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História Prisioneiros da força. - Amor exótico.


Escrita por: lunanebulosa

Notas do Autor


Bom, era para sair um capítulo muito maior. Mas to evitando enrolar muito para desenrolar logo a história.
To com sono e falarei pouco... boa leitura!

Capítulo 47 - Amor exótico.


Fanfic / Fanfiction Prisioneiros da força. - Amor exótico.

A noite tinha chegado.

Ben, Sirius e Felicia bolavam um plano sentados em volta a mesa de jogos da Falcon. Sirius tinha percebido a energia de Ben cair subitamente quando se isolou naquele momento. Não sabia detalhes da relação dos dois nessa vida e de como podia aconselha-lo.

- Antes de colocarmos o roubo em prática. - solta um ar pesado. - Preciso primeiro resolver uma coisa.

Pronto a ajudar, Sirius pergunta com os braços cruzados para trás:

- Me desculpe a intromissão senhor, mas, o que ouve lá dentro?

- O erro foi meu Sirius, fiz um pequeno problema se transformar num desastre. - se levanta - Tenho de concertar as coisas.

- Entendo, bom, ficamos de tocaia nos arredores caso precise de ajuda?

- Sim. Aquele verme do Lycan Mon está a espreita.

Felicia diz em quanto comia:

- E o Hati?

- Vou liberta-lo, fique despreocupada.

- Que bom, estou preocupada.

Ben ergue a sobrancelha a tirar sarro da preocupação dela:

- Com Hati? Me admira ele ainda não ter fugido.

 

 

(...)

 

 

Nesse momento Hati tentava uma fuga. (Um dos soldados reais que eram fiéis a Hati trocou de lugar com o outro para descanso )

O soldado abrio a porta e bateu amigavelmente no ombro de Hati, cochichando rápido e em voz baixa:

- Tem uma saída no final do corredor a esquerda. Uma porta cor musgo. Ela dá ao jardim dos fundos. - eles ouvem um barulho e se inclinam para olhar o corredor, mas não era nada. E ele continua falando com mais pressa - De lá siga a direita e corra em linha reta.

- Obrigado camarada. Te devo uma!

O soldado lhe da uma arma e Hati sai.

 

 

(...)

 

 

Felicia e Sirius esperavam escondidos em cima de uma grande árvore. Felicia sentada num galho, e Sirius em outro de pé com braços cruzados, encostado contra o tronco base. Focando seus olhos azuis entre as folhagens, procurando o brilho do céu noturno. Estava uma noite fresca, com uma brisa agradável, e um silêncio sossegado de ser apreciado.

Felicia balançava uma das pernas em quanto arrancava alguns gravetos e folhas secas para passar o tempo; cortando também o sossego de Sirius.

- Poderia fazer silêncio por gentileza?

Ela quebra um único graveto e o joga para longe com raiva:

- Hum. Estamos rodeados de árvores. Procure sua!

- Você está sempre preparada nos botes não é gatinha?

- Não me chame assim! Isso me incomoda.

Sirius nota a agitação da felina, percebendo que tinha algo além para ela estar ansiosa. Não era bobo, tinha a força e a sentia as emoções dela com total clareza. Tão fácil que o assustava por ela ser uma cabeça dura e de escudo sempre armado:

- Se minha presença está lhe incomodando de outra forma, salte você para outra árvore.

Ela apenas solta um suspiro pesado revirando os olhos para cima, e muda a posição; ficando sentada totalmente de costas para Sirius.

- Chifrudo chato! - resmungou de uma forma inaudível para si mesma.

Ficam ali em silêncio por cinco minutos.

O Zabrack ficou a fitando pelo canto dos olhos. O balançar de sua cauda, a luz da lua que fazia sua pelagem fina e macia brilhar; parecia tão macia e aquecida. Os olhos dela pareciam dois diamantes destacados na noite, e isso o deixou hipnotizado; lutando contra si mesmo para desfocar a atenção dela. 

Sirius entreabre a boca, mas não saia nenhum som. Queria conversar, mas ela o enxeria de patadas:

- Ei!

- O que foi desta vez? - pergunta olhando para trás num tom de cansada.

- Ainda está brava comigo?

Ela ouviu sua voz mais alta, parecia mais próximo a ela. Realmente ele era silencioso para um Zabrack, nem ouviu se aproximar pelos galhos da árvore.

- Não estou a fim de conversar, desculpe. - cutuca o musgo do tronco com a unha, arrancando pedacinhos.

Sirius senta-se ao lado dela de uma forma suave e silenciosa, emitindo um suspiro calmo:

- Estamos no mesmo grupo. Só queria, conhecer minha nova parceira de guerra.

Felicia se contém para não amolecer. Ele causava reações em seu corpo diferentes a de Hati, que era algo mais apaixonado e carnal. Já Sirius a deixava perdida, nada funcionava direito em sua mente, deixando-a confusa. O azul dos olhos dele transpareciam a clareza de sua pessoa; mas ao mesmo tempo eram misteriosos. Atiçando mais ainda sua curiosidade felina. 

O feitiço daquele Zabrack era difícil de se controlar. Assim como o sentimento, ninguém escolhe ou descarta; apenas surge.

- Hum. - esconde um sorriso. - Pelo pouco que viu, deve ter tirado suas próprias conclusões da minha pessoa.

Ela sorri de uma maneira breve e encantado e volta a seriedade olhando para o alto:

- Sim está certa. Mas, a visão formada que tenho é apenas aquela que me permitiu enxergar.

Felicia amacia mais seu olhar e pergunta parecendo mais calma:

- Eh..o que viu? - o olha, que não a retorna, continuava olhando para cima - Vamos ver se você é bom mesmo.

Sirius era tão sincero e direto, por isso Felicia fez esse jogo com ele. Tinha o ego muito alto e queria ouvir elogios.

Ele voltou seus olhos pacíficos para os dela e se encararam de um forma envolvente.

Estranhamente ele hesita a falar por um momento. Se perdeu nas palavras em quanto contemplava sua beleza. Esfregou os lábios levemente um no outro a analisando.

- Vejo uma felina, arisca, sempre preparada ao ataque. Seja nas palavras ou nas atitudes. Louca para experimentar a vida da forma mais louca possível. Não se importando para que os outros pensem. É irritante, mas, encantadora. - a elogia com um leve tom de malicia quase que imperceptível.

Mas ela percebe, e finge não ter captado:

- Hum...só isso?

- ...orgulhosa...

Nesse momento a olhou de uma forma diferente, com a atenção totalmente presa nos olhos dela. Que retornou os seus agitados e tímidos. Ela nunca tinha sentido tal sentimento em sua vida, timidez?

Orgulhosa, ela corta o contato visual escondendo um sorriso bobo muito bem:

- E você, é um Jedi também?

- Não sou Jedi.

- Hum, mas você tem um sabre de luz. - olha para a ponta do sabre dele amostra na pochete do lado direito.

- Porque, quer saber se sou um Jedi?

Ela fica sem saída, ele a pegou:

- Oras, porque, porque sim. Conhecendo meu parceiro de guerra não é?

- Não, não é por isso.

Ela se levanta:

- Grh, então tá, chega. Volta lá para seu canto e me deixa em paz!

Ele sorri para si sem mostrar os dentes e diz calmo:

- Se está me expulsado porque se levantou?

- Porque você me irrita!

, - Só estou conversando com você, porque ficou irritada?

- Não quero mais conversar.

Sirius se levanta posicionando o corpo na direção dela. E diz num tom amoroso:

- Eu, também não.  

Ele se aproxima dela cauteloso. Que se vira arisca, se protegendo dele com as mãos de uma forma repulsa, dando passos para trás em quanto ele se continuava se aproximando.

Ela encosta no tronco base da árvore e ele não parou de se aproximar; até ficar a um palmo dela:

- Quero, apenas te...

Sirius relaxa os olhos, a fitando de uma forma intensa. Felicia levanta uma mão para bater nele, mas ele a impede segurando-a. Ficaram se olhando, e em quando ela não relaxa o braço, ele não a soltaria - estava trêmula e dura. Se ele a soltasse, tentaria bate-lo novamente.

Ele vai se aproximando lentamente da boca dela ao mesmo tempo que segurava o braço, que foi amolecendo e amolecendo a medida que ele se aproximava dos lábios carnudos da selvagem.

Faltando um centímetro para o toque ela diz:

- Mas, não entendo... - murmura

- Nem eu..nem eu. - sussurrou amoroso.

Felicia rouba suavemente os lábios dele, ao mesmo tempo que ele a soltou. Livre, ela agarrou vestes dele na parte das costas, querendo o puxar para trás impedindo o beijo. Ambos relutantes ao desejo. Mas ele a seguia com os lábios cheios de sede pelos dela, sem corta o contato visual que a deixava mais fraca a seus comandos.

Ele retirou a mão dela se suas costas, e as pausou em seu tórax, a prendendo mais contra a árvore num beijo envolvente e lento. Isso foi irresistível para ela, que percorreu as unhas afiadas pelas dobras os músculos do tronco do homem. Que também parecia hesitar, mas em seu sangue percorria o DNA impulsivo de sua raça banhada em hormônios masculinos - sendo apenas um mestre para poder ter o total domínio de seus instintos.

Em suspiros, o Zabrack beliscou os lábios dela de uma forma a saborea-los, desceu para o queixo e pescoço. A cheirando e mordendo de leve, em quanto apalpava com mais intensidade a cintura dela, a puxando de vagar contra seu corpo.

 A gata sentiu o volume na calça dele, deixando-a extremamente excitada, prendendo um suspiro.

Ela diz baixinho:

- Não sabia que sentia isso por mim.

-  Estou me condenando por isso.

Ele desde o rosto no busto dela sentindo o contorno do começo dos seios fartos e firmes. Nesse momento ele sentiu que passaria o sinal vermelho se continuasse, e parou o beijo repentinamente.

 Ofegante, ele se afasta de vagar:

- Felicia, olha, é errado!

Ela segura no rosto dele e o puxa para si novamente:

- Não consigo parar. 

Ela coloca a mão dentro da calça dele, agarrando seu membro endurecido, surpreendendo-o com a atitude ousada e sem vergonha da moça de orelhas pontudas. Sirius continha o prazer raspando os dentes  nos outros, lutando contra o desejo avassalador.

 Até ela apalpa-lo com mais dedicação e pressão. Sirius fica vermelho, soltando um gemido tímido ele diz:

- C-chega - diz entre suspiros retirando a mão dela com determinação.

Arfante ela também se controla, percorrendo os olhos desejosos pelo corpo do homem:

- Não consegui...evitar. É tão..tão..-  engole a saliva prendendo os lábios, contendo o elogio ousado que ia dizer.

Ele sorri, mas também parecia de consciência pesada. E conversa para mudar um pouco o clima:

- É uma Zygerriana, está em seu sangue domar e escravizar. 

- Principalmente homens como seu biotipo exótico. - olha o corpo dele o desejando como nunca.

Ela se aproxima e o prende contra a árvore o puxando para um beijo quente, que corresponde rapidamente entrando em sua onda de desejo; jogando as mãos nas nádegas dotadas da gata.

Nesse momento eles ouvem o som de passos na folhagem, parando imediatamente de uma forma culposa e envergonhados. Sirius pula no galho de baixo e vê Hati, se odiou nesse momento, mas foi algo impossível de se conter. Felicia logo vem atras dele, e vê Hati também, e se sentiu péssima no exato momento.

Ele parecia estar ansioso em vê-la, parecendo querer fazer uma surpresa que tinha conseguido escapar. Ela olhou com repulsa para Sirius e diz baixo:

- Seu idiota, devia ter me impedido!

Hati ouve o som de alguém cair no gramado e olha para trás e vê Felicia com um sorriso carinhoso para ele. Ele sorri, ambos correm e se abraçam ao mesmo tempo que a girou no ar, a beijou, e sentiu que ela estava ofegante e quente além do normal.

 Com sua alta experiência com mulheres sabia que elas ficaram assim por um motivo. Ele a colocou no chão de vagar, mas não teve ódio, apenas se entristeceu. Tocou no rosto dela e a analisou, estava ansiosa e estranha.

E pergunta com calma:

- Quem está lá em cima da árvore?

- Aquele Zabrack que apareceu, dizendo querer ajudar Ben.

Hati mudou a expressão e ergueu uma sobrancelha olhando para cima:

- Hum, nosso plano não saio do jeito que planejamos não é mesmo?

- N-não,

Nisso Sirius pula da árvore, e Hati o encara de uma forma analítica. Sirius sentiu que ele percebeu, se arrependendo amargamente.

Hati não quis julgar ninguém, muito menos criar confusão. Pensou em primeiro lugar em seu melhor amigo Ben, e que o ajudaria agora acima de tudo.

Amava Felicia para se separar ou aumentar a voz com ela. Eles eram um casal sem vergonha ao ponto de fazerem um trio, mas, com aquele determinado homem ele se incomodou. Não entendeu o porque.

Soltou um sorriso forçado, beijou-a e disse olhando para os dois:

- Vieram me resgatar eu presumo.

- Sim, e também nosso mestre foi conversar com Rey.

Hati ergue uma sobrancelha, e diz contendo-se para não aumentar a voz e chamar a atenção:

- Peraí nosso mestre? Desde quando ele é seu mestre?

- Desde o momento que nasci senhor Hati. Fui treinado para protege-los e servi-los. Tanto Rey e Ben, como assim são chamados hoje.

Hati engasta. Toda aquela segurança e firmeza nas palavras do Zabrack o fez se sentir rebaixado. Como se ele fosse superior a ele, além do mais, tinha a força e poderia ajudar Ben de uma forma mais prestativa do que ele próprio. Temeu se sentir excluindo por seu melhor amigo. E sentiu que também que estava perdendo sua mulher para ele também.

 Num ato impulsivo por conta do turbilhão de sentimentos arruinados, ele joga na cara de uma forma bem direta:

- Hum, treinado também para pegar a mulher dos outros, não é!?

Desesperada Felicia coloca a mão no peito dele e diz de uma forma carinhosa para calma-lo:

- Como? Grandão pare já com isso.

Ele apenas a lança um olhar de que não era bobo, e que tinha percebido tudo. Felicia driblou suas emoções para evitar ao máximo se confirmar na expressão de seu rosto:

- Para, agora não é hora para isso. Somos um time, precisamos ajudar Ben e Rey.

Ele fecha os olhos num suspiro calmo, e a olha entristecido. Felicia sente uma flecha em chamas atravessar seu coração:

- Hati, olh - 

Ele a corta com um sorriso terno no rosto, em quanto acariciou o rosto dela:

- Relaxante, pode ficar com ele. Talvez fique mais segura do que comigo.

- Hati larga de ser tonto, sou louca por você, sei que você sabe!

- Eu também! - ele retira o sorrido do rosto, voltando a mágoa -  Tão louco, que seria capaz de me sacrificar por você.

Ela chora colocando a mão no rosto vendo a enorme bobagem que fez. Quando ela estava em risco de vida ele mesmo ofereceu sua vida para salva-la com a técnica do lado escuro que Ben revelou. Em outro momento desagradável entre Hati com Ben, escolheu ficar ao lado dela em vez de ir com Ben quando ouve a confusão com a Joia.

( Os costumes dos Zygerrians eram estes, estava no sangue felino de Felicia. Em seu planeta mulheres casavam com no máximo quatro homens. Elas eram líderes, e os homens as tratavam como rainhas, lhes oferecendo desejo, filhos e proteção; que também retribuíam com tudo de bom a eles.)

(As mulheres tinham uma forte energia sexual emanando de seu aura, cegando homens sentimentais com um forte espírito de proteção de macho alpha. Hati se encaixava nesse perfil, sempre apaixonado e louco por mulheres, já Sirius era um Zabrack, homens dessa linhagem eram fortes exemplares de masculinidade e resistência. Raros eram Zabracks pacíficos.)

Sirius sentiu-se culpado. Ficou olhando os dois conversarem civilizadamente em quando ela chorava e tentava o beijar, o puxando e pedindo para que ficasse.

Mas na altura do campeonato era impossível tirar o feitiço sexual que Felicia plantou nele. Jamais imaginaria que toparia com essa raça, ainda mais uma fêmea. Que era algo raro de ver solitária e longe e casa; algo devia ter acontecido, expulsão, ou, ela mesma se rebelou. 

Ela não tinha culpa por em seu sangue correr esses extintos por vários homens. Até por Ben ela se atraiu e ficou mexida, que não passou desapercebido por Hati na época.

Mas a diferença de Sirius para Hati é que ele entendia as necessidades que pulsavam nas veias de Felicia. Ele via que Hati era um bom homem, e realmente gostava dela pelo que ele tinha acabado de dizer.

Ele se aproxima dos dois e pergunta olhando para Hati, aparentemente desanimado:

- Posso conversar com você ?

Hati se aproxima o empurrando com as mãos abertas no peito dele:

- Conversar do que seu maldito, de qual pegada ela gostou mais de nós dois?

Sirius se envergonha e diz de uma forma para calma-lo:

- Não, creio que... vai gostar do que tenho a dizer.

 

 

(...)

 

 

Rey meditava em seu jardim, posicionada numa postura erecta em cima de uma rocha alta  e plana na parte de cima.

Focou-se no som que as folhas secas faziam quando se erguiam com o vento gélido da noite. O cantar dos grilos misturado-se com o som da corrente do riacho era demais confortante para acalmar sua mente em desordem. Rey tentava ajustar seus sentimentos e razões de forma harmônica, como o ambiente equilibrado e em plena sintonia a sua volta.

Por mais que seu coração estaca despedaçado, seu estado baixo não afetavam a paz em sua volta.

Sua raiva já tinha passado desde o momento que se isolou ali. Agora apenas o sentimento de tristeza e sofrimento tomavam conta de seu coração como uma nuvem densa de tempestade. Meditava profundamente procurando o conforto das palavras de Yoda ou alguém que sentisse seu chamado. Mas a única resposta que conseguia era de seu próprio coração.

´´ Mas, se ele me escondeu isso de mim é sinal que ele fez algo muito ruim. Será que foi algum acidente?´´ 

Então filamentos pessimistas brotavam de seu coração como erva daninha, sufocando seu coração em dúvidas. Mas Rey era uma moça forte, e procurou a melhor e mais afiada tesoura para cortar esse sentimento sufocante.

´´ Não, não foi acidente. Wallace era ciente disso todo esse tempo, e tentou me contar. Mas Ben insistia na mentira, mesmo eu perguntando do assunto muitas vezes.

Ela se contém para não desaguar, solta com tudo o ar preso na garganta. O aspira novamente enchendo os pulmões, voltando a pose firme e fixa em conseguir raciocinar direito.

´´ Mas, ele, ..e se...´´  engole seco ´´ Quem teme deve,...se fosse para me proteger ele teria me dito sem problemas. Pelo que conheço dele jogaria isso sempre em minha cara para se gabar.´´

Rey engole a saliva de uma forma dificultosa, e resolve o chamar. Nada melhor que ele para lhe contar o fato:

 ´´ Ben...Ben...ap-areça!´´

As mãos dela antes relaxadas aos joelhos agora os apertavam, agarradas ao tecido da calça. Ao mesmo momento que sentiu a presença de Ben aquecer seu sentimento de solidão num abraço, apenas sentido pela alma. 

Ele estava ali, a observando de longe apenas esperando sua permissão para conversar.

Rey não abriu os olhos, teve covardia em cruza-los com o assassino de seus pais, cujo aqueles com que ela sempre sonhou e desejou ter ao seu lado. Mas parte disso foram ilusões que Ben colocou em sua mente, talvez para esconder seu erro?

Ela ouve a respiração de Ben se acelerando, cortando o silêncio da mata.

- Rey... - a voz dele ecoou por dentro de seu corpo como um chamado penitente. 

Relutante, Rey abriu olhos vagarosamente, os revelando aflitos e amargosos. Os ativara diretamente aos de Ben como alguém com uma arma carregada na mão, cujo empunhador não entendia o que a arma fazia ali em sua mão.

Nervoso, Ben corta o contato por um segundo piscando várias vezes. E continua:

- ...eu, temi por esse dia.

Rey trava a respiração arregalando os olhos. Senta-se de costas para ele e diz em voz baixa:

- Mentiu para mim, mais,... uma vez.

Ben aperta os punhos com força:

-  Rey, eu pos-

Rey o corta num tom firme e abalado:

- Você não entende o quanto esse assunto era importante para mim? - para por um momento criando forças para continuar - Por mais que possa dizer que me entenda, jamais vai sentir na pele o que passei Ben Solo.  

Se olham tristes por um momento. Ben via nela o mesmo olhar perdido daquela menininha, triste e solitária, sem amor ou afeto. Por mais que estava com raiva dele queria abraça-lo, era tão claro isso nos olhos dela como o riacho que passava entre os dois.

Ben dá alguns passos em sua direção e estende uma mão com a palma da mão para cima:

- Querida...me escute.

Ela prende os lábios e focou sua atenção na mão dele, estendida de uma forma a convida-la a um abraço longo e aliviante. Apertou os olhos cortando essa carência fazendo lágrimas escondidas caírem. Ela passou as mãos discretamente a limpa-las e voltou a olha-lo firme:

- Não, me escute primeiro! - desde escorregando pela rocha - Insisti nesse assunto com você, sempre me disse que eu era órfã!

- Eh, eu não estava mentindo! 

Rey leva um tiro, colocando uma mão sobre o peito com a dor no coração que sentiu:

- Como ousa zombar de minha dor? - sua voz já se amolecia pela mágoa - Pare por favor! - inconformada com as palavras dele, vira o rosto e chora silenciosamente com as mãos em forma de concha posta no rosto.

Ben não estava conseguindo lhe dar com essa situação delicada. Perdido e sufocado em vê-la caída daquela forma, pega no braço dela num ato de desespero e ordena em voz baixa:

- Olhe nos meus olhos!

O ignora. 

Ele com a outra mão a pega pelo maxilar a virando para ele olhando-a com aquela negridão de sua Íris, tão negra, mas que tinha tantos sentimentos a expor:

- Olhe nos meus olhos eu disse!

Ben captura os olhos dela como um homem que desejava arrancar seu próprio coração, e presenteá-lo a ela mesmo com a pouca luz que tinha; para ver o sorriso dela. Presos ali pelo laço invisível, se olharam por minutos, um sentindo a frustração do outro - nada melhor que o sentimento para esclarecer do que as palavras. 

Ben roçou seu nariz e bochecha no rosto dela de uma forma carinhosa, tão arfante que parecia estar se sufocando. Rey sente sua dor, e se entrega ao sentimento de compaixão, colocando de lado a razão.

Rey tocou o rosto dele com a ponta dos dedos frias e trêmulas, aquecendo sua pele com o brasa emanada da pele do homem. 

- Fale logo Ben, por mais que, seja doloroso. - diz ela num murmuro tristonho.

- Eu,... os matei sim.

Ela fecha os olhos prendendo sua tristeza. Ben se inclina encostando sua testa na dela, que captura a cabeça dele com uma mão de cada lado, apertando seus dedos no couro cabeludo do homem.

- P-orque? - sua voz saio trêmula.

Ele hesita em dizer raspando os dentes:

- Eram bandidos Rey, monstros... - ele diz de uma forma raivosa, aspira o ar e continua a frase mais calmo - E-les iam, te vender! 

- Mas, Wallace disse que ela er-

- ESQUECE O QUE ELE DISSE E ME OUVE! - ameaça a chaqualha-la, mas se contém. 

Assustada ela tenta desfazer o contato corporal, mas ele não a força e a deixa se distanciar. Ele mira seus olhos nos dela e ergue uma sobrancelha:

- Não acredita em mim não é mesmo?

Ela se mantem firme e forte, mas despedaçada por dentro:

- Estava acreditando!

Ele rosna e dá um passo firme á frente afundando sua bota no solo, pega na mão dela e a posicionada em sua testa:

- Então veja você mesmo. Desta forma, verá tudo o que aconteceu aos meus olhos.

Rey fica com medo de adentrar a mente dele, que nunca gostou que ela fizesse isso. Temeu ver o pior, se eles assim mesmo fossem, acabaria com a ilusão de que seus pais eram bons, e que podiam ter morrido de doença ou causas naturais.

 Mas bandidos?

Wallace disse que sua madrasta (a mãe de Rey) era da realeza, morou ali mesmo no castelo e foi rainha ao lado de seu pai de sangue. E pela fotografia ela transparecia paz. Como podia ser uma mau carácter?

Ela continuava a hesitar, e de uma hora para outra ela usou a técnica com toda a força adentrando a mente de Ben com total potência; que lhe causou um incomodo, pois sentiria aquela situação novamente em cada fio de seu corpo.

No processo, Rey sorria em alguns momentos quando via Ben e Luke discutindo bobagens. Gostou de ver Ben Jedi junto aos alunos de Luke. Mas então seu corpo congela, Ben sabia que ela tinha chegado na parte dela carregando peso num trabalho árduo em baixo do sol.

Gemia baixinho e tremia, com uma mão posicionada na cabeça dele e outra apoiada nos ombros.

Viu as armadilhas de Snoke e juntou as sobrancelhas não gostando do que via.

Chegando na parte da morte, Rey não emitia nenhuma reação, parecia ter ficado num modo neutro. Até então ela revelar o nome do amigo imaginário; Kylo.

Ela perde a força das pernas e vai amolecendo o corpo aos poucos, ele a segura. Ela desconeta da mente dele com a mesma determinação que a penetrou. Começou a chorar, ele se abaixa junto com ela e a acomoda nos braços:

- Eu nunca senti tanto prazer em matar alguém como foi nesse dia. Você viu, não viu?! 

Aconchegou mais seu rosto no ombro dele o apertando mais num abraço:

- B-ben...foi, horrível.

Em silêncio, caricia os cabelos dela por alguns segundos:

- Eu senti seu chamado de socorro, v-você me chamava Rey... - sussurrava amolecido no ouvido dela -.. M-me chamava, e assim atendi a sua vontade. 

- Foi minha culpa, se, se,... - não conseguia e expressar por tamanha tristeza da visão. Ergueu a cabeça e olhou com o rosto todo molhado. - Seu primeiro passo ao lado sombrio, foi, para me salvar.

Ben se inclina vagaroso e a beija de uma forma a acaricia-lá seus lábios tensos. A acalmando a cada movimento suave que eles faziam aquecendo os dela - os sugando e apreciando com cuidado e aconchego. Ele a deita na folhagem macia do solo, apoiando-se em cima dela de uma forma a deixa-lá confortável.

O vento passava pelos dois levando consigo toda aquele passado para bem longe. A cada toque e carícia dele por todo seu corpo a fazia viver novamente o presente. Aquele passado ficou parecendo tão distante e surreal naquele momento, que pareceu nunca ter acontecido.

As trevas do homem escureceu suas lembranças, as fazendo perderem-se novamente na matéria escura do universo. Mas desta vez, para nunca mais voltar a assombra-la novamente.

Ben tomava o sofrimento de Rey para si naquele beijo, não sabia que podia fazer isso. Rey sentia-se leve, recordava o que tinha acontecido, mas estranhamente o sofrimento sumiu. E via essa lembrança como algo superficial e inútil em sua vida. Teve compaixão pela pobre alma daqueles humanos perdidos naquela ganância e frieza, que os destruiu por assim vibrarem nessa onda negra. Tendo seu destino feito pelas mãos de Kylo Ren.

Mas uma pergunta ainda a cutucava. Ele percebe e para o beijo para que ela tirasse sua dúvida:

- Mas, se foi pelo meu bem, porque estava mentindo? Porque tinha todo esse medo? - coloca os cachos dele atras da orelha e acaricia seu rosto - Ben você me conhece. Somos parceiros, sabe que eu jamais abandonaria você por isso.

- Eu não escondi, por medo de te perder. - murmura

Ela expressa um ar curioso e cheio de dúvidas:

- Não?

- Não. - ele puxa o ar e continua - Escondi essas lembranças, porque, não queria te ver sofrer com isso Rey, não queria. Isso é algo pesado demais a uma doce mulher como você. - acaricia os cabelos dela, que o olhavam cheios de emoção . Já carregava consigo pesadelos demais, por isso mantive guardado essa dor apenas comigo.

A respiração dela aumentava a cada palavra dele, abriu os lábios e sussurrou aliviada:

- Obrigado Kylo!


Notas Finais


Que amore ne gente?....gracinha :)


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