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Capítulo 04 - Abrigo...
A garota tampava os olhos, em uma tentativa de não ouvir o som de vários disparos que eram dados, ela ficou com medo, nunca havia visto uma arma em sua vida e pretendia continuar realizando esse seu desejo.
— PARA! — Ouviu um grito que aparentava estar longe, a garota franziu o cenho, logo caminhando para onde o barulho de correntes e tiros parecia aumentar.
Observou um galpão abandonado no meio da floresta onde se encontrava e ficou cada vez mais confusa, seu lado medroso gritava feito louco para ela não adentrar aquele local sombrio, porém a mesma desobedeceu, logo caminhando em passos rápidos até poder ver em uma fresta do enorme portão do local, oquê se passava.
— PARA! POR FAVOR!! — Gritou uma voz e a garota arregalou os olhos no mesmo instante.
Jimin?
— Eu disse para me obedecer... — Ouviu uma voz grave, acompanhada de um baque, logo Jimin caiu no chão com machucados cobrindo praticamente toda a extensão de seu corpo.
— A-Appa... — Sussurrou ele e o homem depositou o pé direito sobre sua barriga, com uma certa raiva. — E-Eu fiz oquê pude... a-a culpa não é minha... — Jimin mal conseguia piscar os próprios olhos, pois os mesmos se encontravam totalmente roxos e doloridos, em apenas um mínimo gesto a dor poderia piorar cada vez mais.
— Por favor... — Suplicou de olhos fechados.
— Ela não poderia ter fugido, você me desapontou Jimin... — Park queria que as palavras que saíssem da boca de seu Appa fosse um "filho" ou talvez "Não se preocupe", porém o mesmo sabia como era o seu verdadeiro Pai, e que nunca mudaria.
— Eu vou achá-la... — As lágrimas começaram á descer pelos olhos doloridos do garoto, ele sentia todos os seus músculos arderem, estava cansado de ser tão fraco.
— Você me obrigou á isso, Park. — O senhor Park disse um tanto desapontado com o filho, logo pegando sua revólver e o barulho da arma sendo recarregada ecoou pelo local, fazendo Jimin gritar no mesmo instante.
— NÃO! NÃO FAÇA ISSO, POR FAVOR! — Gritou apavorado, fazendo o homem soltar uma gargalhada. — E-Eu vou cuidar disso, eu lhe prometo, senhor.
— Se fosse mesmo meu filho, saberia que não tenho piedade de ninguém. — Apontou a arma na cabeça do garoto, que chorava baixinho.
________________ arregalou os olhos ao ver tal cena, ela imediatamente quis ficar na frente de Jimin, para poder salvá-lo. Era incrível como na frente do próprio pai Jimin poderia ser tão diferente, não aquele rapaz que se achava o rico e era grosseiro consigo, ele era frágil na frente de seu próprio pai, e o coração da garota amolecia assim que via aquela cena torturante.
A garota tentou adentrar no local, porém não conseguia, pois a porta estava trancada, oque a permitia somente observar pela pequena brecha.
— E-Eu irei fazer tudo certo... eu prometo, senhor. — Jimin já estava completamente rendido, ele não queria morrer, não daquela forma.
— Adeus, Jimin. — O homem apertou o gatilho e Jimin caiu imediatamente no chão, com uma enorme poça de sangue á sua volta.
— JIMIN! NÃO! — Gritou a garota, logo tentando abrir a bendita porta, a empurrando, socando, de todas as maneiras.
Ela imediatamente caiu no chão e se pôs a chorar, ela sabia que o garoto havia sido mal com a mesma, mas ela nunca desejaria que acontecesse o mesmo com ele.
— J-Jimin... — Chorava baixinho, e logo ouviu o barulho da porta sendo destrancada, e foi imediatamente correndo na direção de Jimin.
Viu que todo o corpo do garoto se encontrava machucado, os enormes roxos em seus olhos, cortes em sua boca, hematomas em seus braços e pernas.
— J-Jimin... — Chorava ela, enquanto acariciava os cabelos do mais velho, que estava com os olhos fechados.
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A garota imediatamente acordou assustada, observando em volta e vendo que estava apenas no quarto de Jin, ela estava suada e com os cabelos todos desarrumados.
— F-Foi só um sonho... — Murmurou sozinha, olhando para o lado e se deparando com Jin dormindo sereno em outra cama.
— Jimin... — Murmurou baixo, notando que seus olhos estavam cheios de lágrimas.
Aquele pesadelo havia balado _______________, ela nunca havia tido um sonho tão horrível como aquele, e isso deixou-a assustada.
Ela imediatamente resolveu levantar, pois não iria mais conseguir dormir pensando na cena de Jimin com os olhos arroxeados e com um tiro em sua cabeça.
Ela levanta calmamente e vai em passos lentos até a cozinha, sem fazer barulho.
— _____________? — Levou um susto ao ouvir a voz de Jungkook, que deu um sorrisinho pela reação da garota.
— Que susto Kook, não faça isso! — Colocou a mão no coração e o garoto riu baixo, assentindo. — Oquê está fazendo aqui á essa hora? — Franziu o cenho.
— Está na hora de eu ir ajudar minha mãe na casa do... senhor Park... — Murmurou baixo.
— É-É sério? Q-Que horas são? — Ficou em pânico, não acreditando que havia acordado tão cedo.
— São exatamente... — Olhou em seu relógio de pulso — 08:10 da manhã.
— Meu deus! Eu vou voltar pra cama!! — Exclamou surpresa, indo na direção do quarto novamente, mas parou ao ouvir a voz de Jungkook.
— Porquê acordou tão cedo? — Ele a encarou confuso.
— Não consegui dormir... apenas isso. — Mentiu, não queria contar sobre o pesadelo que teve com Park.
— Ok, vá descansar então. — Sorriu.
— Jungkook... — _______________ se virou e o mais velho fez o mesmo, olhando a garota. — Obrigada por me deixar ficar aqui com você e seus amigos... — Jeon sorriu.
— Aqui será seu abrigo por enquanto, fique tranquila, estará salva. — _______________ assentiu e foi imediatamente para o quarto, se jogando na cama e tentando dormir.
•••
— ELA OQUÊ? — Park gritou, fazendo a empregada arregalar os olhos.
— S-Sim senhor... ela não está no quarto... e em lugar nenhum. — A empregada falou nervosa, Park começou á jogar as xícaras de café na parede, quebrando-as, de tanta raiva.
— S-Senhor... se acalme... — A empregada arregalou os olhos, tentando acalmá-lo.
— ME DEIXE EM PAZ, PORRA! — Berrou Jimin e a mulher assentiu, saindo imediatamente do cômodo.
— FILHA DA PUTA! — Xingou Jimin, enquanto lançava suas coisas contra a parede de seu escritório, passando sua mão sobre seus cabelos, bagunçando-os.
— Oquê está acontecendo, Jimin? — Namjoon adentrou o local, com um semblante sério.
— AQUELA VADIAZINHA! — Berrou ele e Namjoon fez um gesto para que o mesmo se acalmasse.
— Oquê aconteceu desta vez? — Yoongi abriu a porta fazendo a seguinte pergunta. — Controle sua fúria Jimin.
— Eu vou achá-la. — Murmurou Jimin e os dois reviraram os olhos.
— Cara, não entendo porquê tem que ser justo ela, tem muitas putas aí que poderiam te satisfazer. — Min reclamou debochado, e Jimin cerrou os punhos.
— Ela é a única que pode me satisfazer, A ÚNICA! — Bateu o punho cerrado sobre a mesa de vidro.
— Ok cara, se acalme, talvez se irmos á uma casa noturna você poderá pelo menos relaxar. — O Kim tentou amenizar a situação.
— Com licença senhor Park... — Jeongguk adentrou o cômodo trazendo com o mesmo uma bandeja onde se concentravam os cafés que Jimin havia pedido. — Vim trazer-lhe o café.
— Foi você, não foi? — Park encarou Jungkook, que franziu o cenho. — FOI VOCÊ QUE A LIBERTOU, NÃO FOI? — Jungkook arregalou os olhos, tentando fingir.
— D-Do quê está falando? Libertar quem? — O mais novo franziu o cenho, e Park riu sarcástico.
— A _____________, ONDE ELA ESTÁ?! — Segurou o moreno pelo colarinho, o prensando contra a parede.
— E-Eu não sei... — Murmurou Jungkook e Jimin começou á apertar seu pescoço.
— EU SEI QUE ERA PRÓXIMO DELA SEU IDIOTA, ME DIGA LOGO ONDE ELA ESTÁ! — A paciência de Jungkook esgotou, e ele apertou a mão de Jimin, fazendo o mais velho a soltar com um movimento brusco. O mais novo riu sarcástico.
— Não importa onde ela está, você nunca irá saber. — Provocou e pôde ver a fúria nos olhos de Park, em seguida um soco foi atingido em seu rosto.
Continua...
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