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História Príncipe da Perdição - Capítulo 5


Escrita por: MillaSilvaS2

Notas do Autor


Desculpem a demora, eu estava sem celular, mas agora tô com ele denovo, então trago mais um capitulo

Capítulo 6 - Capítulo 5


Matteo

Desviei os olhos da paisagem idílica de Angra e encarei Luna que ainda estava emburrada na poltrona em frente à minha. Ela relutou bravamente em vir comigo para o resort. Deu-me um mundo de razões, mas eu sabia que só havia uma que a prendia lá no Rio. O maldito almofadinha que enche a boca para chamar de namorado. Ela já sabe como trabalho. Praticamente me mudo para o local das obras. Agora não seria diferente. O projeto para a área interna dos chalés nupciais era dela. Luna continuava sendo tão perfeccionista quanto eu. Suas sugestões eram arrojadas, requintadas. Cedeu porque também se doava até o trabalho estar pronto.Essa foi uma das muitas coisas que me encantaram nela há dois anos. Reconhecia-me nela. Apesar da sua inexperiência e timidez suas colocações eram sempre oportunas, inteligentes, ousadas, arrojadas. Visualizei uma parceria para toda a vida não apenas no sentido profissional. Eu me dei a ela de uma forma que nunca saberá. A minha sorte é que nunca percebeu como me afetava. Como me tinha nas mãos. Aprendi desde muito cedo a dissimular emoções. De onde vim ou eu fazia isso ou sofria as consequências. Nos orfanatos ainda existiam regras, mas depois nas ruas a lei era brutal. Sobreviviam apenas os mais fortes. Eu não podia me dar ao luxo de ser ou parecer fraco. Eu morreria. Foi assim que lutei e sobrevivi. Eu venci. No entanto, era oco por dentro. Antes dela eu simplesmente não sentia. Essa é a verdade. Ela chegou e tudo mudou. Meu mundo preto e branco ganhou uma variedade de cores. Ela me fez desejar coisas que jamais havia sequer cogitado com outra mulher. Eu a quis, desesperadamente. Eu a quis tanto, que ela me destruiu com sua traição. Luna Valente destruiu toda e qualquer possibilidade de vir a acreditar de novo no sexo feminino. Traiu-me duplamente. Juntou-se ao maldito asqueroso para me roubar e ainda o deixou tocá-la. Lembrar disso ainda me ferve o sangue. Isso foi o que mais doeu, admito. Ela o deixou... Arg! Cristo! Por que estou trazendo isso tudo de volta? Remexi-me no assento de repente sufocando. Ela finalmente virou-se da janela para mim, os olhos muito verdes sombreados por cílios negros e ridiculamente longos tirando toda a minha capacidade de raciocinar com sensatez. Eu estou na merda de novo! Completamente na merda porque ela me afeta. Porra! Ela ainda me afeta! Não era para eu sentir nada disso. Não depois de dois anos. Era para tê-la exorcizado, arrancado de mim, mas tudo que sinto quando estou diante desses olhos é uma vontade absurda de beijá-la, de puxá-la para mim e... Ah! Santa Mãe! Ela tem a moral mais duvidosa que uma gata de rua, porra! Meu cérebro sabia disso, mas meu pau não parecia se importar. Era um bastardo sem critério pelo visto. O maldito traidor só insiste em me lembrar do quanto sua boceta é gostosa, apertada e quente. 

— Você o ama? — indaguei, obrigando-me a pôr um ponto final nos meus devaneios patéticos. 

— O quê? — sussurrou e piscou como que saindo de um transe. Parecia perdida em pensamentos também. Odeio esse olhar triste, magoado que me lança como se fosse à vítima. Como se eu a tivesse traído e não o contrário. 

— O almofadinha do seu namorado, você o ama? — repeti praticamente rosnando a última palavra. 

— Eu não vou ter essa conversa com você, Matteo. — falou se esticando no assento numa postura defensiva. — Isso não é da sua conta. — completou. Seus olhos gélidos. 

— É da minha conta sim. — tornei a falar. Eu estava ficando irritado. Irritado com toda a maldita situação. Odeio não ter o controle. Ela estava voltando para minha vida permanentemente e eu não podia fazer nada porque havia meus filhos. Meus filhos. Eu estava repetindo isso desde ontem quando descobri que os escondeu de mim. — Você é mãe dos meus filhos. Preciso saber quais são seus planos com ele. Não vou permitir que outro homem crie meus filhos, Luna. É bom que fique bem claro. — injetei meu olhar no dela. — Nenhum filho da puta vai tomar posse do que é meu. — rosnei. Nem eu sabia por que estava tão zangado. 

— Sim. Sou a mãe deles. — disse levantando o queixo em desafio. O olhar não se desviando ou abaixando. — Mas também sou mulher. Você terá acesso aos meninos quando quiser, mas não ouse interferir na minha vida. — seus olhos foram tomados por aquela expressão de mágoa de novo. — Você perdeu esse direito quando me mandou embora grávida. Você não tem ideia do que passei sozinha, grávida e com uma mãe doente. — sua voz quebrou um pouco ao mencionar a mãe. — Eu sofri para criá-los bem até agora. Reergui-me, Matteo. Você não conseguiu me destruir completamente. —E onde você estava nesse período? — resfolegou os o lhos azuis vítreos agora. — Você desfilava com suas putas. Fui obrigada a ver semanalmente fotos suas nas revistas de fofocas com uma mulher diferente a cada vez. — ela estava berrando agora, seu rosto vermelho incendiado com uma indignação que parecia verdadeira. — Então não ouse me questionar sobre o meu namorado e o que eu sinto por ele. Isso é problema meu. E não use meus filhos para tentar me controlar. Você. Não. Tem. Esse. Direito.

Oh! Uau! Essa Luna altiva, cheia da razão era novidade para mim. Ela estava linda toda empertigada. Certo, admito. Eu não havia pensado nas coisas dessa forma. Ela era apenas uma garota. Merda! Ela ainda é uma garota, embora tenha amadurecido nesses dois anos, não só fisicamente, pela explosão acalorada que acabei de presenciar. Sim, não sou tão bastardo e acabo de perceber o quanto deve ter sido difícil para ela cuidar de dois filhos sozinha. O que me leva à pergunta que não quer calar: Por que nunca me procurou? Por que não se aproveitou do fato de ter dois filhos meus para tirar dinheiro de mim? Isso estava queimando no meu cérebro desde ontem. Isso não batia com a golpista traidora que ela era. Mas está certa numa coisa. Realmente estive com muitas mulheres nesse período. Foram muitas por um motivo. Eu nunca mais me prenderia. Nenhuma mulher teria poder sobre mim de novo. Nenhuma. Jamais. Continuamos nos encarando, medindo forças. Ela não cedeu um milímetro. Não consegui evitar que um pequeno sorriso se abrisse nos meus lábios. Era óbvio o esforço dela para não se submeter. Ok. Vou conceder-lhe essa pequena vitória. Nicolau Maquiavel já dizia que às vezes é necessário perder uma batalha para ganhar a guerra. Os fins justificam os meios.

— Meu irmão Ramiro e a esposa Yam estão chegando daqui a pouco. Ofereci o resort para a lua-de-mel deles. — mudei o tema e suavizei a voz. — Vou aproveitar e apresentar Ruggero e Michael. Eles também têm um bebê de apenas um mês. Uma linda princesinha, Ana Jara. — meu sorriso ampliou ao me lembrar da pequena. Já mencionei que amo meus sobrinhos? Eu realmente amo meus sobrinhos. Passei minha vida inteira sozinho, mas agora tenho uma família. É curioso que meus irmãos tenham chegado justamente no período mais conturbado da minha vida adulta. Os conheci logo depois do rompimento com Luna. Isso me ajudou a passar por tudo. Benício e tio Max acolheram a mim e Ramiro de uma forma tão verdadeira que nenhum de nós conseguiu manter-se distante. Ramiro caiu logo de amores por Yam e se rendeu mais rápido. Eu ainda tentei resistir, mas acabei me rendendo também. Eles são a minha família. Eu finalmente tenho uma família. 

— Sim, estou a par do casamento deles. O mundo todo conhece Ramiro e Yam. — Luna falou num tom mais ameno também. Havia um brilho de diversão nos olhos verdes agora. Ela devia estar lembrando os inúmeros vídeos do You Tube. Meu irmão é um bastardo exibicionista. Acabei abrindo um sorriso a contragosto. 

— Eles não são muito discretos, não é?

— Não, eles não são. — assenti e de repente o clima mudou entre nós. Nossos olhares se mantiveram presos. Passeamos os olhos ávidos por cada detalhe do rosto um do outro e voltamos a nos fitar nos olhos de novo. Ela ruborizou, mas não conseguiu desviar. Nem mesmo piscava. Eu também não. Sua boca rosada se entreabriu e ela correu a língua pelos lábios. Tive que conter um gemido a muito custo. Ela era uma provocadora do caralho e nem se dava conta disso. Uma intimidade dolorosa, nostálgica se instalou entre nós. O ar crepitava denso, cheio de desejo. Palavras não ditas, mas que estavam claras ali. Ainda nos queríamos. Um tesão latente, carnal, animal pedindo para ser saciado. Lembranças de como era absurdamente gostoso estar enterrado nela me engolfaram e grunhi. Meu pau traidor pressionou o zíper das calças, louco para prová-la de novo. Um gemido suave escapou dos lábios cheios. Ah! Cristo! Ela era perigosa. Não posso me deixar envolver assim, pateticamente fácil outra vez. Definitivamente não. Nosso momento foi quebrado pela voz do comandante anunciando que íamos aterrissar. Cortamos o contato visual e nos viramos para a janela. Ainda ouvi um suspiro suave vindo dela. Cerca de dez minutos depois descíamos do carro no resort. Havia me encantado pelo lugar quando estive aqui no ano passado na casa que Benício possuía em outra ilha. Ruggero e Michael foram instalados em um quarto com as babás que contratei no dia anterior. A cena grotesca que presenciei da antiga babá ainda me deixava furioso. A vadia deixou meus filhos sozinhos para foder com o vizinho. Foi uma discussão longa, mas Luna cedeu por fim quando viu as qualificações e referências das senhoras. Eram Pedagogas e técnicas em enfermagem. Perfeitamente capazes de cuidar dos meninos. Eu disse que meus filhos teriam o melhor de agora em diante e eu definitivamente não estava brincando. Ramiro e Yam chegaram ao final da tarde. Fui buscá-los na pista de pouso. Meu irmão tinha um enorme sorriso no rosto. Yam também não era diferente. Ele sestavam felizes. Permiti-me esquecer minhas merdas e compartilhar da felicidade deles. Ana Jara dormia nos braços de Ramiro. Acariciei sua cabeleira ruiva e beijei suavemente sua testa. Bati nas costas de meu irmão em um cumprimento de caras. Yam me abraçou e beijou meu rosto. Beijei-a de volta. Minhas cunhadas são mulheres especiais. Mas o principal é que amam meus irmãos incondicionalmente. Elas têm meu carinho e respeito por isso.

— Uau! Irmão, isso é... Isso é o que chamo de surpresa. O resto é conversa. — Ramiro exclamou meio atordoado quando entrei em seu quarto uma hora mais tarde carregando Ruggero e Michael nos braços. — Surpresa em dobro! — acrescentou e então sorriu daquele jeito despreocupado dele. Tomou Michael nos braços, parecendo verdadeiramente feliz. Havia falado com ele e Benício ontem à noite. A primeira reação de Ramiro foi cair na risada. Ele era um bastardo idiota, mas depois viu que eu não estava brincando. Benício ficou lá, em silêncio, com aquele olhar solene que adora jogar para cima de mim. Maricas. Passado o susto inicial os dois me parabenizaram e perguntaram o que eu faria. Eu gelei ,porque apesar deles não pronunciarem, a palavra estava presente no semblante dos dois, nos olhares que lançaram em mim: casamento. Falei que ainda era muito recente e que estava estudando uma forma de lidar com tudo. E antes que ousassem verbalizar informei que casamento estava fora de cogitação. Eles não sabiam muito sobre a mulher do meu passado, mas já haviam percebido que nosso relacionamento terminou mal.Yam saiu do quarto conjugado cortando meus pensamentos e seus olhos de uísque brilharam ao ver os meninos.

— Oh! Dio mio! Eles são lindos, Matt.— abriu um sorriso luminoso tomando Ruggero no colo também. Os dois pequenos riam e balbuciavam interagindo com os tios. Eles eram tão sociáveis. Meu peito se encheu de orgulho. Eles são meus filhos. Meus filhos. Eu simplesmente não consigo parar de sorrir quando estou com eles. — E a mãe deles? Onde está? — meu corpo se retesou com a menção de Luna. Yam franziu um pouco o cenho ao ver minha reação. Batidas suaves soaram na porta. Era ela. Deixei um recado com as babás assim que peguei Ruggero e Michael. Ela estava no banho segundo as senhoras.

— Deve ser ela. — avisei. Minha voz mais tensa do que eu gostaria. Fui até a porta. Ramiro me olhava com seus olhos verdes maliciosos como se tivesse vendo dentro de mim. Ele adora bancar o maldito psicólogo comigo. Bastardo! Mas tudo sumiu da minha mente quando abri a porta e ela estava lá, parada. Os cabelos caindo em cachos molhados pelos ombros e cintura. O rosto livre de maquiagem. Fresca e linda. Tão malditamente linda, porra! Meus olhos desceram esfomeados pelo seu corpo como se não a tivesse visto há pouco menos de uma hora. Vestia calça jeans de cintura baixa e uma camiseta verde que destacou seus olhos. Fiquei hipnotizado, perdido nos olhos de feiticeira. Reaja, caralho! Você é um bastardo de trinta anos não a porra de um fedelho vendo uma mulher bonita pela primeira vez! Recriminei-me tentando ferozmente tomar o controle de volta. Ela arquejou levemente, parecendo tão afetada e fodida quanto eu nessa merda toda. Isso não vai prestar. Quase rosnei alto permitindo-lhe a passagem. Santa Mãe! Ainda bem que minha camiseta estava por fora das calças porque seu cheiro de morangos invadiu meus sentidos, viajando por todo o meu corpo se alojando no meu pau. Ela entrou devagar com passos hesitantes. Meus olhos foram direto na bunda durinha, arrebitada, bem delineada pelo jeans. Dessa vez eu rosnei mesmo. Ramiro levantou uma sobrancelha para mim e seu semblante foi tomado pela compreensão quando pousou os olhos em Luna.

— Você tem cachos loiros. — disse cravando os olhos em mim de novo, seu tom tinha uma sutil provocação que apenas eu entenderia. — E olhos verdes incríveis. — acrescentou, abrindo um riso amplo e eu revirei os olhos. Vou quebrar a cara desse idiota! Elee stava repetindo o que disse a ele no dia de seu casamento há uma semana. Bastardo provocador!

— Ramiro, Yam. — minha voz era um pouco instável, rouca. — essa é Luna Valente ela é, hum, a mãe dos meus filhos. — verbalizar isso foi estranho. Os exames de DNA que ela fez questão que fossem feitos sairiam na próxima semana. Mas eu já sabia. Dentro de mim eu já tinha a certeza. Eles são meus. 

— Oh, Matt ela é tão jovem. — Yam veio até ela com um enorme sorriso no rosto. — Prazer, cara mia.— Ruggero estendeu os bracinhos em direção à Luna. Ele era realmente possessivo com a mãe. Peguei-me sorrindo, porque ele era igualzinho ao pai. Pigarreou de leve. O olhei e ele ria de novo. Um riso sem vergonha, conhecedor da situação em que me encontrava. Bufei. — Sou Helena. Você está de parabéns, Luna. Seus filhos são lindos.

— O prazer é meu, Yam. — Luna retribuiu os beijinhos de mulherzinha e seu rosto estava lindamente corado. Estava claramente desconfortável na frente da minha família. Quase tive pena dela. Quase. — Obrigada.

— Ela realmente tem olhos verdes incríveis, amore mio. — Yam sorriu concordando com Ramiro. O bastardo riu mais ainda adorando me alfinetar.

— É o que estou dizendo, princesa. — disse e gargalhou. Michael deu um risinho infantil alheio à provocação do idiota do tio. — Concorda comigo garotão? Hum? Sua mãe deve ser muito assediada com esses olhos, não é? — bufei audível. — Olá, Luna. Sou Ramiro, irmão desse idiota aqui. — disse indo até as mulheres, estendendo a mão livre para ela. — É um prazer conhecê-la. Você é exatamente como Matteo me descreveu. — Cristo! É oficial: vou matar meu irmão na sua lua-de-mel!

— O p-prazer é meu, Ramiro. — ela gaguejou apertando sua mão, corando mais ainda. Os olhos me procuraram nervosamente. Eu senti ciúmes. Eu senti ciúmes do meu próprio irmão, porra! Ramiro era um galanteador do caralho! Não percebi o que estava fazendo. Só sei que no segundo seguinte estava ao lado de Luna. Muito próximo na verdade. Ramiro olhou de mim para ela e vice-versa e um risinho malicioso, sem vergonha se insinuou de novo.

— Luna, gostaria de conhecer nossa princesinha? — Yam chamou alheia às provocações de seu marido idiota.

— Oh, sim, eu adoraria. — Luna abriu um daqueles sorrisos doces que costumava dar para mim antes de toda a merda nos atingir. As duas mulheres saíram para o quarto conjugado e eu fiquei à mercê da análise agora escancarada de meu irmão.

— Hum, então casamento está fora de cogitação, irmão? — Michael estendeu os bracinhos para mim e o peguei. Ele era o mais frágil dos gêmeos. Luna havia me informado que nasceu por último e ficou uma semana numa incubadora. Os dois eram fortes e robustos, mas Ruggero era mais ativo. Acho que Michael tinha o temperamento doce e tímido da mãe. Ah! Merda! Eu estou parecendo um maldito maricas desde que a reencontrei.

— Sim, está. — rosnei. Ele gargalhou. Bastardo!

— Então me explique irmão. Por que está babando e ofegando atrás dela como um cachorro no cio? — ele era direto. Nós todos somos. Não tem meias palavras. É tudo preto no branco.

— Você a viu, não é? — rosnei de novo. — Sinto tesão por ela. É só isso. Sexo. Puro. Bruto. — ele riu de novo.

— Eu acho que já ouvi essa frase em algum lugar. — Pausou significativamente. — Ops, fui eu mesmo quem disse isso sobre Yam e olhe só como estou agora? Feliz, irmão. Feliz como nunca estive em minha vida. Alguém me disse que não era só sexo. — pausou de novo. — Ops, foi você quem me disse isso. — bufei. — O que quer ela tenha feito a você, tem que passar por cima disso porque ela te deu dois filhos lindos e é neles que tem que pensar agora. Faça a coisa certa por eles. Pense nisso. — concluiu subitamente sério.

— Eu sei disso. Vou fazer o melhor pelos meus filhos, acredite irmão. Mas casar com ela não. Nunca vou me casar com ela. — rosnei e nesse momento ouvium gemido surpreso. Caralho! Elas haviam voltado. Yam segurando Ana Jara nos braços. Luna me fitava com olhos magoados, o rosto pálido. Piscou os olhos muito brilhantes. Oh! Merda! Um silêncio constrangedor tomou conta de nós. Ela desviou os olhos para Ruggero em seus braços e o beijou suavemente na cabecinha. Parecia frágil, buscando forças no filho. Ok. Isso foi mesmo muito ruim.

— Ana Jara está meio enjoadinha, amor. — Yam quebrou o silêncio vindo até Ramiro. — Deve ser por causa da viagem longa. — Ramiro a pegou, aconchegando a pequena no peito.

— Foi um prazer conhecê-los. — Luna falou num tom meio apertado, os olhos não me fitando mais. — Sua princesinha é mesmo linda, Yam. — abriu um sorriso sem graça. — Vou voltar ao meu quarto, depois nos falamos.

— Eu, hum, vou com você. — falei me sentindo um bastardo. Todos me olhavam acusadores. Eu sei. Eu sei que mereci porra! — Nos vemos no jantar. — avisei a Ramiro e Yam sem olhá-los nos olhos. Eles assentiram e segui atrás de Luna pelo corredor. A figura delicada dela segurando nosso filho mexendo comigo absurdamente. Que porra vou fazer da minha vida? Antes do jantar liguei para o quarto dela convidando-a a se juntar a nós. Ela foi mais fria que o ártico e me disse que ia pedir serviço de quarto e ler um pouco depois. Confesso que suspirei de alívio porque ficar perto dela estava me matando. Então qual foi a minha surpresa ao vê-la adentrar no restaurante uma hora depois toda produzida. Usava um vestido preto tomara que caia vários centímetros acima dos joelhos, abraçando as novas formas deliciosas. As pernas estavam impossivelmente longas e bem torneadas num desses sapatos foda-me que as mulheres tanto gostam. Parei o copo de uísque a caminho da boca quando entrou sorridente. Meu corpo todo tremeu, entrando em ebulição. Porra! Ela estava de cair o queixo. Meus olhos deslizaram por ela enlouquecidos e aí percebi algo que turvou minha visão: ela estava segurando a mão de um homem. Ah! Porra! Era o tal almofadinha. De onde o imbecil saiu? Meu sangue foi drenado do corpo. Virei à dose, o líquido desceu queimando minha garganta e meus olhos arderam. Eles se aproximaram e passaram diante de nossa mesa. Sabe aquelas imagens em câmera lenta? Foi dessa forma que meus olhos acompanharam. Acenou ligeiramente para Ramiro e Yam, nossos olhares se encontraram e se prenderam por um momento fugaz. O babaca também nos cumprimentou. Ouvi sua voz, mas não olhei seu rosto. Meus olhos não queriam deixá-la. Uma sensação desconfortável invadiu meu peito quando ele a puxou e se dirigiram a uma mesa no canto do salão lotado, onde tinha uma fraca iluminação, íntima. A mesa era própria para casais que querem dar uns amassos. Grunhi. Os acompanhei o tempo todo sem entender que merda era isso se revolvendo dentro de mim. E a partir daquele momento, meu jantar virou um martírio. Ramiro e Yam o tempo todo se tocando e fazendo carinhos também não ajudou em nada. Ah! Santa Mãe! Vou desenvolver diabetes se ficar muito tempo perto deles. A cada vez que olhava na direção dos dois pombinhos dava um bufo, mas não consegui mais acompanhar a conversa com meu irmão. Meu peito se comprimia horrivelmente.

— Ei, irmão, tá muito duro aí? — o tom provocador de Ramiro me fez desviar os olhos da mesa de Luna e do maldito almofadinha. Eu não consegui mais prestar atenção em nada na última meia hora. — Matteo, você podia ao menos disfarçar, irmão. O cara já percebeu que estác omendo a garota dele com os olhos. — bufei. Odiei ouvir a última parte. Ela não era a garota dele, porra! Flexionei meus punhos e olhei na direção do casalzinho feliz de novo. Meu sangue ferveu. Uma ira descomunal tomou conta de mim porque o maldito a estava beijando. Ele a estava beijando, porra! Vi vermelho. Levantei-me bruscamente, a cadeira caiu para trás. Helena assustou-se. — Matteo? Irmão volte aqui! Matteo, seu idiota, não vá fazer uma besteira. — ignorei os protestos de meu irmão e deixei a raiva me guiar. Avancei a passos largos na direção de Luna. Essa palhaçada vai acabar. Agora! Ele ainda enfiava a maldita língua na garganta dela quando cheguei finalmente à mesa e cravei minhas mãos com força em seus ombros.

— Tire as malditas mãos de cima dela, porra! — rosnei e o puxei levantando-o num golpe rápido. Logo estava segurando ele pelo colarinho, tão apertado que seu rosto ficou vermelho. Sem mais delongas mandei um soco certeiro no seu maxilar e o deixei ir ao chão num baque forte. Então, Ramiro estava me agarrando pela cintura e me puxando. Meus olhos pousaram nela. Tinha se levantado e corrido em direção ao imbecil que levantava meio atordoado. Ele ameaçou avançar para mim, mas ela o deteve, segurando-o pela cintura, falando rapidamente em Português. Entendi perfeitamente a palavra cretino. Os olhos verdes pousaram em mim incendiados, lívidos.

— Você está louco? — cuspiu.— Irmão, todos estão olhando. Jesus! Você é o proprietário, porra! — Ramiro grunhiu me contendo a muito custo. — Se acalme. Que merda está acontecendo com você?

— Sim, eu sou o dono. Um sorriso de escárnio se espalhou em meu rosto.

— Isso não vai ficar assim, seu bastardo de merda! — o almofadinha berrou, massageando o queixo.

— Você tem que usar um gelo aí, parceiro. — sugeri, com deboche. Meus seguranças chegaram. Levaram um susto quando perceberam que era eu o causador da desordem. — Tirem esse idiota das minhas vistas! Agora! — rosnei. Eles agiram imediatamente. O almofadinha resistiu no começo, mas não havia muito o que ser feito e foi escoltado para fora. Luna me atirou punhais com os olhos quando passou por mim atrás do imbecil. — Você fica! — bradei. Ela virou e levantou o queixo vindo até mim. Enfiou o indicador no meu peito, enlouquecida de raiva.

— Você não manda em mim, cretino! — rosnou. Seus lábios tremendo de raiva. — fique. Longe. De. Mim. — e virou-se de novo indo atrás do namorado. Os segui até o terraço. Dei ordens expressas para levarem o imbecil para um dos chalés mais afastados. Amanhã logo cedo o despacharia para o Rio. Luna fitou-me atônita.

— Você vem comigo, Luna? — ele quis saber. Fechei meus punhos de novo. Se ela dissesse que iria eu...

— Não, não vou Vítor. Michael está ainda resfriado. Não quero ficar longe dele. — ela disse e soltei o ar que nem sabia que estava prendendo. A expressão do almofadinha caiu e ele falou num tom que odiei mais ainda. Era um tom de deboche.

— Claro. Como posso competir com seus preciosos, não é?

— Não, nem você e nem ninguém pode competir com meus filhos. — ela afirmou numa voz apertada, quase magoada. — Nos falamos amanhã. — acrescentou e deu as costas ao imbecil. Dei-lhe um olhar que dizia perdeu idiota! E segui atrás dela. Lembrei-me de Ramiro e Yam que ficaram lá dentro horrorizados. Fui até eles e me desculpei. Mas a ira ainda estava em todo o meu corpo. A imagem do maldito a beijando como se fosse o dono dela me queimava o cérebro. Passei pelo bar. Uma música tocava animada. Animals do Marron 5. Torci os lábios sarcasticamente. Era assim que me sentia: um animal, uma fera enjaulada que estava arrebentando as grades. 

Luna

Entrei no quarto, irritada. Duplamente irritada. Quem aquele cretino pensa que é, para fazer aquela cena? Por que estava se intrometendo na minha vida dessa forma? Caminhei de um lado para outro. As últimas palavras de Vítor terminaram de arruinar a noite. Ele tinha certa implicância com minha dedicação aos meninos, eu já tinha percebido. Mas nunca tinha verbalizado isso. Talvez eu deva rever meu namoro comvl ele. É muita pretensão dele querer concorrer com meus filhos. Devo ter o dedo podre mesmo quando se trata de homens. Malditos!

— Você vai terminar com aquele palhaço, ouviu? — virei assustada. Matteo escancarou a porta e avançou para mim, os olhos escuros furiosos, selvagens, perigosos.

— O que está fazendo aqui? — grunhi, alarmada, me afastando até o meio do quarto, enquanto ele me espreitava, rondando como um predador esperando o momento de atacar à presa. Mesmo irritada, meus olhos masoquistas correram por ele. Estava cada vez mais difícil ficar perto dele. Era impossível ignorar as reações do meu corpo quando cravava aqueles olhos negros hipnóticos em mim. Sim, é vergonhoso, mas raiva, mágoa e luxúria guerreiam dentro de mim na mesma medida. Sou humana. Gostaria de não sentir nada, mas ele ainda mexe comigo. Usava uma camiseta preta de mangas compridas, arregaçadas até os antebraços e calça escura. Seu corpo grande, poderoso, sua beleza morena, primitiva, indomável, pecaminosa me engolfou. A energia sexual crua vinha em ondas para mim. Os olhos escuros estreitaram deslizando pelo meu corpo e um riso obsceno se espalhou na boca sensual.

— Vim pegar de volta o que é meu. — rosnou. Suas narinas dilatando. O olhar me queimando, me violentando, deixando claro o que ele queria.

— Q-que seria? — gaguejei, abraçando a mim mesma. Ele voltou a andar, avançando devagar, os olhos escuros nunca deixando os meus. Arfei, meu corpo todo estremecendo sob a intensidade do seu olhar. Seu rosto de traços perfeitos tirando-me toda a capacidade de pensar ou de me mexer. Meus pés pareciam ter grudado no tapete macio.

— Nervosa Luna? — seu tom foi mais baixo, suave, sexy. Meus seios arrepiaram. Sua voz profunda viajando por cada célula do meu corpo. — Eu a deixo nervosa? — sussurrou. Seu peito musculoso parando bem na minha frente, quase tocando em mim. Oh! Merda! Seu cheiro delicioso me invadiu. Inalei ruidosamente tentando recobrar os sentidos. Sua boca se curvou num riso lascivo, seus olhos brilhando perversos. Ele sabia o que estava acontecendo comigo.

— Você. Eu vim pegar você. — completou. Engoli em seco com a expressão em seus olhos e a forma como pronunciou as últimas palavras. Eu vim pegar você.

— Você só pode estar louco se acha que sou sua! Saia, seu imbecil! Você não tem o direito de entrar aqui no meu quarto! — berrei descontrolada, conseguindo finalmente me afastar. Ele me alcançou em um segundo e colou meu corpo no dele bruscamente. Seu pênis duro cavou em meu ventre. Esmurrei seus ombros. Uma mão amassou minha bunda e a outra me puxou pelos cabelos da nuca, arqueou meu corpo, me imobilizando e abaixou a cabeça, nossas bocas ficando a centímetros. Meu coração galopava no peito. O dele batia forte também. Seu cheiro entrou em minhas narinas de novo como uma droga. A sensação do corpo musculoso contra o meu me fazendo gemer vergonhosamente. Ele gemeu também, moendo o pênis na minha pélvis. Grunhimos juntos. Nossos olhos travados, nossas bocas quase se tocando, respirando uma na outra. Seu hálito quente cheirava a uísque caro.

— O resort é meu. Esse quarto é meu. — mordeu meu lábio inferior. — Você é minha. Negue o quanto quiser, mas essa porra de tesão entre nós não foi embora. Meu pau enlouqueceu desde que pus os olhos em você de novo. — deslizou os dedos pela fenda do meu traseiro e cavou seu pênis mais embaixo direto na minha vulva. Um gemido desejoso, cheio de saudade, escapou do fundo da minha garganta, minha vagina latejou. Eu estava completamente dominada. Isso me enlouquece. Não sei se sou uma aberração, mas sempre gostei de ser dominada por ele. Da forma dura com que tomava meu corpo. 

— Porra de gemido do caralho! Vai me pagar por cada vez que me masturbei imaginando você gemendo assim no meu pau. Imaginando meu pau rasgando seu rabo apertado. — minha calcinha alagou. Rosnou, puxando mais meus cabelos e mordeu meu queixo, descendo para o pescoço. Seus lábios desceram deixando um rastro de fogo até meu ombro. Deu um beijo erótico e de boca aberta e gritei quando cravou os dentes bem no ponto entre o pescoço e o ombro.

—Ahhhh! Deus! Oh!—Convulsionei descontroladamente em seus braços e meu corpo não era mais meu. Era dele de novo. Sua risada baixa, obscena, arrepiou minha pele enquanto sua boca subia de novo, devagar. Nossos olhos se encontraram outra vez e por um instante vi algo lá. Havia um brilho diferente da raiva dos últimos dias. Eles estavam mais suaves. Ficou me olhando como que hipnotizado, como se estivesse tão afetado quanto eu. A mão que estava na minha nuca relaxou o aperto e sua cabeça foi descendo sem nunca deixar meus olhos.

— Linda. Tão linda... — gemeu deslizando a língua suavemente pelos meus lábios. Seu quadril movendo-se em mim numa dança indecente. Abri mais as pernas. Gememos com o aumento da fricção de nossos sexos. — Não tenho pensado em outra coisa desde que provei seu gosto de novo. Estou desesperado para me afundar em você. E também quer isso. Está tudo aí nesses olhos de feiticeira. Você. Me. Quer. — sussurrou com seu hálito quente, delicioso, me fazendo quase implorar para que me beijasse. Ele deve ter percebido meu desespero porque finalmente sua boca desceu sobre a minha. Um gemido necessitado, esfomeado deixou meus lábios assim que senti os seus. Oh! Merda! Isso é poderoso demais para ser ignorado. Era isso que eu temia. Que viesse para cima de mim, porque sou ridiculamente fraca perto dele e ele sabe disso. É involuntário. Ele drena minhas forças, completamente. Eu nunca consegui resistir. À volta dele sou como uma mariposa atraída pela luz. Meu corpo tremeu, se colando mais ao dele. Seu peito duro contra meus seios. Chupou e mordeu meus lábios e língua. Rosnamos os dois e viramos uma confusão ansiosa. Minha língua passou a dançar com a dele. Nossas bocas se comendo sem nenhuma reserva agora. Minhas mãos passearam pelos ombros e costas musculosos indo se enfiar em seus cabelos macios. Uivou com meu toque, o corpo grande estremecendo. Sempre me senti sensual e poderosa pela fome carnal que ele sentia por mim. Pela sua reação ainda sente. Bom saber que não estou sozinha nesse desejo primitivo, violento.

— Vai me pagar pelas noites que sonhei que estava fodendo sua boceta gostosa e acordei frustrado percebendo que era só a merda de um sonho. — rosnou e seu tom era doloroso. — Você não estava lá. Mas você voltou. Está aqui agora, permanentemente na minha vida. — moeu em mim de novo, girando o quadril. Soltou um grunhido angustiado. Gemi também. — Vou comer você. Vou meter bem duro e forte nesse corpo gostoso até matar minha vontade. Não estou nem aí se tem a porra de um namorado. Vou. Te. Foder. Vai tomar o meu pau sempre que eu quiser. — seu tom foi duro, rouco, sua mão deixou minha bunda e se infiltrou pela barra do vestido, numa carícia suave pelo interior das minhas coxas até alcançar a calcinha. Grunhiu quando tocou o tecido todo empapado. Sua mão entranhou entre elas obrigando-me a abri-las mais. Apalpou rudemente minha vagina, friccionando meu clitóris. Miei quando afastou o tecido para o lado e um dedo deslizou nos lábios melados. Uivou na minha boca e meteu dois dedos sem aviso, rasgando minha vulva bruscamente.

— Ahhhhh! Matt... Oh! Deus... — choraminguei meu corpo virando uma massa trêmula em suas mãos. Arrancou a boca da minha e ficamos lá nos olhando, respirando com dificuldade. Seus olhos loucos, incendiados, um reflexo dos meus.

— Gostosa! Porra de boceta apertada do caralho! — ganiu e tirou os dedos, seu polegar passou a massagear delicadamente meu clitóris. Ronronei, relaxando. Meteu em mim de novo agora mais fundo. Gritei alto. Não me deu mais trégua, me comendo com seus dedos grossos, violentando minha vulva. Os olhos escuros presos nos meus atentos a toda e qualquer reação minha. Fechei meus olhos, deixando-o me foder cada vez mais rápido e forte. O som de seus dedos deslizando em meus líquidos enchendo nossos ouvidos.

— Abra os olhos, Luna. Quero ver o quanto está desesperada para ser fodida por mim. — sua voz rouca e profunda reverberou em meu corpo. Os abri. Ele sorriu e sua boca tomou a minha de novo num beijo de olhos abertos. Um beijo lascivo, molhado. Puxei seus cabelos com força. Ele deu-me um puxão forte também. E viramos animais. Fodeu minha boca e vagina sem dó. Girou os dedos devagar lá dentro e um orgasmo começou a se formar. Aquela sensação vertiginosa, viciante que há muito tempo não sentia tomando meu ventre. Gemi sentindo meu corpo começando a amolecer, e ele retirou os dedos bem na hora me deixando na borda. Choraminguei desavergonhada, esfregando minha vagina em sua mão. Sorriu em minha boca então fui levantada em seus braços. 

— Você vai gozar muito hoje, querida. Mas vou foder você em meu quarto, na minha cama. — avisou e nos guiou para a porta. Deixei-me levar pelo corredor. Não sei como acertou sua suíte, pois sua boca não largou a minha em nenhum momento. Assim que conseguiu abrir sua porta, entramos, me pôs no chão e me bateu contra ela rudemente, seu corpo grande prendendo o meu. Suas mãos apertaram minha cintura bem forte e desceram pela bunda, cavando nelas, me levantando. Esfregou seu pênis enorme e duro direto em minha vulva. Sua boca comeu a minha de novo. Grunhimos, rosnamos. Mordemo-nos, enlouquecidos de tesão. Pôs-me no chão e suas mãos foram bruscas para o meu vestido, arrancando-o, rasgando de mim. Gritei de surpresa, excitada. O tecido caiu em trapos por minhas pernas. A calcinha teve o mesmo destino. Ele afastou-se um pouco, os olhos escuros me devorando, ardendo em cada centímetro da minha pele. Arquejei esperando. Abriu o sorriso sacana e avançou para mim outra vez. As mãos enchendo nos meus seios, juntando-os, amassando-os. Puxou os mamilos túrgidos e sua boca quente desceu sobre eles. Rugiu, lambendo, chupando duro. Mordeu um pouco mais forte e gritei ensandecida, enfiando as mãos em seus cabelos, mantendo-o no lugar. Joguei minha cabeça para trás contra a porta, gemidos incessantes e suplicantes escapando da minha boca. Seus lábios desceram esfomeados pelo meu ventre, me chupando e mordendo como se nunca pudesse ter o suficiente de mim. Acariciou minhas coxas e as separou com ânsia. Senti seu hálito soprar no meu clitóris. Minha respiração travou em expectativa. Um gemido desesperado saiu de mim quando abocanhou minha vagina.

— Ohhhh! Deus... — balbuciei, seus dedos me abriram e sua língua chicoteou meu brotinho inchado. Eu estava na borda de novo. Meu corpo todo pedindo alívio. Enfiou dois dedos em meu canal e mordeu-me levemente. Convulsionei. Espasmos incontroláveis tomaram conta de mim. Meus olhos arderam e não consegui conter as lágrimas. Meu corpo era dele de novo. Emoções que jurei esquecer vieram com força me levando há outro tempo. Um tempo em que fui feliz. Muito feliz! Então eu gozei. 

— Ahhhhhhhhhhhh! Oh, meu Deus... — minhas pernas amoleceram e ele me levantou nos braços atravessando o quarto. Minhas costas desceram sobre o colchão macio. Um clarão vindo das janelas na cabeceira da cama iluminou seus traços. Ele pairou sobre mim. Os olhos negros me invadindo pedindo tudo. Arfei suavemente quando desceu a boca sobre a minha num beijo lento, delicioso. Pingos de chuva bateram nos vidros atrás de nós e imagens de outra noite a dois anos encheram minha mente. Separou nossas bocas e se afastou começando a despir-se. Meus olhos o buscaram famintos. Com uma saudade dolorosa. Puxou a camisa pela cabeça e engasguei com seu peito musculoso, duro. O abdome reto, bem definido, me fazendo salivar de vontade de lambê-lo. Tirou o cinto, sua expressão um tanto dura agora. Juntou as duas pontas e estalou o couro. Meus olhos alargaram. O som excitando-me de uma forma que nunca consegui compreender. Era louco, primitivo. Jogou-o em cima da cama perto de mim. Os olhos escuros perversos mandando uma mensagem silenciosa. Arfei levemente. Desceu o zíper das calças e se livrou delas junto com a cueca boxer. Meus olhos foram imediatamente para seu pênis ereto, orgulhoso, longo, grosso. Lindo. Absurdamente viril e lindo. Sorriu-me do jeito que sempre fazia no quarto de jogos. Um predador faminto pela presa. Virou-se abrindo uma gaveta do criado mudo e tirou vários preservativos espalhando-os na cama.

— Tem ideia de quantas vezes sonhei com isso? Hum? — subiu de joelhos na cama e pegou o cinto. Estalou de novo as duas pontas e minha vagina vibrou. Meus seios intumesceram. Abriu um riso obsceno e conhecedor do meu estado. Puxou-me pelos braços bruscamente, me fazendo ficar de joelhos também. Seu olhar correu por todo o meu rosto e voltou aos olhos. Puxou-me pelos cabelos e devorou a minha boca num beijo voraz, de posse, de domínio. Continuou me beijando e levou o cinto ao meu pescoço, rodeando-o e afivelando. Não colocou apertado. Puxou a ponta como uma coleira. Arrancou a boca da minha e seus olhos negros me diziam que o dominador estava assumindo a partir de agora. 

— Deite-se. Vou finalmente enterrar meu pau nessa boceta perfeita do caralho! — rosnou. Ele parecia zangado de repente. Obedeci, deitando-me à medida que o cinto ia escorregando em sua mão. Bati as costas no colchão e travesseiros. Em um segundo ele estava em cima de mim, afastando minhas pernas grosseiramente. Seu olhar passeou por todo o meu corpo. Fiquei receosa que visse as mudanças após a gestação. Engordei muito e alguns quilos não foram embora depois do parto. A mão livre encheu no meu seio direito, beliscando o mamilo, descendo pelo ventre, devagar. Franziu o cenho quando deparou com a cicatriz da cesariana. Os olhos escuros encontraram os meus, cheios de perguntas, então algo surpreendente aconteceu. Ele se abaixou e espalhou beijos muito suaves pela extensão do corte. Convulsionei quando a língua morna o lambeu repetidas vezes. 

— Seu corpo ganhou forma. É uma mulher agora. Uma mulher linda e gostosa que vou ter na minha cama todas as noites a partir de hoje. — murmurou, mordendo forte na minha virilha. Gritei, quando abocanhou minha vagina outra vez. Comeu-me grunhindo lascivamente até me ter tremendo, minhas mãos puxando os lençóis, meus lábios arquejando, necessitando dele dentro de mim. Então parou o ataque e pegou um preservativo. Notei que suas mãos tremiam um pouco. Vestiu-o espantosamente rápido e veio para cima de mim. Gememos com o contato. Seu corpo grande cobrindo e dominando o meu corpo delicado. O contraste da sua pele morena com minha tez pálida era erótico. Minhas mãos se banquetearam em seus ombros fortes, descendo pelos bíceps tatuados. Amo suas tatuagens. Elas são Matteo em sua essência bruta. Seu pênis procurou minha entrada, friccionando. Minha vagina completamente inundada esperando por ele. Acariciou-me o rosto como se ainda não acreditasse que estávamos assim e senti a cabeça gorda em minha vulva. Ofeguei e ele finalmente veio. Meteu rasgando-me até o fundo. Gritei de dor e prazer. Mais dor do que prazer para ser sincera. Merda! Fazia dois anos e ele era muito grande.

— Ahhhh! Deus! Sim! Luna... Tão gostosa... Cristo! Muito mais gostosa do que nos meus sonhos... Caralho! Deliciosa... — sussurrou, gemendo quando se alojou fundo. Gemi agoniada de novo. — Estou machucando você? — Seus olhos correram preocupados pelo meu rosto. Uma expressão surpresa e confusa em seu semblante.

— Eu... Hum... — remexi-me desconfortável sob seu olhar. Ele parecia querer ver dentro de mim. — Já tem algum tempo que não... Que não... — puta merda! Isso ficou estranho.

— Que não tem sexo. — não era uma pergunta. Algo brilhou no fundo da íris escura. Algo como satisfação. Assenti incapaz de falar. Ficamos lá nos olhando. Um tentando analisar o outro. Nossos sexos palpitando loucamente. Então abriu um sorriso enigmático, mais sexy que perverso e me beijou. Um beijo que começou suave e foi esquentando aos poucos. Ele queria trazer minha excitação de volta. Sua língua habilidosa lambeu cada canto da minha boca. Suas unhas desciam e subiam nas laterais do meu corpo, arrepiando-me. Abri mais as pernas e o abracei pela cintura. Uivou e tirou a boca da minha. Tirou o pênis devagar, deixando só a ponta e voltou mais devagar ainda, girando o quadril, tocando todos os nervos do meu canal. Os olhos parecendo maravilhados, extasiados por me encontrar quase virgem depois de dois anos. 

— Ahhhh! Porra! Muito apertada! Bocetinha deliciosa... Cristo! Não vou durar muito... Ohh! Gostosa! Gostosa... — gemeu sua voz tensa. Sua boca deslizou pelo meu queixo, pescoço e tomou o seio esquerdo. Chupou-o duro. Mais sucos jorraram da minha vagina. Sorriu safado contra meu seio e passou a estocar com mais força. Gemi desavergonhada, enfiando as mãos em seus cabelos e me entreguei de vez. Ele sentiu minha submissão. Puxou tudo e bateu num golpe brutal e fundo, muito fundo se alojando no meu útero. Apoiou uma das mãos ao lado da minha cabeça e a outra veio para o cinto de novo. Puxou com força, me fazendo arquear as costas. Sua boca continuou voraz buscando o outro seio. Seu pênis batendo em mim duramente agora. Rasgando-me sem dó. Comendo-me faminto, seus rosnados e grunhidos um reflexo dos meus. Passou a combinar os puxões no cinto com as estocadas brutais. Puxava-me para baixo enquanto seu quadril me encontrava. Seu pênis indo por todo o caminho me esticando quase além da minha capacidade. Deu uma mordida na auréola e lambeu acalmando. A sensação deliciosa pré-orgasmo começou a se espalhar no meu ventre e eu soltei um gemido alto, necessitado. Puta merda! Ele percebeu e meteu com tudo, acelerando os golpes. O cinto apertou mais meu pescoço.

 — Isso, goze! Goze no meu pau, porra! Goze minha escrava, minha putinha safada, gostosa!

— Matt! Oh! Deus... Ohhhhhhhhhhh! — quebrei gritando e gozando, meu corpo tremendo violentamente.

— Isso, escrava, geme no meu pau! Grite o meu nome, porra! Esse som me perseguiu dois anos! Dois anos inteiros lembrando-me desse gemido do caralho! —Ele afrouxou o aperto no meu pescoço e acho que desfaleci por alguns segundos contra os travesseiros. Meu corpo estava mole e caiu pesadamente. Ele se deitou completamente em cima de mim. Enfiou uma mão por baixo do meu ombro esquerdo e me puxou, a outra continuava firme no cinto. Ele adora isso. Domínio total. Continuou me comendo sem trégua, meu corpo todo sacudindo com suas estocadas violentas. 

— Ahhhhh! Porra! Eu vou gozar... — rosnou e saiu de dentro de mim, me puxando pelo cinto. Forçou-me a ficar de joelhos com ele. Arrancou a camisinha rapidamente e girou a ponta do cinto para trás, para a nuca. — Vem e me chupe! Mama bem gostoso. Quero encher sua boca de porra. —enfiou a mão livre em meus cabelos e a outra manteve o agarre no cinto. Abaixei minha boca em seu pênis quente, latejante, deslizei meus lábios até onde consegui ir, dilatando minha garganta para alojá-lo. Gemeu, era um som lindo de desespero, fome e um toque de saudade. Seu corpo estremeceu e jatos fortes de sêmen encheram minha boca. 

— Porraaaaaaa! ahhhhhhhhhhhhh! — bombeou duro, mantendo minha cabeça imóvel para me foder com vontade. — tome tudo, Luna... Ohhhhh! Boquinha deliciosa, anjo... — balbuciou e foi diminuindo a força dos golpes. Puxou-me para cima, seu pênis escapulindo da minha boca num barulho alto. Ainda estava duro. Os olhos escuros me fitaram quase ternos. — Agora não há mais nenhum vestígio daquele babaca em sua boca. Só meu. — rosnou e me beijou duro... Possessivo. Nossas bocas se separaram e nossas respirações ainda tentando se acalmar. Suas mãos foram em volta do cinto e o tirou com cuidado do meu pescoço. Empurrou-me para o colchão de novo. Massageou suavemente as marcas. Ronronei fechando os olhos. Meus olhos foram pesando. Uma letargia tomando conta do meu corpo. Arquejei e depois disso simplesmente apaguei.



Notas Finais


Meu Matteo mostrou quem manda pra aquele "almofadinha", bem feito😂😂
E esse hotzão, será que eles voltam??
Sei não kk
Até o próximo capítulo😗


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