História Presas no amor - 18 anos

"Sua doçura está na frente da amargura..."

Assim que abri os olhos senti como se tudo estivesse igual e diferente ao mesmo tempo.
Como sempre, era o mesmo banho,as mesma roupas... o mesmo espelho.... O mesmo reflexo que eu reconhecia todos os dias... os mesmos olhos, cabelo, nariz e boca. Mas agora a idade era diferente. Agora eu tinha 18 anos. 

Desci as escadas planejando o procurar mas não foi preciso andar muito, ele estava ali, encostado no sofá de couro negro e brilhante me encarando

Andei em sua direção, minha intuição dizendo que ele captava cada passo meu, engoli em seco, as mãos trêmulas levantando a adaga para cortar-me. Sua sobrancelha levantou-se ao ver a lâmina e a língua passou em seus lábios suaves. Sem uma única palavra Kim Taehyung tirou a faca de minha mão e a jogou no chão me arrastando até a parede próxima e me prensando contra ela e se corpo, suas mãos seguravam com força meus pulsos. Assustada e respirando com força eu olhei cheia de dúvidas. Ele abaixou o rosto, o nariz roçando o maxilar, seu hálito batendo em minha pele. Antes que eu esperasse,seus dentes aprofundaram com força em meu pescoço,fazendo um barulho baixo mas cheio de dor sair de minha boca.

A dor não era de um corte, era como se um fogo passasse pelo sangue e queimasse como brasa. Mas aquilo foi mudando aos poucos, em minutos o fogo se tornava manso como se algo se arrastasse por minhas veias, insinuando, brincando e dando sensações a mente e ao corpo.
Inesperadamente tudo era muito claro, o modo como meu corpo sem saída estava colado contra ele. O jeito que seus dedos apertavam meus pulsos se eu desse um leve movimento. O modo que sua língua passava pelo pescoço, tão macia e lenta, enquanto seus lábios molhados faziam a sucção sedenta, saboreando cada gota enquanto a circulação aumentava para satisfaze-lo.

 
Taehyung parou o que estava fazendo e eu tive que me conter para não levar seus lábios de encontro a ferida novamente.
Seu olhar era vazio... distante... e... normal. Não via nada de diferente naqueles olhos vermelhos, o seu corpo se afastou de mim e ele saiu da sala me deixando ali.
Naquela hora eu entendi porque eu devia ser uma adulta para receber sua mordida. Aquilo que ele fazia era íntimo, chegando a ser tentador. Era erótico aponto de estremecer. Era uma essência proibida. E como adulta eu deveria separar a realidade da fantasia, sem ver coisas que não existiam.

Procurei seguir essa linha de pensamento e por um tempo parecia estar dando certo. Eu conseguia prestar atenção nos estudos que ele me dava e reagi bem as nossas conversas habituais. Taehyung sempre demorava alguns dias ´para voltar a me morder, e quando fazia, eu me obrigava a concentrar em qualquer coisa. Não era muito difícil, afinal, ele era rápido.
Mas como dizem, tudo que está bom pode piorar...