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História Presente Divino - Capítulo 16


Escrita por: _luaaguiar

Notas do Autor


Oi meus amores, ansiosas (os)?
Infelizmente não tive tempo para revisar, então mil desculpas pelos eventuais erros.
Boa leitura...

Capítulo 17 - Capítulo 16


Fanfic / Fanfiction Presente Divino - Capítulo 16

Você já pensou

Quando você está sozinha

Tudo o que podemos ser

Onde isto pode ir?

Crush- David Archuleta

 

Luna observou a si mesma outra vez em frente ao grande espelho, o vestido preto com algumas flores ia até a altura de suas coxas, um salto preto nos pés e os cabelos em um penteado meio solto.

- Você está linda, o que mais precisa que eu diga para que saía daí? -ela sorriu ao ver a imagem da prima sentada na cama com a pequena Sara nos braços pelo reflexo.

- Eu ainda não acho que essa seja uma boa ideia- Luna suspirou, Larissa havia a convencido de que deveria ir somente com Paulo e se oferecido para cuidar de Sara naquela noite, ela pensou muito antes de aceitar aquela hipótese e ainda alimentava suas dúvidas.

- Vai ficar tudo bem, vocês precisam disso e no fim da noite veremos se eu não tenho alguma razão- a jovem mulher deu de ombros.

Quando a campainha tocou alguns minutos depois, Luna pegou sua clutch sobre o sofá e respirou fundo, do outro lado Paulo esperava com as mãos no bolso da calça jeans escura, uma camiseta social de mangas longas azul e um par de tênis cinza nos pés, quando o par de olhos verdes encontraram os dela, ele automaticamente liberou um sorriso.

- Oi, você está linda- ela sentiu suas bochechas corarem, mas rezou para que tivesse passado blush o suficiente para que não fosse perceptível, ele sempre mexia com ela a níveis anormais.

- Obrigada, entra- Paulo pegou a pequena nos braços e Sara fez a festa no colo do pai enquanto os dois interagiam em uma conversa incompreensível, pelo menos o que Sara respondia- Vamos? -questionou o jogador alguns minutos depois.

- Claro- Luna respirou fundo, encarou outra vez Larissa que tinha um sorriso nos lábios- Acha mesmo que é uma boa ideia não a levarmos? Georgina garantiu que não teria problemas- Paulo sorriu, ele amava a filha, mas queria um momento a sós com Luna, queria descobrir se ainda tinham a mesma sintonia, se ela sentia o que ele sentia quando estava perto dela, ele queria saber quão profundo eles estavam.

- Acredite, ela ficará bem- Larissa acenou confirmando o que o jogador dizia- É bem melhor do que atrapalharmos a rotina dela- Luna apenas acenou resignada, beijou a filha e fechou os olhos brevemente sentindo o cheirinho infantil que sempre exalava dela.

- Nesse caso, vamos- ela sussurrou, no elevador um silêncio permaneceu entre eles, quando entraram no carro Paulo ligou em alguma estação de rádio e uma voz de locutor preencheu o espaço, rapidamente ele conectou seu celular, Luna o observou enquanto dirigia concentrado pelas ruas da cidade, depois analisou o lado de fora, as ruas pelas quais passavam, o movimento agitado nos vários pontos da cidade, ela estava gostando dali, mas do que se jugara capaz um dia.

Paulo parou em um cruzamento esperando que o sinal abrisse, a voz de David Archuleta soou e os primeiros acordes de Crush preencheram o ambiente, como um imã os olhares se encontraram, Luna engoliu em seco sabendo que ele era inundado pelas mesmas recordações que ela.

Paulo e Luna estavam deitados um ao lado do outro como costumavam fazer em noites como aquela, um pouco de Mate quente ao lado deles, assim como algumas medialunas, eles adoravam deitar sobre o céu quando ele estava estrelado como naquela noite, estavam nos fundos da casa do jogador e Luna podia ouvir as risadas de Alicia e dos filhos enquanto assistiam algum programa na televisão.

- Papai sempre saía até a área externa, ele gostava de vê-las também, acho que sonha um pouco- Paulo refletiu, Luna o encarou mesmo que ele continuasse focado em observar o céu e os vários pontos brilhantes distribuídos por ele, ela sabia que seus pensamentos estavam em Alfredo, em pouco tempo faria um ano de sua partida, mas ela ainda vivenciava a dor de cada um deles como se tivesse sido recente.

- Eu lembro- Alfredo costumava conversar com eles às vezes mesmo que estivesse a maior parte do tempo preso em seus próprios pensamentos- Você sente saudades dele, não é? -não precisava exatamente de uma resposta, a dor era sempre presente nos olhos de Paulo.

- Muitas, faz pouco tempo que me convenci de que ele não entrará mais por aquela porta, então eu penso se um dia esquecerei a voz, o cheiro, se um dia esquecerei seu rosto e sempre penso que vou enlouquecer, porque não quero que vá, nada além da presença que já me foi roubada- Luna engoliu em seco, juntou sua mão a dele e engoliu em seco quando o par de olhos verdes alcançou os seus.

 - Sempre terá uma parte dele viva em você- Paulo acenou positivamente, tomando aquelas palavras para si.

- Você gosta de observa-las, não? -ele voltou a olhar para o céu brilhante- Tem um brilho constante em seus olhos.

- Eu gosto de pensar na imensidão que existe por trás- Luna sorriu.

- Acredita que as pessoas viram estrelas? -a jovem riu baixo e o jogador a encarou outra vez, agora estavam mais perto.

- Acreditei, até os meus dez anos, quando meus avós morreram, mamãe usou essa explicação, durou até eu entender que quando as pessoas se vão, não podemos mais toca-las ou vê-las- ela deu de ombros.

 - Acabou de desfazer a minha crença- ele fez uma carranca e ela voltou a rir, agora tinha sua cabeça apoiada no ombro do jogador.

- Você está mentindo- ela bateu em seu ombro de leve e sentiu o corpo dele tremer enquanto ria.

- Eu também já acreditei nisso, por um bom tempo depois que papai morreu eu gostaria que fosse real, que eu pudesse ao menos me confortar em vê-lo, mesmo que de algum modo- ele confessou e Luna o encarou por breves segundos- Qual delas acha que eu seria? -ela encarou os pontos brilhantes e apontou uma delas.

- Aquela- o jogador a encarou com a sobrancelha arqueada.

- Porque? -a jovem riu.

- Porque ela está rodeada de pessoas, não vê? Você é assim, faz amizades e se enturma com facilidade- ela deu de ombros- E qual eu seria? – Paulo a encarou por alguns segundos antes de voltar a olhar para o céu outra vez e apontar uma delas- Porque? -questionou com curiosidade.

- Ela brilha mais que todas- ela riu.

- Não brilha não- argumentou.

- Claro que sim, veja com atenção, ela se destaca das demais, mesmo que esteja mais afastada, ela não está só- os olhos dos dois se encontraram, Luna engoliu em seco, porque agora quando olhava Paulo não o via só como um amigo, não via apenas como outro garoto qualquer.

- Acho que estamos próximos demais- ela sussurrou para o jogador, os olhos ainda presos um ao outro.

- Acho que vou beijar você- sussurrou o jogador de volta antes de juntar seus lábios aos da jovem.

Luna respirou fundo tentando afastar aquelas memorias e todos os sentimentos que vinham com elas.

- Você ainda guarda- sussurrou mais para si mesma do que para ele, mas Paulo apenas sorriu.

- Não acho que um dia eu possa esquecer- confessou para a surpresa da jovem.

Luna não sabia ao certo quanto tempo tinha demorado, mas logo estavam passando pelos longos portões e andando por ruas calçadas com casas luxuosas, Paulo estacionou em frente a uma grande fachada branca e detalhes em vidro.

Georgina os recebeu sorridente assim que abriu a porta e não parecia surpresa por vê-los juntos.

- Hey, que bom que vieram, Paulo os rapazes estavam ansiosos pela sua chegada- declarou a espanhola com seu espanhol nativo.

Os dois adentraram o espaço e Luna observou o hall luxuoso até estarem em uma sala de estar de onde ela poderia ver pelas longas portas de vidro as pessoas na área externa, algumas mulheres estavam sentadas nos sofás e ela sentiu-se envergonhada ao ter todos aqueles olhares para si.

- Bem, eu vou até os rapazes, volto já- ele sussurrou para Luna que acenou enquanto Georgina esperava gentilmente- Ficará bem? – a jovem deu de ombros antes que ele partisse.

- Vem Luna, deixe-me apresentar você- Luna encarou as mulheres- Meninas essa é a Luna- Georgina apresentou cada uma das que estavam ali, Luna percebeu que tinha um trio também no lado de fora, elas pareciam todas gentis de certo modo.

- É a mãe da filha do Dybala, não? -questionou uma delas, Luna sorriu gentil.

-Sim, eu sou- afirmou, sentando-se ao lado de Georgina.

- Elas podem ser maldosas às vezes, acredite- sussurrou a espanhola no ouvido da amiga para atenta-la.

- Luna é bom ver você outra vez- a esposa de Buffon que estava sentada no lado de fora sentou-se em um espaço vazio, Luna sorriu para ela, tinham se encontrado algumas vezes quando estava com Paulo.

- Bom ver você também, como estão ao crianças? -questionou a jovem.

- Oh, muito bem- declarou a esposa do goleiro do time italiano- Vi fotos da sua menininha, ela é encantadora- Luna sorriu.

- Obrigada- agradeceu gentilmente.

- A pequena é famosa- declarou uma loira e Luna não gostou do olhar que recebeu dela, tinha certa frieza por trás- Você também- ela sentiu o rosto corar levemente, Georgina tinha ido pegar algo na cozinha e ela odiava se sentir sozinha ali, mesmo rodeada de todas aquelas pessoas, ainda conseguia ouvir a voz e a risada de Paulo no lado externo.

- Eu não sabia disso- declarou apenas.

- Todos no time sabem que é você- rebateu a morena sentada ao lado da loira e Luna se mexeu subitamente incomodada ainda não sabia o ponto onde elas gostariam de chegar, de qualquer modo aquilo não a agradava- Quem você foi na vida do Paulo-  Luna percebeu que Georgina se aproximava outra vez e quase respirou aliviada.

- Eu não sei onde exatamente você quer chegar- declarou Luna sua postura era séria e seus olhos brilhavam em uma determinação, deixando claro que nenhuma das duas a intimidavam com suas meias palavras, a loira sorriu.

- Onde está Oriana? Eu pensei que ela estaria aqui também- Luna odiou o sorriso que surgiu nos lábios vermelhos, escutou quando uma das mulheres repreendeu a outra, mas não conseguiu gravar o nome.

- Paulo e Oriana não estão mais juntos- esclareceu uma delas, a loira voltou a sorrir e Luna quis chorar de raiva.

- Porque será? Não, é? – ela direcionou seu olhar acusativo até Luna.

- Eu não vou aceitar esse tipo de comportamento na minha casa- Georgina deixou claro, a voz raivosa e a jovem deixou que seu sorriso morresse- Então é bom que comece a respeitar a minha casa e os meus convidados.

- Quanto ao motivo pelo qual Oriana e eu não estamos mais juntos, pensei que não fosse interesse seu- a voz firme de Paulo surpreendeu a todos, Luna o encarou sabia que o brilho nos olhos do jogador era de raiva e suspirou.

- E não é, nos desculpe Luna por toda essa cena desnecessária- pediu uma das mulheres, os cabelos castanhos e longos, Luna apenas acenou como se não fosse grande coisa e se levantou.

- Eu preciso ir ao banheiro, com licença- ela passou por Paulo e seguiu por um dos corredores da casa, encostou-se a parede e fechou os olhos respirando fundo por alguns segundos, as mãos no rosto buscando calma e tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

- Luna, você está bem? – ela encarou um Paulo preocupado e tentou sorri, apesar de achar sua tentativa frustrada.

- Sim, acho que não foi uma boa ideia no fim- sussurrou mais para si mesma do que para ele.

- Eu sinto muito, elas não tinham o direito- ela apenas deu de ombros.

- A maioria delas foi gentil- sorriu buscando confortar a si mesma- Acho que quero ir pra casa- confessou.

- Bem se você realmente preferir assim, então nós vamos- ela o encarou surpresa- Não acha que eu ficaria aqui? Certo? -ela mordeu o lábio inferior- Mas, nós ainda podemos ficar, ainda podemos nos divertir e não nos importarmos com o que quer elas digam- Luna o encarou por alguns segundos.

- Ela praticamente sugeriu que eu fosse sua amante, que tivéssemos um caso- ela estava consternada, como alguém que não a conhecia poderia simplesmente sugerir algo assim?

- Hey, olha pra mim- Paulo pediu a mão do jogador em seu queixo, puxando seu olhar de encontro ao dele.

- Eu não posso imaginar como está se sentindo, mas eu também não posso mentir, quero que fique, que possamos nos divertir um pouco, que aproveite um pouco desse momento comigo- confessou Paulo pela primeira vez sem medo, Luna engoliu em seco demorando alguns segundo antes de dizer algo novamente.

- Tudo bem- ela acenou soltando uma lufada forte de ar- Eu posso fazer isso- o jogador sorriu e lhe estendeu a mão.

Paulo não voltou a se distanciar durante toda a noite, Luna sempre o acompanhava e tinha preferido a companhia de Georgina e a esposa de Buffon, Paulo a puxou para dançar em algum momento e acabaram rindo um pouco enquanto trocavam alguns passos.

- Desculpe pelo que houve essa noite- sussurrou o jogador assim que estacionou em frente ao prédio da mulher.

- Não tem problema- ela sentiu os olhos verdes sobre ela- Sério, no fim eu me diverti muito- confessou com um sorriso- Obrigada.

- Eu que deveria agradecer você- rebateu ele- Eu senti sua falta- confessou ele em um tom quase inaudível, o olhar dos dois se encontrando outra vez, dessa vez tinha uma profundidade neles que poderia quase ser tocada- Em todo esse tempo e hoje quando dançamos e rimos, eu senti saudades do tempo em que éramos apenas dois jovens vivendo sonho- ela sorriu.

- Eu também senti sua falta Paulo, em cada momento- sussurrou ela em uma confissão, quando percebeu eles estavam próximos demais- O que vai fazer Paulo? - sussurrou quando a mão do jogador alcançou seu rosto, os olhos dele perdido nos lábios dela.

- Beijar você- ele sussurrou de volta antes de colar seus lábios aos dela e Luna correspondeu, céus como ela tinha sentido saudades do gosto dele, seu peito aqueceu e ela quase riu de felicidade, era como depois de uma longa viagem, ela estava chegando em casa.


Notas Finais


Quantas emoções em? O que acharam?
O próximo sai em instantes...


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