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História Procura-me - Capitulo 16


Escrita por: beabea

Notas do Autor


Ei pessoal como estão?
Espero que estejam a ter umas boas férias/um bom regresso às aulas.
Este capitulo é extremamente importante para o entendimento de muita coisa, desde da dinâmica entre o Scott e o Stiles como parceiros assim como quem é a vítima encontrada naquele armazém e quem ele foi durante a sua vida. As coisas vão começar a aquecer por isso eu quero mesmo saber a vossa opinião sobre este capitulo.
Este é mesmo um capitulo muito importante!!!
Espero que gostem.
Kiss, bea

Capítulo 17 - Capitulo 16


NOTAS INICIAIS IMPORTANTES

***

A campainha do apartamento tocou ainda não eram seis da manhã.

Saltei do sofá com o meu coração aos saltos enquanto vários pensamentos me passavam pela cabeça, a pior de todas seria a ideia de que tudo o que tinha vivido naqueles últimos meses era uma grande mentira e que a Lydia nunca tinha sido encontrada.

-Scott? - questiono passando a mão pelos olhos numa tentativa de afastar o sono que ainda restava neles.

-Trouxe café. - apressa-se a falar Scott não esperando por um convite antes de entrar no apartamento.

-O que é que… O que é que fazes aqui? - experimento a falar deixando a porta atrás de si fechar-se com cuidado não querendo acordar a Elanor àquela hora, aqueles últimos dias tinham sido difíceis sobretudo para a minha filha e ela merecia uma boa noite de descanso.

-Pensei que podíamos começar a trabalhar logo de manhã. – declara Scott espiando por alguns compartimentos da casa antes de decidir-se entrar na cozinha como se a casa fosse sua.

-Antes do sol nascer? Aliás, como é que sabias onde eu vivia? - pergunto para logo de seguida receber um olhar de descrença por parte do Scott.

-Sou um agente do FBI, achas mesmo que não sei onde vives?

Aquela tinha sido evidentemente uma pergunta estúpida que lhe tinha feito e essa era a verdade.

-Não sabia como gostavas do café por isso trouxe-o completamente preto sem açúcar. - anuncia Scott pousando o meu copo de café sobre a mesa antes de voltar a olhar em redor.

A pequena janela por cima do lavatório deixava entrar os primeiros raios de sol do dia, mas ainda eram mal suficientes para iluminar todo aquele lugar.

-Tens algo para comer? - a nova pergunta de Scott surpreende-me levando algum tempo para reagir.

-Queres comer? - questiono de um jeito surpreendido pela sua falta de vergonha.

-Se me ofereceres. - é a resposta que obtenho de Scott acompanhada por um movimento de encolher os ombros que me faz questionar que tipo de parceiro é que me tinha calhado daquela vez.

-Afinal o que te trouxe aqui? - volto a perguntar apercebendo-me que o Scott não se daria a todo aquele trabalho para vir tomar o pequeno almoço a minha casa, ainda que algo me dizia que aquilo fosse um pouco a sua motivação.

-A vítima foi identificada. - o tom sério de Scott põe fim à boa disposição da sua entrada, hesitei por alguns segundos com uma faca na mão antes de criar a segunda fatia de pão e colocar as duas na torradeira.

-Quem...

-Jackson Whitemore.

Aquele nome não me era estranho e Scott devia se aperceber disso mesmo eu estando de costas voltadas para ele porque não demorou muito para ele acrescentar:

-Whitemore, filho do deputado Stephen Withemore e da estilista Sarah Whitemore.

-Jackson Whitemore. - repito experimentando aquele nome na ponta da minha língua, era com ele que a Lydia estivera durante todo aquele tempo?

Será que os pais deste sabiam o monstro que era o filho?

-Os pais já foram informados? - questiono apertando a bancada nas minhas mãos enquanto tentava manter a linha dos meus pensamentos clara.

-Não, Derek achou que deviamos esperar algumas horas para dar a noticia em vez de os acordarmos de repente a meio da noite. - declara Scott fazendo-me virar finalmente na sua direção e franzir a minha testa numa tentativa de mostrar que também não era correto fazer o mesmo comigo, mas o moreno parecia envolto nos seus pensamentos para se aperceber da minha atitude.

-Há algo que te preocupa. - aquela não era uma pergunta, estava claro no seu rosto que havia algo que Scott não conseguia responder.

-Se o Jackson teve todo este tempo desaparecido porquê é que os pais não relataram o seu desaparecimento?

Aquela era uma excelente pergunta!

-Eles são de Atlanta, certo? - questiono não tendo a certeza desse pormenor, muitas das noticias que lia sobre a vida do democrata podiam não ser verdades, aliás, eu como detetive que era tinha que acredita que eram mentira até prova contrária.

-O Jackson nasceu cá sim, mas ambos os pais são do Norte, Washington, penso eu.

-Na política desde cedo. - não consigo deixar de ironizar no momento em que a torradeira dava o sinal de que as torradas estavam prontas.

-Achas que devíamos ser duros? - a próxima pergunta do Scott faz me hesitar enquanto espalhava o doce de morango na torrada, lembrando-me que eu não lhe tinha perguntado se o desejava, mas uma vez mais foi o Scott que invadiu a minha casa por isso ele tinha que aceitar o que quer que eu lhe oferecesse.

-Duros? - questiono fazendo-me de desentendido, eu sabia onde ele queria chegar, eu tive conhecimento de algumas técnicas de interrogatório do FBI quando Theo foi meu parceiro, porém, eu não esperava que o Scott fizesse parte dessas técnicas.

Scott não teve oportunidade de responder, pois Elanor escolheu aquele momento para surgir na cozinha agarrada à sua boneca favorita – eu acho que aquela era a Britney, mas uma vez mais não tinha a certeza.

-Pequena, que fazes já acordada? - pergunto erguendo-me do lugar e apressando-me para perto dela levantando-a nos meus braços, estando mais perto conseguia notar as suas pestanas molhadas e os seus olhos levemente vermelhos como se ela tivesse estado a chorar.

-Tive um pesadelo, papá. - e ali estava, ela nunca me chamava daquela forma se não estivesse realmente assustada e isso só me levou aperta-la ainda mais nos meus braços numa tentativa de espantar qualquer que fosse o motivo que a tivesse assustado.

-Queres falar sobre isso? - eu já sabia qual era a sua resposta, mas mesmo assim não me importava em fazer a pergunta.

A sua pequena cabeça acena negativamente fazendo-me suspirar e levá-la para junto da mesa deixando-a no lugar que anteriormente ocupava.

-Quem é ele? - pergunta Elanor apontando descaradamente para Scott que tinha os cantos dos seus lábios cheios de geleia, os olhos do mesmo arregalaram-se perante a pergunta da minha filha e eu não consegui deixar de sorrir perante aquele cenário.

-Lembraste que o pai tem sempre um amigo a trabalhar junto com ele? - questiono baixando-me para ficar na altura da Elanor e ajeitar assim os seus cabelos que tinham escapado da trança com a qual ela sempre dormia. -Bom, o pai tem um novo amigo e esse amigo é o Scott.

-Ele está coberto de geleia. - segreda Elanor como se aquele fosse um comentário que ela não devesse fazer, contudo, o tom que ela decidiu usar não era baixo o suficiente para passar despercebido ao moreno.

-Ele é o monstro da geleia. - não consigo deixar de fazer referência ao monstro das bolachas pela qual a minha filha parecia obcecada nos últimos meses.

Elanor esconder a sua boca com uma mão deixando a sua risada escapar por entre ela fazendo-me levantar finalmente do meu lugar com o sentimento de dever cumprido.

-Limpa-te, estás a fazer figuras à frente da minha filha. - declaro estendendo um guardanapo para Scott que automaticamente agarrou apagando quaisquer vestígios de geleia no seu rosto.

-Não sabias que tinhas uma filha. - são as próximas palavras que Scott escolhe pronunciar no momento em que eu começava a aquecer o leite para Elanor.

Um copo de leite quente com uma colher de mel seria o suficiente para fazer com que a Elanor se esquecesse do seu pesadelo.

-Agora já sabes. - respondo encolhendo os ombros não conseguindo perceber o porquê daquela informação ser importante para a nossa parceria.

-Quantos anos tens, pequena? - pergunta Scott ganhando coragem para virar a atenção para a minha filha, mesmo de costas conseguia imaginá-la a mostrar os seus dedos a indicar a sua idade. -Uau! Isso são muitos, já és uma menina bem grande.

Aquelas eram as palavras suficientes para que o Scott ganhar a confiança de Elanor para a mesma poder finalmente usar a sua própria voz com ele.

-És novo? - é a primeira pergunta que Elanor faz no momento em que me aproximo deles e pouso o copo de leite à sua frente, a palhinha rosa já estava lá dentro indicando que era seguro para a Elanor beber.

A boneca, talvez a Britney, continuava nos braços de Elanor.

-Devo ter a idade do teu pai. - responde Scott não entendo a pergunta da minha filha o que me faz rir.

-Ela está a perguntar se és novo na esquadra.

-Ah ok! Sim, estou a trabalhar num projeto grande com o teu pai.

-Estás a ajudá-lo apanhar os maus que magoaram a Lydia? - questiona Elanor e eu não consegui deixar de acariciar o seu cabelo, a inteligência de Elanor não deixava passar nada.

Dali a uns anos eu teria problemas pela perspicácia que Elanor tinha dentro de sim.

Scott olhou para mim com uma dúvida nos seus olhos e eu apenas assenti com a cabeça dando-lhe a segurança de que ele podia responder aquela pergunta.

-Sim.

Elanor sorriu e encostou-se na cadeira desfrutando finalmente do seu leite em silêncio. Aquela foi a minha oportunidade para fazer sinal para o Scott seguir-me até à sala de estar, onde o sofá estava desarrumado pelo meu repentino despertar.

-Eu só consigo ir contigo à casa dos Whitemore depois da hora do almoço, é quando a minha irmã volta do trabalho e pode ficar a tomar conta a Elanor. - anunciou voltando assim ao ponto que estávamos a discutir antes da entrada da minha filha na cozinha.

Scott confirmou com a cabeça como se aceitasse as minhas palavras sem problema.

-E a Lydia? - questiona Scott e consegui perceber pelos seus olhos a preocupação que ele sentia.

-A minha irmã vai ficar aqui pelo apartamento, a Lydia estará em segurança.

Scott não parecia muito seguro das minhas palavras e não preciso expressar-me sobre isso em voz alta porque no instante seguinte já o McCall expunha os seus pensamentos em voz alta:

-Não seria mais seguro um polícia ficar por aqui? Não digo o apartamento, mas talvez no prédio.

-Isso só iria despertar mais a atenção dos meus vizinhos e eu… Sinceramente, eu não sei quem posso confiar agora! - declaro soltando um suspiro ao perceber o peso que sentia sob os meus ombros, fechei os olhos antes de acrescentar sem ter coragem para encarar o moreno nos olhos. -Eu acabei de recuperar a Lydia, eu não posso arriscar perdê-la novamente.

-Vocês eram próximos?

-Não leste os arquivos do caso? - não consigo deixar de perguntar perante a sua questão, qualquer pessoa que estava naquele caso tinha conhecimento do passado que eu e a Lydia partilhávamos.

-Estão a decorar as paredes do meu escritório, mas ainda não tive tempo de me inteirar de tudo. - esclarece Scott como se sentisse envergonhado de admitir aquilo. -Sei que foste tu que deste com o desaparecimento dela e sei que tiveste em muitas das buscas que houve nos dias a seguir ao seu desaparecimento, mas por agora é só isso que sei.

-Antes da Lydia desaparecer ela andava na minha escola, éramos amigos de infância e na altura que desapareceu estávamos a tentar perceber os sentimentos que tínhamos um pelo outro. - aquela era a forma mais simples que existia para explicar aquilo que havia entre nós sem colocar mais problemas entre nós, eu nem tinha entendido o que a presença da Lydia ali no meu apartamento significava para mim neste momento.

-Então vocês… - a pergunta de Scott nunca chegou a ser propriamente feita e a minha resposta estava completamente expressa no meu rosto fazendo com que ele mudasse o rumo do interrogatório. -Isso será um problema?

-Não! - a determinação estava no meu tom de voz. -Eu sei manter o profissionalismo.

Eu sentia que tinha acabado de contar uma mentira, porém, não voltei atrás nas minhas palavras.

Scott parecia perceber isso, mas também não teve o atrevimento de tocar no assunto, em vez disso deu alguns passos em direção à cozinha para logo de seguida hesitar na entrada, virar-se para mim e perguntar:

-Posso comer mais umas torradas? 


Notas Finais


Que acharam?
Tiveram finalmente a primeira conversa real entre o Scott e o Stiles, ainda mais com o primeiro a entrar no apartamento do moreno daquela forma àquelas horas da manhã.
A vítima foi identificada e ela é nada mais nada menos que o Jackson e os dois acham que ele está mais do que envolvido com o desaparecimento da Lydia e com aquilo que ela passou durante os anos em que esteve desaparecida.
Boas perguntas foram feitas e muitas mais estão para vir porque no próximo capitulo teremos a visita aos pais do Jackson, que já perceberam que são pessoas importantes.
Scott conheceu a pequena Elanor, que acharam disso? Eles vão ser perfeitos juntos.
E aquela pergunta do Scott sobre se deviam ser duros? Alguma suspeita?
Quero avisar desde já que teremos capitulos de flashback não só da Lydia, mas também concentrados no Scott para perceber o seu percurso dentro do FBI.
Espero pelos vossos comentários.
Kiss, bea


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