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História Primeiros - So...


Escrita por: Red_Tomato

Notas do Autor


OLÁ TOMATINHOS! ESTOU MUITO ANIMADA COM ESTE CAP! AI DEUSES.
VOCÊS ESTÃO BEM?
Então... falando rapidinho aqui, não estou mais conseguindo postar toda semana, porque bem.... VESTIBULAR CHEGANDO E EU TO TENTANDO NÃO TER UM COLAPSO.
Espero que gostem do cap... ele não está tão grande porquê bem... foi um cap complicado de escrever, quase tomei chá de camomila para acalmar, então acabei por dividir ele...
Até lá embaixo!

Capítulo 20 - So...


Fanfic / Fanfiction Primeiros - So...

 

PERCY POV

 

Annabeth não quis mais conversar com ninguém. Ela não estava bem e queria ficar um pouco afastada. Respeitei, afinal, ela acabou de perder a mãe de maneira nunca imaginada.

Fiz tudo o que pude para organizar as coisas por aqui. Conversei com o reitor da universidade sobre algumas faltas, pois eu iria acompanhar Annabeth até São Francisco.

Todos que não poderiam estar presentes mandaram mensagens e áudios de pêsames à Annabeth. Thalia pediu um milhão de desculpas por não estar junto num momento como este – ela e Luke estão muito mais que ótimos em Amsterdam. Nico e Will foram ao apartamento logo que souberam, junto com Hazel, eles passaram a tarde conversando com Annabeth.

Quando chegamos em São Francisco, fomos direto ao local de sepultamento. O tempo estava corrido. O lugar estava repleto de flores dos mais diversos tipos. O pai de Annabeth estava num canto, com o rosto inchado e conversando com os pais de Piper (Afrodite e Tristan). Annabeth solta minha mão e corre até seu pai. Eles se abraçam por muitos minutos; cumprimentei os pais de Piper e esperei por um momento até Annabeth e seu pai se separarem.

 

- Olá, Percy – sr. Chase me cumprimentou com um aperto de mão. Eu não sei muito o que falar e tento me fazer de forte por Annabeth, criei muita afeição por Atena, ela me tratava extremamente bem e todas as vezes que nos encontrávamos, era como se ela estivesse encontrando um filho.

- Meus pêsames pela perda, sr. Chase. Atena era uma pessoa maravilhosa – é o máximo que consigo dizer e sinto meus olhos marejarem um pouco.

- Sei que você também sente a perda, Percy – sr. Chase limpa um pouco suas lágrimas e afaga o ombro de Annabeth. Sorrio levemente.

- Eu vou ver se acho a Piper em algum lugar – Annabeth diz tentando se recompor.

- Quer que eu vá com você? – me ofereço.

- Não precisa, vou ao banheiro, primeiro. – Annabeth se afasta rapidamente.

- Ela não está lidando muito bem – sr. Chase comenta triste.

- Não mesmo. Não consegue dormir desde a notícia, Nico e Will conversaram um bom tempo com ela, além de mim e minha mãe, mas não há muita coisa que consiga acalma-la pelo menos por algumas horas – expliquei preocupado.

- É difícil de acreditar, às vezes parece que ela ainda está aqui. Enquanto estava organizando as coisas, parecia que ela estava ali comigo ainda. Dormir também não tem sido a melhor coisa a se fazer, fecho os olhos e a imagem dela em meus braços... – sr. Chase começa a contar e se desmancha. Imagino o quão difícil foi ver sua mulher partir assim.

Faço a primeira coisa que me vem à cabeça e o abraço. Com cuidado, levo ele até uma área que não tenha muitas pessoas e o deixo chorar.

- Me desculpe por isso, Percy – ele diz se afastando.

- Tudo bem, o senhor não precisa segurar. Quando sentir vontade é só botar para fora. Eu sou horrível em dizer alguma coisa que conforte e me sinto muito mal por não conseguir ajudar inteiramente Annabeth e o senhor, neste momento – começo a dizer e respiro fundo. -, sei que Atena fará muita falta, eu à admirava muito, assim como admiro o senhor, não sei como será a partir de agora, provavelmente a Annie não vai querer voltar para Nova Iorque, por hora...

- Está tudo bem, Percy, só por estar com ela nesse momento e vir até aqui, já é um ótimo apoio, mas Annabeth não pode deixar os estudos, é um momento de luto, porém, se Atena estivesse aqui, não a deixaria largar os estudos dessa forma. Além do mais, não sei se ela te deixaria lá em Nova Iorque. – sr. Chase me interrompe.

- Não sei se eu seria um motivo para fazer contrapeso na decisão dela – digo sentindo meu coração apertar. Não queria que Annabeth me deixasse, mas também sei – conhecendo Annabeth tão bem quanto à conheço – que ela não vai querer deixar seu pai morando sozinho aqui em São Francisco.

- Percy, ela ama você. Sei que é estranho você ouvir isso de mim, mas é a mais pura verdade. Atena sonhava com o dia que vocês se casariam e se mudariam para a Austrália, até já fez o presente de casamento – sr. Chase diz sério. Chega ser até difícil em acreditar no que acabei de ouvir.

- Presente? – indago curioso.

- É... está no meu escritório... depois eu lhe entrego, ela me mataria se visse eu entregando antes de hora, mas creio que seja uma forma de lhe mostrar que ela apoiava muito que vocês fossem mais adiante na relação.

- Olha, sr. Chase, me desculpe, mas não sei mais se tudo o que eu esperava será possível. Annabeth será incapaz de deixar o senhor sozinho.

- Percy, preste atenção, eu sou capaz de me cuidar sozinho, tenho meu trabalho.

- Essa não é a questão, sr. Chase... Annabeth conversou comigo e disse que não conseguiria viver sabendo que o senhor estaria sozinho aqui.

- Não vou deixar que ela abandone o que construiu em Nova Iorque, por minha causa, ainda mais deixar que não vá morar na Austrália com você. Eu quero que Annabeth construa sua vida, Percy, quero que ela tenha a independência que sempre quis e não pare tudo que ela sonhou por minha causa. Atena me contava praticamente tudo que Annabeth falava, ela sonha em criar uma família com você, ter uma casa grande, filhos, o emprego dos sonhos... tudo isso ao seu lado e eu não quero que ela pare tudo por mim – sr. Chase explica com lágrimas nos olhos. – sei que não vai ser fácil, com um tempo esperamos que a dor amenize um pouco, eu amava e ainda amo Atena, nunca me vi seguir a vida sem ela, mas agora estou aqui e quero que Annabeth tenha uma vida da mesma forma que nós sonhamos para ela.

- Tudo bem, entendi – é o máximo que consigo dizer tentando assimilar tudo que ouvi. Annabeth e eu conversamos várias vezes sobre o futuro, mas eu sempre fiquei um pouco preocupado sobre o que seus pais achariam disso. Fico aliviado por saber que eles aprovam, principalmente o sr. Chase.

- Só peço que esteja sempre com ela – ele aperta meu ombro, carinhosamente.

- Sempre vou estar, não importa o momento – digo sorrindo leve. – Eu a amo muito, sr. Chase.

- Sei que sim – ele diz se levantando. – Vamos entrar, já está quase na hora.

Assinto e sigo sr. Chase para dentro do local de velório. Encontramos Annabeth junto a Piper, ela está com o rosto vermelho e sinto meu coração despedaçar em milhões de pedaços. A puxo para um abraço.

- Eu te amo tanto – sussurro em seu ouvido.

- Eu também te amo – ela diz me olhando. Limpo uma lágrima que escorre em seu rosto.

- Ela também lhe amava muito, Annie, e sei que está nos observando de algum lugar. – Annabeth assente levemente e me abraça novamente.

 

Creio que não seja a melhor coisa em descrever um velório/sepultamento. Foi triste, muito triste. O dia estava lindo, raios de sol foram diretamente no caixão na hora que era rebaixado. Fiquei abraçado à Annabeth e sr. Chase por todo momento.

No caminho para a casa de Annabeth, ninguém falou nada. Jantamos e fomos aos quartos. Sr. Chase foi diretamente ao seu quarto desejando um simples “boa noite” e beijando a testa de Annabeth.

Me deitei na cama com o celular e fui respondendo algumas mensagens sobre como estava sendo as coisas por aqui. Rachel estava extremamente preocupada, assim como a minha mãe e Thalia; deixei-as mais tranquilas. Meu pai me mandou mensagens também e áudios de voz para Annabeth, ela ficou extremamente grata por ele. Guardei o celular e fiquei esperando que Annabeth saísse do banheiro.

- Eu devo estar horrível – ela diz se deitando ao meu lado.

- Não se preocupe com isso, para mim você está sempre maravilhosa – digo abraçando sua cintura e ela se aconchega em mim.

- Estou preocupada com o meu pai, Percy.

- Sei que está e não precisa. Ele conversou comigo a tarde. – Annabeth me olha curiosa.

- O que ele disse?

- Resumindo, ele disse que não queria que você passasse para decidir as coisas com base na vida dele – conto à ela com cautela.

- É complicado, não quero deixa-lo sozinho – Annabeth diz triste.

- Eu sei que não, meu amor, mas você não pode deixar tudo – digo acariciando seu rosto.

- Não vou deixar... – Annabeth diz pensativa. Percebo que ela está indecisa.

- Não vamos pensar nisso agora, tudo bem? Foi um dia cheio... durma um pouco – digo acariciando seu rosto e encosto nossos narizes.

- Tudo bem – ela sussurra. – Te amo tanto.

- Eu também, Sabidinha. Durma bem – sorrio levemente e dou-lhe um beijo na testa.

 

Annabeth deita sobre meu peito e não demora muito até eu sentir sua respiração mais pesada. Não tenho sono e isso me irrita muito. Queria conseguir dormir, mesmo cansado, não consigo. Decido pegar um copo de água, talvez sentar um pouco na cozinha me acalme um pouco, ver Annabeth daquele jeito me deixou pior do que imaginei.

 

- Percy, não consegue dormir? – me assusto com a voz de Frederick na sala de estar.

- Ah, oi, sr. Chase – tento me recuperar do susto. – sim, não consigo pegar no sono.

- Entendi. Acho que essa é uma boa oportunidade para eu mostrar o presente de Atena. Vamos ao meu escritório – sr. Chase se levanta do sofá e segue até a última porta do corredor.

O escritório era todo em madeira. Uma imensa estante cheia de livros cobria a parede à direita da porta, haviam duas mesas, uma do sr. Chase e outra de Atena, alguns porta-retratos estavam sobre as mesas, outros pendurados na parede; folhas estavam espalhadas pela mesa.

Sr. Chase foi até a mesa de Atena e abriu a última gaveta, de lá, ele tirou um envelope grande, de papel pardo e com uma escrita que eu só fui entender quando peguei. “Projeto de casa, Percy e Annie”.

Olhei incrédulo para o sr. Chase. É um pouco assustador pensar em já construir uma casa, afinal, não estávamos nem noivos, ainda.

- Abra, veja o que acha – ele me incentiva e se senta numa poltrona. Abro o envelope cuidadosamente. Há vários papéis, no rodapé de cada um, há o nome do que é o cômodo desenhado. Tem a planta da casa, com todos os detalhes para a construção – não entendo nada -, plantas e tudo, fora os desenhos em 3D.

- Não é só isso, ela fez o projeto num aplicativo de computador, pode ver se quiser, está aberto no computador. Ela estava conferindo antes de irmos ao restaurante – sr. Chase sorri triste e eu corri para o computador.

O projeto é maravilhoso, sr. Chase me disse que eles haviam entrado em contato com o meu pai para conversar sobre o clima e o terreno do lugar que a casa seria construída. Ela é toda com janelas enormes, a sala tinha algumas partes de teto de vidro, a cozinha era grande, tinha um quintal enorme, cada cômodo tinha seus nomes.

 

“Quarto dos meus amores”

“Hóspedes”

“Futuro netinho(a) 1”

“Futuro netinho(a) 2”

 

Foi difícil não me emocionar ao pensar que ela não estará aqui para ver todo esse projeto acabado, mobiliado, com os netos brincando em seus respectivos quartos e todos reunidos num almoço durantes as férias.

- É perfeito – suspiro sorrindo.

- Ela era uma ótima profissional, acho que nunca havia a visto tão animada enquanto projetava algo. Falava: “Imagine Frederick, as crianças correndo no gramado e deixando Annabeth maluca por causa da bagunça. (...) Acho que ficou muito grande, ela não vai dar conta de limpar tudo, embora eu ache que o Percy será um ótimo marido e vai ajudá-la” – sr. Chase diz saudoso.

- Se depender de mim, isso tudo vai ser concretizado – digo sonhador.

- Assim espero, Percy – sr. Chase diz sorrindo. – vou me deitar. Espero que consiga descansar.

- Boa noite, sr. Chase – desejo à ele e volto a   

- Boa noite.

 

(...)

 

- Onde você estava? – Annabeth pergunta assim que entro no quarto.

- Achei que estava dormindo – digo surpreso ao ver Annabeth acordada.

- Eu fui ao banheiro e vi que você não estava...

- Não conseguia dormir e desci para pegar um copo de água. Fiquei conversando com o seu pai – expliquei me deitando na cama.

- Sobre o que falaram? – ela pergunta curiosa.

- Muitas coisas – digo tentando esconder sobre o que de fato conversamos. O projeto da casa vai ser uma surpresa para ela.

- Percy, não esconda as coisas de mim – Annabeth fica séria.

- Não estou escondendo. Falamos um pouco sobre a sua mãe, sobre você... várias coisas. Não se preocupe, Sabidinha – digo a puxando pelo braço e a fazendo deitar ao meu lado.

- Entendi. Tudo bem – ela ainda está cansada.

- Vamos dormir agora. Estou realmente cansado...

 

Abraço Annabeth pela cintura e fecho os olhos buscando pelo meu sono que, graças aos deuses, não demorou para chegar.

 

(...)

 

- Ele é meu pai, Percy! Não vou deixa-lo! – Annabeth gritava nervosa enquanto eu tentava a convencer em voltar para Nova Iorque.

- Annie, me escute, eu sei que ele é seu pai, mas ele não é incapaz de se cuidar. Deixe disso, por que você não conversa com ele e pergunta se é isso que ele quer? – tento manter a calma.

- Ele não vai me deixar ficar, é óbvio que não! Não quero que ele fique sozinho, só isso! – ela insistia.

- É porque ele está certo, Annie! Não estou dizendo que você vai abandonar seu pai, não pode deixar a universidade! É a sua vida, acha que sua mãe iria gostar de ver você desistir dos estudos? Pense bem, Annie.

- Você diz assim porque não é você, você não sabe o que eu estou sentindo! – Annabeth ralha. Não é possível que estamos discutindo assim, ela não me escuta e eu não sei um jeito melhor de dizer para ela parar de pensar assim, não deve ser fácil mesmo, na cabeça dela estará abandonando o pai sozinho, mas não entende que seu pai realmente não quer que ela pare sua vida.

- Você está certa, eu não sei como é perder alguém, mas sei que seu pai é totalmente capaz de seguir a vida, Annabeth!

 

Neste momento, a porta da frente é aberta e vemos sr. Chase entrar.

- Da para ouvir vocês aqui de fora – ele começa a falar fechando a porta. – Annie, você deveria escutar o Percy.

- Mas pai! Não vou deixar o senhor sozinho! Não num momento como esse!

- Annie, me escute, você tem que seguir sua vida, terminar a universidade, se mudar para a Austrália com o Percy, tudo como planejado e não parar por minha causa! Viva a sua vida, meu anjo – sr. Chase se aproxima de Annabeth e beija sua testa.

- Mas...

- Mas nada, não quero que pare tudo por minha causa, odiaria vê-la triste pelos cantos enquanto poderia estar realizando seu sonho!

- Não quero vê-lo sozinho.

- Não vou ficar, tenho os alunos e professores da universidade e da escola, tenho alguns amigos... o que eu não vou ficar é sozinho, minha filha. Eu amava muito sua mãe e é por ela que eu não posso lhe deixar abandonar a vida que sempre sonhou!

 

(...)

 

Já no aeroporto, Annabeth e eu, estávamos nos preparando para entrar no salão de embarque quando o sr. Chase me puxou para uma conversa.

 

- Percy, eu sei de todas as suas intenções com a Annabeth, afinal, são praticamente três anos. Eu só quero que me prometa que não vai fazê-la sofrer, principalmente num momento como este – sr. Chase começa a falar.

- Sim, sr. Chase, nunca que eu faria Annabeth, sofrer. Eu a amo- digo com sinceridade.

- Sendo assim, eu me dei a liberdade de colocar dentro de sua mala, os projetos desenhados e o pen-drive da casa em 3D, para que, quando você estiver à vontade, mande para o seu pai e então comecem as obras. Não estou lhe forçando a nada, só dando continuidade à um trabalho que estávamos planejando e agora está em suas mãos. O terreno já está em seu nome, seu pai cuidou de tudo – sr. Chase explica cuidadosamente e percebo sua emoção.

- Pode deixar, sr. Chase, por mim, já está tudo certo... Na verdade, isso meio que me pegou de surpresa, eu estava pensando em morarmos por um tempo num apartamento e depois procurar por uma casa, afinal, eu não sabia sobre estes projetos – digo sem graça.

- Sim, eu entendo, Percy. Faça o que achar melhor e o que sentir em seu coração. Era só um presente que estávamos planejando junto com seus pais.

- Minha mãe também sabia? – indago curioso.

- Muitos sabiam e cada um estava ajudando com uma parte.

- Vocês não acharam um pouco cedo demais?

- Não muito, uma construção pode demorar, Percy, é nós queríamos que vocês tivessem uma casa pronta assim que se mudasse – sr. Chase, explica.

- Uou – suspiro.

- Não quis lhe assustar ou lhe forçar a fazer algo, só quero que você faça parte disso e tome partido quando achar melhor. Vou entender caso não queira.

- Não, eu quero... só preciso que as coisas se resolvam direitinho e que voltem um pouco no lugar. Não conversei com a Annie sobre nos mudarmos para a Austrália, depois do acontecido. Provavelmente, ela ficará relutante – digo pensativo. Talvez ela queira desistir.

- Caso ela fale alguma coisa, me avise que eu conversarei com ela, por mais que eu já tenha dito. Não quero atrapalhar a vida de vocês.

- O senhor não atrapalha, fique tranquilo.

- Vai dar tudo certo – ele diz com a mão direita sobre meu ombro.

- Assim espero – suspiro esperançoso.

 

(...)

 

Chegando no apartamento de Annabeth, depois de buscar Sra. O´Leary, na casa da Rachel, nós, nos deitamos na cama para descansar. Foi um fim de semana agitado, mal consegui dormir e creio que Annabeth também não teve êxito. Amanhã voltamos à universidade, não foi possível prolongar mais os dias, entretanto, o reitor liberou que Annabeth desse um tempo na biblioteca até ela estar bem.

- Chamei minha mãe e Paul, para virem tomar um café e jantar com a gente, mais tarde. Está tudo bem para você? – pergunto acariciando o ombro de Annabeth, enquanto ela fica deitada sobre mim.

- Por mim, tudo bem – ela diz e percebo sua voz um pouco cabisbaixa.

- Certeza? Vou entender se não quiser. Posso ligar cancelando.

- Eu disse que tudo bem, Percy – ela reforça. – Talvez seja bom.

Respiro fundo. – Ótimo. Como você está? – pergunto com cautela.

Annabeth suspira. – Eu não sei.

- Você sabe que eu estou aqui por você, pode dizer tudo o que sente.

- Não sei muito o que falar, é uma dor enorme bem aqui – ela aponta para o coração. – parece um vazio. Pensar que eu vou querer conversar com ela e não poder mais, pensar que a qualquer momento eu vou querer algum conselho e ela não vai estar de prontidão para atender do outro lado da linha – Annabeth responde fungando. Abraço-a ainda mais forte e beijo o topo de sua cabeça. Incentivo-a a continuar. – Como é difícil, Percy, foi tão inesperado. Uma dor que eu não desejo a ninguém, de verdade.

- Está tudo bem, Annie, não precisa mais falar se não se sentir confortável – tento acalma-la depois que ela começa a chorar. – Sei que é difícil, mas eu vou estar aqui com você, sempre, assim como vem sendo desde o começo – digo e a faço levantar para que olhe para mim. - Não há um dia que eu não passe sem pensar em você. Annabeth, você é meu tudo, eu te amo tanto que você não faz ideia, o dia pode estar horrível, tudo dando errado, mas quando eu me deito com você ou quando nos abraçamos, nos beijamos, tudo se esvai. Por mim, ficaria o dia inteiro grudado à você, não gosto de vê-la triste, sei que o momento é complicado, mas não acho que ela gostaria de te ver desse jeito. Você é uma pessoa maravilhosa, todos têm orgulho de quem você é, de quem você se tornou! Veja, veio sozinha para Nova Iorque, tem um apartamento, é uma ótima aluna, é linda, tem tantas coisas que eu poderia citar aqui, só que ficaríamos aqui para sempre – digo emocionado à Annabeth.

- Obrigada – ela sussurra e se aproxima. – por estar comigo desde sempre, por me ajudar, por dar conselhos. Você é maravilhoso, Percy. Eu te amo tanto – ela me dá um selinho e eu aprofundo o beijo, cheio de paixão e acolhimento, minha vontade é colocar Annabeth numa redoma de vidro e não deixar que nada à machuque.

 

Primeira perda...

 

(...)

 

Um ano depois...

 

Demorou um bom tempo até as coisas se normalizarem, Annabeth e eu, criamos um hábito de ligar todos os dias para o sr. Chase e perguntar como ele estava. Aparentemente, ele tem lidado bem. Quando eu tenho a oportunidade de conversar sozinho com ele, as coisas mudam um pouco e ele me diz várias coisas que não gostaria de dizer para Annabeth, como por exemplo, o quão difícil foi quando ele teve que esvaziar os armários e doar alguns pertences. De fato, imaginando o quanto isto deve ter sido difícil, é possível sentir.

 

Quando as férias de verão chegaram, eu planejei com Rachel, uma festa de aniversário para Annabeth, afinal, seu aniversário de vinte e três anos já está chegando, questão de uma semana.

 

Eu estava um pouco apreensivo quanto à isto, mas creio que vai dar certo. A grande surpresa nem seria a festa, mas sim o convidado principal, seu pai e um breve discurso que farei.   

Estávamos todos reunidos na casa da Rachel, lá seria o melhor lugar para a festa e ela se ofereceu. Todos foram convidados, Nico, Will, Hazel, Frank (novo namorado da Hazel), Leo, Calipso, minha mãe, Paul, Helena, sr. Dare, Robert, Rachel, a pequena Bárbara e até a Piper veio, mas não era nenhuma surpresa, já que ela estava e Nova Iorque desde o começo do verão, para visitar o Jason. Thalia e Luke fizeram um vídeo chamada com Annabeth, à parabenizando e meu pai mandou muitas mensagens.

 

Tudo corria muito bem, Annabeth estava feliz, rindo com seus amigos e isto me deixou ainda mais animado. Helena estava brincando com Bárbara no chão da sala, haviam alguns brinquedos espalhados pelo chão.

Digo que preciso ir ao mercado comprar algumas e já voltava, desculpa para ir buscar o sr. Chase no aeroporto.

 

Ele já estava esperando na calçada, com uma pequena mala e um pacote em mãos. Buzino para que ele perceba o carro e logo ele já está entrando no carro.

 

- Como foi o voo, sr. Chase? – pergunto seguindo o caminho.

- Foi bom, não teve nenhuma turbulência. Como Annabeth, está?

- Está bem, fica alegre com mais frequência – expliquei aliviado. – E como o senhor, está?

- Estou seguindo, tem dias que são mais difíceis que os outros, mas estou bem na medida do possível – ele sorri tristemente.

- Entendo.

 

Durante o caminho, conversamos sobre tantas coisas, por mais que o sr. Chase seja um pouco fechado, com o tempo fomos percebendo algumas familiaridades, como o esporte, e então conversamos sobre tudo que estivesse ao nosso alcance.

Chegando na casa, entramos com cuidado para não chamar muita atenção, Annabeth estava de costas para a porta, o que facilitou um pouco.

 

- É aqui que temos a aniversariante mais linda de Nova Iorque? – sr. Chase fala chegando perto de Annabeth. Ela se vira surpresa e pula em seu pai, o abraçando.

- Eu não posso acreditar, pai! Você veio! – ela exclama.

- É claro que eu vim! – ele disse abraçando-a fortemente. – Feliz aniversário, Annabeth.

- Obrigada, papai. – eles se afastam e o sr. Chase entrega o presente.

Annabeth abriu o embrulho tão animada que parecia uma criança. Sua expressão de surpresa eu ver que era um kit de lápis e outras coisas que um arquiteto usa, foi impagável.

- Eu amei! Obrigada, obrigada, obrigada – ela diz animada e abraça seu pai, novamente.

- Fico feliz que tenha gostado.

- Eu nem sei o que falar! Vou guardar lá em cima para não estragar. – e então, Annabeth sobe rapidamente. Sorrio ao ver que ela está tão feliz quanto eu queria que ela estivesse.

- E então, Percy, quando planeja falar com Annabeth?

Respiro fundo e sorrio sentindo meu coração acelerar. – Ainda estou em dúvida se falo para todos juntos ou quando estivermos sozinhos.

- Não vou negar que queria muito ver a cena, afinal, ela é minha filha, contudo irei entender se você ficar um pouco envergonhado.

- Eu aposto um dólar que o Percy irá engasgar no meio do discurso – Helena se intromete na conversa. Ela está crescendo e ficando muito esperta, às vezes eu chego a ter medo.

- É muito feio escutar a conversa alheia, Helena – repreendo-a.

- Sinceramente, acho que ele nem ao menos vai tentar falar em público – sr. Chase se junta à máfia e sorri para Helena.

- Apostado? – Helena estende a mão para o sr. Chase.

- Apostado. – eles apertam as mãos e eu reviro os olhos.

- Sinto muito, sr. Chase, não quero que o senhor perca a aposta, mas acho que falarei para todos – digo tentando segurar o nervosismo.

- Provavelmente vai ter empate, sei que não vai engasgar, é só ficar tranquilo. Quando eu pedi a mão de Atena, tropecei e caí na piscina da casa dos pais dela.

Segurei o riso. – Me desculpe, mas é difícil não imaginar.

- Tudo bem, foi bem engraçado – ele diz pensativo. – É, ela faz uma falta tremenda.

- Sei que ela olha vocês lá de cima.

- Sei que sim... – ele sorri. – acho bom você ir se preparando. Rumores dizem que a hora dos parabéns está chegando e creio que esta seja a sua hora.

 

(...)

 

Annabeth sorria enquanto cantávamos, ela também chorou um pouco emocionada. Ela estava com Bárbara, no colo; ela batia palminhas e cantava a música alegremente, Helena estava ao meu lado e pulava ansiosa, os outros estavam todos em volta da grande mesa com o bolo. Quando as velas foram apagas e as luzes acesas, Annabeth começou a cortar o bolo para distribuir e eu a parei.

 

- O que foi, Percy? Temos que entregar os bolos – Annabeth diz franzindo o cenho.

Respiro fundo e engulo seco. – Eu quero fazer um breve discurso.

Annabeth arqueia uma das sobrancelhas. – Tudo bem...

Olhei para todos, a maioria ali já sabia o que estava prestes a acontecer. Sr. Chase me mandou uma piscadela e Rachel me olhava ansiosa.

Limpo a garganta e limpo minhas mãos suadas na calça. – Então... oi gente... eu queria fazer um breve discurso sobre essa maravilhosa aniversariante – pego na mão de Annabeth e ela fica me olhando com curiosidade. – Naquele ano, que eu a conheci, não imaginei que aconteceriam tantas coisas, já estávamos em setembro, havia perdido as esperanças de que acontecesse alguma coisa de interessante na minha vida, mas aí, começou-se mais turmas na universidade, mais um semestre e quem diria que, naquele dia que eu peguei no sono na biblioteca, encontraria a garota que coloriu meus dias? – estava buscando desde o mais profundo da Terra, coragem e força para dizer tudo que havia planejado. – Pode até parecer balela, coisa de filme, daqueles romances adolescente, mas no momento que meus olhos viram estas duas orbes cinzas, de alguma forma, eu sabia que a partir dali minha vida não seria mais a mesma. Acreditem, por causa dela eu passei a frequentar a biblioteca integralmente. As coisas foram acontecendo tão rápidas e gradativas, que eu nem ao menos sei quando eu realmente percebi que estava completamente apaixonado pela Annabeth, de alguma forma, parecia que ela já fazia parte da minha vida há muito tempo, nós conhecíamos as mesmas pessoas e mal sabíamos da existência um do outro, acho que parte disso se deve à Helena, nossa pequena cupido, que nos fez dançar uma música romântica logo na primeira semana que nos conhecíamos. – olho para Annabeth e ela sorri cúmplice se lembrando desse dia.

 

– No começo – continuei -, fiquei um pouco apavorado, não estava entendendo direito o que estava acontecendo comigo, era tudo tão rápido e tão maravilhoso – suspiro. -, por mim, continuaria falando por eras aqui, sobre cada momento que passamos juntos durante esses quase quatro anos, cada um único e perfeito de sua forma, assim como você Annie – olho para ela, seus olhos estavam marejados, assim como os meus. -, você é única, linda, perfeita, eu amo cada pedacinho seu, Sabidinha e quero passar o resto da minha vida com você. Feliz aniversário – dou-lhe um selinho demorado e logo a puxo pelo braço, indo até a frente da mesa. Me ajoelho e ela coloca as mãos na frente de sua boca em espanto. Pego uma caixinha azul escuro que estava no meu bolso da calça, abro e estendo. – Annabeth Chase, quer casar comigo?

 

 

É muita emoção para um capítulo.

LEIAM AS NOTAS FINAIS


Notas Finais


O QUE VOCÊS ACHARAM? HEIN HEIN
COMENTEM PELA GLÓRIA DOS DEUSES E TERÃO UMA BENÇÃO MARAVILHOSA DE AFRODITE, SEM JOGUINHOS AMOROSOS, ELA FAZ ISSO COMIGO, PROMETO QUE COM VOCÊS NÃO IRÁ ACONTECER KKKKKKK
FAVORITEM, TAMBÉM!
ONDE ESTÃO VOCÊS, LEITORES FANTASMAS????
*Críticas construtivas são sempre bem-vindas*
*Se o problema com alguns é a falta de notificação, aqui vai uma dica, coloquem a fic na lista de leitura, assim saberão quando foi atualizada! Outra coisa, se vocês se interessam por outros textos que eu escrevo - sim, eu não escrevo só fanfic -, é só entrar no meu perfil e começar a me seguir. Assim que a época de vestibulares passar, virão muitas novidades!*

Beijinhos azuis e amarelos <3 <3 <3
ESPERO VOCÊS NOS COMENTÁRIOS, EU AMO CONVERSAR COM VOCÊS!


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