História Prince Cold - Capítulo Vinte e Cinco

“O egoísmo não consiste em vivermos os nossos desejos, mas sim em exigirmos que os outros vivam da forma como nós gostaríamos. O altruísmo consiste em deixarmos todo o mundo viver do jeito que bem quiser” Oscar Wilde. 

Um mês depois. 

Jongdae já deveria ter saído da casa dos Huang, mas não foi o que fez e em primeiro instante Minseok se irritou bastante, o alfa estava fazendo o tal curso que Minseok havia falado, mas continuava na casa dos Huang e isso até agora não tinha entrado na cabeça de Minseok.

— Você está bem louco. — Jongdae disse vendo Minseok andando pelo quarto na casa de Minki. — Dá para sentar, Minseok? 

— Quando você me explicar porquê não quer sair da casa deles.

— Eu já te disse e só falta que eu desenhe, Min. — Jongdae bufou. — Sua avó está doente e não tem ninguém além do marido dela para cuidar, eu estou ali e me preocupo com ela.

— Não sei como age sem lembrar do que jeito que eles te trataram lá em casa. 

— Super certo o jeito que falou, trataram e não tratam! — Jongdae se irritou. — Porra, eu passei por cima e perdoei porque conviver com isso não vai aumentar nada na minha vida, senhora Liang me tratou bem e quase como um filho, ela me contou segredos e abriu até o coração dela sobre você e os meninos, esquece o passado Minseok! Doeu sim o que você sentiu e toda aquela falta de atenção e culpa jogada contra você, mas você cresceu e você agora sendo um homem pode avaliar tudo aquilo e desculpar mesmo que não haja um pedido de desculpas.

— Jongdae...

— Amor — O alfa se levantou da cama e foi abraçar o ômega. — Perdoe para se sentir melhor. 

[...]

— Mais um que não vamos saber quem é o pai. — Zitao disse depois de olhar seu exame de sangue. — É Baekhyun, você não vai se sentir sozinho agora, vem mais um sem saber qual é o pai. 

— Não é tão ruim assim, é até legal. — Baekhyun disse deitado na cama de seu pai. — Contou pro Minseok hyung? 

— Ainda não. — Zitao suspirou. — Estou com um pressentimento ruim.

— Com o Min?

— Acho que sim meu amor, ligue para o Key e pergunte onde ele está. — Zitao disse e Baekhyun assentiu. — Depois ligue para o Minseok. 

— Você está bem pai? 

— Sim amor, apenas faça o que eu pedi.

[...]

— Diz logo, um bebê ou um cachorro. — Yixing disse batendo na mesa e Junmyeon fez um bico. — Junmyeon! 

— Eu amo tanto os seus pais. — Key disse baixinho para Jonghyun enquanto observavam os mais velhos 'brigando' sobre a escolha de adotar mais uma criança ou ter um animal de estimação. — Jjong vai logo lá. 

— Você também, Sehun. — Luhan mandou. — Faltou o trabalho para ajudar seus pais e agora fica aqui observando de longe. 

— Isso mesmo, o trabalho de observar de longe é meu e do Luhan. — Key disse empurrando o namorado. — Vai Jjong!

Sehun e Jonghyun foram para perto dos pais enquanto os ômegas continuavam ali vendo tudo. 

— O que você acha? — Luhan perguntou a Kibum. 

— Conhecendo nosso sogro Junmyeon, eu acho que vai ser os dois. — Kibum disse e Luhan riu baixinho vendo o bico de Sehun ao sentar na frente dos pais. — Sehun não parece feliz com isso.

— Sehun é mimado, hyung. — Luhan disse. — Vai passar assim que ele perceber o quão vai ser legal ensinar o seu irmão ou irmã. 

— É uma das melhores partes em ser irmão mais velho, ensinamos e nos sentimos como se estivéssemos fazendo a melhor coisa do mundo. — Key suspirou e sentiu o celular vibrar. — Desculpe Luhan.

— O quê? — Luhan olhou para o mais velho. — Ah, que isso hyung, fique a vontade. 

— Oi Baek, estou na casa do Jjong sim, é, Luhan está comigo aqui. — Key disse e riu. — Ok, aviso ele, mas o que houve? Baekhyun... Não acredito em você, daqui a pouco estou voltando. 

— Aconteceu algo?

— Talvez, Baekhyun não me contou. — Key guardou o celular no bolso. — Ele disse que espera você e Taemin lá em casa. 

— Taemin está todo besta agora que namora o Minho, não sei como o papai deixou tão rápido, só acho que tem dedo do Kyungsoo. 

— Sempre tem dedo de um pai ômega nessas coisas. — Kibum riu com o mais novo. 

— Eu quero um cachorro. — os ômegas escutaram a voz de Sehun. — Pai! 

— Quero um irmão. — Jonghyun foi quem se pronunciou.

— Pronto Xing, os dois. — Junmyeon disse beijando o rosto do alfa que nem se mexeu. — Amor eu amo te ver sério, é sexy, mas neste momento apenas aceite.

— Credo pai. — Sehun fez uma careta vendo Junmyeon beijar o rosto do marido. 

— Foda-se, eu escolho. — Yixing se levantou se cadeira indo para o quarto. 

Kibum puxou Luhan para a cozinha vendo Junmyeon e os alfas sorrindo. 

— É... Meu sogro porque o sorriso? — Key perguntou a Junmyeon. 

— Eu estou muito feliz. — Junmyeon disse sorrindo.

— Jjong...

— Vou ter um irmão. — o alfa falou e Kibum ficou confuso, Yixing disse que ia decidir.

— E eu um cachorro. — Sehun sorriu. 

— Mas o senhor Yixing disse que ainda iria decidir. — Luhan murmurou e Key assentiu. 

— Por isso mesmo querido, no fim vai ser os dois. — Junmyeon suspirou contente. — Vamos até o orfanato amanhã. 

Key ainda confuso acariciou os cabelos de Jonghyun, Sehun inclinou um pouco a cabeça fazendo um bico com os lábios esperando Luhan o selar, o que não demorou para acontecer. Junmyeon se levantou e foi até o quarto encontrando Yixing sentado na beira da cama, o ômega foi até ele e se sentou no colo do alfa. 

— Uma menina, Myeon? — Yixing perguntou e Junmyeon assentiu beijando todo o rosto do marido. — Pode ser um gato ao invés de cachorro? 

[...]

Taemin estava por cima do corpo do namorado, Minho segurava a cintura do ômega enquanto o mesmo o beijava e as vezes deixava mordidas pelo seu caminho, Minho estava se segurando para não se jogar por cima do ômega na cama e acabar fazendo loucura, mas não faz ideia de que é isso que Taemin quer. 

— Tae, por favor amor. — Minho disse quando o ômega deixou um chupão em seu pescoço. — Taemin-ah.

— Uh?

— Para um pouco amor, estamos indo rápido demais. 

— Minho, v- — O ômega se calou quando escutou o celular tocar, foi atender e antes mesmo de falar escutou a voz de seu pai "Te quero agora em casa, Kim Taemin!", e logo desligou. — Sacanagem.

— Seu pai? — Minho se sentou e Taemin se ajeitou no colo do alfa assentindo. — Milagre que ele ligou e não apareceu aqui igual a última vez.

— Queria passar o dia todo com você, só tenho aula a noite. 

— Então a noite eu te levo para a faculdade. — Minho selou os lábios do ômega. — Amor, vamos com calma ok? Não quero que você ache que apenas quero o seu corpo e que vou lhe deixar.

— Eu sei que não quer, mas às vezes dá uma vontade, Minho. — Taemin fez um bico.

— Você só tem essa carinha de anjo. — Minho disse rindo e o celular do ômega tocou de novo.

— Já vou pai, misericórdia! — Taemin disse quando aceitou a chamada fazendo Minho gargalhar. 

[...]

Minseok bufou entrando na casa dos avós, Jongdae o convenceu a visitar a dona da casa, o ômega foi levado por um dos empregados até o quarto da mais velha, abriu a porta vendo Liang deitada na cama. Era como Jongdae tinha falado, a mais velha estava abatida e parecia mesmo doente, lá no fundo Minseok achava que era apenas alarme demais de Jongdae e que a mais velha nem estava tanto assim. 

— Minseok? — ela chamou e o ômega se aproximou. — O que faz aqui?

— Por que você agiu daquele jeito comigo? Eu era uma criança e você fez aquilo. — Minseok disse em pé ao lado da cama e a mulher suspirou. — Eu não tive culpa, eu era uma criança e não conseguia segurar meu pai eu não sabia o que fazer, eu sofri com a porra do que você me falou por anos, eu perdi momentos da minha infância por achar que meu lugar deveria estar sendo um alfa e aprendendo coisas que alfas aprendem. 

— Egoísmo cega, você sabia? — ela perguntou olhando para o teto. — Nunca apoiei Zitao e sua escolha de se casar com aqueles dois, eu queria uma vida melhor para ele, eu queria ele casado com apenas um homem e tendo um alfa como filho, mas ele se casou com dois homens e teve três ômegas.

— Tem vida melhor do que ser casado com dois príncipes? Sério? 

— Para mim sim, meu medo de que algo pudesse acontecer a ele por estar com eles e por eles serem da realeza, alguém o sequestrar ou algo assim. — Liang continuava olhando para o teto. — Mas eu sempre pensei em mim, e esse meu egoísmo me cegou para em nenhum momento perceber o quanto meu filho estava feliz, o quanto ele ficou feliz quando Kibum nasceu, feliz quando você nasceu e feliz quando engravidou. 

— Eu não fiz nada. — Minseok murmurou. — Eu sei que deveria ter pelo menos tentado ajudar.

— Não Minseok, você não poderia ajudar, como você disse, era apenas uma criança. — Liang suspirou olhando para o ômega. — Eu te culpei para não me culpar, viu como é? Eu joguei em você a culpa que seria minha, porque eu iria conseguir ajudar seu pai, mas eu te culpei, culpei uma criança.

— Porra. — Minseok disse baixinho.

— Eu tenho o coração frio, mas eu senti muito orgulho de você hoje em dia. — ela riu. — Até mesmo de Kibum e aquele jeito, Baekhyun e a sua maneira bonita de ser igual a Zitao. Eu não mereço perdão e nem lhe peço perdão pelo que te falei e como o tratei durante todo esse tempo.

— Mas eu perdôo. — Minseok disse sincero. — Eu sei o que fiz, sei se fui certo ou não, meu pai nunca me culpou, meus pais também não, não preciso continuar nutrindo um sentimento ruim por você já que tudo foi esclarecido dentro de mim. 

— Isso é bonito. — ela riu.

— A senhora quer que eu ligue para o papai? — Ela negou. — Mas eu vou ligar, Vó. 

Liang fechou os olhos enquanto Minseok ligava para Zitao, o coração de Liang sempre foi egoísta e o coração de Minseok nunca foi somente frio.