Muitos se surpreenderam quando descobriram que Katsuki Bakugou, um rapaz de madeixas louras espetadas, com uma forte e explosiva personalidade, tal como sua peculiaridade, era gay e admitia isso abertamente jurando explodir quem ousasse tentar diminuí-lo por tal.
Contudo, a surpresa maior veio quando este recebeu duas declarações ao mesmo tempo de dois caras muito parecidos.
Um era o seu melhor amigo, Eijirou Kirishima, aquele que apelidara carinhosamente de cabelo de merda e possuía uma individualidade com um nome bem sugestivo.
O outro, por muita coincidência – ou não – era um dos melhores amigos de Kirishima, da classe 1-B, chamado Tetsutetsu Tetsutetsu, ou como gostava de chamar, Ferroso de merda.
E olha que não foi nem planejado, pois os dois encararam-se com um espanto real após o ocorrido.
E sabe o que foi mais surpreendente que tudo isso?
Foi que Bakugou aceitou.
Os dois.
Dois anos se passaram e o trisal acabou se dando muito bem. Com o tempo, o platinado e o ruivo, que antes consideravam-se como bros, também começaram a se apaixonar um pelo outro, fazendo aquele romance a três ser cada vez mais fortalecido.
Bakugou também nutria uma certa queda pelos dois, por isso optou pelo relacionamento a três, contudo esse sentimento apenas ficou mais forte com o passar do tempo.
Deixou de ser tão ranzinza quanto costumava, sempre deixando que seus namorados lhe enchessem de carícias quando estava sobrecarregado e a ponto de explodir.
Aqueles dois idiotas lhe deixavam bem mais relaxado e dócil. A companhia deles não era ruim de forma alguma! Sempre apresentavam-se preocupados com si e com como se sentia. Katsuki se sentia amado como nunca...
E coitado era quem tivesse a audácia de satirizar e zombar de seus dois amores, porque se tivesse, já estava fadado ao inferno que o loiro causaria.
***
Atualmente, estavam no terceiro ano do ensino médio, na U.A.
O tempo os rendeu inúmeras lembranças, boas e ruins.
Noites de sexo memoráveis, onde perdiam-se em meio a luxúria e deixavam a vergonha de lado, afogando-se naquele mar de prazer delicioso que era estar sendo penetrado por dois caras lindos.
Quanto também haviam dias em que brigavam, não tão gravemente, mas ainda sim era o tipo de briga que magoava ambos os três.
Mas bem, na maior parte das vezes era tudo incrível e perfeito aos olhos do loiro, contudo, temia que estivesse acabando. Odiava pensar nisto, mas hoje era seu aniversário e sequer recebeu um "Feliz aniversário" eufórico, ou um beijo de bom dia, carícias despejadas em seu rosto. Nada.
Nem do ruivo, nem do platinado.
Pareciam até evitar encará-lo e mal mantinham um assunto. Ele havia feito algo de errado?
Seu coração amoleceu com o tempo, e com certeza, seus namorados eram seu maior ponto fraco.
Nem cogitou aquela ideia clichê de que tudo era para não estragar a surpresa, pois o desespero falou mais alto e quando isso acontece, a esperança está perdida.
Após treinos intensos, onde fora capaz de despejar todo seu ódio, principalmente em Kirishima, que era de sua classe, ele decidiu voltar ao dormitório, frustrado por Eijirou parecer nem se importar com todo ódio que despejava nele, sempre com aquele sorriso idiota e despreocupado na cara. Aquilo o deixava puto pra cacete.
Deitou na cama exausto, encarando o teto com uma carranca evidente e braços cruzados.
Nem se importava com aniversários mesmo, mas aquela ignorância toda o deixava puto.
Então decidiu que faria o mesmo.
Se aquilo era um jogo de quem é mais frio, ele obviamente iria vencer aqueles dois idiotas. Quem eles pensam que são para o subestimar assim?
***
— Eu não aguento mais isso — o ruivo resmungou enquanto sentava no sofá da sala no dormitório.
— Eu também não! Ver o Kat triste assim me mata por dentro — o platinado concordou — Mas temos que surpreendê-lo, pelo menos no aniversário de 18 anos dele.
— Temos mesmo que ser tão cruéis? — choramingou, deitando no colo do namorado — Tsuki tentou me explodir de verdade hoje...
— Merecido — Denki comentou enquanto mexia no celular — Bakugou com certeza odeia esse tipo de surpresa. E não tiro a razão dele.
— Eu odeio interromper o momento de lamentações aí, mas preciso de ajuda aqui se vocês realmente pretendem fazer essa festa — Sero se pronunciou, enquanto com certa dificuldade, movia uma das mesas que alugaram para a festa.
— Desculpa aí, bro — Eijirou se levantou e foi ajudá-lo.
— Ainda não acham muito óbvio fazermos uma festa aqui se isso é uma surpresa? — o loiro elétrico indagou curioso.
— Não. Fizemos ele ficar irritado, e quando ele fica assim não costuma sair do quarto — Tetsu explicou meio amargurado por ter que tratar seu namorado tão mal.
— Vocês são cruéis mesmo ein. —comentou — Por que só não transam como das outras vezes?
— Porque esse aniversário é mais especial, ele vai fazer 18 anos, temos que dar uma festa! — explicou — E então enfim vamos poder fazer certas coisas mais interessantes durante a transa — Eijirou acrescentou quase deixando uma risada escapar.
Já haviam transado tantas vezes e ainda sim esperaram o loiro para que enfim pudessem testar novos fetiches.
Tinham preparado tudo, portanto, a noite seria longa.
— Como se vocês já não fizessem — Denki debochou.
— Ok, eu não precisava saber desse detalhe — Hanta reclamou com a face levemente corada.
— Desculpe — Ambos, platinado e ruivo, disseram, coçando a nuca com um rubor crescente em sua faces.
***
Como previsto, Katsuki ficou no quarto a tarde inteira irritado com os namorados e não querendo dar de cara com eles caso saísse no corredor.
Se viessem chamá-lo para alguma coisa recusaria friamente como bem planejou. Era infantil agir assim? Sim, mas ninguém mandou eles começarem.
Estava inseguro, certamente, mas fingiria que estava tudo sob controle e eles aprenderiam a lição por ignorá-lo.
A noite foi chegando, e quando ele decidiu tomar um banho para dormir, ouviu batidas na porta, fazendo-o atendê-la na mesma hora esquecendo de qualquer plano que tivesse feito.
Quando destrancou e abriu a porta, deu de cara justamente com quem não queria ver, bufando irritadiço e fechando ainda mais a cara para aquelas duas figuras másculas à sua frente.
— O que foi cacete? — rosnou para o platinado e ruivo de dentes afiados.
— Tsuki, gostaria de nos acompanhar?
— Vão se foder — bufou com aquela proposta descarada, sem conter a raiva.
— Por favor, Kat — O platinado insistiu, e ambos começaram a jogar sujo, fazendo aquela carinha de cachorro abandonado.
Sabiam muito bem que aquela cara destruía todas as resistências do loiro.
— Tsc. Me tratam que nem merda, depois ficam agindo como se nada tivesse acontecido — murmurou irritado enquanto saia do quarto e fechava a porta atrás de si.
— Nos perdoe, amor — Tetsu pediu, depositando um beijo demorado no rosto de Bakugou — Não foi por mal. — estava realmente arrependido.
— Sim, Tsuki, não tivemos intenção — Eijirou acrescentou fazendo o mesmo que o platinado.
— Parem de me beijar cacete. — resmungou, mas na realidade ele adorava cada carícia que recebia dos dois. E os próprios sabiam muito bem disso, rindo da falsa irritação de Katsuki.
O corredor estava estranhamente vazio e silencioso, mas Katsuki nem teve tempo de notar tal estranheza, estando pensativo quanto a atitude bipolar de seus dois namorados. O que aqueles idiotas planejavam, afinal?
Desceram as escadas até a sala dos dormitórios, que ao contrário dos corredores, estava totalmente escura.
— Onde caralhos estamos in-
Nem teve tempo de terminar seu questionamento, sendo surpreendido pelas luzes acendendo repentinamente e o pessoal de sua sala gritando em conjunto.
— FELIZ ANIVERSÁRIO, BAKUGOU! — Gritaram, todos animados e contentes, enquanto soltavam confete pelo lugar.
— Puta merda. — ficou totalmente sem reação. Estava confuso e surpreso, seu coração batia desenfreadamente e um sorriso não tardou a aparecer em seus lábios com a surpresa. Na realidade, odiava surpresas, mas aquele ambiente parecia tão acolhedor e animado que não teve nem a chance de ficar bravo. Tudo vibrava ao seu redor. Sentia a emoção contida em cada sorriso, e só poderia agradecer pelo trabalho que sua sala teve em realizar aquilo.
As pessoas começaram a vir felicitar o aniversariante pessoalmente, e de sua forma, Katsuki agradecia cada uma delas, tentando manter sua pose séria, mas se perdendo em meio a aura festiva que todos emanavam.
— Agora já pode ser preso, Biribinha — Kaminari se aproximou, provocando o loiro.
— Cala boca, Pikachu de merda. — rosnou — Aposto que foi você que deu a ideia disso.
— Na verdade não. Errou feio. — riu da cara do loiro explosivo — Foram teus boy aí. — apontou para Tetsu e Kirishima que estavam calados esperando que seu namorado tivesse tempo para que pudessem felicita-lo.
— Vocês? — virou-se arregalando os olhos.
— Sim... — a face de ambos começou a adquirir um tom avermelhado — Feliz aniversário, Katsuki! — responderam em conjunto mais uma vez, encarando um ao outro e rindo da coincidência.
— Idiotas — aproximou-se dos dois e abriu os braços, puxando-os para um abraço — Obrigado... — murmurou baixinho para que apenas os dois escutassem enquanto sentia seu rosto queimar de vergonha.
— Não precisa nos agradecer, você merece, Tsuki — Eijirou sorriu, beijando as madeixas louras carinhosamente enquanto o platinado fazia o mesmo em sua testa.
— Agora vai aproveitar sua festa! — Tetsutetsu disse empolgado.
— Não sem vocês — sussurrou, puxando os dois para dançar.
***
Aproveitaram ao máximo a festa e Katsuki se sentiu imensamente feliz por ter namorados como aqueles, que lhe prepararam algo tão trabalhoso.
No final, ficaram até tarde com o pessoal, até decidirem voltar ao seus dormitórios - o loiro pegaria seus presentes depois, pois eram muitos.
Katsuki foi na frente com os dois idiotas lhe seguindo, quando passou na frente do dormitório de Kirishima para rumar ao seu, ouviu o ruivo lhe chamar.
— Tsuki, tenho um presente para você no meu quarto, vem comigo buscar! — informou-o sorridente.
Katsuki deu de ombros e o seguiu, estranhando o fato de Tetsutetsu ainda estar ali e não no dormitório da turma B.
— Por que ainda tá aqui, ferroso? — indagou de costas para o rapaz, não recebendo resposta e apenas ouvindo a porta se fechando e sendo trancada — Ah, esse é o presente? — sorriu malicioso. Agradeceu a si mesmo por ter feito a limpeza de manhã.
— Te garanto que vai adorar — o platinado retornou o sorriso enquanto se aproximava por trás de Bakugou. Colou seu peitoral às costas do loiro, esfregando a intimidade em sua bunda encoberta pela calça.
— Sim, vai ser uma noite inesquecível — Kirishima concordou, se aproximando pela frente, entrelaçando sua língua à de Bakugou em um beijo necessitado.
Conforme se beijavam, Tetsutetsu deixava carícias pela nuca do loiro enquanto levava suas mãos ao cós de sua calça e apressadamente a desabotoava, para abaixar o zíper ansioso e começar a descer a calça, deixando à mostra as coxas fartas do loiro e a bunda arredondada marcada pela cueca boxer. Tratou de tirá-la também o mais rápido possível, a jogando em um canto qualquer enquanto agarrava o falo de Bakugou, começando uma masturbação apressada, roçando novamente seu pau encoberto na entrada do loiro, que já começava a rebolar contra ele.
Eijirou trocou um olhar cúmplice com o platinado durante o ato, começando a agarrar as coxas de Katsuki e o suspender no ar, o levando para a cama e fazendo-o deitar atravessado nela.
Começou a interromper o beijo, arrancando rosnados insatisfeitos de Katsuki, que abriu os olhos para se deparar com um caralho enorme que conhecia muito bem acima de si. Tão duro, tão grosso, o pré-gozo expelido pela glande caia sob sua face. Era Tetsutetsu.
Mas ele estava do lado contrário ao que deveria.
— Preparado, Kat? — perguntou sorrindo.
— Pra quê cacete? Meu cu é pra lá — bufou. Sabia que o platinado era idiota, mas não pensou que chegaria nesse nível.
— Mas não é o seu cu que quero foder agora... — explicou malicioso, abaixando o caralho e o esfregando na boca do loiro — Agora abre essa boquinha, vai. — ordenou mansamente e Katsuki começou a abri-la lentamente, sentindo o a glande começar a adentrar sua boca naquela posição — Mais rápido — ordenou, fazendo o loiro se irritar e abri-la de uma vez, sentindo o pau do platinado invadindo sua garganta na hora.
Então observou Tetsu se inclinar enquanto agarrava seus braços e os prendia firmemente contra a cama para finalmente começar a se mover sem dó, nem começou lentamente, foi direto para estocadas rápidas e precisas que atingiam Bakugou no fundo da garganta, sufocando-o.
— É muito bom calar sua boca, Kat... — declarou manhoso, estocando rapidamente.
E se não bastasse isto, Katsuki começou a sentir algo entrando no seu cu. Ah, merda. Já sabia quem era. Sabia diferenciar os dois caralhos perfeitamente, já sentindo o outro que era relativamente menor que o platinado começando a rasga-lo.
Nem foi capaz de soltar gemidos altos, pois eram abafados pelo monumento que prosseguia saindo e entrando de sua boca. As bolas batiam na sua cara toda vez que realizava o movimento de vai e vem, e aquilo era gostoso pra cacete. As lágrimas prazerosas escapavam por entre seus olhos de modo incessante enquanto era afugentando. Não podia mover os braços, estava preso pelas mãos firmes de Tetsu, e aquilo era tão excitante que já sentia seu caralho pulsando de tanto tesão.
Eijirou estava do outro lado, metendo selvagem no cu de Katsuki – depois de ter despejado quase o frasco inteiro de lubrificante na entrada e em seu pau – enquanto observava o outro fodendo sua garganta sem o mínimo de piedade.
Notou o olhar lascivo em sua direção, começando a se aproximar mais e beijar o platinado afoito enquanto ambos continuavam destruindo o loiro.
— Chupa esse pau direito, Kat. — provocou-o — Chupa como a puta que você é — não poupou o linguajar, sentindo o loiro lhe obedecer e tentar de modo desajeitado chupar seu caralho naquela posição — Vai porra! — deu uma estocada profunda, fazendo lágrimas caírem de seus olhos.
Eijirou estava alheio a tudo, nublado pela sensação deliciosa de ter seu caralho sendo devorado pelo interior quentinho de Katsuki, que contraia, apertando-o a cada estocada.
Passaram poucos – mas deliciosos – minutos nesta judiação com o loiro até que o ruivo começasse a sentir seu orgasmo chegando, soltando um gemido arrastado e dando uma última estocada profunda, atingindo sua próstata e o enchendo com sua porra.
Segundos depois, foi a vez do platinado, que deu mais duas estocadas antes de começar a retirar aos poucos seu pau e gozar direto na boca do loiro.
Bakugou sentiu-se cheio tendo sido preenchido por baixo e por cima, e agora segurava o líquido viscoso e levemente salgado na sua boca.
— Engole minha porra, Kat — ordenou — Eu sei que ama engolir ela feito uma putinha.
E então Katsuki o fez. De fato, era inegável que por mais ruim que fosse se sentia vitorioso engolindo-o, como se tivesse conquistado algo grandioso.
Por Deus, estava tão entregue. Era tudo culpa daqueles dois, que faziam-no virar outra pessoa na cama.
Começou a recuperar o fôlego depois de quase engasgar com aquele ato totalmente inesperado, e surpreendente delicioso qual foi submetido.
Contudo, por um momento voltou ao seu estado normal e lembrou que não deveria perder a compostura tão facilmente, enchendo seu peito com orgulho e começando a xinga-los.
— Que porra foi essa? — indagou irritadiço ao platinado, ainda recuperando o fôlego.
— Uma experiência. — respondeu simples, mostrando os dentes pontiagudos em um sorriso.
— O caralho, você quase fez eu engasgar com essa merda na minha boca — Por mais que tivesse simplesmente amado sentir as lágrimas de desespero caindo e o caralho grosso estocando sua garganta, fingiria que não tinha gostado, sendo o cu doce que era. — E você afundando essa porra em mim no meio disso, Kirishima? Vai se foder.
— Essa "merda"? — Tetsu perguntou parecendo tristonho.
— Me foder? Nossa, Tsuki... — o ruivo pareceu estar magoado.
— Tsc. — Estalou a língua. Sabia identificar muito bem quando seus namorados fingiam estar tristes.
— Que maldade. — Tetsutetsu afirmou — Você foi bem rude, Katsuki. Um mau garoto. Acho que merece uma punição, não acha, Eiji?
— É claro — Sorriu. Um sorrisinho recheado de malícia. Então foi até uma das gavetas de seu quarto, tirando de lá quatro objetos;
Uma mordaça
Duas algemas
E um anel peniano.
"It's punishment time".
Katsuki engoliu em seco. O que pretendiam com aquilo?
E antes que pudesse sequer questionar, o platinado segurou seus dois braços firmemente, ficando livre das explosões.
— O que está fazendo, maldito? — rosnou, sentindo uma das mãos sendo algemada e ficando presa à um lado da cama, depois a outra que foi presa ao outro lado.
— É assim que maus garotos são tratados, Tsuki — Eijirou explicou-lhe, fitando o loiro se debatendo e tentando se livrar das algemas.
— Porra, o que estão planejando?
— Você vai ver — disse sorrindo conforme pegava o anel peniano.
— Puta merda... — arregalou os olhos para aquilo. Não era nenhum santo para não saber do que se tratava, mas nunca se imaginou usando aquela coisa.
Então Kirishima aproximou o objeto com um formato circular e encaixou na base do pau latejante de Bakugou
Porra, agora não poderia mais gozar.
— Vai se fo- — foi surpreendido pela mordaça que o ruivo apressou-se para colocar em sua boca, tentando terminar sua frase, mas falhando.
— Se você for um bom garoto, eu vou tirar isso — deixou um sorriso lascivo escapar e depositou um beijo na testa de Katsuki, se afastando e indo para o lado de Tetsu que estava esperando sentado na cama.
— Você queria que ele se fodesse, não é, Kat? — o platinado questionou lhe fitando desafiador. Riu quando tudo que ouviu foram murmúrios incompreensíveis abafados pela mordaça.
— Certo, então — olhou para o ruivo, mordendo o lábio e tomando sua boca apressadamente para então ordena-lo — Fica de quatro pra mim, Eiji.
E Kirishima assim o fez, virando e empinando a bunda em direção ao namorado enquanto este já pegava o lubrificante, despejando uma boa quantidade do líquido gélido na entrada do ruivo, em seus dedos e no principal, seu pau, que mesmo tendo descarregado no loiro anteriormente, já estava latejante, implorando para ser saciado novamente.
Meteu um dedo no ruivo, indo direto para o segundo e começando a afrouxar o lugar que não costumava ser muito usado, pois as fodas raramente envolviam-no como passivo. Segundos se passaram, e já um pouco impaciente, Tetsutetsu posicionou seu pau, empurrando e entrando de uma vez, fazendo o ruivo soltar um gemido mais escandaloso pelo susto.
— Eu vou arregaçar esse cu — avisou, começando a se movimentar para frente e para trás de forma ritmada, fazendo Eijirou engasgar-se em meio aos gemidos que era incapaz de conter.
Katsuki observava tudo sentindo seu pau cada vez mais inchado. Porra, observar seus namorados se fodendo era uma maravilha. O único ponto ruim era que não estava participando.
Tinha seus olhos fixos ao caralho grosso entrando e saindo infinitamente, com os arfares como som de fundo. Passeou seus olhos pela cena e fixou-os agora nos de Kirishima, que o encarava com as orbes nubladas em luxúria enquanto abria a boca em um gemido mudo, apertando o lençol da cama.
Viu seus olhos se arregalarem-se quando recebeu um tapa estalado em uma das nádegas. Foi doído, como se tivesse atingido por ferro. Mas não foi uma dor ruim, pelo contrário, foi altamente prazeroso e só fez seu interior se contrair em volta do caralho do platinado como reposta, começando a receber cada vez mais tapas.
Katsuki continuou observando aquela cena desgraçada que tanto lhe trazia a vontade de gozar qual não poderia desfrutar agora. Invejava o ruivo por estar naquela posição deliciosa com o platinado, apesar de que seria ótimo caso o ruivo também lhe fodesse.
Seus olhos estavam vidrados. Queria gozar, queria ser fodido, estar entre aqueles dois caras másculos pra cacete. Se espantou quando subitamente o platinado tirou o pau de dentro de Eijirou de uma vez sem gozar. Porra, queriam provocá-lo?
Kirishima parecia cansado depois de basicamente ter sido arregaçado, mas mesmo assim estava duro como pedra. Nenhum dos dois havia gozado.
O platinado então pegou o celular do ruivo na estante da cama e começou a apontá-lo para Katsuki.
— Quer gozar, Kat? — indagou com a voz embargada em tesão. Viu que o loiro não respondeu, então lembrou-se da maldita mordaça.
Eijirou então tomou o celular das mãos dele e se aproximou de Katsuki, arrancando a mordaça de sua boca e o vendo suspirar.
— Tirem essa merda de mim logo — ordenou.
— Não sem antes te ouvir implorar. — explicou — Sabe, você não parece querer tanto assim, pois não está pedindo nada.
— Eu quero cacete — viu o ruivo aproximar a câmera de seu rosto — Tira esse celular daqui!
— E se... esse vídeo vazasse? Todos te veriam, Tsuki... — provocou-o, apesar de nunca ter a intenção de vazar um vídeo íntimo do loiro, era interessante ver seu desespero, levando a câmera do celular para filmar seu pau com a base presa pelo anel enquanto latejava já inchado de tesão. — Você quer gozar, não quer? — colocando o celular apenas em uma mão, levou suas digitais até a glande melada de pré-gozo, fazendo movimentos circulares naquela parte sensível para provocar Bakugou.
— Toma no seu cu, Eijirou — Katsuki rosnou entredentes segurando os gemidos vergonhosos que quase escaparam de seus lábios.
— Deveria ter mais educação, Tsuki.
— Apenas bons garotos recebem presentes — o platinado se aproximou — Seja um bom garoto e daremos ele para você, Kat~
— Tsc. — estalou a língua irritado, ainda se sentindo atormentado e humilhado com aquele celular apontado para sua intimidade. Era humilhante. Estava preso, incapaz de se mover, seu pau estava quase explodindo e os dois imbecis que o colocaram naquela situação queriam que ele implorasse. Mas Katsuki é orgulhoso, implorar para ele é um ato muito difícil e extremamente humilhante, as lágrimas deste sentimento já começavam a aparecer conforme o ruivo lhe provocava.
— Olha, não é sua porra escorrendo ali, Eiji? — Tetsu indagou, apontando na direção do cu do loiro, de onde escorria o líquido branco.
Kirishima então tratou de levar o celular até lá também e filmar o local a fim de provocar mais ainda Bakugou.
— É isso que ele recebe e depois reclama — falou com ninguém em específico.
Katsuki segurava as lágrimas, até que não aguentou mais esperar por eles desistirem daquela merda, além de ter um celular lhe gravando, ficando tão desconfortável a ponto de chorar. Bom, talvez fosse este o objetivo dos outros dois.
— Porra, vão logo... — começou a falar, se preparando — me fodam logo, por favor cacete!
Tetsutetsu sorriu.
— Mais uma vez — ordenou.
— Tsc — estalou a língua antes de continuar — Me encham com essa porra, caralho! — implorou — Me deixem gozar, por favor, eu quero gozar! E quero vocês dentro de mim! — falou choroso e humilhado pela câmera que gravava cada uma de suas falas.
— Muito bem, Kat — sorriu gentilmente. No fundo estava tristonho por ter que fazer Katsuki chorar, mas agora iria mima-lo.
— Bom garoto, Tsuki — Eijirou também sorriu radiante enquanto parava a gravação e jogava o celular em um canto qualquer. Fazer aquilo com seu namorado irritadiço era bom e ruim ao mesmo tempo. Não gostava de vê-lo chorar, mas ver as lágrimas de desespero caindo enquanto ele implorava para que lhe fodessem era uma visão maravilhosa.
Se aproximou de suas mãos, as desprendendo das algemas e puxando Katsuki para seu colo, o abraçando carinhosamente.
— Não chore, Tsuki — pediu, beijando a nuca do loiro suavemente.
— Vamos cuidar de você agora, Kat — Bakugou sentiu o platinado se aproximando por trás e levando suas mãos ao anel, retirando-o e deixando o loiro aliviado — Vamos te encher de amor agora. — avisou, pegando o terceiro lubrificante da noite e despejando por seu caralho, fazendo o mesmo com o do ruivo e por fim, adentrando um dedo à entrada do loiro que já estava bem frouxa, na realidade.
O aniversariante receberá seu presente
Em seguida, ambos ruivo e platinado posicionaram seus caralhos na entrada de Katsuki e sem cerimônias entraram de uma vez, arrancando um gemido audível e surpreso do loiro que, apesar de ter se acostumado com a penetração dupla, sempre soltava aquele tipo de gemido, como se seu cu fosse ser detonado. Bom, talvez estivesse certo.
No momento que ambos entraram, além do gemido, sentiu seu ápice chegar na hora, pois já havia acumulado por muito tempo, sentindo seu corpo vibrar de prazer e a esperma sujar ele e o ruivo.
— Recebeu nosso presente? — ouviu ambos dizerem em uníssono e que presente gostoso que recebera. Gostaria de gritar um "sim", mas estava mordendo seu lábio para não o fazer.
— Vamos te arregaçar, Tsuki — o ruivo sussurrou em seu ouvido, fazendo um arrepio percorrer por seu corpo e apenas fazendo-o se sentir mais ansioso e almejar por aquilo. Queria ser destruído, usado como uma puta por aqueles dois. Queria que gozassem lá dentro até engravida-lo, apesar de não ser muito possível, mas ainda assim queria sentir aquela porra lhe preenchendo.
Então ambos começaram a se mover, e conforme Eijirou se deitava para deixá-los em uma posição mais confortável, o platinado se deitava também, ficando cada vez mais em cima do loiro, o dominando enquanto estocava agressivamente.
A fricção entre os caralhos era divina. Tetsu adorava sentir o pau do ruivo roçar o seu enquanto estavam fodendo o mesmo cara, assim como Kirishima amava sentir aquele caralho enorme do platinado esfregando-se ao seu.
Bakugou se sentia cheio, totalmente preenchido. Até demais, na verdade. Tinha dois caralhos enormes rasgando seu interior e ele não conseguia conter os gemidos manhosos que escapavam por sua boca, além de sentir as mordidas carregadas de possessividade de ambos namorados, seu corpo estava sendo totalmente dominado, e amava aquilo. Amava ser esmagado entre os dois corpos enquanto se deliciava de ambos caralhos lhe fodendo com tudo.
Em dado momento, o platinado puxou seu rosto em sua direção e dominou seus lábios com um beijo lascivo e carregado de possessividade, como se o garoto lhe dissesse "Você me pertence". Fazendo com que Kirishima tivesse um mini ataque de ciúmes e puxasse o loiro bruscamente para beijá-lo com gosto e mordesse seus lábios entre o beijo, deixando que o gosto ferroso marcasse suas bocas.
Bakugou mantinha as mãos pressionadas no peitoral de Kirishima, vez ou outra cravando suas unhas na carne do moreno enquanto ficava em uma posição onde era capaz de ser estocado pelo platinado e pelo ruivo, tendo que fazer seu próprio esforço para fazer com que o pau de Eijirou entrasse mais fundo.
Tetsu estava por cima, com o peitoral colado às suas costas enquanto metia com força, atingindo a próstata de Katsuki diversas vezes junto ao ruivo.
A cada estocada, o ápice se aproximava. O primeiro que teve seu orgasmo foi o platinado, que antes de gozar deu mais duas estocadas profundas que deixaram o loiro sem ar, se desfazendo dentro dele sem remorso algum.
Começou a se retirar, deixando que apenas o ruivo lhe fodesse. Ou melhor, que Katsuki quicasse nele, o ordenhando e apertando seu interior contra aquele pau enorme enquanto a porra do outro melava o cacete do ruivo.
Eijirou já estava delirando. A cada sentada que Bakugou dava, se sentia no paraíso. Isto até sentir o orgasmo próximo, invertendo as posições e prensando Katsuki contra a cama desesperadamente enquanto dava as últimas estocadas para então derreter dentro dele e sentir toda a tensão de seu corpo sumir no mesmo instante.
Deitou na cama, do lado oposto ao de Tetsu, que tinha observado a cena sublime que se desenrolara à sua frente com água na boca, mas já sem forças para mais uma partida no momento.
Estariam em um completo silêncio se não fosse as respirações fortes para recuperar o fôlego do ato libidinoso que acabaram de praticar.
Bakugou se sentia cheio, totalmente cheio. Estava destruído e exausto, mas ainda sim, satisfeito. Seu corpo se encontrava relaxado, totalmente oposto ao que estava de manhã.
— Gostou, Kat? — o platinado o perguntou.
— Tsc. — não queria admitir tão abertamente que havia amado aquela nova experiência.
— Olha, nós podemos te dar alguma outra coisa se não tiver gostado — Eijirou disse, já esperando que o loiro fosse dizer que odiou e estava totalmente insatisfeito pela noite de sexo como um presente.
— Porra, cabelo de merda — bufou. Odiava quando o ruivo começava com aquilo, e por odiar, também quer dizer que ficava chateado com a pressão que colocava em si mesmo. — Eu gostei caralho. Vocês dois foram bons pra cacete.
— Sério? — os olhos carmesim de Kirishima brilharam na hora, como uma criancinha recebendo um elogio. — Ah, Tsuki, me deixa tão feliz que você tenha gostado! — abraçou o loiro ali na cama.
— Vem você também, cacete — rosnou para o platinado que ainda não tinha se aproximado. Sabia muito bem que ele se mantinha receoso quando se tratava de uma interação entre os dois, como se ele fosse atrapalhar caso entrasse no meio, mesmo que todos fossem amantes ali.
— Vamos, Tetsu! O Tsuki não morde. — assegurou-lhe, arrancando uma risada do platinado que se aproximou e abraçou Bakugou também.
— Eu não teria tanta certeza — afirmou, beijando a testa de Katsuki carinhosamente para que ele não lhe explodisse com a afirmação.
— Toma no cu — murmurou insatisfeito com um mero beijo na testa, puxando o outro e colando seus lábios aos dele em um beijo calmo — Você fode a garganta muito bem, ferroso de merda. — elogiou-o meio envergonhado, fazendo o platinado lamber os lábios com a lembrança.
— E eu Tsuki?
— Eu avalio quando você fode-la também — sorriu malicioso, já pensando nessa possibilidade — Mas você é tão bom metendo em mim, cabelo de merda...
— S-sou? — gaguejou tímido, mesmo que tivesse acabado de foder o loiro sem dó alguma, esse aspecto tímido era parte de si e não conseguia contê-lo. Mas não é como se seus namorados odiassem isto.
— Ah, Eiji é tão lindo tímido assim — O platinado o encarou com um sorriso sugestivo, vendo o rosto de Kirishima ficar quase da mesma cor que o cabelo.
— Cala boca, sou eu quem vai foder ele na próxima — o loiro decretou — E você também não vai escapar — sorriu lascivo para o platinado.
— Vamos apostar — o platinado lhe respondeu sorrindo desafiador e arrancando risadas dos outros dois.
— Mas enfim — o ruivo deu um olhar cúmplice ao platinado.
— Feliz aniversário KaTsuki — disseram em uníssono juntando seu nome através dos apelidos.
— Seus idiotas... — sorriu verdadeiramente feliz com aquela noite, com aquelas felicitações mesmo que já tivessem dado antes e agora houvesse passado da meia noite. Tudo. E sabia muito bem que não pararia por aí. Aquele era apenas um momento descontraído de descanso, então depois que eles continuaram a rir e conversar distraidamente, Bakugou tratou de jogar a isca para morderem — Me sinto tão vazio...
E só bastou isso para que os olhares recheados de luxúria estivessem presentes e seus caralhos começassem a ganhar vida novamente.
»Fim. ♡
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