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História Prision - The First Threat


Escrita por: ohdoor

Notas do Autor


Desculpem a demora! Não tive tempo de corrigir, então me perdoem os erros.

Capítulo 16 - The First Threat


~*~

A Primeira Ameaça

 

 

— Será que não é melhor irmos para outro lugar? Imagina o que acontece se passa alguém por aqui. — resmungou Jongin, depois de observar as duas saídas do beco. 

 

Sehun ponderou sobre aquilo por alguns segundos. Certo seria se ele levasse aquele energúmeno para outro lugar, era até melhor para fazer o que quisesse com ele. Porém, ele teria que carregar seu corpo de volta para um lugar público, e sua vontade de ficar carregando aquilo estava igual a sua paciência, inexistente. 

 

— Deixe os seus sentidos de lúpus aflorados, Jongin. Se alguém estiver perto de entrar, você saberá. — pediu, mas seu tom de voz firme fez com que aquilo saísse como uma ordem.

 

Jongin apenas assentiu freneticamente. Estava um pouco assustado e ao ver o sorriso maléfico nos lábios de Sehun, ficou mais ainda, então apenas se prontificou a fazer o que ele mandava.

 

— Você se acha fortão, Oh, mas precisa de um amiguinho pra te ajudar. — Chinwha, que ainda estava jogado no chão, debochou do maior, soltando uma risada sínica em seguida. 

 

— Olha quem fala! O alfa que se acha o rei da Coréia, precisou juntar um monte de seguidores patéticos e bater em uma pessoa indefesa. E por quê? Por pura diversão. — respondeu Sehun, pressionando o crânio do menor contra o chão. — Ah, não que isso seja da sua conta, mas Jongin não está aqui para me ajudar. Está aqui para me impedir de acabar com essa sua vida miserável.

 

Sehun pressionou seus dedos pelo osso zigomático — ou, osso das bochechas —, e bateu sua cabeça no chão incontáveis vezes. No chão, ao redor de onde a cabeça dele estava, uma poça de sangue se formava. Fazendo Sehun ter a certeza que já estava quase estourando os miolos daquele ser. 

 

— Você vai matar ele rápido demais assim. — constatou o Kim, vendo que o alfa já parecia estar meio mole e resmungava baixinho por conta da dor. 

 

— Tsc... Tsc... Não pode ser tão rápido assim, senão a diversão acaba. — Sehun negou incontáveis vezes com a cabeça, abrindo um sorriso totalmente diabólico na concepção de Jongin que assistia tudo. — É bom espancar pessoas inocentes e mais fracas que você? — indagou, dando uma bicuda na costela do rapaz, usando nem um terço de sua força, mas já sendo o suficiente para quebrar alguns ossos. Oh agarrou-o pelos cabelos e aproximou os seus rostos. — Quando eu perguntar alguma coisa, é pra me responder, ouviu? 

 

O mais novo, ainda segurando-o pelos cabelos, lançou o corpo mole do alfa contra a parede. Sehun caminhou até o corpo caído e sangrento, dando um chute forte nas costas dele. Usou uma das mãos para apertar o pescoço dele, enquanto a outra usava para desferir vários socos por sua face. Ele socou ele com toda raiva que tinha em seu corpo, atingiu seu maxilar, seu nariz, sua orelha, sua boca, seu olho, por todo canto de sua face. Ele pressionou sua cabeça contra a parede e levantou o joelho, atingindo o seu estômago várias vezes. 

 

— Não acha que já tá bom? — Jongin perguntou, interrompendo a seção de joelhadas do mais novo. 

 

Sehun riu, constatando que o alfa abaixo de si já estava praticamente desmaiado. Ele abriu a boca certificando de que havia quebrado a maioria de seus dentes, constatou que o nariz e o maxilar também estavam quebrados, assim como a braço esquerdo e diversas costelas. Ele estava todo roxo e tinha diversos cortes e ferimentos em todo o corpo. Não estava satisfeito com aquilo, mas tinha prometido não fazer muito coisa a mais.

 

— Vou só quebrar mais um ossinho dele. Escolhe alguma parte do corpo, Jongin. 

 

O alfa moreno arregalou os olhos, não acreditando que estava ouvindo aquilo. Sehun estava mesmo mandando ele escolher alguma parte do corpo a sua frente para quebrar? Definitivamente, aquele alfa era louco.

 

— Ah... Pode ser a perna. — deu de ombros, não estava se importando com aquele garoto estranho mesmo. Ele havia feito pro merecer afinal, merecia muito mais, diga-se de passagem. 

 

Oh sorriu abertamente antes de torcer a perna esquerda de Chinhwa, fazendo com que o osso quebrasse em um segundo. 

 

— Só mais um chute, para garantir. — chutou com força as costelas do outro novamente, ouvindo o barulho de mais costelas se quebrando. Sehun o agarrou pelo maxilar e o puxou para cima, aproximou seus rostos para que pudesse falar bem de perto dele e para que ele visse em seus olhos que não estava para brincadeira. — Minha intenção era te matar, sem dó e piedade, mas estou contente por ter quebrado praticamente todos os ossos de seu corpo. Então o meu aviso é o seguinte, cada vez que me vir ou vir Jongdae na faculdade, você vai se lembrar do que aconteceu aqui, e não vai mais atacar ninguém, ninguém mesmo. Porque se houver uma próxima vez, eu juro que te mato. Não espere outro aviso, porque se eu tiver que avisar novamente, será o seu fim. E agradeça ao Jongdae, pois ele me pediu pra te deixar vivo, se fosse por mim, seu corpo moribundo já estava jogado em uma vala. 

 

Sehun o jogou no chão com força, desmaiando-o de vez. 

 

— Podemos ir embora agora? Esse cheiro de sangue está me enojando. 

 

O cheiro estava muito forte e aquilo estava invadindo as narinas de Jongin, deixando-o com o estômago embrulhado. 

 

— Vamos lá, princesa. — Sehun pareou o braço em volta do pescoço do mais velho. — Mas, você vai ter que aturar o cheiro de sangue até chegarmos em casa. 

 

Jongin sentiu seu estômago se contorcer ao notar a camisa de Sehun — que antes era branca —, pingando sangue. 

 

— Como você conseguiu se sujar tanto assim? — indagou, colocando a mão sobre a boca e o nariz. 

 

— Larga de ser fresco, Jongin. 

 

— Aigoo! Por que você nunca me chama de hyung? — resmungou, caminhando junto com o mais novo para fora do beco. 

 

— Não vejo necessidade. — deu de ombros. 

 

O Kim revirou os olhos, sendo arrastado por Sehun até o carro. 

 

xx

 

Sehun entrou no chuveiro para retirar todo o sangue seco que tinha em seu corpo, mas lamentando que não houvesse um jato de água que limpasse a sua mente e o seu coração. O dia havia sido bastante doloroso em sua concepção. Parte dele estava com ódio de não ter quebrado o pescoço de Chinhwa, mas não fez aquilo por causa de Jongdae, ele o pediu para não matá-lo, foi apenas por ele. Só que isso não tirou o sentimento de que algo estava incompleto, sabia que faltava algo de alguma forma. 

 

Ficou por bastante tempo debaixo do chuveiro, esfregando o seu corpo com força, sua pele ficou vermelha com tamanha força que ele usava para esfregar-se, queria tirar todos os vestígios de sangue daquele imundo de si.

 

Quando terminou seu banho, esse que deveria ter demorado pelo menos uma hora, e mais ou menos quarenta minutos desse tempo foi apenas pensando nas merdas de sua vida. Ele colocou uma roupa que considerava quente e procurou por um remédio que fizesse a dor de cabeça — que estava começando a surgir —passar. Estava revirando o armário do banheiro atrás de um frasco de paracetamol, quando escutou o som de passos e sentiu o cheiro característico de Kyungsoo, ele estava dentro de seu quarto. 

 

— Você acabou com ele? — indagou o menor, encostado no batente da porta. 

 

Oh levantou a cabeça para encarar o ômega através do espelho, e viu como a feição dele parecia impassível. Não sabia bem que resposta Kyungsoo esperava. 

 

— Não. 

 

— Não fez nada? 

 

Sehun mostrou os machucados das dobras de seus dedos, estavam em carne viva. Sentia os punhos de suas mãos doloridos. Ele tinha socado tanto a face do garoto, que tinha até perdido o seu rumo. Ele só sentia raiva misturada com uma tristeza enorme. Era uma grande confusão dentro de sua mente. Seus sentimentos estavam embaralhados, sua vida estava de cabeça para baixo naquele instante. De alguma forma ou outra, ele havia descontado metade das suas frustrações no rosto daquele garoto.

 

— Devo ter deixado-o em coma. 

 

— Precisa passar um remédio nisso. — Kyungsoo apontou para as mãos do maior.

 

O maior olhou para as próprias mãos e depois para a sacada do quarto. A porta estava aberta e as cortinas balançavam por conta do forte vento que batia contra elas. A chuva parecia ter esperado apenas a sua volta, para começar cair novamente.

 

— Pode deixar que cuidarei disso. — sorriu de lado e olhou para o menor. — Pode me fazer um favor?

 

Do fez que sim com a cabeça. 

 

— Precisa de quê? 

 

— Que leve Jongin até a academia. O motorista vai levar o Minseok pra dormir no hospital. — se justificou. 

 

— Você o deixou sozinho? 

 

Kyungsoo se sentiu um irresponsável ao notar apenas naquele momento que Sehun não estava no hospital. 

 

— Claro que não! Pedi a Junmyeon que ficasse com ele. — o mais novo respondeu com indignação. — Chanyeol disse que o traria depois que o motorista deixasse Minseok por lá, ele tem que ir para casa, por isso não peço para levar Jongin pra mim. 

 

Kyungsoo revirou os olhos. 

 

— Tá, eu levo. 

 

— Pode tratar o menino bem, por favor? — encarou o ômega seriamente. 

 

— Eu trato todo mundo bem, sou um amor. — sorriu, de um jeito que na cabeça de Sehun era demoníaco.

 

— Estou falando sério, Soo hyung! — suspirou. — Você sabe muito bem o que eu quero dizer. 

 

O ômega não contaria para Sehun que havia decidido ser legal com Jongin, porque sabia que ele ia se intrometer no meio daquilo. Se tinha uma coisa que Oh sabia fazer bem, era se intrometer no meio das coisas que não lhe dizem respeito. Kyungsoo havia dado um chance para conhecer o alfa melhor, mas nunca disse que ia ficar com ele ou coisa do tipo, e se falasse isso com Sehun, sem dúvidas ele entenderia que estava marcando o casamento com Jongin. Então sem chances de comentar aquilo com ele, ou com Jongdae, os dois eram iguaizinhos nesse quesito. 

 

— Também estou falando sério, Sehun-ssi. Eu sou legal... com quem merece. 

 

— Acho que ele está gostando de você... e você... — tombou a cabeça de lado, encarando o menor que o olhava um pouco assustado agora. — ... Você é você! Gostar de você é pedir pra sofrer. Era melhor ele ter feito um pacto com satanás em troca da alma, do que gostar de você. 

 

— Você me ofende dessa forma.  

 

— Desculpa, hyung. — ele respirou fundo e passou a mão nos cabelos algumas vezes, ainda apoiado no parapeito da porta do banheiro. — Mas é que Jongin é um garoto legal. E apesar de ser um lúpus, ele tem um coração doce e bom demais. Só não quero que o magoe. 

 

O menor fez que sim com a cabeça diversas vezes, mostrando que estava entendendo o ponto que onde o outro queria chegar. Ele ponderou por alguns segundos se não seria má ideia ficar perto de Jongin, talvez o alfa criaria mais sentimentos por si com a aproximação, e aquilo podia dar errado. Problema que Kyungsoo não sabia o que era amar outro pessoa, romanticamente é claro. O máximo que ele sentiu foi aquela paixãozinha idiota na adolescência, mas olhando bem, aquilo não era muita coisa, era como fogo de palha. 

 

Ele não sabia o que era se sentir verdadeiramente apaixonado. Daquela forma em que via nos filmes de romance, ou nos livros. E não sabia se algum dia seria capaz de sentir algo daquilo por outra pessoa. Por isso ficou com receio de se aproximar como havia pensando antes. Porque segundo Sehun, o alfa já gostava dele e podia intensificar esses sentimentos conforme as coisas fossem acontecendo. E Kyungsoo não sabia se algum dia seria capaz de retribuir o sentimento de alguém. 

 

Ele se despediu de Sehun ainda com os pensamentos borbulhando em sua mente. Daria uma carona para Jongin, e tentaria não ficar tão próximo dele por enquanto, apenas para evitar as coisas que estavam martelando em sua cabeça. 

 

— Jongin, vou te levar até a academia. Está pronto? — indagou ao encontrar o maior na sala de estar. 

 

Jongin apenas assentiu com a cabeça, se praguejando mentalmente por sempre parecer um idiota na frente do menor. 

 

Kyungsoo encarou o alfa de cima a baixo, se sentindo ridículo ao perceber a forma em que ele lhe atraía fisicamente. Jongin não usava nada mais que uma calça jeans clara e uma camisa de algodão preta de mangas longas. Os cabelos castanhos e lisos estavam devidamente arrumados e caiam sobre sua testa, algumas vezes ele passava os dedos na franja quando lhe incomodavam ao tampar sua visão, um sinal claro de que havia passado da hora de passar a tesoura ali. Ele estava tão simples, mas estupidamente lindo ao olhos do ômega, esse que teve que prender a respiração por alguns segundos ao notar a forma em que o cheiro dele lhe parecia atrativo naquele instante. 

 

Cada vez que Kyungsoo olhava para ele, o acha mais lindo ainda, isso havia o feito esquecer seus pensamentos anteriores. Jongin tinha uma espécie de beleza delicada, parecia ter sido feito para ficar em um vitrine e ser admirado por milhares de pessoas. Era um tipo de beleza que fazia o ômega ter vontade de pegá-lo e não ficar apenas admirando. 

 

Jongin era alto. Tinha os ombros largos, e um sorriso de tirar o fôlego de qualquer ser humano em sã consciência. E os olhos? Negros como um carvão. O menor jurou ter se perdido no meio deles. Seus lábios eram os mais belos que já havia visto, rosados, carnudos e bem desenhados, parecia que lhe imploravam para serem beijados. Sua pele tinha um tom amorenado, era tão linda e parecia ser tão macia, como se tivesse sido esculpida pelo melhor artista existente. 

 

Do sabia que deveria ter ficado com uma tremenda cara de bobo ao olhá-lo tanto daquela forma. Mas o que podia fazer se Jongin parecia mais bonito a cada vez mais? Se lembrava muito bem das sensações estranhas que sentiu ao vê-lo pela primeira vez ainda na prisão. Jurou para si mesmo que só havia comprado o alfa por conta dos outros, mas no fundo sabia que era mentira. E que as outras pessoas também poderiam pensar naquela hipótese, Kyungsoo nunca fora tão irracional daquela forma. 

 

Em todos os outros anos, os ômegas que comprara, nunca haviam tido tanta conexão com os meninos como esses estavam tendo. Julgou ser por conta de Sehun e Jongdae, inclusive Jongin, nunca tinha arrumado um alfa antes. Aquilo tudo ainda era uma loucura para ele, não sabia o que pensar e nem o que fazer. Então, resolveu dar tempo ao tempo, como havia pensado anteriormente. 

 

— Kyungsoo hyung? — saiu de seus devaneios ao escutar a voz melodiosa do maior. 

 

— Ah, me perdoe. Podemos ir? 

 

— Claro. 

 

Os dois foram juntos e em silêncio ao até o carro do ômega. Kyungsoo havia ficado meio constrangido por ter encarado tanto o alfa, e esse também havia sentindo um pouco de constrangimento com os olhares do baixinho, mas ficou com uma ponta de felicidade ao achar que o olhar pudesse ser até um pouco desejoso. Jongin estava criando expectativas demais ultimamente. 

 

Eles foram o caminho naquele clima um pouco desconfortável, mas não sabiam o que dizer um ao outro. Era bem melhor ficarem de boca fechada do que dizer asneiras. 

 

— Espera um segundo... — o mais velho pediu assim que pararam em frente à academia. Ele abriu o porta-luvas e tirou de lá uma caneta e um bloco de notas. — Vou anotar meu número, use o telefone da recepção e me ligue assim que tiver acabado que venho te buscar. — disse eles, entregando o papelzinho amarelo para Jongin. 

 

O alfa assentiu várias vezes com a cabeça e pegou o papelzinho. Despediu-se um pouco sem jeito do menor e saiu do carro, deixando Kyungsoo para trás, se sentindo um completo idiota. 

 

xx

 

Junmyeon estava parado no estacionamento do hospital, esfregando seus braços para poder se aquecer. Não sabia que ficaria ali até a noite, então acabou não levando nenhum casaco, e agora sentia um frio incômodo.

 

Ele ficou encolhido naquele lugar até sentir os braços do namorado contornando sua cintura, o cheiro característico de Yixing invadiu as suas narinas, fazendo o sentir mais confortável e até mais aquecido. 

 

— Está com frio, amor? — indagou, apoiando o queixo no ombro do menor. 

 

Junmyeon o escutou silenciosamente, tentando se aconchegar mais naquele aperto. Os braços de Yixing em volta de si era um sensação tão boa, ele queria nunca mais sair dali. 

 

— Agora não mais. 

 

— Posso te dar meu casaco, se quiser. — disse ele. — Apesar de que jeans não esquenta muito. 

 

O menor abriu um sorrisinho, adorava o jeito em que o alfa sempre se preocupava consigo. Sem dúvidas sentia que tinha uma sorte imensa por ter a chance de conhecê-lo e poder dizer que estava namorando com aquele ser maravilhoso. Não se sentia bem com alfas antes de conhecer todas aquelas pessoas, e agora estava agarrado com um, formava um casal com um alfa. 

 

— Não é preciso. Pode apenas me abraçar, por favor? 

 

Yixing inclinou-se um pouco e seus lábios ficaram a poucos centímetros da orelha do ômega. Junmyeon sentiu a respiração do namorado em seu pescoço, e sentiu o sangue em suas veias bombearem de uma forma mais rápida. 

 

— Te abraçar assim é um privilégio. — constatou Zhang.

 

O ômega sentia o corpo do maior tão colocado contra o seu, como se fossem fundir um no outro, aquele abraço estava tão apertado e tão gostoso, ele queria morrer ali. Prendeu sua respiração numa tentativa falha de controlar os seus sentimentos. 

 

— Eu queria muito te beijar agora... — murmurou, com os olhos fechados para não perder a coragem. 

 

— Eu sou seu alfa, Myeonie. — comentou, rindo das bochechas coradinhas do menor. Já era uma característica registrada do ômega, sempre ficava daquela forma na presença do namorado. — Não precisa ter receio ao querer me beijar, pode fazer o que quiser comigo. 

 

Yixing agarrou o quadril do menor e o virou de frente para si, apertando sua cintura com força em seguida. Seus olhares se encontraram, fazendo Junmyeon se sentir como se o olhar do outro estivesse perfurando a sua alma. Ele sentiu quando os lábios do maior delicadamente coloraram contra os seus. Um sorriso imenso se formou dentro de si e pôde sentir o peito de Zhang colado ao seu. Sentia as batidas aceleradas do coração do namorado se misturando a sua disritmia. Ele levou as mãos a nuca do maior, brincando com os fios negros da área. 

 

As mãos de Yixing não largaram o corpo pequeno hora nenhuma. Ele o segurava bem firme, bem rente ao seu corpo, sem pressa algumas, em uma sintonia perfeita com os lábios que se moviam devagar. Eles respiravam juntos e suas línguas brincavam de uma maneira sedenta. A única certeza que o alfa tinha era que não poderia, de forma alguma, dar a chance de Junmyeon escapar por entre os seus dedos. Não sabia mais o que era não ter aquele ômega em sua vida, ele já ocupava cem porcento dos seus pensamentos e estava começando a ocupar quase toda a sua vida. 

 

Quando seus lábios se descolaram, em um constrangimento bobo, Kim enfiou seu rosto no pescoço do alfa, se sentindo um bobo. 

 

O maior riu baixinho, achando extremamente fofo toda aquela inocência e timidez do ômega. Tinha certeza absoluta que Junmyeon era o ser mais adorável habitado no planeta terra. 

 

— Me desculpe... — murmurou baixinho, respirando fundo para sentir o cheiro que sempre lhe acalmava exalando do outro. 

 

— Tá me pedindo desculpa exatamente por quê? 

 

— Por eu ser um bobo. 

 

Yixing deixou um beijo na testa do namorado, tirando-o de seu pescoço para lhe olhar. Ele acariciou as bochechas gordinhas de Junmyeon, vendo como ele parecia lindo cada vez mais, com aqueles olhinhos fechados e um biquinho fofo nos lábios, e como sempre, com as bochechas coradinhas. Se não estivesse como ele ali, em seu braços, sem dúvidas acharia que era um anjo. 

 

— Não se achasse um bobo, meu amor. É normal que se sinta envergonhado perto de mim, e com o tempo isso vai passar. — disse ele, dando um sorriso reconfortante, continuando a acariciar o rosto branquinho do menor. — Apenas tente não sentir vergonha ao me tocar ou ao conversar comigo, sim? 

 

— Prometo que vou tentar. 

 

Junmyeon abriu os olhinhos escuros e deixou um sorriso enlarguecer no seu rosto. Agarrou na gola da jaqueta jeans do alfa ao sentir seu rosto ser enchido de beijinhos. 

 

— Sabe que estou caidinho por você, não é? — indagou Yixing, apertando a cintura do ômega com mais força com uma das mãos, enquanto a outra ainda acariciava-lhe o rosto. 

 

— Sim. — o sorriso do Kim ficou maior ainda ao receber o carinho. — Eu gosto muito de você, hyung. Muito mesmo! 

 

Yixing fechou os olhos por um instante, impressionado com o tanto que era lindo o ômega que tinha em seu braços. Ele beijou os cabelos de Junmyeon, depois a testa, as têmporas, o narizinho, as bochechas, o queixo e por último deixou um breve selar em seu lábios. 

 

— Também gosto muito de você. — constatou. 

 

— Agora, podem me dizer se o casal já terminou? Quero muito ir embora, estou morrendo de fome. — Chanyeol os interrompeu, atraindo os olhares para de si. Ele esfregava o estômago e tinha uma careta no rosto. 

 

Yixing e Junmyeon estavam tão envolvidos naquela bolha de amor, que nem notaram que mais alguém se aproximava deles. 

 

— Claro. — o lúpus respondeu se soltando do namorado. 

 

Os três caminharam em silêncio até o veículo estacionado ali. Chanyeol entrou no banco traseiro, deixando com que Junmyeon se sentasse na frente com o mais velho. Não queria interromper mais o casal. 

 

Park havia trocado sua escala no hospital novamente. Achou que era melhor trabalhar doze horas e folgar doze, antes ele estava trabalhando por um dia inteiro e folgando o mesmo tanto, era mais cansativo daquela forma. 

 

— Podemos ir comer em algum lugar? Sei que vou segurar vela ao lado de vocês dois, mas estou morrendo de fome e não quero esperar até chegar em casa.

 

— Quer comer o quê? — perguntou o chinês. 

 

— Alguma besteira. Pizza?

 

Yixing olhou para o namorado que concordou com a cabeça, então dirigiu até uma pizzaria que havia no caminho de casa. 

 

— Por que você estava parecendo uma estátua no meio do corredor hoje? — o chinês perguntou ao amigo assim que se sentaram na mesa e fizeram os pedidos. 

 

Chanyeol olhou para o Kim, e ele notou que talvez o médico se sentisse desconfortável ao conversar sobre aquilo com ele ali. 

 

— Olha, me leva em casa. Acho que vocês devem conversar sobre isso sozinhos. — disse ao seu alfa, que o encarou estranhamente. 

 

— Não! — Park contestou, impedindo que o menor se levantasse da mesa. — Pode ficar. Eu só achei meio estranho conversar sobre isso com você aqui, afinal ele é seu amigo.

 

Yixing que estava até então sem entender nada, constatou que aquilo deveria se tratar de Baekhyun. E isso apenas o deixou mais curioso ainda.

 

— Sou apenas o namorado do seu amigo por enquanto, certo? Pode falar o que quiser, não precisa se preocupar comigo aqui.

 

Chanyeol assentiu. 

 

— Eu estava começando a gostar do Baekhyun, mas quando ele disse aquelas coisas, me deixaram magoado. 

 

— O que ele disse? — Yixing estava confuso, pois não haviam lhe explicado sobre o que havia acontecido antes. 

 

— Acho que ele disse aquilo da boca pra fora. — disse Junmyeon, sem prestar atenção na pergunta feita pelo chinês. — Ele apenas ficou assim por conta da pressão que fizeram e por ter várias pessoas o rodeando. 

 

— Você acha mesmo? 

 

— Alguém pode me dizer o que houve? — o chinês interrompeu, cada vez mais perdido no meio daquela conversa. 

 

— Baekhyun disse que eu sou o vibrador humano dele. 

 

— Ah, ele não disse com essas palavras. — contestou o Kim. 

 

— Mas teve o mesmo significado. 

 

Ao ver que Yixing ainda estava perdido no meio da história, o ômega se prontificou de explicar rapidamente as coisas para o namorado.

 

— Por que você não conversa com ele? — indagou Zhang. — Sei que pode ter ficado magoado naquela hora, mas uma boa conversa sempre resolve as coisas. 

 

— Não quero gostar mais dele e ser usado. — Park negou. 

 

Eles foram interrompidos pelo garçom que colocou a pizza em cima da mesa, logo depois ele voltou com as bebidas.  

 

— Eu sei que ele sofreu no passado por causa de um alfa, mas não faço a mínima ideia do que possa ter sido. Talvez possa ser insegurança. — comentou o ômega. 

 

— Escute o que digo, converse com ele. — Yixing insistiu naquilo mais uma vez, e o Kim concordou com as palavras do namorado. 

 

— Vou pensar nisso. 

 

Chanyeol ainda estava muito magoado com o que ouvira. Isso perfeitamente era nítido. 

 

xx 

 

Quem era Luhan para tentar se meter na vida dos outros quando ele mesmo escondia as coisas? Ele se perguntava aquilo a todo instante, mas o que escondia não interferia no relacionamento entre ele e seus amigos. E já estava ficando exaustivo para ele e Minseok terem que aturar aquela briga entre Baekhyun e Tao, afinal ambos eram amigos dos dois. 

 

— Você tem me trocado por aquele anão desde que chegamos aqui. — Zitao revirou os olhos, reclamando pela décima quinta vez sobre aquilo. — E o Minseok também! 

 

— Baekhyun às vezes precisa mais da gente do que você. 

 

Aquilo era um fato. Tao era um ômega auto dependente, não precisava de ninguém. Agora Baek tinha mais problemas e inseguranças, apesar de sempre querer mostrar que da conta das coisas sozinho, ele precisava muito de apoio.

 

— Mas ele tem Jongin e Junmyeon. Não precisa nem de você e nem do Min. — o maior retrucou, bufando. 

 

— Você que se tranca nesse quarto e não sai nem pra tomar um sol. Daqui uns dias vai estar passando mal por falta de vitaminas. Tem comido direitinho, né? 

 

— Claro que sim, hyung. — o mais novo revirou os olhos. — Vamos arrumar algum álcool pra gente tomar. 

 

Tao levantou-se da cama e calçou os chinelos, esperando que Luhan o acompanhasse. 

 

— Não podemos sair pegando as coisas assim. 

 

— Eu vi vocês bebendo um dia desses.

 

— Mas Sehun-ssi que nos deu o vinho. Não esqueça que não estamos em nossa casa, não podemos sair pegando as coisas assim. 

 

— Nós nem temos casa, Luhan hyung. 

 

Luhan nem se sentiu triste ao ouvir aquilo, já tinha consciência de que não tinham um lugar para morar, e estavam ali de favor e com limite de tempo. 

 

— Se você quer ir pegar alguma coisa na adega, sinta-se à vontade, mas eu ficarei deitadinho aqui. — resmungou, se esparramando na cama temporária do amigo. 

 

— Vou pegar apenas duas taças de vinho pra matar a vontade, pode ser? 

 

O mais velho assentiu a cabeça, enquanto via o outro chinês revirar os olhos e deixar o cômodo. 

 

Tao pegou duas taças e encheu com um vinho tinto que já estava aberto na adega. O ômega lá ia saindo da cozinha, quando aquilo aconteceu novamente. Se sentiu tão azarado e fodido ao notar que havia derramado algo na camisa daquela alfa idiota pela segunda vez. 

 

— Não acredito que você fez isso de novo! — Yibo gritou com raiva, ao notar que sua camisa social que antes era branca, agora estava molhada de vinho de cima a baixo. 

 

— Se tivesse colocado um camisa na cor vinho, isso não seria um problema. — debochou. 

 

— Você faz isso de propósito, né? — o alfa bufou, querendo enforcar o outro chinês. — Eu tenho a porra de um jantar importante agora! 

 

— Não grita comigo e nem xingue. — Huang levantou a voz, apontando o dedo para o alfa. — A culpa é sua que não presta atenção por onde anda e ainda me fez entornar todo o meu vinho. 

 

— Acha que isso é um filme de romance idiota, onde o cara derrama as coisas um no outro e depois eles se apaixonam? Grande engano. 

 

— Acha mesmo que eu iria me envolver com um estúpido como você? — Tao debochou mais uma vez. 

 

— Eu vou te matar! 

 

As pupilas de Wang estavam dilatas e ele exalava ódio. Ele fechou os punhos e se aproximou do ômega, com sangue nos olhos, realmente iria bater nele, se Kyungsoo não tivesse interrompido. 

 

— Para com isso. — Do puxou o alfa pelos ombros. — Vai procurar outra camisa, rápido. 

 

Empurrou Yibo para longe da cozinha, enquanto enviava um olhar que mandava claramente o outro ômega sumir dali. 

 

O chinês colocou a taça vazia na pia e virou a outra que estava cheia garganta abaixo, a deixou ali também antes de correr de volta para o quarto. 

 

Por um instante, Zitao teve a certeza de que levaria uma surra. Santo Kyungsoo que o salvou!


Notas Finais


Eu comentei que o Yibo vai ser bem babaca, né? Então... Vai ser muito no começo! Depois ele muda.

Desculpem a demora!

Coloquei um pouco mais de Tao e Kaisoo para os reclamões.

Amo vocês! Espero que gostem. 💕


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