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História Pressure - Capítulo 48


Escrita por: BatWondy

Notas do Autor


Daqui a pouco publico o próximo. Espero que gostem!

Capítulo 48 - Capítulo 48


Fanfic / Fanfiction Pressure - Capítulo 48

P.O.V. – Bloom

Depois do cinema, fomos comprar algumas roupas. A Stella ainda me levou a um Spa e ao cabeleireiro onde ela costuma ir.

Até que me diverti bastante… Com toda a animação da minha amiga por estarmos a passar um dia juntas, não tive tempo para pensar em nenhum dos dois, o que foi ótimo. À noite disse a Daphne tudo que disse à mãe, mesmo ela estando mais a par, não fazia ideia de algumas coisas.

Durante o resto da semana evitei ao máximo fazer o que não é típico de amigos com o vizinho. Agora sim, somos realmente apenas amigos. Vamos à mesma para a faculdade juntos, estudamos uma ou outra vez juntos, como também passamos algum tempo a ver séries e assim. Só… não temos as mesmas intimidades de antes. Sem beijos, sem toques em sítios mais íntimos, sem muito colo ou elogios. No fundo, estamo-nos a preparar para quando estiver com o Andy…

Falando no Andy, sai algumas vezes com ele para almoços, lanches e coisas assim. Ele tem sido sempre muito querido… mais do que pensei que ele fosse. E se calhar, o “estarmos juntos” acontece hoje… já que me estou a preparar para ir ao concerto… ou seja… amanhã sei o nome do vizinho.

Assim que fiquei pronta saí do meu quarto, saí do meu quarto, decidi-me por um vestido vermelho, curto e com as costas um pouco expostas. Deixei o cabelo solto e fiz uma maquilhagem leve.

A Daphne usava um vestido verde água, um pouco mais comprido do que o meu, mas com um decote um pouco maior.

-Estás sempre tão linda, mana – disse ela, quando me viu.

-Obrigada, tu também!
-Vamos lá?

-Sim!

Saímos do apartamento, chamamos o elevador, que veio do andar de cima. Quando as portas abriram vimos o vizinho. Usava umas calças azuis tipo fato de treino justas, uma t-shirt branca e um casaco, também azul. Trazia um saco de desporto a tiracolo.

-Olá, meninas! – cumprimentou ele, sorrindo para nós.

-Olá! – respondeu-lhe a Daphne.

-Estão magníficas! Vão ao concerto?

-Sim – continuou a minha irmã – E obrigada. E tu vais para onde?

-Vou ao ginásio com um amigo. Ao contrário de mim, ele não tem um mini ginásio em casa.

-Às 21?

-Sim.

-Há alguma coisa aberta a esta hora?

-Ele trabalha lá… então… teve a ideia de mais ou menos aberto 24 horas por dia. Fecha das duas às seis da manhã. De resto está sempre aberto.

Chegamos ao -1 e saímos os três do elevador.

-Acho um exagero sair à noite para isso – continuou a minha irmã.

Ele sorriu.

-Também acho… Até já tive a minha dose de treino hoje. Mas, por conta do concerto, hoje só lhe sobrei eu no círculo de amigos, para além da dona do ginásio. Ele fica-me a dever uma.

-Não te esforces demasiado. Já estás muito bem assim.

-Obrigado, Daphne! Agora só tento mesmo manter o corpo. Não quero mais do que já tenho.

-Fazes bem!

Ele olhou para mim e sorriu, a Daphne despediu-se rapidamente dele e afastou-se antes de eu conseguir fazer algo, deixando-me sozinha com o vizinho.

-Está tudo bem, Bloom?

-Meio nervosa. Não estou acostumada a sair a esta hora.

-Eu sei… Vai correr tudo bem, não te preocupes. E qualquer coisa, já sabes, podes ligar e vou-te ajudar no que quer que precises. Estou sempre disponível para ti.

-Obrigada!

-Não precisas de agradecer, faço com todo o gosto. Amanhã sempre me vais perguntar o nome?

-Sim, em princípio.

-Combinamos alguma coisa? Almoço ou assim?

-Não sei…

-Podíamos também ir ao parque… tenho algo que te quero mostrar.

-Está bem… eu aviso-te quando poder. Agora tenho de ir.

-Certo! Até amanhã, Bloom!

-Até amanhã!

Ele foi para o seu carro e eu segui para o da Daphne, que arrancou de imediato.

-Desculpa fugir – começou ela, soube que se referia ao facto de se ter afastado rapidamente sem avisar – Achei que precisavam de falar… Não disseste nada enquanto eu lá estava.

-Não havia nada a dizer.

-Está bem… o que importa é estares bem… Vamos lá?

-Sim!

-Só espero que tenhas tomado a decisão certa.

-Eu também!

-E tens a certeza de que está tudo bem entre tu e o vizinho? Parecem bem afastados.

-Sim, está tudo bem, somos verdadeiramente apenas amigos agora e não mais do que isso, por isso essa diferença de que falas. Já não nos lançamos um ao outro agora. E talvez seja mais fácil começarmos depois uma relação.

-Ok, tu é que sabes.

-Como vamos fazer? Vais buscar agora o Ed ou…

-A Stella vai estar à entrada à tua espera, eu deixo-te lá com ela e depois vou buscar o Eddy.

-Está bem! Depois volto com quem?

-Vou tentar levar-te mas…

Sei perfeitamente que ela pretende ficar com o Ed até mais tarde e talvez passarem a noite juntos. Então…

-Eu tento a Stella e o Andy primeiro. Talvez também pergunte ao vizinho. Só se ninguém puder é que me levas.

-Está bem!

Chegamos, eu saí do carro, sendo imediatamente abraçada pela Stella, que mal vi se aproximar.

-Bloom! Estás sempre tão bonita! – elogiou ela.

-Sem exageros, Stella. Estás mais do que eu.

-Eu não estou a exagerar! Pergunta a qualquer pessoa que passe por aqui. E obrigada!

-Esperamos ou entramos?

-Podemos entrar, o Brandon já está sentado numa mesa para nós. A Daphne depois liga ou manda mensagem e dissemos-lhe onde estamos.

-Certo!

Entrei na espécie de café, seguindo a minha amiga. Rapidamente reconheci o Brandon, que acenou mal nos notou. Seguimos na sua direção. A Stella sentou-se ao seu lado e eu fiquei ao lado dela.

Talvez não tenha sido boa ideia… Até ao Andy aparecer vou ser a “vela”, isto se ele se quer tiver tempo e eu não ficar a noite toda sozinha a fazer esse papel. A Flora e a Tecna não puderam, ou não quiseram vir, então fico realmente sozinha.

Enquanto a Stella e o Brandon namoriscavam fiquei a observar o ambiente à minha volta. Bem mais calmo e agradável do que a festa do Brandon. Pelo menos, com um público mais seletivo. Não se vê adolescente podres de bêbados pelos cantos.

Notei uma agitação numa das entradas, vi o Andy chegar com um grupo, que suponho ser o resto da banda.

Reparei que ele olhava em volta, assim que os nossos olhares se cruzaram ele sorriu. O grupo dele sentou-se numa mesa e ele veio para junto de nós. Sentando-se ao meu lado.

-Olá, Bloom!

-Olá!

-Estás muito bonita, como sempre.

-Obrigada!

-Espero sinceramente que gostes!

-A que horas começam?

-Daqui a uma hora! Depois levo-te a casa?

-Podes?

-Sim, posso tirar 10 minutos para te levar.

-Obrigada!

-A tua irmã fica com o namorado?

-Acredito que sim! Também, com ele aqui não a quero incomodar.

-Compreendo!

-E até começar? O que vais fazer?

-Pretendo ficar aqui um pouco contigo, depois vou para junto da minha banda.

-Está bem!

-Não queres beber nada, ou comer?

-Estou bem, obrigada!

-Sério?

-Comi antes de vir.

-Porquê, linda?

-Eu não gosto de comer qualquer coisa.

-E eu posso saber do que gostas, linda?

-Depende muito do meu estado de humor.

-Como disse no outro dia, és de apetites.

-É... bastante!

-Espero conseguir entender os teus apetites.

-Com um pouco de esforço chegas lá.

-Podes contar com isso, gatinha!

Notei um dos membros da sua banda vir na nossa direção.

-Vamos, Andy?

-Claro!

O seu colega afastou-se e o Andy sorriu para mim.

-Vou indo, Bloom! Espero sinceramente que gostes e que te divirtas!

-Obrigada!

Ele beijou a minha bochecha e afastou-se. Seguindo a sua banda.

Suspirei, devo ficar sozinha uma hora ou meia. Durante este pedaço de tempo até começar, durante o concerto e um pouco depois do mesmo.

Olhei para a Stella, que continuava nos encantos do Brandon. Foi nesse momento que a minha irmã chegou com o Ed. Vieram imediatamente para junto de nós e ela sentou-se ao meu lado.

-Minha maninha linda! - disse a minha irmã, abraçando-me - Tudo bem? Ele já chegou?

-Sim!

-E?

-Daphne!

Ela sorriu e afastou-se.

-Em casa?

-Obviamente!

-Eu acho... O Ed...

-O Andy disse que me levava.

-És sempre um amor, Bloom!

-Claro, quando te faço os favores todos!

Ela riu.

-Uma pena que tenhas de estar "sozinha" enquanto ele dá o concerto.

-Sim.

-E não te importas?

-Estou habituada a estar sozinha.

-Infelizmente...

-Não é algo mau.

-Uma foto?

-És tão chata! Sim, pode ser!

-Obrigada!

A minha irmã preparou o seu telemóvel, depois de duas ou três tentativas saiu uma boa, que ela publicou.

-És tão linda, maninha! - comentou ela sorrindo para mim - Já te disse?

-Sempre que aceito tirar uma foto contigo.

-Acho que começo a ficar previsível...

-Um pouco.

-Bem, vou dar um pouco de atenção ao Eddy, se não te importares.

-Está à vontade!

Peguei no meu telemóvel, notei uma mensagem. É do vizinho.

Um vídeo...

Olhei em volta, não parece que o Andy vá começar o concerto já. Tirei os fones da minha bolsa e iniciei o vídeo. Ao início aparecia o chão, depois ouvi uma voz que não consegui reconhecer.

“Vejamos… Quem será está Bloom com um monte de corações no nome? De certeza que ela vai gostar de te ver treinar, Senhor Abs Definidos”

Que o meu nome estava cheio de corações nos seus contactos, já eu sabia. Mas ri com o  apelido que o homem do vídeo lhe chamou. Acho que ainda não tinha pensado nesse, mesmo sendo bem óbvio, dado o corpo escultural do meu vizinho. Talvez, tal como ao Brandon nunca lhe escapou o seu nome, tenha dito aos amigos que eu não o queria saber.

A câmera passou a focar no Tarado, estava de tronco nu e batia velozmente e com bastante força num saco de boxe.

Passei a ouvir uma voz feminina que também desconheço, talvez a dona do ginásio.

“Não faças isso, Nex! Pode ser um amor não correspondido”

Ouvi o Nex e a que suponho ser dona do ginásio rirem, a seguir o vizinho olhou para eles. Deu mais um soco, este mais forte que todos os anteriores e veio na direção da câmera, enquanto ambos continuavam a rir, notei estar chateado e com razão.

“Que pensam que estão a fazer com o meu telemóvel?”

Logo depois o vídeo terminou. Suponho que o Nex tenha terminado o vídeo rapidamente e me enviado logo a seguir. Sorri, enquanto guardava os fones. Recebi uma mensagem do vizinho logo depois. Talvez assim que conseguiu o aparelho de volta.

“Bloom?”
“Sim?”

“Desculpa-me! Tenho amigos idiotas”
“Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”
“Chamaste-me idiota indiretamente?”
“Ahahah serviu-te a carapuça?”
“Tão má!”
“Só um pouco, Abs Definidos”
“Não me envergonhes mais do que já estou” “Andam os dois a cantar aquela música dos namorados que os miúdos cantam, só para me provocar”

“Vai logo para casa, estás aí a mais, para além de estar tarde”
“Mandona!” “E eu tinha-os deixado sozinhos, eles é que vieram atrás de mim para se meterem comigo”
“Coitadinho!” “Mas está realmente tarde!” “Vai para casa”

“Preocupada?”
“Não quero que aconteça nada ao meu fornecedor de bolos um dia antes do dia do bolo”

“Tão fofinha!” “Eu já vou” “Mas tens de me mandar mensagem quando chegares, ou vens a minha casa” “Para combinarmos para amanhã” “Estou super entusiasmado, vais finalmente saber o meu nome!”
“Certo!”
“Estás a gostar da noite?”
“Meio chata até agora, mas tudo bem”
“O Andy deixou-te plantada?”

“Ele tem de ir com a banda tocar!”
“Hum… sei…”

“Pára com isso!”
“Está bem, deixo-te com o teu músico” “Beijinhos, princesa <3”

“Tchau, idiota!”

Guardei o telemóvel e notei movimento na espécie de palco. Umas luzes focaram nos membros, em especial no Andy, que tinha o microfone. Também segurava uma guitarra. Junto dele estava um baterista, outro com uma guitarra e uma mulher de cabelo ligeiramente comprido, talvez azul, que tinha um teclado e também tinha o seu microfone.

O Andy apresentou a banda e cada membro. Mark, Rio e Musa. Logo a seguir começaram a tocar. Têm uma boa vibe e ele canta realmente bem. Tocar já sabia que o fazia bem, já que  ele me mostrou naquele dia que passamos um tempo juntos.

Tocaram 4 ou 5 músicas antes de darem o lugar para outra banda. A Musa cantou uma das músicas, tem uma voz espantosa. Não pensei que tivessem tanto talento. Imaginei realmente que seriam um grupo bem amador sem nada de especial. Fico feliz por ter vindo.

Pouco depois de saírem do palco o Andy veio até mim.

-Queres ir embora já? - perguntou ele, sentando-se ao meu lado.

-Sim! Começo a ficar cansada, não estou habituada a estar fora de casa até esta hora.

-Espero que te habitues, saber que me estarás a ver de certeza que me dará sorte.

-Não estou sempre disponível para este tipo de coisa.

-Imagino, nem te obrigaria a tal. Mas estares presente um dia ou outro é suficiente.

-Certo! Vamos?

-Sim!

Olhei para a Stella e a para a minha irmã, ambas demasiado focadas nos seus pares. O Andy estendeu-me a mão e eu aceitei, mantivemo-las entrelaçadas até chegarmos ao carro dele.

Entrei para o lugar do passageiro e ele para o do condutor.

-E hoje, posso entrar contigo?

-Andy!

Ele sorriu.

-Estou só a brincar!

O mesmo ligou o carro e arrancou, fazendo o caminho para minha casa.

-Gostaste do concerto?

-Sim! Não imaginei que fossem tão bons.

-Isso é um elogio? - perguntou ele, divertido - Imaginavas que seríamos o quê?

-Um grupinho que com alguma sorte consegui entreter pessoas já não propriamente sóbrias.

O Andy riu.

-Às vezes tem de ser. Vamos onde nos dão mais dinheiro quando precisamos, vamos onde ganharemos mais fãs quando estamos bem financeiramente... Não somos famosos, então fica um pouco complicado gerir tudo.

-Imagino.

-Mas gostaste mesmo?

-Sim, Andy! Tocam muito bem e ela tem uma voz espantosa.

-Foi a melhor aquisição! Nem poderíamos acreditar que havia um talento daqueles no nosso grupo de amigos/conhecidos.

-E tu também cantas muito bem!

-Oh, obrigado! Haverei de compor uma música especialmente para ti.

-Fico à espera!

-Estás tão mais simpática que nos outros dias, que bicho te mordeu, Bloom?

Ri um pouco.

-Eu disse que se tornaria mais fácil ao longo do tempo.

-Ótimo! Fico feliz por isso!

-Mesmo?

Ele sorriu, também sorri de volta.

-Vejo esse teu lindo sorriso mais facilmente, é claro que é bom.

-Certo!

Acho que mais rápido do que gostaria chegamos ao meu prédio.

-Vemo-nos segunda, Bloom?

-Sim, claro!

-Perfeito!

Olhei para o Andy, que sorria para mim. Quero beijá-lo desta vez. Quero muito tê-lo para mim. Ele tem sido muito querido estes dias. Acho que foi uma boa decisão, não acredito que ele me vá tratar mal. Senti que comecei a morder o lábio.

Antes mesmo de perceber, os seus lábios ficaram a milímetros dos meus.

-Disseste que aconteceria antes do final do mês... - murmurou ele.

Ao falar roçou levemente os seus lábios nos meus. Está tão quente!

-Hoje parece-me bem, não? - perguntou ele - Ou preferes esperar por segunda?

Não respondi. Optei por completar a distância que falta, selando os nossos lábios. Senti o seu sorriso durante o beijo. Quando nos afastamos constatei que realmente sorria, tal como eu.

-E namorar, podemos? - perguntou o Andy, ainda sorrindo para mim.

Beijei-o mais uma vez, um selar de lábios rápido.

-Depois de um pedido mais elaborado, talvez aceite - disse eu abrindo a porta do carro - Boa noite, Andy!

Ele suspirou, apesar de parecer estar longe de ter ficado desapontado.

-Boa noite, linda!

Continua...



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