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História Presságios - primeira versão - Fourteen


Escrita por: Greyavra

Notas do Autor


Ola ola de novo, novamente mais um cap focado nos pais dos meninos. Aproveitando isso vou voltar a perguntar: vcs teriam interesse em saber a historia dos pais dos meninos? Se sim, seria melhor cap bonus/especiais em pressagios ou uam fic somente deles quando presságios terminar?
Deixem suas opiniões nos comentarios, nao esquecem de favoritar caso queiram, boa leitura e ate as notas finais 💜💜

Capítulo 14 - Fourteen


Sírius mantinha seu olhar perdido no antigo escritório do seu pai, sem coragem de seguir adiante antes que seu marido chegasse. Foi com um sobressalto que o cacheado sentiu os braços do mais velho lhe abraçando, trazendo-o conforto e o ajudando a reunir sua coragem para seguir até a sala. Suspirando, ele retribuiu o abraço fortemente antes de soltar o mais alto e se dirigir até a porta.

Assim que o cacheado girou a maçaneta, a voz de Walburga os atingiu em cheio, fazendo com que Black revirasse os olhos.

- Você tem a ousadia de retornar a esta casa depois do que fez?- a voz alta ocupava toda a mansão, quebrando a calmaria do lugar.

- Eu fiz o que era certo.- a voz que respondeu fez ambos congelarem no lugar.- Eu deveria ter percebido o que era certo muito antes e deveria ter seguido meu irmão, o único que realmente se importou com meu bem estar.

Sirius sentiu sua visão borrar lentamente com as lágrimas que brotavam, ele não conseguia acreditar que estava ouvindo aquela voz após tantos anos. Seu coração partia só de pensar que aquilo poderia ser um engano, uma pegadinha maldosa da vida contra ele. Secando as lágrimas, Sírius disparou pelo corredor até a sala da mansão, seu marido logo atrás sendo arrastado pelas mãos que ainda estavam entrelaçadas.

Antes que chegassem e deixassem que sua presença fosse notada, o quadro de Walburga voltou a falar.

- VOCÊ ME DEU O DESGOSTO DE TRAIR O LORD E AINDA ACHA QUE TEM DIREITO DE VOLTAR PRA CÁ.

A voz calma de Régulos soou novamente, parecendo quase entediada ao responder a falecida.

- Não é uma traição se nunca fui fiel a ele em primeiro lugar.- O tom entediado mudou para deboche em questão de segundos.- Caso não se lembre mamãe, você e aqueles doentes fodidos me torturaram e me forçaram a aceitar aquela maldita marca, eu nunca fui fiel aquele lunático de merda e nunca serei.

A resposta afiada do seu filho preferido pareceu inflamar ainda mais a raiva da mulher, insultos e xingamentos não muito graciosos para uma orgulhosa puro sangue eram vocalizados a torto e a direito. Foi nesse momento que o animago finalmente adentrou a sala, arregalando os olhos ao ver que realmente era seu irmãozinho ali, uma versão mais velha e mais cansada de seu irmão, porém era ele.

A confusão estava explícita no rosto do mais velho, afinal passara anos se culpando por não ter feito seu irmão ver que o caminho da família era de longe o pior a ser seguido, havia passado anos e anos acreditando que seu inocente irmãozinho havia se tornado um monstro que obedecia cegamente um filho da puta sem nariz e sem sanidade. Anos e anos sem ao menos tocar no nome dele por não poder lidar com a mágoa e a decepção.

Anos sem ao menos contar ao próprio filho que esse um dia tivera um tio e no fim quem ele tanto acusava era inocente, mais uma vitima dos jogos perversos de sua progenitora. Seu irmão havia sido só mais um obstáculo pelo qual ela havia passado sem piedade. E apesar de seu coração acreditar em cada palavra dita naquela sala, o cacheado ainda sim se controlou, decidido a ir até o fundo de toda aquela confusão antes de finalmente voltar a abraçar seu irmão.

Lucius observou o ambiente, vendo que finalmente os ocupantes da sala pareceram notar as duas figuras paradas na porta. O amor e a saudade brilharam nos olhos de seu cunhado assim que sua atenção repousou no Black mais velho, fazendo-o sorrir levemente e acreditar que finalmente a ferida de seu marido poderia cicatrizar. Finalmente seu marido teria paz e a única família que sempre lhe importou de volta. Os Potters sempre seriam parte da família de seu companheiro, porém eles nunca conseguiriam preencher o vazio que ficou em seu peito após ter que abandonar seu irmão.

Régulos sentiu a felicidade tomar conta de seu corpo ao ver seu irmão e cunhado ali bem na sua frente, ele sabia que teria muito o que explicar para os mais velhos e muito pelo que se desculpar, porém mais importante que isso, ele precisava abraçar seu irmão mais uma vez. Já faziam tantos anos desde a ultima vez que sentiu os abraços acolhedores e protetores de seu irmão, sempre lhe ajudando depois de um pesadelo ou em noites de tempestade.

Então, sem esperar uma reação, Régulos atravessou a sala em segundos, se jogando em cima do mais velho e o segurando fortemente em seus braços, lágrimas trilhando timidamente um caminho pelo seu rosto, a voz embargada quebrando por fim a frágil barreira que Sírius havia erguido.

- Irmão...... eu senti tanto a sua falta.

Sírius sentiu suas lágrimas voltarem e suas emoções dominarem seu corpo, não demorou para que ambos perdessem a força e se encontrassem no chão. Ambos sem vergonha de deixar as lágrimas correrem livremente, sentindo que finalmente poderiam dizer que estavam em casa. O vazio da separação, a magoa e todos os sentimentos ruins sendo levados com suas lagrimas e deixando para trás somente a felicidade e o amor de ambos.

Lucius olhava a cena ainda parado no mesmo lugar, virando levemente para Monstro e pedindo em tom baixo que preparasse um chá e algo leve para comer. Eles teriam uma longa conversa pela frente, e pela raiva e zombaria presente na expressão de Walburga, ela não ficaria de fora desse reencontro. O loiro suspirou, se perguntando porque não haviam incendiado de uma vez por todas o quadro dessa lunática, apesar de que agora ele seria muito útil para conseguir as respostas que precisavam. Talvez quando a conversa acabasse, finalmente Malfoy pudesse convencer seu teimoso esposo a se livrar daquele incomodo.

Decidindo que sua paciência havia se esgotado, a antiga matriarca Black se pronunciou novamente, para o profundo desgosto de todos ali.

- Que cena linda, os dois traidores de sangue juntos.- o sarcasmo transbordava em seu tom de voz.- Os orgulhos da família Black.

O cacheado virou para o quadro, sentindo a raiva subir como fogo por suas veias, a adrenalina acelerando seu pulso e todo o seu ser desejava mais do que nunca queimar ou se livrar daquele maldito quadro, mas ele precisava de respostas antes e ele as teria.

- Você.....- a raiva fez com que a voz do animago tremesse.- Você torturou e obrigou meu irmão a servir um lunático, colocando a vida e a saúde mental dele em risco por um mero capricho e você ainda acha que tem algum direito de tentar nos fazer sentir culpados ou inferiores porque somo pessoas decentes diferente de você.

A expressão da mulher escureceu ainda mais, se ainda estivesse viva provavelmente feitiços estariam voando naquela mansão.

- Não é atoa que papai decidiu te largar o mais rápido possível.- o sorriso debochado de Sírius foi seguido por um grito de fúria da mulher.- Uma pena que o único jeito que ele encontrou de se livrar de você foi tirando a própria vida.

Régulos estremeceu ao lembrar de seu pai, um homem carinhoso e sempre tão feliz que fora quebrado pelos anos de casamento forçado com sua doentia progenitora. Ele não aguentara muito tempo após seu nascimento, porém o mais novo o achava extremamente forte por aguentar o relacionamento abusivo por tantos anos. Ele costumava dizer que ele e seu irmão era seu ponto de luz e felicidade naquela casa, a falta que sentiam dele era enorme e nunca diminuía, mas ambos sabiam que havia sido o melhor que ele pode fazer.

Walburga soltou mais e mais insultos ao ter a verdade esfregada em sua cara, ela sempre soube que seu marido não a amava e era extremamente infeliz no casamento, porém não havia nada que ele pudesse fazer contra o elo que os unia. A família da mulher havia sido muito inteligente ao usar um elo de casamento que levava ao literal o “ até que a morte os separe”. A matriarca sempre achou que ele não teria coragem suficiente para fazer algo assim, principalmente após o nascimento dos dois filhos. Ah, Órion mataria e morreria por seus filhos, eles eram a única coisa que seus olhos viam e nem mesmo eles o impediram de partir.

Cansado da gritaria, Sirius pegou sua varinha e em um movimento leve e curto fechou a cortina que repousava nas laterais do quadro. A voz de Walburga foi diminuindo até que não era mais possível ouvi-la, para o alivio de todos os presentes. Satisfeito, o cacheado virou para o homem a sua frente, lhe ajudando a levantar e sentar em um dos sofás dali, sentando logo em seguida ao seu lado. Nesse exato momento, Monstro chega com o chá e os aperitivos que mestre Lucius havia pedido.

O loiro, por sua vez, se senta em frente ao irmãos, pegando uma xícara e se aconchegando na poltrona que escolhera. Sorrindo levemente ao marido, o animago se vira para Régulos, finalmente falando com ele após tanto tempo.

- Temos muito o que conversar e entender. – um suspiro deixou os lábios rosados, enquanto o mais novo assentia com uma expressão cabisbaixa. – Mas antes disso, quero dizer que estou muito feliz por ter você de volta irmãozinho.

O sorriso tomou conta do rosto do mais novo, finalmente chegara a hora de recuperar sua família.


Notas Finais


Por enquanto os casais que estão ganhando sao Pansione e NevillexBlaise, obrigado a quem votou e a quem deu sugestões.
Mas voltando ao cap de hj, o que acharam? Como acham q vai ser a conversa dos dois? Acham que tem mais segredos pra ser revelados?
Espero q tenha gostado, ate a proxima meus amores 💜💜


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