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História Prisioneira dos desejos - Visita ao meu "querido" pai


Escrita por: Wana-chan

Capítulo 7 - Visita ao meu "querido" pai


Acabamos de receber a notícia de que o traficante Jiraya foi preso hoje de manhã ao tentar sair do país, provavelmente para uma casa que possuía na Argentina – disse a âncora do noticiário. Ela era um pouco baixa e usava uma roupa alinhada perfeita para o seu trabalho. Possuía cabelos longos e castanhos, além de olhos na mesma cor.


Algumas mulheres aparentemente inocentes alegam que eram mantidas presas no local e farão testemunho contra o acusado. Mais notícias amanhã. Boa noite – se despediu a repórter.


O loiro sentado em frente à televisão suspirou e levou a mão ao controle remoto, desligando a televisão em seguida.


A cada canal que havia colocado comentários eram feitos sobre a prisão daquele que durante um bom tempo considerou parte da família, mas ele achava isso mais do que o merecido para Jiraya depois de tudo que o mais velho fez e ainda era capaz de fazer.


O Uzumaki se jogou no sofá e ficou fitando o teto pensando em todas as besteiras que seu suposto “pai” fez para fazê-lo abandonar o mais velho e se apresentar somente como um Uzumaki, que era sobrenome de sua mãe.


Só de pensar em sua mãe seu coração doía. Era uma mulher perfeita em seu ponto de vista. Possuía uma beleza incrível com seus longos e lisos cabelos ruivos e penetrantes olhos claros. Era uma mulher forte e decidida, mas acabou morrendo no parto de Ino.


Ainda era criança na época, mas se lembrava de tudo. De todas as agressões que a progenitora sofreu de Jiraya e que nunca soube o motivo dela sofrer tanto nas mãos do marido.


Quanto a Ino... Era bom lembrar-se de todas as suas conversas, de como ela o ajudou quando precisou. Era a única coisa boa de quando morava com Jiraya e, por isso, seu coração pesou ao abandoná-la quando fugiu daquele lugar. Mas infelizmente Ino amava muito Jiraya e não queria ir. Na época não suportava a idéia de deixar o pai já que não o conhecia tão bem como o irmão.


Mas agora Naruto se perguntava se deveria ter a levado consigo de todo jeito. Tee insistido mais. Ter lutado mais pela irmã.


Os recentes fatos o faziam sofrer, pois sua irmãzinha se foi e não havia nada que pudesse mudar isso, o que acabou criando um vazio no seu coração. Um vazio que o fazia ter raiva da Hyuuga mesmo sabendo que ela não tinha culpa. Uma raiva sem motivo algum. Mas sabia que não era certo e ter consciência disso só o deixava mais mal.


Completamente tomado por essa raiva, caminhou até o quarto em que a morena estava dormindo.


Abriu a porta lentamente procurando não fazer barulho a cena que viu o desarmou totalmente.


A Hyuuga estava tremendo de frio. Era tão frágil. É impossível alguém assim ser culpada pela morte de alguém. Estava sendo injusto. É tudo tão frustrante e difícil de entender que deixava o loiro a beira de um ataque. Mas ele sabia que Hinata era apenas uma vítima do próprio Jiraya. O único culpado era ele.


Levou as mãos até o cabelo da moça e tirou as mechas que estavam cobrindo seu rosto.


Tão delicada. Parecia um anjo.


O loiro pegou o cobertor que havia caído no chão e colocou sobre a garota. Em seguida beijou sua testa e saiu do quarto.


O verdadeiro culpado é ele. Talvez eu devesse fazer uma pequena visita, era tudo que se passava pela cabeça de Naruto.


[...]


POV Hyuuga Hinata


Acordei e não sabia que horas eram, mas me sentia perfeitamente renovada. Era bom ter uma boa noite de sono depois de tanto tempo sofrendo de constante insônia.


Estiquei meus braços me espreguiçando e abri meus olhos dando um pequeno sorriso.


Joguei o cobertor para o lado e me levantei da cama cheia de energia.


Nunca fui de exercícios, mas acho que depois desse pouco tempo, andar parece ser uma coisa tão maravilhosa... Talvez eu me torne alguém mais animada.


Como não sabia o que fazer, só me restou procurar Naruto em cada cômodo do apartamento, mas mesmo assim não o achei.


É provável ele está trabalhando porque para viver nesse apartamento ele tem que fazer alguma.


Voltei ao quarto e só então notei um bilhete em cima da cama.


Abri, curiosa com o que poderia ser, e logo prestei atenção no que a caprichosa letra do Uzumaki dizia: 



“Hyuuga,


Tem dinheiro para um taxi na bancada. Se quiser sair, saia.


Só peço que vá ao shopping e que esteja na praça de alimentação no máximo às 18h 30 min.”


Corri até a bancada onde tinha um relógio e vi que já eram duas da tarde. Eu acho que nunca dormi tanto assim, mas quem se importa com isso? Pelo menos agora eu me sentia renovada.


Tomei um banho e coloquei uma roupa qualquer, já que não havia muitas opções. As poucas roupas que havia no armário eram pequenas demais para eu poder usar. Peguei o dinheiro e saí do apartamento.


Chamei o primeiro taxi que vi na rua e fiquei aliviada assim que sentei dentro do carro já que estava difícil achar um que não estivesse ocupado.


O carro passava numa velocidade tão lenta pelo transito - o qual estava horrível - que quanto eu avistei a enorme construção que era o principal shopping de Tóquio, fiquei aliviada.


Não pude evitar ficar impressionada vendo as pessoas andando de um lado para o outro sempre cheias de sacolas de coisas que nunca vão usar... Ah, o consumismo. Como senti falta de tudo isso.


De toda essa agitação e aglomerado de lojas.


Estava tão imersa na minha própria felicidade que quase me esqueci do porque de está ali. Aproveitei para passear enquanto a hora de encontrar Naruto não chegava.


[...]


Presídio de Konoha 16h 36min


Naruto finalmente entrou no pátio lotado de presidiários, depois de ser revistado. O irritava todo esse procedimento, mas sabia que era necessário.


Todas as suas dúvidas de como seria a sua reação ao ver esse homem se dissiparam e ele foi tomado por uma tristeza misturada com a raiva que sentia daquele ser.


Os cabelos longos e brancos - e agora tão maltratados. A roupa tão simples, diferente da ultima vez que o viu. No rosto, uma expressão de derrotado, mas que logo deu lugar a um sorriso quando viu quem estava ali o visitando.


– Naru-chan – sorriu o velho se aproximando debochado. –, a quanto tempo. Gostou do que eu fiz com a vadia da sua irmã? – perguntou sem deixar de sorrir, vendo a irritação que tomava conta de Naruto.


- Não me chame assim e eu também não permito que fale mal da minha irmã! – gritou se segurando para não matá-lo e acabar indo preso ali mesmo.


- Não devia se irritar tanto – sussurrou sínici. Seu sorriso aumentava a cada palavra que falava.


Naruto podia não admitir, mas o velho sabia exatamente como atrair sua atenção e Jiraya sabia e se aproveitava disso. Desde pequeno era sempre influenciado, mesmo que sem notar, pelas palavras do outro.


– P-porque... – suspirou tentando não gaguejar. – Porque não deveria me preocupar? – perguntou o loiro encarando o outro nos olhos.


– Porque ela é só sua meia irmã. – sorriu.


– Como assim?! – perguntou o Uzumaki sem esconder a aflição no seu tom de voz. Tudo não fazia sentido e já estava começando a se arrepender de ter ido falar com ele. Mas, se isso fosse verdade, o próprio Naruto já teria descoberto a muito tempo, não? Era o que se passava em sua cabeça.


– Você não é meu filho.


Disse vendo a expressão incrédula de Naruto.


Sua mãe havia passado a vida toda ao lado de Jiraya e ele se lembrava de quando ela engravidou de Ino. Não fazia sentido a menos que...


– Ela me traia – disse o grisalho parecendo ler a mente do loiro. – Lembra daquele homem acho que... Namikaze alguma coisa. Eu não lembro, mas enfim... Você já entendeu não? – sorriu como se achasse graça naquilo tudo. E talvez até achasse. Durante o tempo que esteve preso as poucas coisas que o entretinha era observar as reações dos outros.


– Porque está me contando isso agora? – perguntou o Uzumaki de olhos fechados temendo a resposta que estava por vir.


– Porque agora não tenho mais nada a perder. – respondeu seco.


Antes que o mais velho pudesse ir embora o loiro deu um soco no mesmo o fazendo cair no chão.


– Eu não podia sair daqui sem antes fazer isso – disse antes de ir embora. Por sorte ninguém havia visto a cena ocorrida a pouco.


[...]


O Uzumaki entrou em seu carro e foi em direção a um tão conhecido lugar, mas que nunca desconfiou que ali fosse a chave para todo o sofrimento da sua mãe nas mãos do velho. Agora entendia porque ele a maltratava tanto embora não concordasse com o que ele fez. Nada justificava as agreções sofridas.


Dirigia o mais rápido que podia sem se importar com as inúmeras multas que receberia no fim do mês. Tudo que queria no momento era chegar naquele lugar e encarar o maldito que nunca ligou para si nem para sua família.


Pela velocidade que estava não demorou até que avistasse um prédio praticamente caindo aos pedaços, tamanho era o seu mau estado.


A pintura das paredes estava descascando e era difícil achar um canto branco que não estivesse manchado. 


Estacionou o carro perto do edifício e saiu encarando o lugar com desgosto. Qualquer um que o visse notaria o desprezo que o Uzumaki tinha por ali só por olhar que ele lançava.


Entrou no prédio sem ter que se identificar, pois já frequentou, e muito, aquele lugar.


Subia as escadas receoso. O nervosismo cada vez mais visível no seu rosto, mas que era logo substituído por uma expressão fria assim que chegou ao apartamento que queria.


Levou a mão até a porta e bateu duas vezes esperando a pessoa que tanto queria falar, abrir.


Não demorou muito para isso acontecer e logo um homem igual ao que estava do lado de fora, só que um pouco mais velho, apareceu.


Ele era dono de incríveis olhos azuis e uma beleza única. Seus cabelos eram dourados e arrepiados. Mesmo usando roupas um tanto quanto sujas e morando numa zona tão perigosa, era impossível apagar o modo fino e simpático que ele se comportava.


Seus olhos azuis se encontraram com o do outro e tudo que sentiu foi surpresa.


– Naruto? O que faz aqui? – perguntou mostrando seu mais largo sorriso.


Sorriso que lentamente se desfez ao escutar o que o loiro disse a seguir.


– Minato – murmurou o loiro fazendo uma careta. –, como teve coragem? Porque mentiu para mim... pai – sussurrou o loiro num tom de voz ameaçador. – Se bem que... você não tem o direito de ser chamado de pai, não?


Minato fitou o chão triste.


– Como descobriu? - perguntou o mais velho, mas foi facilmente ignorado pelo outro que passou por ele e entrou na casa sem sua permissão.


Se ainda restavam dúvidas sobre a raiva que o Uzumaki possuía, elas sumiram assim que ele começou a esmurrar as paredes obviamente tomado pelo sentimento ruim que sentia.


– Tente ficar calmo e me escutar – pediu inutilmente o Namikaze.


– Eu não quero ouvir suas mentiras! – gritou o menor partindo com um soco para cima do mais velho.


O que ele não esperava era o que aconteceu ao seguir: Minato havia parado seu punho com uma das mãos como se não fosse nada, o que era assustador já que ele colocou toda a sua força naquele braço.


– Se quer me bater, antes aprenda a lutar – disse calmamente como se dissesse a coisa mais normal do mundo.


– Eu... Não... – gaguejava o jovem levando as mãos aos ouvidos tentando não escutar o que o outro dizia.


– Eu sei que quer ouvir – disse para a surpresa do filho enquanto o jogava no sofá e sentava em uma poltrona de frente para o mesmo. – Se não quisesse, não teria gastado gasolina vindo até esse lugar que tanto odeia.


Ambos passaram a se encarar tendo que conviver com um silêncio nada agradável que permanecia entre eles até que o Namikaze o quebrou.


– Você querendo ou não, eu vou contar. Tudo começou quando eu me mudei para este prédio. – começou ele.


“Em um dia aparentemente normal como qualquer outro. Eu saí para trabalhar. Bem... Teria sido normal se não tivesse sido a primeira vez que eu a tinha visto.”


“Seus Cabelos eram incríveis, em um tom de ruivo que eu nunca havia visto. Em seus olhos era possível ver uma alegria única. Poderia ser somente mais uma mulher como todas as outras, mas eu a achei diferente de algum modo. Talvez por parecer tão confortável e por não deixar de ser elegante num lugar como esse. Não pude evitar notar que ela, ainda que com toda essa simplicidade, não combinava com o tipo de pessoa que vive aqui. Mas, ao meu ponto de vista, seu único defeito era a aliança que permanecia na sua mão esquerda indicando um possível casamento.”


“A cada dia que passava, eu a observava pela janela do meu apartamento buscando todos os simples detalhes.”


“Foi assim até que eu tomei coragem para me apresentar a ela.” 


" 'Oi, sou Minato’, eu disse dando um sorriso, mas ela notou o meu desconforto já que minha frase saiu muito mecânica. Como se eu estivesse decorado um texto, o que não deixava de ser verdade, já que eu ensaiei tanto para dizer essa simples frase e ainda foi um completo desastre. Mas, fiquei feliz ao ver que ela estava se divertindo mesmo que fosse pelo meu nervosismo.”


" 'Prazer Minato-kun, eu me chamo Kushina’, falou a mulher sem esconder seu mais largo sorriso.


“Depois do nosso pequeno diálogo passamos a conversar cada vez mais e nos tornamos muito mais próximos do que eu poderia imaginar, o que, consequentimente, trouxe de brinde a desconfiança do seu marido."


"Quando o conheci não pude deixar de reparar na idade dele. Era muito mais velho que eu e com idade até para ser meu pai. O que uma moça como Kushina estaria fazendo com ele? Pelo que pude observar da relação dos dois, foi que ela o encarava não de um jeito que uma mulher olha o homem que ama, e sim do jeito que alguém olha para outra pessoa qualquer ou até com um desprezo aparentemente invisível. Eu não notaria isso se não a conhecesse tão bem.”


"Jiraya, seu marido, logo a proibiu de me encontrar, mas isso não nos impediu de nos encontrarmos longe de suas vistas, no meu apartamento. Quando ela me propôs isso, eu fiquei surpreso já que não imaginava que ela fosse voltar a falar comigo. Foi em um desses encontros que tudo aconteceu.”


"Eu havia perdido todo o meu controle naquela noite. Então, realizei meu desejo e a beijei. Naquela hora tudo que eu pensava era que nunca mais esqueceria o gosto dos seus lábios sobre os meus e até esqueci-me das consequências do que estava fazendo.”


"Minha sanidade só retornou quando ela me empurrou delicadamente com as lágrimas já cobriam seu rosto. Levei minha mão até estas, mas ela se afastou assustada.”


" "Você é cruel! Você é somente meu amigo. Não vê que eu sou casada?’, perguntou desviando o olhar."


" ‘Não. Você é que é cruel', eu disse e ela arregalou os olhos ‘Não vê que eu sou completamente apaixonado por você?’, perguntei sorrindo por finalmente ter me declarado.”


"Depois disso, ela ficou sem palavras e simplesmente me beijou.”


"Nesta mesma noite, ficamos juntos pela primeira vez.”


“Com o passar do tempo eu estava cada vez mais animado com o nosso relacionamento, mas não durou muito já que com dois ou três meses no máximo ela passou a falar cada vez menos comigo e chegou até o ponto que ignorava quando eu a chamava.”


"Era impossível eu não me preocupar e eu decidi que não deixaria ela fugir de mim. Precisava saber se Jiraya havia descoberto sobre nós dois e a tinha machucado."


"A segui até que ela passou por um beco e eu não vi oportunidade melhor para aparecer e a prensei contra a parede.”


" ‘Está sendo divertido para você fugir de mim, Kushina?’, sussurrei perto da sua orelha gostando de ver como ela se arrepiava."


" ‘M-Minato-kun? O que você pensa que está fazendo?’, perguntou tentando parecer ameaçadora. O que, é claro, não funcionou.


" ‘Não era eu que deveria está fazendo esta pergunta? Você diz que me ama e logo depois desaparece’, rebati no mesmo tom.”


"Ela baixou a cabeça envergonhada e eu não pude deixar de achar esse ato adorável.”

"‘Tens razão’, sorriu forçadamente. ‘Eu não posso esconder a verdade de você’, disse, mas parecia que ela fala mais para si do que a mim.”


"‘E qual seria a verdade?’, perguntei temeroso, mas nem podia imaginar o que ela responderia a seguir.”


"‘Eu to grávida' disse a ruiva olhando nos meus olhos.”


"‘É meu?’, perguntei em dúvida, o que me levou a receber um tapa forte no rosto.”


“‘É claro seu idiota! Como pode duvidar de uma coisa dessas?’, perguntou triste.”


"'Mas... como tem tanta certeza de que não é dele?’, murmurei irritado.”


"‘Porque parece tão difícil de acreditar que não é do Jiraya?’ , perguntou com cada vez mais raiva.”


“‘Kushina! Você é casada com ele, então, como posso não desconfiar? Pare de reclamar e me responda a minha pergunta’, praticamente rosnei.”


"‘Ele nunca tocou em mim seu idiota!’ , respondeu num tom bem mais assustador que o que eu havia usado.”


"'Mas como? Ele é seu marido!”, gritei tentando entender."


"'Pode até ser, mas não é porque eu quero e sim por um estúpido acordo entre ele e o meu pai. É mais como um contrato de negócios.’ depois do que ela disse não pude deixar de soltar um suspiro de alívio, mas logo me toquei do que ela dissera.”


"‘Mas... ele vai acabar sabendo que você espera um filho e ele logo saberá que eu sou o pai', conclui.”


"‘Ele não pode me fazer mal, se não o acordo entre nossos pais está acabado. O que tenho certeza que ele não gostaria nada que aconteça já que ele lucra tanto com isso atualmente. E quanto a você... Ele não precisa saber que é o pai.’ sorriu.”


"‘Mas eu quero o meu filho!’, gritei.”


"‘Infelizmente isso é impossível. Se Jiraya descobrir que você é o pai, é capaz de qualquer coisa e até mesmo matá-lo' me explicou. ‘me dê somente um tempo... depois de uns anos talvez...’


"‘Anos?’, perguntei a interrompendo. ‘Mas é muito tempo!’, gritei.”


"‘Sinto muito, mas até que eu volte a falar com você, eu quero que se mantenha longe de mim. Depois desse tempo, eu prometo que arranjo um jeito para te colocar dentro daquilo que ele chama de casa’, ela sorriu forçadamente e começou a se afastar de mim como se fosse embora, mas a segurei pelo braço.”


"'Vai embora sem me dar um beijo?’, perguntei fingindo irritação.”


""É lógico que não’, sorriu antes de encostar os lábios no meu. Senti certa ansiedade e eu notei porque esse beijo era diferente dos outros. Era um beijo de despedida. ‘Eu te amo Minato.’"


"Não pude evitar sorrir."


“‘Idem’, respondi e, vendo a irritação dela ,falei a frase completa. ‘Err... Te amo’, disse corado pela primeira vez.”


“‘Acho bom’, disse antes de sumir da minha vista, mas não antes de eu ver uma lágrima escorrer pelo seu rosto.”


"Foi a ultima vez que falei pessoalmente com ela durante um bom tempo”


"O tempo ia passando e eu estava a ponto de surtar. Sempre que a via passar pela janela do meu apartamento, meu coração doía. Parecia o começo de tudo onde eu a observava silenciosamente e não tinha coragem de ir falar com ela, mas agora era diferente. Eu não possuía escolhas.”


"Agora eu observava não a jovem moça de antes, e sim uma mulher feita e madura com uma linda criança no colo. Não podia deixar de me emocionar afinal era uma cópia perfeita de mim que ela carregava.”


“Mas o pior é que agora, diferente de antes, a ruiva retribuía meus olhares como se reunisse coragem para falar comigo, mas nunca era o suficiente, pois logo essa coragem sumia ao ver Jiraya a esperando do outro lado da rua.”


"Os meses se passavam cada vez mais lentos e eu já estava perdendo as esperanças. Estava cansado de tanto esperar por algo que parecia não vir nunca. Por isso, surpreendi-me quando escutei o barulho de alguém na porta e logo corri para abrir.”


"Quem estava na porta me assustou. Na frente estava Jiraya com uma expressão arrogante e atrás dele estava Kushina encolhida.”


"‘Vim propor a você uma oferta irrecusável’, disse o velho me encarando. ‘que acha de ser professor particular do meu... err... filho’ murmurou a ultima palavra forçadamente.”


"‘Perfeito’ disse depois de muito pensar e entender que aquela era a minha chance. Finalmente.”


"E assim eu passei a morar com a minha família.”


"Tudo ia perfeitamente bem. Sempre que podia eu me encontrava com Kushina, mas nada que passasse de alguns beijos, pois ela sempre me parava assustada e eu não conseguia entender o motivo. Parecia que tinha certo medo de uma aproximação maior.”


"A cada dia eu me tornava mais próximo de Naruto que já estava com cinco anos e isso realmente me animava.”


"Estava tudo perfeito até que eu encontrei Kushina chorando escondida na cozinha.”


"O que foi?’, perguntei acariciando seus cabelos.”


"'M-Minato... !’, me chamou com a voz seca depois de tanto chorar.”


“A abracei, mas o que ela disse depois me deixou abalado.”


“‘Naruto terá um irmão.’, disse de olhos fechados.”


"‘Como assim? Nós não...’”


“‘Jiraya’, sussurrou voltando a chorar e eu entendi tudo. ‘Ele, ele... você sabe! foi terrível!’, admitiu.”


"‘Isso explica tudo’, disse a soltando. ‘Por isso você fugia de mim’ ri seco.”


"‘Por que você acha que ele fez isso?’ perguntou chorosa. ‘Ele me viu com você!’ respondeu. ‘Se eu reagisse a cada coisa que ele faz, eu já estaria morta a muito tempo.’ respondeu.”


"‘Não sabia que era tão medrosa!’ disse grosso saindo da cozinha.


"‘Só quero proteger os meus filhos acima de tudo.’ sussurrou, mas eu fui capaz de ouvir.”


"Com o passar dos meses entendi que ela não tinha culpa de nada e voltamos a nos falar, mas foi difícil me conformar com isso. Afinal, eu tinha muito que me controlar para não tentar espancar aquele maldito, mas eu sabia que ele faria algo contra mim mesmo que não me agradasse a ideia de fugir.”


"Nove meses se passaram e o Naruto já havia completado seis anos. Já estava tão perto e ver o tamanho da barriga da Kushina que crescia cada vez mais me apavorava. Todavia eu prometi amar aquela garota tanto quanto o Naruto. Pois é... uma garota. Kushina havia me dito um dia desses e disse que queria a chamar de Ino.”


"A hora do parto quase chegou e eu quase morri de ansiedade, mas tentei não aparentar. Os minutos iam passando me deixando cada vez mais angustiado dentro daquele quarto que eu dormia e logo eu descobri que ela não suportou dar a luz pela segunda vez.”


"Isso me deixou completamente arrasado. Sei que Kushina não iria querer isso, mas eu simplesmente me despedi do meu filho e pedi minha demissão.”


– Depois disso nunca mais voltei aquele lugar. Por puro medo de relembrar dela assim que entrasse ali – concluiu a tristemente o loiro mais velho.


– Eu não entendo – suspirou o outro frustrado. – Você abandonou a mim e a minha irmã assim contrariando o desejo da mulher que você diz amar.


– Desculpe, mas... – mal começou e foi interrompido pelo filho.


– Não posso te perdoar – dizendo isso deixou o pai sozinho.


– É Minato – sussurrou. – Você sabia que essa seria a reação dele. 


[...]


POV Hyuuga Hinata


Quem aquele Uzumaki pensa que é?


Diz que é para eu ir ao shopping. Até aí tudo bem, eu vim como ele disse. O problema é que parece é que Naruto esqueceu totalmente que tinha me chamado aqui e me deixou mais de duas horas esperando.


Saí irritada tentando novamente achar um taxi, o que era um pouco difícil já que a maioria estava ocupada com aquela grande quantidade de pessoas que saía das lojas. Foi com imensa felicidade que acenei para um carro que não tinha ninguém. Entrei e me sentei confortavelmente.


No meio do caminho eu resolvi observar a paisagem e quem sabe decorar o caminho.


Péssima ideia. Acho que estou ficando louca porque avistei ao longe uma cabeleira loira que eu reconheceria em qualquer lugar. Em uma das esquinas eu avistei Ino. Tenho certeza absoluta que era ela! Era impossível existir alguém tão parecida e não ser ela.


- Moço, pare o taxi! – disse descendo sem me importar em pagar, já que não podia perder essa oportunidade.


Fui correndo pelo meio da avenida enquanto os carros buzinavam irritados pelo alvoroço que eu estava fazendo enquanto corria atrás da garota. Infelizmente alguém esbarrou em mim e atrapalhou a perseguição. Quando olhei novamente, ela já não estava lá... Talvez não tenha estado lá nunca. Eu ando pensando tanto nela que provavelmente estou a vendo em todos os lugares.


Voltei até onde tinha deixado o taxi e ele já não estava lá. Saiu sem nem esperar eu pagar.


Talvez irritado pelo jeito que saí.


Quando entrei em casa eu já estava completamente irritada por ter que ter andado a maior parte do caminho a pé perguntando de pessoa em pessoa como se chegava a essa rua que por sorte eu havia decorado o nome.


Já estava pronta para descontar toda a minha raiva no loiro, mas logo me esqueci o que ia fazer quando vi o estado que ele estava.


Mesmo sem chorar, a expressão dele era péssima. Parecia está muito triste e eu me perguntava a razão para ele está assim, ainda pior do que da última vez que nos falamos.


Ele estava tão abalado que não tive a coragem de perguntar. Por um momento senti pena e fiz a única coisa que me veio a mente mesmo com medo de ele não gostar: o abracei.


Assustei-me quando ele lentamente retribuiu o abraço e, como era esperado de mim, eu corei. Nunca tive muito contato com homens e isso já era suficiente para me deixar tímida novamente.


Estava tão bom ficar em seus braços que foi como um baque ser trazida de volta a realidade quando senti seu abraço pouco a pouco se enfraquecendo e, quando eu vi, ele já estava dormindo no meu colo. 


Inconscientemente levei minha mão direita ao seu cabelo e me permiti acariciá-los, começando um cafuné. Era bom sentir seus fios macios pelos meus dedos e eu sorri sem nem mesmo notar.


Durante esse tempo fiquei admirando o seu rosto agora relaxado e com uma expressão infantil diferente de todas as que eu já havia o visto fazer. Eu me perguntava cada vez mais. Quem era Uzumaki Naruto, afinal? Eu morava com ele, mas ainda não sabia nada sobre a vida ou os gostos dele.


A cada momento tão diferente. Uma hora completamente sério. Em outra é sarcástico e ama me provocar. Mas ainda assim havia momentos que ele se tornava uma pessoa frágil como alguns instantes atrás. Talvez eu devesse descobrir um pouco mais sobre essa pessoa diferente que ele parece ser que, ao meu ver, é bastante interessante.


Depois de um tempo, Naruto abriu os olhos e ficou me encarando.


Sem pensar muito, encostei meus lábios nos dele num singelo selinho.


Beijei o cara que inocentemente está deitado no meu colo.


Pensar isso me fez me sentir terrivelmente culpada. Eu não deveria ter feito isso com ele sem a permissão dele.


Os beijos que Jiraya me deu sem a minha permissão voltaram a minha mente e eu me senti a pessoa mais suja possível.


Ia me levantar, retirando a cabeça dele do meu colo quando sinto a mão dele agarrar meu braço.


– Hyuuga, Hyuuga – disse.


Para a surpresa dele eu fiquei ainda mais embaraçada, sem notar o tom calmo que ele usou.


– D-desculpe-me! – gritei desesperada, já querendo chorar.


– Calma – sussurrou ele em meu ouvido, mas eu não consegui cumprir sua sugestão.


Meu corpo havia começado a tremer com as lembranças de quando Jiraya tentou me tocar.


- Eu não devia ter feito isso - meu olhar estava vazio fitando as minhas próprias mãos.


– Você não é como ele. Você não é o que ele fez com você. Longe disso – ele disse sério.


O fitei sem entender aonde ele queria chegar.


Naruto me abraçou e eu não consegui mais segurar. Acabei chorando em seu colo. No fundo eu sou só uma garota que não sabe lidar com tudo que vem acontecendo.


Ele ficou acariciando os meus cabelos até eu me acalmar. Naruto levou sua mão ate meu rosto e secou as lágrimas que haviam escapado e molhado a minha bochecha.


Quando já estava melhor, quebramos o nosso abraço e eu o encarei, sentindo meu coração se acelerar.


– Só digo uma coisa: se for me beijar, beije direito – depois de concluir ele foi se aproximando lentamente de mim.


– O q-que voc... – não pude terminar de falar era tarde de mais. Seus lábios já estavam juntos aos meus só que dessa vez muito diferente do beijo anterior.


Senti o sangue subir a minha cabeça que, de repente, estava tão quente. Quem ele pensa que é para me deixar corada tantas vezes em um dia?


Achar a resposta é simples: o cara que ama me deixar confusa.



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