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História Pretty Hurts - Não vai voltar


Escrita por: jackpecado

Notas do Autor


Desculpem pela demora p postar, eu escrevi esse capítulo MIL vezes e nunca parecia bom o suficiente... porém, ai está

Capítulo 11 - Não vai voltar


Fanfic / Fanfiction Pretty Hurts - Não vai voltar

Demorei um tempo para entender o que tinha acontecido. Shawn me contou que um dos "amigos" de meu pai veio para cima de mim. Talvez para me beijar, talvez para me bater ou talvez para me estuprar. Ninguém sabia. Eu desmaiei na hora e o cara me ergueu como se eu fosse de pano. Meu pai e os outros amigos apenas ficaram olhando e, alguns, rindo da situação. Shawn gritou, chamando Jack G, e então foi para cima do homem.

Foi um erro quase fatal.

O homem praticamente me jogou no chão, e partiu para cima de Shawn. Eles cairam em cima de mesa, e a quebraram. Jogaram almofadas, o abajur, e tudo o que encontraram pela frente. Meu pai continuava sentado, apenas observando a cena.

Jack G só teve tempo para ligar para a polícia, pois quando o viu, outro amigo se levantou e foi atrás dele. Jack me contou que eles correram pelo gramado e pela rua. A sorte dele foi que o homem era tão gordo que não conseguia se mover tão rápido.

Quando a polícia chegou, alguns homens meteram o pé, mas aquele que bateu no Shawn e o que correu atrás de Jack mal tiveram tempo de se moverem. Ficaram na mira da arma, e eu continuava no chão, jogada, sem ter noção de nada.

- Uau - eu disse, quando Shawn terminou de me contar.

Ele segurou minha mão. Jack pegou água com açúcar para eu me acalmar. Sabia que aquilo não adiantaria, mas tinha um efeito tão pisicológico que me senti mais calma.

- E meu pai? - perguntei, quase engasgando.

Shawn e Jack se entreolharam.

- Seu pai fugiu - disse um policial. Apenas uma viatura havia permanecido na minha casa, para ver se estávamos bem e se alguém voltaria.

Franzi a testa e olhei ao meu redor.

Realmente, nenhum sinal de meu pai. Apenas a mobília de minha casa jogada por todo lado.

Coloquei a cabeça entre minhas mãos. Aconteceu tudo tão rápido que eu nem tivera tempo de reagir. Apenas desmaiei como uma frágil e indefesa dama.

- Obrigada por me defender - eu disse, quase como em um sussurro.

Eu podia sentir Shawn sorrindo. Ele tinha me escutado.

- Mais dois foram encontrados - disse o outro policial, entrando pela porta de casa. Os quatro se entreolharam: Shawn, Jack G e os dois policiais. Eu odiava quando faziam isso.

- Eles vão ser presos? - perguntei.

- Idenficamos os seis amigos de seu pai - disse o guarda mais jovem - todos tem ficha criminal e um deles, inclusive, foi acusado de estupro e assassinato.

Engasguei de novo.

- O que me atacou? 

Ele concordou com a cabeça. Congelei pensando que poderia ter sido morta ou estuprada por aquele homem. Como meu pai podia deixar pessoas assim entrar em casa?
- Meu pai não tem ficha criminal - eu disse, quase que imediatamente.

Shawn apertou minha mão. Ele não a largara desde que eu havia acordado, por mais que seu olho estivesse roxo e seu lábio sangrando. Estava cheio de hematomas no braço também, mas ele disse que "não foi nada".

- Nós sabemos, senhorita. Mas ele fugiu de autoridades, e isso vai contar um pouquinho - disse o policial.

Tentei manter a calma. Respirei. Contei até 10. Mas não conseguia parar de pensar na besteira que meu pai tinha feito.

E o pior: eu não o odiava por isso.

Ouvi o ronco de um motor. Era o único barulho naquela noite silenciosa. Aguardávamos a confirmação de que todos haviam sido pegos - inclusive meu pai - para que eu finalmente pudesse descansar.

- Me desculpe pela falta de respeito. Vocês querem um café? - perguntei aos policiais. Eles sorriram e me levantei para fazer café.

Eu estava um pouco tonta - admito. Mas não queria ficar naquela sala,  na cena do crime, com a mesinha de centro quebrada, o abajur no chão e quadros tortos nas paredes.

Olhei pela janela da cozinha, que dava para o quintal do vizinho. Eu queria que meu pai passasse correndo, que ele entrasse em casa e me abraçasse. Que disesse que tudo ficaria bem. Mas eu sabia que isso não iria acontecer, e estremeci com a possibilidade de nunca mais viver com meu pai.

Lágrimas começaram a brotar de meu olho. Era culpa minha. Se eu não tivesse vindo para os Estados Unidos, minha mãe e meu irmão não teriam morrido, meu pai não seria acoólatra e seu amigo não tentaria me estuprar.

Mas eu não conheceria Shawn.

Pensar em minha vida sem Shawn foi horrível. Eu não teria amor. Eu não teria amigos. Eu não teria - quase - nada.

- Ta tudo bem aí? - perguntou Jack G, entrando na cozinha.

Limpei minhas lágrimas e voltei a fazer o café.

- Ta, tudo bem - respondi.

- Se não estiver tudo bem, você pode me falar.

Eu me virei. Shawn estava na sala, conversando com os policiais. Apesar das marcas em seus braços e rosto, ele continuava sorrindo. Provavelmente contava uma de suas histórias para os homens, e eles riam.

- Eu me sinto culpada - sussurrei.

Ele concordou com a cabeça e se sentou. Continuei: 

- Por Shawn ter entrado numa briga com um cara três vezes o tamanho dele para me defender. Por eu botar a vida dele em risco. Por ele estar sempre fazendo qualquer coisa para me fazer bem.

Quase me ajoelhei no chão de tanto chorar. As lágrimas escorriam sem nem eu perceber. Elas só queriam sair, e eu deixava.

- Quando a gente ama alguém, não importa o que tenhamos de fazer, essa pessoa vai estar sempre em primeiro lugar - disse Jack.

- Você acha que ele me ama?

Seus olhos se voltaram para Shawn na sala, assim com os meus. De novo, lá estava seu sorriso encantador. Ele me olhou de volta e parecia que seu sorriso aumentou.

- Shawn não entraria na frente de um cara enorme por qualquer garota - disse Jack - ele te ama.

Meu mundo se revirou e parecia que ele havia tirado um peso enorme de minhas costas. Todos os problemas foram embora e percebi que se Shawn me amasse, eu não precisaria de mais nada.

 

Cada dia que passava eu perdia mais as esperanças de rever meu pai. Ele parecia envergonhado demais para voltar e, como eu o conhecia bem, o orgulho falaria mais do que a saudade de mim. Isso se ele sentisse saudade.

Meu coração ficava mais frio e cheio de amor por Shawn, e ele era o único que eu tinha olhos. Não posso negar que uma vez ou outra me pegava pensando em Cameron, mas eu só queria nunca ter beijado ele. Era uma lembrança passageira. Toda vez que meus lábios tocavam os de Shawn, eu me sentia no paraíso. E quando deitavamos juntos, seus braços me protegiam como se ele fosse um herói. E, cá entre nós, ele era meu super-herói.
 


Notas Finais


Ainda vem muitas surpresas por ai, eu prometo


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