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História Prisioneiros da força. - Bandido, ordinário, salafrário...


Escrita por: lunanebulosa

Notas do Autor


A inspiração esta batendo e minha porta hoje e graças a força consegui escrever esse capítulo tão aguardado por mim. Espero que curtam esse reencontro. :)
Para escrever essa história principalmente essa nova face, tenho como inspiração o anime ´´Inu Yasha´´ uma excelente história de amor misturada com comédia. Simplesmente amo o conteúdo rico desse anime.


Boa leitura.

Capítulo 21 - Bandido, ordinário, salafrário...


Fanfic / Fanfiction Prisioneiros da força. - Bandido, ordinário, salafrário...

Luke e Rey estavam a caminho de Betelgeuse se encontrar com um amigo antigo de Luke. Eles treinaram por meses em vários planetas de climas diferentes, ainda não tinham ido ao antigo templo, o deixando como seu ultimo destino. Rey se tornou uma Jedi muito poderosa, aprendendo várias técnicas novas e sendo extremamente hábil com o sabre de luz e a velocidade. Sempre ajudava quem podia no caminho, deixando um rastro de paz e boas mensagens de harmonia. Tomava essas atitudes como exemplo o caso de Ben, pelo tempo que ela passou com ele entendeu como as trevas manipulava pessoas, mesmo elas não carregando a força também eram vítimas. Sabia usar as palavras certas a cada situação diferente, banhando de luz a vida da pessoa. 

Sempre agiam nas sombras para não serem descobertos.

 As vezes ela sentia algo estranho dentro de si, como algo pendente, uma sensação de que estava sendo vigiada as vezes. Mal sabia ela que nesses momentos Ben Solo estava por perto, e ela sentia sua presença mesmo ele usando a técnica para oculta-la. Ela não entendia o que era, isso a deixava incomodada, estando sempre alerta com estranhos, poderia ser Snoke ou seu aprendiz.

Ben Solo também a sentia, ele sabia quando ela estava por perto por conta de seu humor que mudava repentinamente. 

Aquando se aproximam de Kanarian eles são surpreendidos por piratas que tentam roubar a nave, arremessando um gancho na parte trazeida a desligando:

- Mestre piratas!

Luke olhava pela janela e se senta novamente no piloto apressadamente ativando as turbinas extras mas sem respostas:

- São reptilians. Especialistas em roubo.

 Eles correm até a porta esperando os aliens entrarem. Quando abrem jogam um gaz sonífero, eles tapam a respiração e lutam com os aliens. Rey acaba com a metade um atrás do outro até adentrar a nave inimiga, quando pega o Líder nota que estava com um detonador em mãos. Ela arregala os olhos e corre:

- Corra mestre! - passa correndo por ele que ia sentido oposto no corredor.

Ele corre e se ouve uma explosão, sua nave é atingida pelos estilhaços que entram nas turbinas. A unidade  R2d5 estava destruía, eles fecham as portas e se preparam para a queda colocando máscaras e cinto:

- Ative o escudo. - ordena Luke

- Sim mestre. - ela aperta os botões habilmente.

- Vamos usar a força para tentar amaciar a queda. Concentre-se nunca fizemos isso.

 Eles fecham os olhos, a nave vibrava quando entrou na atmosfera. Eles estava conseguindo diminuir a velocidade da queda, visualizam um lago - era a força a seu favor. De olhos fechados eles gritam usando o máximo de sua força, movimentando a nave em direção ao lago. Antes que caíssem eles ejetam da nave e caem na água  logo retirando o paraquedas. Estavam longe da beirada, Rey olha ao redor procurando algo então pensa:

- Vou procurar alguma criatura aquática e pedir auxílio. 

Ela fecha os olhos movimentando a cabeça tentando detectar alguma forma de vida para ela usar sua técnica. Ela então diz umas palavras em sussurros e abre os olhos. Eles vêem bolhas subindo ao redor deles então uma criatura surge os levantando pela cabeça, era enorme parecendo uma baleira com casco de tartaruga e chifres na cabeça.

 Rey fica de pé no animal se apoiando nos enormes chifres para não cair. Luke tinha dificuldade em se manter em pé e quase cai, segura em um chifre menor e diz em voz alta:

- Podia ter escolhido alguma criatura menos escorregadia.

- Para mestre Luke vai magoa-lo. Ele é muito meigo, olha só. - sorri acariciando a criatura perto dos olhos de cor azul, correspondida pela carícia o animal jorra água de suas narinas. - Vamos meu amor, nos leve até aquela margem. - aponta para o local onde sentiu haver uma cidade.

- Você sempre foi boa para lhe dar com criaturas. - sorri tentando se manter firme entre os espinhos do monstro.

- Monstros são minha especialidade. - sorri para ele, em quanto deslizava as mãos no enorme chifre da cabeça do animal.

Luke pensa imediatamente em seu sobrinho, não conseguindo deixar de escapar uma risada da situação. Rey perceve e diz:

- Qual foi a graça?

- Nada não Padawan. Olhe veja! - aponta para algumas antenas nas árvores. - Fique alerta, esse local é bonito, mas existe todo tipo de pessoa por aqui.

 A criatura estende o corpo para fora da água os colocando em cima de uma grande rocha. Rey se vira e acaricia o animal cessando a técnica:

- Pronto, pode ir agora. Muito obrigada. - diz olhando nos olhos da criatura que se esfrega na garota quase caindo para trás.

Ele mergulha velozmente e desaparece. Quando se viram são surpreendidos por um escravo que buscava água no rio, ele colocava três baldes de água nas costas os pendurando em um bastão apoiados nos ombros:

- Eu vi vocês caírem. Precisam de ajuda não é?

- Sim senhor. Conhece algum bom piloto que pode nos ajudar até a comprarmos outra nave?

- Ah sim conheço. - ele se vira e aponta a esquerda. - Sigam em frente que acharão o grande mercado, lá vocês vão encontrar todo tipo de ajuda. Desde um simples bordel a um excelente segurança.

- Obrigado senhor. - abaixa a cabeça o agradecendo.

Eles caminham em meio a floresta que era ampla sem muita vegetação, apenas arvores compridas com grandes tufos de vegetação no topo criando um paredão e uma excelente sombra. Logo avistam a antena que observaram de longe, logo adianta o grande mercado. Realmente era muito grande contando três andares com longas fileiras de naves e montarias animais.

O chão era de uma areia branca contendo um gramado ralo em alguns pontos. Tinha todo tipo de pessoa e diversas raças alienígenas circulando, tanto pacíficos como os de alta periculosidade:

- Cuidado com trombadinhas Rey.

- Ora mestre. Ainda me trata como se eu não soubesse me virar, isso me irrita.

- Por isso insisto em alertar. Precisa se controlar com coisas banais.

- Hum. Você pega pesado, é muito difícil. - faz uma careta simpática assoprando um fio de cabelo nos olhos.

- Controlar as emoções é mais complicado que manusear um sabre como um ancião Jedi.

- Hum! - cruza os braços torcendo os lábios.

Ela nota algumas crianças órfã sendo compradas como escravas, ela acha aquilo um absurdo e resolve evitar olhar para não interferir. Luke percebe e diz:

- Não vamos arranjar encrenca por hoje. Estamos em menor número. - diz baixo a olhando por baixo do capuz.

- Sim. - fecha os olhos e respira fundo.

 Luke para na porta do grande mercado, sendo barrado por dois aliens gordos de dois metros de altura usando roupas de pele de animal, segurando grandes metralhadoras em mãos.

 Luke os cumprimenta amigavelmente e diz:

- Precisamos de um ótimo piloto.

Um deles diz entre rosnados para o outro em uma linguagem estranha. Rey não conseguia entender para traduzir, e olha para o mestre Luke fazendo sinal negativo. Um dos aliens interfona e diz: 

- Tenho clientes para você. Disseram que precisa de um bom piloto.

Com o aparelho nos ouvidos, o alien apenas maneava com a cabeça ao mesmo tempo que os analizava de cima em baixo. Então cessa o telefonema, abre caminho para eles e diz pigarreando:

- Vocês verão um grande corredor a sua esquerda. Lá o encontrarão na última sala a direita.

O outro alien alerta:

- Cuidado, ele é um bom piloto, mas, se o aborrecer estoura seus miolos.

O outro ri o cutucando com a arma e diz:

- Lembra daquele pobre Bofink,  hrum ? - cospe -  Resolveu perguntar aonde ele tinha arranjado aquela cicatriz.

- Sim ele cortou a cara dele todinha. Mereceu, estava precisando apanhar um pouco.

Luke faz sinal para eles darem passagem:

- Poupe de detalhes queridos Crowkys. Obrigado pela simpatia. 

Eles passam pelos dois guardas, Rey os encara com nojo e os cumprimenta apenas para ser educada. Os dois analisam as curvas de Rey, um cutuca o outro achando graça.

Eles entram em uma enorme sala, a esquerda tinha um bar, a frente bem nos fundos um bordel, onde várias meninas perambulavam seminuas entrando em salas com seus clientes. Ao centro tinha um enorme restaurante ajeitado, mas com clima de boteco de baixa categoria e alguns homens muito mal encarados. Então avistam um corredor largo a direita, no caminho tinha várias mesas que rolava apostas entre os contrabandistas. Realmente tinha de tudo um pouco, assassinos, ladrões, putas, pilotos, caçadores de recompensa, guarda costas, tudo separado por várias partes incluindo os outros andares.

Quando entram no corredor Rey sente aquela estranha sensação novamente, a fazendo ficar imóvel. Luke para de caminhar e pergunta:

- Rey? O que ou... - é interrompido.

- Não, não mestre tudo bem. Estou melhor. -  responde suavemente fazendo sinal com a mão para continuarem andando.

O corredor tinha várias salas, as portas eram de panos grossos de cor marrom escuro. Rey espiava pelas frestas e via alguns homens fazendo acordos e pagando suas dividas. Nisso aparece um senhor baixinho e simpático com cara de rato usando um traje de cor musgo e chapéu engraçado parando mestre Luke com as mãos em sua barriga:

- Ei senhor Luke! - soa uma voz fina e amigável.

- Ralameth o que faz aqui!? - diz surpreso e feliz em vê-lo.

- Vim aqui ver meu filho. Ele é guarda particular sabe hihihi - sorri orgulhoso.

- Rey vá conversar com o piloto, já vou logo atrás. - E volta a conversar sorridente com o homem rato.

´´Quando Luke começa a falar não para mais ´´ pensa.

Ela apressa o paço chegando ao final do corredor ficou com duvida de qual sala era. Fica parada olhando as duas salas com ar de dúvida com as mãos fechadas para trás. Então se lembra e diz antes de entrar:

- Com licença. Viemos atrás de um pi... - nesse momento ela congela.

Lá estava ele, Ben Solo. Com as pernas escoradas sobre a mesa.

Ela se desligou da realidade, apenas sentindo as batidas de seu coração. Sendo em seguida atingida por várias agulhas que a torturavam a cada segundo que permanecia ali, entorpecida com aqueles olhos negros tão familiares, que a penetravam tão profundamente, que poderiam abocanhar seu coração, arrancando-no com os dentes. Ele estava tão diferente, não o reconheceria se não fosse a famosa cicatriz que ela desenhou. 

Os cachos negros tocavam os ombros, usava um coque na parte de cima segurando o excesso de fios para não atrapalhar os olhos. No queixo, usava uma barga discreta e bem cuidada. Vestia uma regata preta, deixando seus braços ainda mais definidos e expostos.  Por cima continha um colete de couro preto, com alguns pequenos assessórios nos bolsos. 

Estava com os pés cruzados em cima da mesa, usando botas grosseira e altas - quase na linha do joelho. Portava braceletes de couro bem fortificados nos antebraços, parecendo ser uma armadura, como proteção para luta corporal. Tinha um cinturão idêntico ao do pai , portando duas pistolas de alta linha.

Ela não nota a presença de Chewie que olhava para os dois esperando ver ele apanhar.

O olhos do homem moviam-se ténues, por cada linha do corpo da Jedi.

Ela estava ainda mais linda, usava um penteado simples com tranças na parte superior da cabeça, mas grande parte de seus cabelos estavam soltos preenchendo todo seu pescoço. Sua luz o capturou desde o momento que ela pisou no planeta, sendo inconfundível. Ela estava usando uma camisa cinza clara com um cinto grosso de cor marrom - todo trabalhando realçando suas curvas. A região de seu peito estava exposto, sendo apenas traçado por uma tira de tecido branca um pouco transparente cruzando em um X  por  todo o seu tórax. Usava uma calça cinza escuro bem colada ao corpo e uma simples botinha.

Era a delicadeza esculpida em uma mulher guerreira.

Bena olha de cima em baixo discretamente, louco para levantar-se e abraça-la, mas sabia exatamente como ela reagiria, dando-lhe um delicioso tapa na cara, que mesmo assim, seria bem vindo caso ela quisesse. Todo tipo de atitude seria bem vinda, o importante era que ele se reencontraram. 

A força sabia o que fazia, e ele confiou nela quando sentiu o que devia fazer. Ele retira os pés da mesa de vagar, sem desgrudarem o olhar, que antes o olhava com surpresa, mas que agora eram lançados raios em direção a ele.

Ele ajeita as pernas em baixo da mesa, apoia os cotovelos sobre a mesa e diz:

- Oi. - em voz baixa.

Nisso Luke aparece, colocando as mãos no ombro da garota que travava sua passagem:

- Vamos Rey entre logo. - a força entrar que com dificuldade a tirando de sua frente.

Ele então assusta ao ver seu sobrinho bem vivinho e aparentemente saudável. Ele raspa os dentes nos lábios expressando inconformidade, cruza os braços e o encara como que um pai que daria um sermão:

- Olha quem aprendeu uma técnica para voltar ao mundo dos vivos em carne e osso. - diz ironicamente com um enorme sorriso falso.

Chewie da risada da cara de Ben, que sem graça desvia o olhar deles se ajeitando na poltrona:

- Posso ensina-lo tio. - entra na ironia.

- Gostaria de uma boa explicação para esse ato infantil. - e se senta na cadeira a frente.

Rey não tirava os olhos dele, que por instantes a observava sempre voltando a olhar para Luke que exigia sua atenção:

-  Sua aprendiz não vai se sentar?  - pergunta Ben.

Luke olha para ela ali paralisada ao seu lado, e faz sinal com a mão para ela se sentasse ao seu lado, que obedece e se senta lentamente desviando o olhar de Ben e focando-se a mesa. Estava um silêncio perturbador, que a devorava lentamente, a queimando de dentro para fora. Todo o barulho do bar já não a atrapalhava mais, e sim a presença daquele ordinário sentado a sua frente com cara de traste, agindo como se nada tivesse acontecido.

O  silêncio é quebrado quando uma cortina se abre atrás de Ben e um homem se inclina para espiar o que estava acontecendo:

- Reyyyy, você por aqui! - Hati sem graça tenta ser mais simpático possível.

Ela o encara como se fosse um desconhecido, ferindo gravemente os sentimentos do antigo  amigo. O  cavaleiro fecha a cortina de fininho. Ben escorrega as mãos sobre a face não sabendo como agir e diz:

- O que ouve com a nave de vocês? - cruza os braços sobre a mesa, inclinando o corpo na direção deles, observando melhor a Jedi furiosa.

Luke esquece a pergunta que tinha feito sem ter obtido uma respostas, deixar de lado a raiva que ficou, e tentou entender que ele teria seus motivos para tal atitude. Querendo ou não, ele deu uma boa ajuda destruindo toda a base da Primeira Ordem, o mestre respira fundo trazendo  para si o Luke compreensivo, e muda de expressão:

-  Obrigado sobrinho. Por ter arriscado a própria vida para concertar as coisas.

Ben aceita a gratidão de seu tio humildemente e olha para Rey, esperando uma atitude parecida vindo dela, que responde sem hesitar:

- Viemos aqui para tratar outros assuntos. Esse homem nada mais é do que um estranho, você não devia estar com toda essa intimidade. - diz ríspida

Ben aperta os lábios impressionado com sua agressividade, a captura tão intensamente com o olhar, que os dela ela foram atraídos quase que impulsivamente e o fita:

- Ela ainda deve estar sob o efeito do beijo que lhe dei. - diz baixo olhando seus lábios sutilmente.

Ela sente um frio na barriga e se levanta bruscamente arrumando suas vestes - controlando o braço que criava vida, implorando para afundar a mão na cara dele. Segura firme o pulso com outra mão e responde suavemente:

- Com licença, eu preciso comer algo, estou morrendo de fome por conta da longa viajem. Vou ali em quando vocês fazem o acordo da viajem. - se vira e sai apressadamente.

Hati ergue a cortina espiando sorrateiramente toda a confusão. Luke levanta uma sobrancelha para Ben que faz sinal de desentendido erguendo os ombros. Chewie começa a rir de novo conversando com Luke que ouvia atento ´´Ele está em apuros.´´disse o ser peludo.

O mestre coloca os dedos no queixo e pergunta:

- É com você. Eu estou fora disso. - aponta com o polegar a porta atrás dele.

Ben emite um estralo nos lábios e se levanta:

- Você a treinou bem. Ela está tão controlada e silenciosa. - ele se levanta, e passa por Luke dando-lhe um toque no ombro.

Ben caminha a passos apressados pelo longo corredor, o som pesado de seu coturno era imponente, e todos pareciam o respeitar naquele estabelecimento. Ele chega a sala central e a vê sentada de costas cOm a cabeça baixa no balcão, esperando sua comida chegar.

Se aproxima por trás a passos mais cautelosos, quando chega próximo, ela pode sentir o calor de seu enorme corpo posicionado logo atrás, quase que se encostando. Ele levanta a perna e se senta de um jeito descolado no banquinho ao seu lado, rodando a cadeira na direção dela, coloca o cotovelo no balcão e a fita.  Ela começa:

- Não era para você estar aqui. 

- Mas estou. - murmura

Ela não responde, logo sua comida chega, tinha pedido um simples lanche. Ele faz sinal com a mão fazendo um novo pedido e volta a olha-la:

-  Você esta incrível. O que aprendeu nesse tempo de treinamento?

Ela sorri inconformada e responde o confrontando com os olhos:

- Aprendi a ser menos trouxa. - desvia o olhar voltando a comer.

Ele não sabia aonde enfiar a cara e não encontrou uma boa resposta. Mas o seu pedido estava chegando e o ajudaria muito nesse momento. O garçom coloca uma caixinha a frente de Rey, que abaixa os olhos e vê bolinhos de morango bem encorpados; ela sempre adorou quando criança. Ben comprou esses bolinhos no primeiro dia que a viu passar fome em uma vitrine; que os devorou em segundos.

 Rey se lembra imediatamente dessa lembrança, do aroma relaxante que aquele morango exalava, misturado com o aconchego da lembrança. Ela passa a língua nos lábios e amolece por um instante. 

Ele percebe e estende a mão para tocar a dela que estava apoiada na sobre a mesa. Ao toca-la,ela o agarra repentinamente e com a outra mão, agarra seus cabelos por de trás pressionando sua cabeça virada para cima no balcão. A ato violento fez cair um copo do balcão se espatifando no chão, o som ecoou pelo local que se silenciou por instantes. Uma frase fez parte da maioria dos pensamentos daquelas pessoas. - Uma mulher batendo no famoso ´´ cicatriz´´? - Logo a música volta a tocar e as pessoas a conversar.

Ele sorri sem se mover. Ela aproxima o rosto do dele e diz na orelha esquerda:

- Nunca mais me rele dessa forma! - sussurra

- Então poderei relar de outra forma? - sorri a olhando com brilho nos olhos.

- Seu imundo, ordinário, cafajeste! - soletra cada palavreado em voz alta, e o solta que se levanta logo em seguida.

Ele desencosta do balcão e arruma o colete:

-  Esqueceu do, monstro.  - sorri feliz em vê-la, tinha saudade das brigas. 

Os olhos antes em fúria agora são abafados por lágrimas. Ela lasca um tapa na cara dele que se mantém imóvel na posição que o tapa o deixou:

- Eu mereço isso. - murmura

E ela desfere outro do outro lado, ainda mais forte, que o fez colocar as mãos sobre o maxilar o arruando:

- E isso também. - e a olha entre os cabelos jogados na face.

Quando ela levantava a mão para desfeferi-lo outro tapa, ele a impede:

- Espere. Esse não. - a segura firme pelo pulso que tenta se soltar, mas estava sem forças.

- Mentiroso! - diz com voz de choro.

- Escure...Rey, olha...- gagueja

Ela nota que voltou a ficar em desequilíbrio e tenta retomar a sua pose madura, parando de se debater.

- Vai nos levar a nosso destino e ir embora logo em seguida.  - diz serena com os olhos molhados.

- Olha...vamos conversar, mas não aqui. - e olha ao redor, estavam sendo a atração do dia.

Ela puxa o braço com força, que ele a deixa ela se libertar. Eles se olham e ela amolece novamente, num grande tornado de emoções extremas. Rey não podia jogar todo o treinamento de Luke pelo ralo, não estava conseguindo se controlar com sua presença. Ela toma fôlego e o olha de canto:

- Odeio você. - diz tão próxima ao rosto do homem que seu hálito o deixa embargado por uns instantes.

- Você não sabe mentir. - murmura olhando os lábios dela, que estavam avermelhados de tanto que roçou os dentes de nervosismo, desejou aquieta-los, os acariciando com um longo beijo. Ela aperta os lábios, cerra os olhos e diz: 

- Vamos voltar para a sala.

Ela passa por ele, indo em direção ao balcão sendo seguida pelos olhos vigilantes dele. Pega a caixinha de bolinhos de morango e caminha em direção ao corredor a abraçando carinhosamente contra seu peito, se lembrando do aroma de uma lembrança gostosa de ser recordada. Ele sorri com o ato infantil da mulher que se considerava uma Jedi, as vezes a via como criança, mas ao mesmo tempo com o corpo de mulher formada.

Ele entra na sala e vê ela sorridente dividindo os doces com Chewie. Luke se inclina e olha para trás o observando, e nota as marcas de mãos em ambos os lados de seu rosto:

- Como foi rápido.  Vejo que se entenderam. - cochicha para ele.

Ele se senta respirando fundo esfregando as mãos no rosto. Hati aparece por de trás da cortina terminando de montar um novo armamento:

- Veja chefe. - e aponta a arma para Ben. - Essa sim explode miolos melhor que a antiga.

Rey a olha seria e abana a cabeça o reprovando. Ben retira a arma das mãos dele com um puxão:

- Já chega Hati, eu já entendi. Então...aonde vocês querem ir? 

- A Betelgeuse.

- Tranquilo. Fica do outro lado da galáxia, mas preciso fazer algumas entregas no caminho tudo bem?

- Sem problemas Ben. Nos levando esta ótimo.

- Assim sairá mais barato com essas paradas.

Os dois olham para ele ao mesmo tempo inconformados dele estar os cobrando. Rey ia se levantar e abrir a boca para xinga-lo até que ele ri e diz:

- É brincadeira meu velho.  - olha para Luke.

Se levanta dando-lhe um soquinho no ombro do tio que estranha a atitude descontraída.

 Ele olha para Chewie e aponta para Ben fazendo sinais de interrogação, irreconhecendo o homem ali que se denominava ser seu sobrinho.

 Ben aparece novamente na sala e alerta Hati:

- Vamos fazer alguns reparos para o embarque Hati. Partimos amanhã cedo. 

- Porque amanhã? - Pergunta Luke

-  Acabei de chegar de viajem. Preciso fazer a manutenção diária.

E os dois saem da sala, Chewie pega o último doce e Rey tenta o tirar lutando pelo pedaço mas ele  o devora.  Com grunhidos de satisfação se levanta pegando sua besta que estava posta na parede e vai atrás deles. 

Mestre e Padawas ficam sozinhos na sala. Ela estava distante aparentemente alterada, forçando parecer estar bem:

- Rey. Perdoe ele, aposto que tem seus motivos.

- Esse miserável brincou com nossos sentimentos mestre. Nos preocupamos com ele, eu... eu.. chorei por dias. - dizia abismada. -  Paresiamos trouxas tentando entrar em contato com ele  no plano espiritual.

- Melhor parar Rey estou voltando a sentir raiva dele. - acena para ela parar.

Ben ouvia toda a conversa por um aparelho que instalou na sala para vigiar intrusos. Luke volta a tentar acalma-la:

- Veja bem Padawan. Lembre-se do que ele fez por nós, isso que importa não acha? Esqueça esse sentimento que está te corroendo.

- Mestre. - diz com voz mais calma. - Tem razão mas, eu não consigo, ele me desequilibra. - custa ela se abrir com Luke.

- O equilíbrio só poderá ser encontrado quando você conseguir controlar seus próprios atos. 

- Mas...

- Ele não é o culpado pelo seu desequilíbrio, você é a responsável por deixar ele te controlar.

- Mestre eu...eu...vou conseguir, você tem razão! - pega nas mãos dele sorrindo mais aliviada. - Vamos lá ver o que eles estão fazendo.


Notas Finais


Não fiquem bravos comigo por conta do grande salto de tempo e da mudança repentina da história. Star Wars é assim e confesso que essa parte estava sendo muito aguardada por mim, me divirto demais escrevendo as cenas de comédia.
Mas infelizmente não posso agradar a todos, mas sim, sempre acabo agradando de um uma ou de outra :)

Não sou de compartilhar músicas mas irei postar aqui o álbum que mais me trás inspiração na hora que escrevo tem músicas agressivas e melódicas: https://www.youtube.com/watch?v=cFfnDaqBzd0

Gratidão para os que acompanham a minha Fic até este capítulo !


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