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História Prince And The Flower - Capítulo vinte e três


Escrita por: Peace_lixx

Notas do Autor


Oioi
Inspirada hoje :)
E como não irei postar capítulo amanhã, então irei postar hoje.
Domingo é dia de folga🤭

Esse cap será no ponto de vista da Sakura, e pode conter alguns gatilhos para pessoas sensíveis. Mas não são muitos fortes para causar agonia.
E mais uma quebra de tempo foi feita.


Espero que gostem e não está revisado.

Capítulo 24 - Capítulo vinte e três




O quarto sombrio e escuro me dava calafrios constantes. Sentia falta de apreciar a luz, ou andar mais do que dois metros. Mas presa naquele cômodo, ela só tinha direito de fazer as suas necessidades essenciais, e nada mais. 

Repudiava o Akasuna com todas as suas forças, ou melhor, o que restara dela. Não conseguia sair da cama nem por um minuto, náuseas e fraqueza havia tomado conta do seu corpo pouco a pouco. Não tinha motivação de fazer mais nada, mesmo cercada por ordens do ruivo, que mandava ela pintar, bordar, criar chás como fazia antes. Porém, ela não conseguia. 

Desânimo, tristeza e angústia. Era no que a sua vida se resumia, nada além disso. Não lembra-se de um momento sequer de alegria quando chegou naquele lugar, ela apenas vivia uma vida melancólica à espera de sua morte. Havia desistido há muito tempo de viver, ela havia se tornado um ser enfermo que não tinha nem forças para colocar um final nesse sofrimento. 

Tudo foi tirada dela lentamente, o seu marido e logo após a sua felicidade. Mas Sasori gostava de vê-la assim, tão entregue e doente. Ele gostava de ter-la em suas mãos, controlando cada passo e palavra que saia de sua boca. Ela havia virado a sua maior diversão nas horas vagas. E agradecia aos céus por ainda não ter sido obrigada à satisfaze-lo, pois ele sabia muito bem que ela não conseguiria fazer isso.

Tudo que sentia por Sasori era nojo. Nada mais e nada menos do que isso. Ele não merecia os seus sentimentos, seja ele qualquer um. Raiva, pena, tristeza; apenas nojo. 

Olhou em volta do quarto deplorável, sem luz ou janelas, um cúbico com apenas uma cama e uma mesinha, e outro cômodo que seria o banheiro. Ela não tinha a livre espontânea vontade de escolher as suas roupas, as empregadas que a olhavam com dó e compaixão lhe vestia com vestidos dos melhores tecidos que já usou em Konoha, e todos da mesma cor: verde cintilante. 

Ela passou a odiar os seus olhos quando Sasori disse que os amava. Passou a odiar o seu corpo, cabelos e rosto também. 

Não se olhava no espelho, não quando correria o risco de chorar e ter um ataque de pânico olhando a sua aparência. Cabelos bem cuidados por causa das servas, mas os seus ossos eram evidentes, a pele pálida e cheia de hematomas roxos. Ela era a figura bem detalhada da morte interior, pois por dentro, estava morta. Ela morreu assim que Sasuke parou de respirar, quando sentiu a ligação de ambos ser destruída como uma vidraça. 

- Você precisa comer, meu amor. - Ela odiava a voz de Sasori, odiava a forma que ele a chamava. - Vamos, Sakura, seja boazinha. - ela também odiava o seu nome. 

Virou o rosto quando a colher cheia de sopa foi direcionada para os seus lábios. Ela não queria comer, preferia morrer de fome. 

O ruivo pareceu se irritar com isso, e jogou o prato no chão, fazendo um barulho estridente e irritante. 

Ela não tinha noção de quanto tempo se passou, apenas sabia que era noite quando as luzes do corredor se apagavam, e um breu infinito se apossava do cômodo. Era a hora que ela chorava até adormecer, deitada sobre as lágrimas. 

Gemeu de dor quando mãos brutas e selvagens seguraram o seu rosto na região do queixo. Os dígitos do Akasuna pressionava fortemente as suas bochechas, que com toda a certeza ficaria marcadas. 

- Estou cansado dessa sua birra mesquinha. Eu respeitei o seu luto, dois meses sem toca-la ou apreciar o seu corpo como deveria. Mas olhando bem, não me agrado por ossos, então trate de engordar pelo menos cinco quilos. - Dois meses, haviam se passado dois meses. Estava desacreditada, esses tempo todo em cárcere. - Estou cansado de vê-la desmaiando e vomitando pelos cantos deste quarto! De início pensei que era por causa de uma possível anemia, mas estava enganado. Achou mesmo que eu não saberia que estava grávida? 

Arregalei os olhos. Grávida? Não, impossível. Ela não estava grávida, tomava o chá que impedia disto acontecer, mesmo não sendo 100% eficaz. Tomava as dosagens certas, a quantidade correta...Então por quê? Não bastava esse sofrimento infernal? 

- Então não sabia? - o aperto se intensificou. - Uma médica não desconfiar que está grávida? Tsc. Hilário. - Ele sorriu, o sorriso que sentia medo. - Não vou deixar essa criança atrapalhar os meus planos.

Ele soltou as suas bochechas, e o local ardeu drasticamente. 

Um bebê 

Um filho seu e de Sasuke.

O fruto do amor genuíno que sentiram. Ela estava grávida do herdeiro do Uchiha, o primogênito, o seu filho. Uma metade de Sasuke crescia no seu ventre conforme os dias se passavam. E como sempre, lágrimas cairam da sua face, e direcionou a mão para a barriga, onde o seu bebê estava.

Notou que Sasori puxou a sua espada, e a ergueu na altura do seu ventre. Ela balançou a cabeça em negação, com medo e pavor. 

- Posso matar essa coisa antes mesmo de nascer. Mas não se preocupe, você ficaria bem, somente com uma cicatriz horrenda. Mas não me importo com marcas. - Sasori guiou a ponta da lâmina para a sua barriga e um grito ficou preso em sua garganta. - O que acha?

Ela criou forças, mesmo não tendo elas. e gritou tão alto que seus ouvido doeram. Fazia dias que não dirigia uma palavra.

- Não! - a sua respiração já estava ofegante e cansada. - Não, por favor. Eu imploro, faço tudo o que senhor quiser, mas poupe a vida do meu filho. Por favor. 

Estava desesperada, e por um momento Sasori sorriu animado, aproximando e forçando a espada na sua carne. Ela gritou de dor.

- Estava com saudades da sua voz melodiosa. Mas isso não me convenceu. Por que eu pouparia a vida de uma criatura, cujo pai é um bastardo infeliz que já esta queimando no inferno. - O ruivo gargalhou, como se o seu desespero fosse uma piada.

Ele não podia falar isso do seu marido, não podia! Se ao menos deixasse ele descansar em paz. Mas cada palavra que Sasori dizia, era como um insulto para Sasuke. 

- Podemos fazer um acordo. - falou alto, sentido a sua voz falhar. - Se deixar o meu bebê nascer e entrega-lo à família de Sasuke, irei me casar com o senhor. Serei a sua esposa e entregarei todo o meu corpo e alma, sem protesto, por vontade própria. - Não sabia de onde tirei essas palavras, mas havia conseguido dizer normalmente sem gaguejar ou falhar miseravelmente. 

Sasori sorriu, e guardou a sua espada   prateada que brilhava como estrelas. 

- Tentador. Acho que temos um acordo, mas não teste a minha paciência. Nove meses pode ser o inferno para mim. - o ruivo puxou os seus cabelos, e a beijou no topo da cabeça. Esse ato a fez ter ânsia. - Irei mandar as servas servirem novamente o seu jantar. Boa noite, meu amor.

E então ele saiu do quarto como se nada tivesse acontecido. Um hipócrita sem coração que estava a transformando em uma marionete aos poucos, drenando a sua felicidade e volúpia até restar nada. Apenas remorso e dor.


                             [...]


- Bom dia, senhorita. - Uma mulher entrou no quarto com uma bandeja em mãos. 

Ontem a noite se esforçou ao máximo para comer cinco colherzinhas de sopa. Precisava ser forte, não por ela, mas pelo seu filho. Sasuke ficaria decepcionado se a visse deste jeito, tão entregue e fraca. 

O cheiro enjoativo de pão com geleia entrou nas suas narinas, e teve que engolir a ânsia. Não podia vomitar tudo o que comia, tinha que absorver nutrientes, era preciso.

- Ficarei cuidando da senhorita até na hora do parto. - A mulher de idade avançada forçava  um sorriso falso. 

Ninguém seria capaz de ser alegre diante da sua situação nada hostil e boa. A serva de corpo redondo e gorducho, colocou a bandeja no seu colo para que comesse ao menos uma bolacha de sal e água. Ainda era incapaz de se levantar da cama e ir até a mesinha para fazer as suas refeições, então comia sentada no colchão fofo. Ao menos isso de hospitalidade.

- Não precisa ficar assim, eu conhecia a Chiyo, diria que éramos ótimas amigas antes dela ir embora do castelo, sei muito bem quem é a senhorita. - A mulher de cabelos brancos falou com o sorriso falso nos lábios, ela queria fingir que tudo estava bem, e que não estava com pena de si. - Serei encarregada de entregar o seu bebê para o que restou da família Uchiha. 

O que restou? Como assim? 

Não precisou perguntar, pois a mulher reconheceu o seu olhar de duvida. 

- É um assunto delicado. Está preparada para saber a verdade do que aconteceu a meses atrás? - a velha andou até a mesa, puxando a cadeira e se sentado nela. 

Ela assentiu, assentiu bruscamente com a cabeça, fazendo-a latejar por causa do movimento. 

- Pois bem. - A mulher dedilhou a mesa em movimentos circulares. - Assim que a senhorita chegou aqui em Suna, dois dias depois acharam o que sobrou do corpo do seu falecido marido. - Falar em Sasuke era o seu ponto fraco, sempre se lembrava dos ultimos momentos que presenciou, e isso a matava mais ainda por dentro. - E isso não foi uma notícia nada boa para Konoha, principalmente para os familiares. - a mulher fez uma pausa, ainda dedilhando a mesa - Três dias depois da descoberta do corpo, o castelo sofreu outro ataque, e isso resultou na morte da Rainha junto com o seu filho recém nascido. 

Izumi. Não, isso deveria ser um mal entendido. O pequeno Fugaku, um anjinho. Quem teria coragem de fazer uma atrocidade dessas.

- Mas o Lorde, ou melhor, Rei Sasori não estava envolvido nisto. Orochimaru e um homem chamado Danzou fizeram esse ataque, pois Konohagakure estava passando por um momento difícil sem mantimentos ou água. Uma hora perfeita para destruir o império do fogo. Quem assassinou a rainha foi esse homem, Danzou, com apenas um golpe que atravessou o coração de ambos. 

Um enjoo corroeu o seu corpo, fazendo a bolacha subir pela sua garganta novamente . A mulher notando o seu mal-estar, levantou-se e pegou um balde que estava próximo de si. Ela vomitou tudo o que comeu ontem a noite, e sentia a sua garganta quente e doída. 

- C-continue. - forçou a voz enquanto a mulher limpava a sua boca com um lenço. 

A velha tirou a bandeja do seu colo, e a ajudou se deitar. Sua testa deveria estar brilhando de suor.

- A família Uchiha fugiu para o País dos Redemoinhos, causando discórdia na nação do País do Fogo. Orochimaru tomou o trono para si, tornando-se o rei mais forte e poderoso de todos os reinos, tendo Suna como aliada. Ele está escravizando as pessoas de Konoha, e se diverte em mata-las. Danzou se tornou o seu braço direito. 

" Soube sobre alguns rumores, esses que dizem a respeito da família Uchiha. O Sr. Itachi não aguentou tamanho sofrimento ao ver a esposa e filho serem assassinados, então em um momento de loucura tentou suicídio quando chegaram no País dos Redemoinhos. Como eu disse, ele tentou; agora se encontra enfermo, sem o movimento das pernas e nem dos braços, apenas esperando a sua morte."

O ar fugiu de seus pulmões outra vez, e lágrimas brotaram, caindo como uma cachoeira e molhando o seu travesseiro. 

Itachi, um homem tão bom, não merecia isso. Não merecia esse final. 

- A Sra. Mikoto é a mulher mais forte que eu já conheci. Aguentar tudo isso...eu não aguentaria ver os meus filhos, o meu marido, a minha família se destruir tão rapidamente por causa da maldade humana. Eles agora estão se escondendo como a única saída que tem nesse labirinto de dor, ninguém seria louco para invadir um reino onde é a moradia de demônios e seres infernais. 

A mulher alisava os seus cabelos em uma leve carícia, tentando amenizar a sua tristeza.

- Você também já sofreu muito, e é uma péssima hora para descobrir uma gravidez...poderia te ajudar a fugir, mas não temos um lugar para ir. O mundo está contra nós, senhorita. 

O mal havia vencido, não restava mais nenhum pingo de esperança para que pudesse ser salva. 

- O meu p-pai...

Ela não precisou terminar a frase, pois pelo olhar de pena que ela me direcionou havia sido o bastante para que entendesse que o seu pai tinha tido o mesmo final de todos. 

A morte. A cruel morte. 

- Acho que você ja falou demais, serva. - como uma fumaça, um corpo feminino se formava no centro do quarto. - Saia!

Quando a mulher de corpo esbelto e uma beleza invejável apareceu completamente, ela a reconheceu na mesma hora. Era a bruxa de cabelos arroxeados. 

A mulher que acabara de contra a trágica história do seu reino, saiu caminhado em passos ligeiros e rápidos. 

- Finalmente a sós. Sasori havia proibido a presença de todos nesse quarto imundo. - a mulher se aproximou em passos elegantes ate a sua cama. - Você não teve a honra de me conhecer, meu nome é Konan e eu já sei o seu.

Ela não queria conversar com ela, com uma bruxa que ajudou na morte do seu amado. 

- Mesmo nesse estado deplorável, o seu rostinho ainda continua belo. Mas não precisa ficar com medo e nem nada do tipo. - A bruxa mexeu as mãos, e panos surgiram na cama. - Irei cura-la um pouco, a minha magia negra não permite que eu faça o bem. - sorriu cinicamente.

Queria poder perguntar o motivo, mas o cheiro de metal e ferro preencheu o lugar. Era o cheiro de magia. Por que ela estava a curando? 

- P-Por quê?

A mulher sorriu novamente e a olhou com aqueles olhos felinos da cor de amêndoas. 

- Sinto pena de você. Depois de uma noite quente de sexo com o Akasuna, percebir que ele não vale tanto esforço e compaixão. Uma mulher não deveria estar nessas condições, feita de fantoche e aprisionada. Se eu pudesse ajuda-la ... enfim, posso ser traiçoeira, mas não posso correr o risco de morrer. Estou cercada de homens fortes, sarados, bonitos e perigosos, posso ser forte mas não consigo lutar contra eles de uma vez só. 

Sentiu o seu corpo se suavizar e uma brisa aconchegante bater contra a sua face. 

- Sabe porque uso magia negra? Eu tive uma infância conturbada, vi a minha mãe ser morta pelo meu próprio pai. E sabe o motivo? Disseram que ela era uma bruxa por causa das ervas que plantava. E ela não era uma bruxa. Mas por vingança me tornei uma, e matei todos daquele vilarejo e bebi o sangue deles, de cada um. - Ela puxou o seu colar, revelando um ossos. - São os cinco dedos do meu pai. Uma lembrancinha. 

Ela engoliu em seco. Em que nível de crueldade aquela mulher estaria?

- Prontinho. Irá ficar sem vomitar por uns dias. - Ela desapareceu com as toalhas. - Boa sorte, Sakura. - desejou quando o seu corpo se dissolvia no ar como uma fumaça negra.

E antes dela desaparecer por completo, sussurou as seguintes palavras. 

- Obrigada. 












Notas Finais


Pobre Izumi, Fugaku e Itachi.
Principalmente Mikoto que aguentou tudo isso.
Esse é apenas um dia comum na nova vida da Sakura, e como puderam ver, Sasori é extremamente abusivo e violento.
Tomara que morra logo.

E sim, talvez estejamos na reta final, mas irá acontecer muitas coisas.
Então não se desesperem!
Um final feliz está no topo da minha lista...
Ops, já falei demais.
Até a próxima💖


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