História Prince And The Flower - Capítulo Dez

                        Vilarejo Sinny 

O velho Kizashi ainda se encontrava na sua costumeira residência caindo aos pedaços de tão acabada que estava. As pessoas que passavam de frente do local, esticavam o pescoço só para bisbilhotar o que o homem fazia junto de Chyio. Havia boatos que os dois estavam tendo um caso romântico às escondidas. 

Mesmo sendo uma total mentira, ja que o Haruno nunca se apaixonaria novamente por outra mulher, o seu coração só pertenceu à uma pessoa, essa que era a sua falecida esposa.

- O casamento será amanhã, Kizashi. - a mulher colocou um prato de sopa sobre a mesa. - E isso é ótimo, Sakura finamente estará casada e Sasori nunca terá chance de separa-los! 

- Isso o que você pensa! Eu ja disse, nada fará o seu neto desistir. Ele está amaldiçoado, Chyio.

A mulher vestida com trajes sujos e encardidos devido a limpeza que havia feito na casa, sentou-se cabisbaixa. 

- Recebir uma carta de Suna. O meu outro neto, Gaara, está em coma. Os mesmos problemas do falecido Kankurou. 

- Será a genética? 

- Não. Tenho suspeitas que isto foi envenenamento. 

O homem arregalou os olhos e largou a colher dentro do prato.

- Explique melhor!

A mulher assentiu e bebeu um pouco de água para molhar a sua garganta antes seca.

- Há dois anos e meio, Kankurou de um dia para o outro ficou doente. Saia sangue pelas suas narinas e orelhas. Fiquei chocada com isso, a doença havia sido tão grave que ele não resistiu e acabou falecendo. No começo suspeitei de envenenamento, pois todos que entendem do assunto sabem que Suna é o lugar principal das ervas venenosas e perigosas. Mas me mantive calada. - Suspirou longamente. - Durante esses anos estudei sobre isso,  aperfeiçoei-me em curas junto com a Sakura. E agora tenho certeza que Kankurou e Gaara foram envenenados. 

- Mas quem faria isso?

A mulher exitou a falar de início, mas depois um olhar confiante se apossou das orbes escuras da mesma. 

- Sasori! Ele tem bastante conhecimento em relações a toxinas. Eu criei aquele menino desde quando ele tinha apenas seis anos de idade; eu sei quando há algo de errado, eu sinto.

A mente de Kizashi ficou em branco, uma vasto passou pela sua mente, mas logo voltou ao normal. 

- Kankurou seria nomeado rei, mas infelizmente morreu. Depois de alguns meses Gaara ficou com esse título...

Chyio seguiu o raciocínio do homem, e abaixou a sua cabeça novamente. 

- Sasori que tomar Sunagakure para ele. 

A voz da mulher carregava uma amargura árdua. Onde ela havia errado com Sasori? Tinha o criado com tanto amor e carinho, porque ele se tornou um homem tão mal? 

- Ele está plenejando algo muito ruim. E isso envolve a Sakura.  - Kizashi cruzou as mãos e soltou um resmungo sôfrego. - Tudo isso é minha culpa! 

Ficaram em silêncio por alguns minutos, mas a mulher se pronunciou. 

Ela havia pensado muito bem no que iria fazer agora, e isso era o mínimo que poderia fazer para ajudar o seu neto, Gaara.

- Vou para Suna. Irei achar um jeito de curar o Rei ...

- Mas isso é arriscado, Chiyo!

Ela sabia, mas não se importava. Já havia vivido demais, presenciou muitas coisas durante todos esses anos. Correr o risco de morrer para salvar alguém que fazia parte de sua família era um ato honroso e respeitável. 

Iria encontrar uma maneira para desmascarar o Sasori, não deixaria ele causar mais dor.

- Hoje mesmo irei partir em viagem, caso eu venha a morrer ou algo do tipo. Peço que vá para konoha o mais rápido  possível, e diga tudo sobre o meu neto. Fui clara?

- Mais do que deveria!

                          Konoha

Sakura Haruno

Havíamos acabado de jantar com todos reunidos na gigantescas mesa. Ainda estava me acostumando com a ótima comida e diversas variedades de alimentos, às vezes tinha dificuldade na hora da refeição por causa do grande número de talheres. Eram tantas colheres, garfos e facas que ficava confusa em qual escolher, mas com a ajuda de Sasuke ela estava aprendendo. 

O seu noivo deveria ter vergonha dela, mas ao contrário, ele entendia perfeitamente e não se importava pela sua falta de etiqueta. Aliás, ninguém se importava, somente Madara; esse homem com certeza a odiava. 

- Ainda não pensou em um nome para esse gato? 

O moreno estava sentando ao seu lado no pequeno banco de pedra perto da linda fonte de água no jardim. A luz da lua e das estrelas faziam um contraste em tanto na água pura e cristalina. 

Sentiu o animal em seu colo se remexer, e notou que o felino a olhava com aquelas orbes grandes e escuras. Era tão fofo.

- Estou em dúvida entre Sr. Blackfish ou Sr. Hostyline. 

Sasuke a olhou de um modo confuso e soltou um riso nasal em seguida. Reparou que o gato negro saltou de seu colo, correndo rapidamente para os arbusto. 

- Os seus nomes são tão horríveis que o pobre gato fugiu de você. 

Ela abriu a boca indignada, pronta para rebater. Mas infelizmente alguém se aproximou de ambos sorrateiramente. Sasuke percebendo a presença de alguém, se pôs de pé. 

Ela virou a cabeça, tentando ver quem era a pessoa, mas não conseguiu. Olhou para o Uchiha, notando a feição totalmente diferente de minutos atrás. 

- Entre. 

- O que?

- Entre, agora. - O tom de autoridade se fez presente novamente. 

Obedecendo a ordem de seu noivo, levantou-se e começou a caminhar ligeiramente para dentro do Palácio, mas sempre olhando para trás tentado enxergar o Uchiha, porém não obteu resultado por causa da escuridão da noite. Quando finalmente entrou, ela passou os olhos pelo corredor a procura de um guarda, mas não havia ninguém ali além de uma serva com cabelos ruivos. A reconheceu assim que bateu os seus olhos na mesma, era a ruiva que havia a recebido quando chegou, a moça que a olhou feio e teve antipatia com ela.

- Senhorita Sakura, precisa me acompanhar.

-  O que houve? - questionou em dúvida.

Essa mulher nunca tinha a comprimentado uma vez se quer. A sua postura de indiferença e orgulho a irritava profundamente, era notável que a mesma se achava melhor do que os outros, mas não passava de uma vaidosa criatura antipática e orgulhosa.

- Uma emboscada. Todos estão reunidos em um quarto secreto até isso tudo acabar, mas não conseguimos achar você e o príncipe Sasuke à tempo. Venha, depressa! 

"Você". Quem ela pensa que é para chama-la assim? Mesmo que não se importasse com tanta formalidade, porém as únicas pessoas que poderiam se referir deste modo com ela, eram pessoas próximas e sob o seu pedido.

- O Sasuke ainda está no jardim, preciso ir avisa-lo. Pode me ajudar ... Ah, qual é o seu nome? 

- Tsc. É tão ignorante e fútil à esse nível? - A ruiva começou a andar em sua direção lentamente. - Se lembrará muito bem do meu nome. 

Desceu o seu olhar pelo corpo da mulher, notando que a mesma carregava em sua mão um punhal médio. Se assustou com isso e começou a dar passos para trás. 

- Tayuya. Esse é o meu nome, sua idiota. 

A ruiva avanssou sobre o seu corpo rapidamente, mas de alguma forma conseguiu desviar.  

O que raios estava acontecendo? Por que essa louca queria mata-la?

Desviou novamente do punhal, e viu uma brecha para que pudesse jogar a moça no chão. Mas antes que fizesse isso sentiu um impacto contra a sua barriga. Tayuya havia a golpeado com o cotovelo, e nossa, isso doia muito.

- Prefere uma morte lenta, ou rápida? Bom, para a minha diversão queria ve-la sofrer amargamente, mas não tenho tempo para isso.

E mais uma vez um golpe. Uma rasteira bem calculada que a fez cair sentada no chão. A mulher apresentava uma excelente habilidade em lutas, ela com certeza havia sido treinada por alguém. 

- O príncipe ficará tão triste em saber que sua adorável noiva morreu. - a ruiva pressionou o pé em seu estômago, fazendo-a gemer de dor.

E nesse momento queria saber lutar para se defender, mas nunca teve interesse para tal. Ela teria que fazer algo para não morrer, algo em seu alcance já que não conseguiria deter a ruiva maléfica. Não havia nenhum soldado para ajuda-la e ninguém por perto, além de Sasuke que se encontrava no jardim. Talvez se gritasse ele poderia escutar. Ao pensar nisso, não demorou muito para colocar a sua tática em prática, gritou como uma criança indefesa quando sentia medo.

- Cale a boca! Tsc. 

A ruiva retirou o  pé de sua barriga, e segurou o punhal fortemente erguendo-o para o alto. Pela sua percepção, a mulher iria perfurar o seu peito, um golpe letal, não poderia deixar que isso acontecesse de forma alguma. Tayuya se agachou, e foi um momento perfeito para segurar a lâmina e  tentar  tirar-la das mãos da mesma.

- O que pensa que está fazendo? - a mulher perguntou rangendo os dentes. 

- Também pergunto o mesmo. 

Escutou a voz que nunca se esqueceria em toda sua vida. Um sentimento de alívio passou pelo seu corpo, e suspirou. Bem a tempo, pensou. Sabia que Sasuke iria escuta-la, e com certeza ele viria correndo para ver o que estava acontecendo.

Notou que o rosto da ruiva ficou pálido. E a força que a mesma tinha foi desaparecendo aos poucos, e isso foi realmente muito bom para ela, pois conseguiu tomar o punhal da mulher. 

- C-Como que conseguiu escapar da emboscada? 

Sasuke nada respondeu, apenas puxou os cabelos da mulher fazendo-a soltar um gemido. Ele ergueu a cabeça da mesma a altura de sua espada suja com um líquido avermelhado, aproximando a lâmina afiada do pescoço alvo da ruiva.

- Serei um pouco piedoso, algo que não fui com os seus amiguinhos. - O uchiha a jogou no chão com brutalidade. - Se colaborar, talvez a deixe viva. 

Levantou-se com dificuldade por causa da dor em sua barriga, e Sasuke logo a segurou com um braço, trazendo-a para o seu peito. 

- Ela a machucou? 

Neguei com a cabeça, ainda assustada com o  ocorrido. Pelo que entendeu, Tayuya estava acompanhada com mais capangas, esses que com a total certeza já deveriam estar mortos. Mas ainda não entendia o motivo disto tudo, o que estava acontecendo?

                               [...]

- Eu estou bem, Sasuke. 

Era a décima vez que falava isso para o homem. Após a tentativa de assassinato que a mesma teve, o Uchiha não queria sair do seu lado. Ele estava preocupado, e isso esquentou o seu coração. 

Tayuya fora levada para a masmorra as pressas quando os guardas chegaram no local. Já os seus capangas, bom, haviam sido mortos rapidamete pelo seu noivo, de um modo cruel e peverso.

- Irei matar aquela desgraçada. - o Uchiha resmungou irritado. 

Ela se deitou na cama, ainda olhando para o homem que mantinha uma feição séria. 

Sasuke havia arrancado as cabeças daqueles homens, algo surpreendente, pois em questões de segundos ele conseguiu mata-los. Deveria estar com medo ou se tremendo pelos cantos, mas realmente não fazeria isso. Ela nunca teria medo do Sasuke, algo dentro dela não a permitiria sentir isso. 

- Não se preocupe com isso agora. - Bocejou. 

Já estava tarde, quase meia noite. E amanhã iria ser um dia corrido.

- Precisa dormir.

- E você também. 

O homem se aproximou de seu rosto, e deixou um beijo delicado em sua testa. 

- Durma bem.

Quando o moreno estava prestes a ir embora, segurou a sua mão de um modo rápido. 

- Pode dormir aqui, se quiser. Aliás, é o seu quarto.

Sasuke pareceu relutante quanto a isso, mas no fundo sabia que ele queria deitarsse junto com ela e dormirem calmamente como dois anjos. Porém isso não aconteceria, mas não custava tentar.

- Dormiremos juntos a partir de amanhã. - disse simples. 

Ela soltou a sua mão concordando com o que o Uchiha falou. Não há motivo para pressa, amanhã eles iriam desfrutar a maioria do tempo juntos pela eternidade, ou o que viveriam dela. 

♡