém para betar é só consegui postar metade do cap. Minha vida está um pouco corrida mas senti necessidade de vir atualizar essa história que tanto amo, e quando digo que amo, é real sabe?
Obrigada pelos comentários e tentarei responder ainda hoje alguns, vou lançar um desafio aqui só para saber… cof cof, se esse cap chegar os trinta comentários posto capítulo novo até sexta que vem. “ Mas pq isso autora?” Quero saber quem realmente acompanha a história.

Capítulo 7 - Dia 5… e ciúmes?


Fanfic / Fanfiction Preferida (MadaSaku) - Dia 5… e ciúmes?

Literalmente dei lado para elas passarem, ainda anestesiada com o convite inesperado de Itachi, a ruiva tinha um olhar intenso e quase fatal, já eu apenas uma mera mortal diria, já a de cabelos castanhos abriu um sorriso branco impecável de propagandas e saudou a todos, essa com um toque um tanto angelical e tinha uma certa cordialidade, a curva dos lábios desenham dois ricos abaixo dos olhos quase na direção do nariz,exclusivamente nela ficava lindo.  

— Olá, acredito que acabamos nos atrasando um pouco, peço mil desculpas. — Voz doce e quase angelical a da morena, esses traços me remetiam a alguém que eu já havia visto em algum lugar, mas minha memória fotográfica estava péssima. 

— Sejam bem vindas, Mito e Yma, é um prazer conhecer a melhor advogado criminalista do país. — Itachi foi todo sorrisos ao recebê-las e quase, quase que fiquei com um pouco de ciúme. 

— Modéstia sua Itachi, como vai tudo por aqui? — Touch, olhar cruzado e de total desconfiança, a ruiva permanecia calada e com os par de Íris focado em Madara, a tal da Yma retornou à mesma direção só que diferente da cortesia que teve com o Uchiha jovem, o que lançou para Madara era quase que de ódio puro julgaria dizer, a forma que ela o analisava parecia de julgamento mas de um particular. 

— E você menina? Está no lugar certo? — Meu cérebro acendeu a luz alerta de atrito feminino. A tão silenciosa ruiva deu o ar da arrogância, não entendi com que conotação ela se dirigiu a mim ou porque. 

— Sim, sim senhora, trabalho. — Sakura desaprendeu a falar agora?

— Sra. Senju está é Sakura, nossa monitora. 

— Nossa? Ou deles? — Ok, confesso que foi sarcasmo puro e desnecessário, e eu gostei mas ela não é flor que se cheire mesmo. Após uma rabanada de olhos dos pés a cabeça oleosa o desdém se instalou. Os segundos seguintes foram um pouco estranhos e com meu raciocínio lento notei porque de tudo. 

A morena simpática era a advogada, ela era útil é indispensável. 

— Estão todos prontos? Não quero fazer o júri ou o juiz nos esperar. — Inclinou o corpo um pouco para o lado ao olhar o celular, 

— Achei que teríamos alguns instantes a sós antes da audiência? — A voz impagável e maléfica era dele, estava silencioso a tempo demais, além do mais faíscas queimavam entre o Sr. Uchiha e a Sra. Senju, se não estou errada e quero estar, ela e a esposa do diretor. Além de serial killer ele e chifra o amigo, a cada dia sinto que esse homem é o próprio demônio.

— Quando solicitou meu serviço, em nenhum momento foi mencionado que existia a necessidade de uma conversa íntima, minha defesa é impecável e se nosso cliente colaborar, teremos sucesso. — Ela o colocou no lugar direitinho, mas até mesmo o tom de voz que usava com a advogados era macio, talvez existisse algo, no passado é claro entre eles. 

Se 1+1 são 2, Mito e ela são amigas, claramente a tensão sexual da ruiva e do Dr. Uchiha é quase tocável, onde Yma entra? 

Esse compilado de série na minha cabeça não vai dar certo. 

Madara ficou em silêncio, Gaara então, era o próprio mudo do telefone, Itachi nos conduziu para fora com nossos protetores Kiba e Shino, a tensão que corria por todo meu corpo era gigantesca, poderia sim, Madara ter ligação com o estranho Ryu, poderia sim, ele tentar fugir no meio dessa pequena viagem até a audiência e tentar me matar. 


Calma, não está na hora da audiência, alerta de perigo, alerta de perigo. 

 — Preciso ir ao banheiro. — Ele parou enquanto seguíamos, sua língua umedeceu os lábios. 

— Agora? No tribunal também há sanitários. — Falei batendo o pé no chão, ele vai aprontar e vai sobrar pra mim, estou imaginando meus familiares recebendo a notícia da minha morte com alguns pedaços de Sakura ao molho barbecue. 

— Conhece a pirâmide Maslow, Sakura? 

— É lógico que eu conheço, mas no seu caso o topo é carne do tipo homo sapiens. — Itachi e Yma seguraram o riso enquanto Kiba aumenta a quantidade de orações que fazia. 

— Sakura você é designada como minha monitora, é sua função é claro, com mais um guarda me acompanhar até o sanitário. — Gaara despontou cansaço com a cena do amigo e se escorou não parede, Mito replicou a cena é eu, como boa assalariada fiz o que tem que ser feito, Itachi depois de engolir o riso me olhou com cara de “ Sinto muito, parece que você vai morrer antes do nosso expresso”. 

Kiba, eu e Madara dobramos a direita no corredor superior que dava para a parte administrativa da clínica, nunca reparei que era a sala da direção logo adiante, de onde minha cúmplice Hinata saiu amarrotada, os cabelos bagunçados e as bochechas coradas. 

Madara lançou um olhar de luxúria na donzela que congelou ao notar, seguido disse Kiba que já não estava tão preocupado com as orações, esse menino e o legítimo não assume mas quer prioridade. Ela

Passou na velocidade da luz e nós seguimos na busca do vaso, onde ele pretende ir? 

— Em qual banheiro você quer ir? Aí só tem os particulares da direção, até onde eu sei você é “paciente”. — Quase histérica tentava não surtar, certamente vou arrancar os últimos fios de cabelo que tenho. 

— Mudamos nosso status em segundos, uma hora viva outra, adubo. Sabe dos benefícios que a carne humana oferece para o solo em sua decomposição? 

— Médico e Engenheiro agrônomo? Mil e uma funções, você não me assusta mais com essas ameaças, ache um banheiro por gentileza. — A arma que deveria estar apontada no crânio do detento parecia que tinha mal de parkinson, revirei os olhos e abri a sala oposta, era uma sala tão bonita quanto imagino ser a dos chefões , mas totalmente empoeirada e diria, abandonada. 

— Está servirá…—

Antes que ele fechasse a boca, Yma surgiu e bateu no ombro do guarda trêmulo. 

— Eu assumo daqui, Sakura se importa de ficar na porta enquanto ajuda seu colega a se tranquilizar? Não é nada elegante Madara, tratar essas crianças assim. — Parece que era exatamente o que ele queria, esse momento a sós com a advogada, da parte dela existia represália e um pouco de tristeza. 


Minha praia não é a noção de tempo, mas tenho certeza que era mijada era uma rapidinha, deve ser a clínica que está mudando as pessoas. 

Itachi também notou a demora e se aproximou.

— Kiba pode ir e ficar junto aos demais, auxílio Sakura daqui pra frente. — Seu jeito amigável confortou mais ele em segundos do que minhas várias tentativas falhas. 

Assim que a silhueta tremelica saiu, Itachi começou responder minhas dúvidas mentais. — Madara queria ficar a sós com a advogada porque Gaara não pretende colaborar a seu favor, ele seria o primeiro a aceitar a sentença de morte. 

— Por que Madara está tão interessado em mantê-lo vivo? 

— Tudo que direi aqui, sabe que se encaixa nos termos de confidencialidade? — Riu pra não parecer que aquilo tudo era sério demais para ser dito ali. 

— Madara sabe que o aquele nariz vale muito, e não só em termos banais mas seus sentidos aguçados são benéficos para várias áreas, porém acredito que tenha algum motivo a mais, remorso não de seus atos… 

— Fiquei um pouco perplexa e irada com a saída de Madara repentina da sala, diferente de Hinata, Yma saiu com as sobrancelhas unidas e um tanto cautelosa. 

— Atrapalhamos algo? 

— De forma alguma, podemos ir? — Para Yma sim, passou reto por nós e seguiu, o que foi que Gaara fez realmente? Essa dúvida essa persistente, até para mim que não tinha nada com a história. 


Três carros blindados de tons escuros, Madara entrou no segundo e Gaara no terceiro, Yma acompanhou o ruivo no carro. 

Itachi veio comigo e o Sr. Uchiha,  de instante a instante as algemas eram checadas é uma espécie de dispositivo de choque também. 


O trajeto foi silencioso, sem calúnias ou piadas, a previsão não mentia sobre mais chuvas, realmente o banho de sol seria cancelado hoje, o céu tomava tons escuros, os ventos ficaram mais fortes e eu me questionava se minha moradia suportaria. Nosso motorista bem treinado era o colega nada simpático do turno da noite, por falar em turno da noite,  aquela loira provavelmente tinha algo com Deidara, de qual cunho não sei mas era quase impossível de não sentir a química dos dois. 

Itachi sentenciou que adiaríamos o almoço e fiquei preocupada se não começaria a me auto devorar. 


Finalmente chegamos onde seria o coliseu das feras, mais seguranças e armas de fogos, quando as portas do carro abriram canos de armas mirados na minha cabeça, tudo bem, eu não dormi mesmo, estou preparada para isso. Como se não bastasse, câmeras e jornalistas sedentos por qualquer notícia sobre o charmoso e psicopata Dr. Uchiha. 

Sakura a cada dia você está a um passo do sucesso, a rainha dos memes da internet, meu traje quase penitenciário sairia muito bem nas redes sociais.


Gaara ficou cabisbaixa e seguiu com Yma e outros seguranças, Mito estava acompanhada agora de seu marido Hashirama, Madara como o belo burguês subiu à frente com Itachi e eu como uma caipira correndo atrás desajeitada e compreensivelmente nervosa. 

O local era antigo e remete a tribunais de filmes, parece que o lugar foi aberto exclusivamente para nós, não existia movimentação de fatores externos, eram todos envolvidos pelo mesmo motivo, sentenciar a cabeça de Gaara. 


Passamos por outra espécie de conferência, nada que pudesse auxiliar na fuga deles, até porque pelo que entendi muitos agentes ou policiais já facilitaram isso. 


Meu lugar seria junto à plateia se existisse, o casal Senju sentou na fileira da frente, Madara duas cadeiras de diferença para mim, não encontrei Itachi que se perdeu do meu campo de visão, Gaara e Yma no lugar do réu e dentro de segundos tudo começou. 


Tentei relaxar meus ombros mais pareciam dois tijolos, mesmo sabendo das monstruosidades de Gaara, era difícil acreditar que ele foi capaz de tudo, seu rosto era triste e solitário, não era farsa ou fingimento para tentar escapar da pena, era real e quase pude sentir essa dor abstrata.

As autoridades presentes descreveram os crimes com riqueza de detalhes, sua defesa não tentava negá-los e sim preservas a vida do cliente, já Madara analisava minuciosamente cada detalhe, como se sua cabeça refizesse as cenas dos crimes bárbaros em sua própria linha do tempo, era intrigante a forma que ele movimentava os olhos de acordo com a voz do promotor, cada palavra era muito bem aproveitada seja lá para o que, sei que naquela mente obscura tentava contornar as objeções. 


Yma era boa, não era só uma advogada, ela tinha o dom da persuasão e fica claro porque desta amizade. 

O promotor perdia até seu jogo de cintura com os argumentos dela, mas Gaara colocava tudo a perder. 

Um breve intervalo foi solicitado, Madara quase atropelou minha pessoa quando foi em direção a eles. 

— Não pode interferir Madara, sabe que são as regras. — Hashirama falou sem mover um milímetro do corpo, o tom de escárnio e deboche me incomodou e muito. — Faço questão que assista de camarote o fim dele, na cadeira elétrica.— Foi aí então a primeira vez que vi o Dr. Uchiha ter uma reação humana, seu punho fechado quase acertou uma das cadeiras, com pouca calma voltou a seu lugar, aposto que tentava contato telepático com Yma. 


Já eu travava uma briga interna, não vou, não vou, não vou, fui. 

Ele era assim tudo de ruim, mas hoje tentava ajudar alguém que ela de valia a ele e não consigo entender porque algo no meu íntimo também queria cooperar. 

— Por que Gaara não quer continuar vivo? — Tentei não agir de forma Sakura de ser, ocupei a cadeira ao lado e falei baixo, até demais. 

— Já não disse que a quero longe de mim? 

— Já, já falou, mas quero ajudar. — O suor descia congelando. 

— O que disse? No que você, teria em algo para contribuir. — Nos encaramos na mesma sincronia de movimentos, me irritava a forma como achava que eu era burra. A forma de puro desdém que ele me olhava era quase de pena, no que eu poderia ajudar mesmo? Patético. 

— Itachi me falou sobre e mesmo assim tenho dúvidas, mas também não é algo tão errado, julgando por tudo que ele fez, merece isso. 

— O que você sabe sobre alguém como ele? O que você julga como certo? Um tanto mesquinho, poderia fazer inúmeras citações de como você é ignorante e tola, mas meu tempo aqui é precioso. — Por que todo esse ódio contra mim? O que foi que eu fiz ? Me fazer de vítima e tentar descobrir o ódio que ele tem por mim nada ajudaria agora. 


Gaara havia matado mulheres na casa dos 18 aos 30 anos, acertava golpes em suas cabeças, as cobria com banha e as envolvia com uma tecido para prender seu cheiro natural, meu estômago revirava a cada detalhe sórdido apresentado, as primeiras vítimas foram descartadas sem utilidade já que ele, pretendia fazer um perfume único, mas segundo uma “receita” a qual ele seguia, descobriu depois apenas que para este elixir as mulheres precisavam ser virgens. 

Ele tinha um padrão, mas não fazia isso sozinho, mesmo tendo recursos para, seria quase impossível agir tanto tempo sem um auxiliar, mas não era a assinatura do Madara, assim como não era de Deidara, se é algo que aprendi até hoje, é que cada um tem uma classe para suas artimanhas. 

Combinava com a loucura dele essa carnificina, mas até para mim uma leiga estudante de direito sabia que tinha algo errado, a ordem, a forma que ele reagia às acusações, Yma não tentava negar e sim buscar um furo. 

Hashirama acendeu um charuto enquanto acariciava os cabelos da ruiva, parecia um político corrupto, voltei para meu lugar quieta e Madara afrouxava o colar da camisa. 

Não notei quando Itachi retornou e foi até a advogada tocando em seu ombro, foi como se fosse devolvido o ar nos pulmões para o Dr. Uchiha, a audiência deu seguimento e tudo que precisava era uma água com um kg de açúcar. Ninguém falou nada, era um aviso interno! 

Em determinado momento o qual meu cérebro não estava preparado, para isso, foi chamado. 

— Srta. Haruno, vejo que é a monitora do réu, certo? — O promotor, promotores não são legais. 

— Excelência ela não faz parte disso. — Yma levantou assustada, foi uma jogada para pegarem ele, se é uma coisa que alguém como eu sabe, e quando armam para alguém, meus olhos correram para todas aquelas caras que estavam ali, o diretor foi o primeiro a desviar e sorrir com escárnio. 

O que eu faço? 

— Srta. Haruno, me ouviu? — Novamente minha pessoa foi solicitada, mordi meu lábio inferior, olhei para a advogada que tentava me acalmar num gesto amigável cuja a maioria das mulheres não costumam fazer, Gaara pela primeira vez pareceu curioso com aquilo e por fim, tive a melhor/pior ideia do mundo, olhar para ele. 

Uchiha Madara, frio e calculista, o código de moral que acredito que ele use para destruir suas vítimas, foi quase exposto para mim, diga algo errado e viro sushi fresco. 

— S-si-sim senhor, sou sim! —

Levantei e fiquei tentando desamassar a roupa de quase detenta, minha pressão arterial era a coisa mais consistente naquele corpo. 

— Acredita que uma pessoa como esta que está sendo julgado aqui e agora, capaz de cometer tamanhas atrocidades, teria, vamos dizer a honra, de ter uma oportunidade e cultivar sua vida gerando custos a nossa sociedade? — Não eu não acho, mas quem sou eu? O que eu penso que sei? Nada, não sou ninguém, meu pai costumava dizer quando era criança que, ao apontar um dedo para alguém, existe quatro apontando de volta para mim. 

Mas não era só isso, é que naquele momento, algo no fundo do meu âmago ressoava. Por que esta pergunta foi destinada a mim? Foi uma cilada, mas o que queriam que eu falasse? O que não devo dizer? 

— Sakura, consegue responder? — Foi a voz de Itachi em tom de preocupação, coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha, respirei fundo e soltei. 

— Senhor, eu não sou ninguém para interferir, mas acredito que o Sr. Sabaku tem sim este direito, ele é o maior humano que existe naquele corredor. — E lá se vai minha chance de subir em qualquer nível hierárquico naquele hospital, sentei de volta e uma onda elétrica percorreu meu corpo, mas não era só um tremedeira era algo que fazia meus músculos quase pularem. O promotor revirou os olhos com puro nojo, minha teoria se confirmou, mas ganhei um sorriso de defesa e vitória da advogada, Itachi leu meus pensamentos e trouxe um copo de água, ele tentava sussurrar algo, mas a coisa mais chocante de tudo foi a primeira vez que o Dr. Uchiha não tentou me fuzilar, e quase, quase vi um esboço de sorriso, ou era só delírio do nervosismo. 

O juiz não prolongou a sessão, o que foi outra cartada inédita, pedindo que compareçamos em outro data, inclusive com minha pessoa também ali, o que geraria mais transtorno e calmantes. 


Estava faminta, nervosa, preocupada e sem saber o que seria de mim, quase fui demitida a pouco tempo e pelo jeito fiz o que os mocinhos não queriam, defendi o maluco dos perfumes. Voltamos para clínica sem parar para a multidão de fotógrafos é só então percebi que conhecia Yma da foto ao lado de Madara, eu gostei dessa mulher e algo nela tinha um pouco de mim, poderia ser simbólico essa sensação mas talvez me visse no lugar dela, sendo imponente é tão, big Boss. 

O percurso de volta não teve muita diferença, apenas o barulho da minha barriga pagando vexame e Madara atento a chuva que caía pelo vidro, ele estava feliz, podia sentir quando ele estava, era estranho como eu sabia, só sabia. 


Depois de todos os procedimentos de segurança, aposto que dada a notória quase vitória da audiência poderíamos soltarmos que eles entrariam nas celas sorrindo, eles não, Madara sim, Gaara não, esse era só a tristeza, quase agonizante sua expressão. Não vi mais ninguém, será que vão me demitir porque eu falei? Boletos e boletos, se está ruim na situação de habitação atual que tenho, sem esse salário a última saída vai ser a ponte ou o banheiro do metrô. 

Ajudei a entregar as refeições antes de atacar a minha em frente a tela do computador, a chuva era tão forte que os trovões eram ouvidos no corredor, mesmo não tendo sequer uma janela. 

Deidara já se encontrava novamente ali, parecia uma fofoqueira de tabloide tentando arrancar alguma coisa dos dois, Madara comia e lia o jornal, já o outro nem tocou na refeição. 

Apesar da intensidade do dia, sei que não parava por ali, e minha intuição geralmente não erra. 

— Sakura, ei, psi! — Que voz irritante ele fazia quando queria me provocar, Deidara às vezes podia me atormentar. 

— Eu não sou uma gata para você me chamar assim. — Levantei batendo com a mão quase no teclado, se boca cheia ainda fui ao seu encontro. 

— Mas respondeu quando chamei, pode trazer mais ? Estou faminto. — E a fome de leão, a refeição dele e sempre a com maior quantidade, onde enfia tudo isso? Como consegue ser magro desse jeito?  

— Deidara sinto muito, mas o turno da Srta. Haruno acabou, não é mesmo Sakura? — Virei na direção da voz que eu conhecia bem, depois do dia e noite que tive, ver esse homem sorridente, sem uniforme, me esperando com uma camisa vermelha e de cabelo bagunçado, escorando na parede como uma obra de arte. 

É uma visagem? É pra mim? Vou agradecer antes que acorde. 

— Limpa o molho do canto da boca, com a baba também. — Droga! Sem perceber, obedeci a ordem de Deidara e passei o dedo indicador no canto da boca, depois urrei e mostrei o dedo do meio por impulso. Mas não foi só isso, o sarcasmo da última cela despontou um ponto de terror, desnecessário. 

— Desde quando está tão preocupado em ter recursos a seu favor que está usando até mesmo os funcionários, Itachi? — Madara pode ser tão maldoso com as palavras quanto com armas, aposto. 

— Não estou tentando obter informações, não que isso seja de sua conta é claro. — Fiquei parada piscando pros dois, primeiro porque nunca ouvi Itachi com aquele tom mais firme e porque nem lembrava do convite para o café até porque achei que era lorota e dessa vez dizer que o Dr. Uchiha não tinha razão, seria injusto. Gaara apoiou o rosto no cotovelo rindo, mas de quem ou porque? Já o loiro afrontoso se escorou na grade e seguiu o estado de espírito do ruivo. 

Madara ainda usava aquela camisa, às dobrou até o cotovelo e pós as duas mãos no vidro, seus olhos eram de um negro intenso como o oceano, ele parecia um lobo faminto preso observando tudo de baixo para cima. Era como se as palavras do seu vocabulário perverso sumissem, escassez de crueldade? Não, não é possível que ele tenha ficado sem. 

— Parece que valeu a pena ficar vivo mais um tempo para assistir isso. — Ouvi Gaara terminar a frase ácida e mastigar um pedaço cenoura, caminhei na direção de Itachi um pouco desconectada, sentindo aquele olhar quente é forte nas minhas costas. 

— Pronta para o nosso café? 




Notas Finais


O que te incomoda Dr. Uchiha?

Detalhe importante: “Yma” é uma OC da @flordelaranjeira, caso queiram conhecer mais sobre ela recomendo muito essa autora, que me emprestou ela assim como o Ryu também, obrigada princesa.


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