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História Princess Warriors - Capítulo 2 - The Funeral


Escrita por: MeriMorgestern

Notas do Autor


E aqui está o dia do funeral da família Singer. Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo 2 - The Funeral


​Três dias antes...

Agora mesmo estou me arrumando para o enterro da minha família. Nunca pensei que sentiria essa dor que estou sentindo agora. Na maior parte da seleçao, sempre pensei em estar em casa novamente, abrindo os presentes e comendo a ceia que minha mae faria se estivesse viva. Sinto tanta falta de todos agora. Falta de ver meu pai saindo da garagem todo cheio de tinta, de me dar um beijo na testa e ir se lavar para que mamae nao brigue com ele. Por incrível que pareça, falta das broncas e das brigas que tinha com minha mae, e falta dos meus irmaos, que me davam muita alegría com suas brincadeiras. Até mesmo de Kota, lembrando das nossas brincadeiras quando éramos crianças. Lembrando de tudo isso começo a chorar novamente.

-Senhorita nao chore por favor! - Diz Lucy ,que até agora estava me vestindo, parou e enxugou minhas lágrimas.

-Desculpe Lucy, é que as lembranças vieram na minha cabeça e nao aguentei. Ainda é muito recente.

-Sei disso. - Deu um sorriso reconfortante - Só nao gosto de ver a senhorita chorar.

-Nao se preocupe comigo. Está doendo muito, mas vai passar.- Devolvi o sorriso - A única coisa que me intriga nesse momento é quem poderia ter feito isso. Podem ter sido os rebeldes, mas tenho a impressao que é alguém mais poderoso que eles.

-Já eu acho que foram os rebeldes. É bem típico deles fazer algo assim. - Percebi que Lucy estava perdida em pensamentos e seu tom de voz geralmente doce, estava com um pouco de raiva.

-Perdao Lucy, nao queria te lembrar sobre esse assunto...

-Nao tem problema senhorita, isso já passou e eu nao posso ficar com medo ou raiva cada vez que ouvir essa palavra.- Terminou com um sorriso confiante - Agora vamos, nao podemos nos atrasar.

Saímos da minha casa, onde vamos ficar até amanha e entramos no carro que nos esperava. Chegando lá, fomos à uma parte do cemitério onde acontecería o enterro. Nos sentamos e o padre começou a falar. Fui vendo que haviam muitas pessoas aqui, a maioria, gente que eu nunca tinha visto, mas acho que eram amigos dos meus pais. Foi entao que vi um rosto que me parecia muito familiar apesar de nao conhecer-lo. Era um homem alto, de cabelos loiros quase brancos que estava com a cabeça abaixada. Nao entendi o porque, mas senti como se já o conhece-se à anos. De repente ele levantou a cabeça e pude ver seus olhos tristes olhando diretamente para mim. Porém nao era só isso. Seus olhos eram azuis, azuis iguais aos do meu pai, iguais aos meus... Parece bobeira, mas neles nao só vi a cor igual como vi também o amor que via nos olhos dele quando brincava, conversava ou somente me deixava desabafar com ele. Deve ser só uma impressao minha. Virei a cabeça e continuei prestando atençao na missa.

A missa teve que acabar mais cedo do que esperava e agradeci mentalmente porque nao queria ver todas as pessoas que amo em um caixao. Como Lucy tinha que resolver algumas coisas sobre nossa partida de volta à Angeles, fiquei sozinha explorando cada canto da casa outra vez. Estava no quarto de meu pai quando ouvi a fechadura da porta principal se abrir.

-Lucy! Até que enfim você chegou, pensei que ia...- Minha voz sumiu ao ver aquele homem tao semelhante ao meu pai, que estava no enterro, no meio da sala.

-O que o senhor está fazendo aqui e porque tem a chave da casa ? - Perguntei já ficando assustada.

-America calma...- Tentou me tranquilizar.

-Calma nada e como sabe o meu nome !? Vou chamar alguém para tirar o senhor daqui ! - Disse eu, indo pegar o telefone.

-Por favor deixa eu explicar antes que você faça qualquer coisa...- Ele parou para pensar- Gatinha, era assim que Shalom te chamava, nao é mesmo ?

Paralisei. Era o apelido que meu pai só usava comigo.

-Quem é você ? - Isso está ficando muito estranho.

-Eu sei que nao vai acreditar em mim, mas eu sou o irmao mais velho de seu pai. Meu nome é Valentim.

-Nao, meu pai só tinha uma irma que morreu e se chamava Paz, entao nao minta para mim!

-Eu tenho provas! - Ele insistiu - Só me dê uma chance.

-Tudo bem - Disse já me rendendo - Você só tem alguns minutos.

-Obrigado. - Me deu um sorriso que nao devolvi - Para começar te dou essa carta. Shalom pediu para que te entregasse.

Peguei a carta desconfiada e comecei a ler.

Gatinha,

​Se está lendo essa carta, eu já morri e tenho que te revelar algumas coisas sobre seu passado. Apesar de tudo que passamos juntos, eu já sabia que meu destino seria esse, que o meu pior inimigo me alcançaria, entao tive que dar um jeito para que você sobrevivera, te mandando ao palácio. Meio irônico já que ali era o alvo dos rebeldes, deve estar pensando, mas para mim era o lugar mais seguro, porque sou um rebelde nortista e tinha um trato com os sulistas para que nao machucassem você. Sei que isso é loucura, mas era a única coisa que eu poderia fazer para proteger a todos pelos menos por algum tempo.

​Há muitas coisas que escondi de você, minha gatinha. Uma delas é que nao sou seu pai. Para mim é muito doloroso te dizer isso, mas eu nao sou. Na verdade sou seu tio e fico feliz que sejamos da mesma familia. Seu pai, meu irmao, se chama Valentim. Sim, é esse homem que te entregou esta carta. Nao entenda mal, ele só queria proteger você desse lunático que me matou. Esse sim é seu pai e nao eu. E nao se preocupe por nada. Sua familia é maravilhosa. Você tem uma mae que te ama muito e quer que volte logo para casa​, seu nome é Jocelyn. E também um irmao mais velho muito protetor chamado Sebastian e o mais surpreendente é que sua gêmea está esperando mais do que todos para que volte, e se chama Clarissa, ou Clary, como gosta de ser chamada.

​Vivem na Inglaterra, nao como uma familia comum, e sim como a familia real. Sim, você é uma princesa, gatinha. A princesa America Charlotte Morgestern da Inglaterra. Mesmo nao percebendo, você sempre teve jeito para liderar, está no seu sangue. Tenho certeza que, independente da escolha de Maxon, você vai ser uma princesa sensacional.

​Te juro que a última coisa que precisa saber, é que nao só você, mas toda a familia é caçador de sombras. Nao me ache maluco ou algo do tipo. Você sabe que eu nao mentiria se fosse algo importante. Você é uma caçadora de sombras, filha de nefilims com um poco de sangue de anjo. Seus inimigos a partir de agora sao os demônios. Sim, eles existem, assim como todas os contos que te contei quando era pequena sobre fadas, lobisomens, vampiros e feiticeiros. Só peço que tenha coragem para combater todos eles. Valentim vai explicar melhor as coisas depois.

​Quero que saiba que foi uma honra ser seu pai. Você é uma menina muito boa America, cheia de determinaçao e alegria. Eu te amo muito, assim como todos da familia "Singer". Estarei te olhando e te protegendo lá do céu.

​Shalom

​Tirei meus olhos marejados da carta e olhei para o homem na minha frente. Meu pai. Meu verdadeiro pai.

-America, o que houve ? - Disse assustado com minha reaçao.

-Papai... - Ele entendeu o que quis dizer e corri para seus braços abertos.

-Sempre sonhei com o momento que me chamaria de pai. - Deu um beijo em meus cabelos.

-Ainda estou tao surpresa. Há tanta coisa para assimilar.

-Nao tem problema, meu anjinho. - Me deu um sorriso que dessa vez retribuí - Eu estou aqui para te ajudar. E se Maxon nao te escolher, você vai voltar para casa comigo. Será seu novo lar. Combinado?

Apesar de doer pensar que Maxon nao vai me escolher afirmei. Sentamos no sofá e meu pai me contou sobre nossa familia. Do quanto eu era parecida com mamae, dos ciúmes de Sebastian cada vez que Jace, o namorado quase noivo de minha irma gêmea, e Clary trocavam carinhos. Do quanto Clary ficava triste por olhar à traves da porta de ligaçao e nao me ver brincando ou a esperando para jantar. Fiquei triste quando ele tocou nisso, porque queria ter passado mais tempo com ela. Valentim me explicou sobre os caçadores de sombras. Que a mil anos atrás, o anjo Raziel misturou seu sangue com sangue humana criando a raça dos caçadores de sombras com a finalidade de proteger os humanos dos demônios.

Queria que me dissesse mais, mas ele tinha que voltar e preparar minha chegada caso eu fosse para a Inglaterra. Ele se foi e quando Lucy finalmente chegou depois de muito tempo esperando, fomos arrumar nossas coisas para o retorno à Angeles amanha. Terminamos e fomos dormir, comigo pensando que perdi uma familia e ganhei outra no mesmo dia. Foi assim que adormeci, imaginando essas pessoas que ainda nem conheci, mas que já tem um lugar muito grande no meu coraçao.


Notas Finais


Gostaram ? Me digam nos comentários. Beijossss


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