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História Procura-se por Eadlyn Schreave! - Capítulo 2


Escrita por: AndreZaPS

Notas do Autor


Boa leitura, espero que gostem! ^o^/

Capítulo 3 - Capítulo 2


Caminhando até o banheiro dos funcionários, Eadlyn estava com fones de ouvido e a cabeça dispersa. A música tocava alta em seus ouvidos, invadindo sua mente com pensamentos aleatórios. Só parou de andar quando esbarrou em uma mulher baixa, não devia passar dos 1,60 metro. Seus lábios são tão grossos, que Eadlyn suspeitava que ela já havia feito preenchimento. Seus olhos são castanhos e levemente opacos, e seus cabelos estão presos em um rabo de cavalo.

–Ah..., oi - murmurou Eadlyn após o baque no corpo de Morgana. Tirou os fones de ouvido e abriu um sorriso falso à ela.

Morgana ergueu o braço para verificar o horário em seu relógio de pulso prateado.

–Sabe que horas são? - Perguntou com sua habitual voz desafinada.

Eadlyn deu de ombros e encheu e estourou uma bolha de chiclete quase que simultaneamente.

–Não.

–Então deixa eu te avisar que você está 6 minutos atrasada.

–Trânsito - Eadlyn explicou-se com um leve dar de ombros. Mas essa desculpa não colaria mais, embora dessa vez tenha sido verdade.

Morgana suspirou, irritada.

–A próxima vez vou ter que tomar alguma atitude com relação ao seus atrasos.

–Mas foram só três vezes! - Defendeu-se a garota, sua voz soando um pouco preocupada agora. Ela soltou o ar ruidosamente. - OK, Morgana, eu sei que tenho vacilado, mas de verdade mesmo, o trânsito estava terrível.

–Não interessa - respondeu a mulher ao cruzar seus braços.

Eadlyn coloca alguns fios de cabelo que saíram de seu coque atrás das orelhas.

–Não se preocupe, isso não irá se repetir - murmurou, sentindo-se frustrada por ter que abaixar a cabeça, mas preocupada com a possibilidade de ser demitida.

Precisava do emprego.

–Ótimo - Morgana murmurou e passou por Eadlyn, seus tênis brancos e sempre muito limpos fazendo barulho no piso claro; ela parou de repente e virou-se para trás. - Eadlyn? - Chamou.

Eadlyn revirou os olhos antes de se voltar para sua supervisora.

–Sim?

–Estou de olho em você.

"Que incrível", pensou ela com ironia.

Cogitou a possibilidade de bater continência, mas desistiu.

–Vou me comportar - disse ao abrir um sorriso cheio de dentes e abanar vagamente para Morgana antes de entrar no banheiro feminino.

Havia muitos armários presos à parede, e assim que abriu o seu, ouviu a voz de Samara invadir o ambiente.

–E aí, vagabunda?

Ealdyn pegou seu uniforme azul e verde.

Olhou para a garota de 23 anos e cabelos cacheados e longos.

–Vagabunda com todo o respeito, é claro - continuou ela com um sorrisinho de canto nos lábios finos. - Que cara de glúteos é essa? - Perguntou ao se sentar no extenso banco de madeira que estava ali, encostado na parede que dava de frente à porta.

Eadlyn cuspiu o chiclete no lixo e tirou a camiseta de uma banda que ela nunca havia escutado na vida.

–Morgana - disse em um tom que sugeria que não havia explicação melhor do que essa.

–Encapetada Macfield?

–Tá repreendido - falou enquanto abria o zíper de seu jeans.

Samara soltou uma risada alta.

–Mas me conte sobre qual foi o drama de hoje? - Indagou a moça, que acabou de se escorar na parede e cruzar os braços.

Eadlyn vestiu o seu uniforme e, após abrir o armário novamente, jogou suas roupas de qualquer jeito lá dentro, trancando-o em seguida.

–Cheguei um pouquinho só atrasada - resmungou.

–Devia tá de mal humor.

A Schreave fuzilou a colega com o olhar.

–Me diz, quando ela tá de bom humor?

–Ei, eu acredito em milagres, você não?

–Eu não. 
 

 

Eadlyn e mais uma mulher, a Michelle, que foi contratada junto com ela, limparam todo o corredor do primeiro andar. Depois das 00:30 da noite, o Hospital de Illea parecia um mausoléu, a circulação de pessoas caia drasticamente.

–Vou limpar ali em cima, tá? - Avisou à Michelle que acabava de torcer um pano molhado dentro do balde azul.

–Quer ajuda? - Perguntou ela, mas não que quisesse ir ajudar realmente.

Eadlyn balançou a cabeça de um lado para o outro.

–Não, deixe que eu faço lá. Se a Encape... digo, se a Morgana aparecer, diga que... - ela pensou um pouco antes de continuar. - Bem, diga que estou limpando os vidros das salas.

Michelle deu de ombros e depois murmurou um "tudo bem" em voz baixa. Ela não gostava muito de conversar.

Enquanto Eadlyn subia para o segundo piso com a ajuda do elevador dos funcionários, abriu a boca em um bocejo alto. Seus olhos lacrimejaram um pouco. "Hora da soneca", ela pensou, enquanto torcia mentalmente por não ter ninguém para dividir o quarto 212 com ela.

No entanto, assim que que caminha pelo o corredor e, rapidamente, chega ao quarto, se depara com o mesmo cara da noite anterior. Ela hesita um bom tempo dessa vez antes de entrar; foi quando ouviu passos ecoando pelo o corredor, que decidiu passar pela a porta e fechá-la delicamente atrás de si. Eadlyn arrastava consigo um carrinho de limpeza, havia muitos produtos ali, tanto panos quanto alvejantes, água e as ferramentas de trabalho. A garota estava tomando o máximo de cuidado possível para não fazer barulho enquanto o trazia até próximo ao sofá, quando seu dedo ficou preso em uma fresta do carrinho amarelo e, assim que ela fez o movimento de puxá-lo para a frente, ele foi pressionado e a dor que sentiu fez com que um urro de dor escapasse por seus labios entreabertos.

–Merda! - Xingou ela com um grito e, só não começou a chutar o carrinho furiosamente, porque se lembrou do homem deitado no leito. Seu coração parecia que tinha parado de bater por um momento antes de senti-lo pulsar a mil. Seu medo do cliente dedurá-la para Morgana foi tanto que por alguns segundos chegou a se esquecer da dor alucinante no dedo.

Virou-se para trás num jato e, quando constatou que o rapaz ainda parecia dormir, franziu o cenho. Seus olhos vacilaram em direção ao aparelho que mostrava seus batimentos cardíacos, de repente cogitando a possibilidade dele ter falecido. Mas não, ao que tudo indicava, ele ainda estava vivo.

Eadlyn franziu o cenho e colocou o dedo machucado na boca, para ver se assim a dor diminuía.

Não adiantou.

Esperou ali, como uma estátua, que o rapaz abrisse os olhos e lhe perguntasse o que estava fazendo lá, mas ele não o fez. Ela tinha certeza que seu grito fora alto o suficiente para acordar um paciente a dois ou três quartos de distância, mas ele.... Ele não se mexeu de forma alguma. Eadlyn se dirigiu até seu corpo inerte, seus olhos vagando entre o seu rosto tranquilo e o aparelho que ela não sabia o nome. Quase sem pensar, o cutucou com o dedo bom.

Nem um movimento vindo dele.

Cutucou novamente.

Nada de novo.

Eadlyn estranhou. Se perguntou como ele estava vivo se parecia que estava morto?

Duvidando dos aparelhos que estavam conectados a ele, a morena curvou sua coluna para baixo e, cautelosamente, colou a orelha no lado esquerdo do peito do cara.

"É, realmente está vivo", pensou, curiosa. Não sabe dizer quanto tempo ficou ali olhando-o, quando teve a explicação que estava faltando naquela equação.

Ele estava em coma, só podia ser.

Eadlyn sentou-se ao sofá de couro, ainda um tanto pensativa, até que seu dedo começou a latejar e ela lembrou-se de que estava sentindo dor. Foi incapaz de evitar as lágrimas que começaram a escorrer de seus olhos pela as bochechas.

Precisava fazer algo para se distrair daquilo que doía, quando começou a falar, tirando o foco de sua mente da dor, para outra coisa:

–Então você está em coma, não é? - Ela perguntou, ciente de que não teria respostas; sua voz estava baixa e um tanto embargada. - Tipo um morto-vivo do The Walking Dead? - Eadlyn balançou sua cabeça de um lado para o outro, sentindo-se mal por ter soado maldosa. - Desculpe, isso deve ter sido péssimo... Não que você esteja me ouvindo ou entendendo, mas é que se eu continuar falando feito uma doida desvairada com você, eu não presto atenção nessa merda de dedo. Sério, eu vou arrancar ele fora com os dentes agorinha mesmo! Imagina se me pegam aqui? Seria desastroso.

Eadlyn levantou-se e foi, mais uma vez, até o leito. Observou os cílios longos e castanhos do garoto, os cabelos de mesmo tom, talvez um pouco mais claros, e ondulados. A pele está muito bem barbeada, embora desse para perceber que logo uma barba começaria a surgir ali. Ela estendeu a mão até sua testa, onde havia um esparadrapo, e tocou-o levemente com os dedos frios. Franziu o cenho ao pensar no que poderia ter acontecido a ele. Olhando com mais atenção, viu que tinha vários arranhões nos braços, alguns já começavam a cicatrizar, além de hematomas no pescoço e maxilar.

–Ainda bem que você não machucou muito o seu rosto... Seria um pecado, você é tão bonito - murmurou; a essa altura, seu dedo já começava a doer menos.

Sua atenção fora completamente volta à outra coisa.


Notas Finais


Gente, muita calma nessa hora sobre a America e Maxon, isso vai ser desenvolvido lá na frente com o decorrer da história; não surtem, obrigada HUAHAUHAUAH


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