Lucy
- Então quer dizer que você é uma brat? - pergunta, após eu ter comentado
O dia amanheceu deliciosamente gostoso pra mim. Acordei me sentindo mais pesada, dolorida e terrivelmente enjoada, mas envolvida por braços fortes e quentinhos que me fizeram ignorar todo o meu mau humor matutino.
Natsu havia acordado primeiro que eu, mas mesmo assim permaneceu deitado, me fazendo cafuné, dizendo ele que estava admirando a minha beleza matinal. Quase o xinguei por isso. Por que, aonde que uma loira, com o cabelo parecendo um ninho de mafagafos e seus mafagafinhos, com a boca aberta e remela no olho é bonita gente? Nem vou comentar sobre o bafo que rondava minha boca. Mas apesar de tudo, sorri, dizendo o quanto ele tinha problema.
Resolvemos ficar deitados por mais um tempo. A preguiça não estava colaborando. Foi quando engatamos uma conversa sobre nossas posições durante o sexo. O que a gente gostava, o que não gostava e tals. E nisso, eu acabei falando que eu meio que sou uma brat.
Natsu tá me encarando confuso até agora. Assenti, observando suas expressões
- Mas você não me disse que é submissa? Qual o sentido nisso Luce? - respirei fundo, procurando um jeito de explicar
- Eu sou e não sou - pareceu mais confuso ainda - tipo, eu me considero submissa sim, mas as vezes eu gosto de meio que mudar o personagem, sabe? Eu sou bottom Natsu, mas nada me impede de ser um pouquinho ativa de vez em quando
- Então você é flex*? - parecendo entender o que eu dizia
- Tipo isso. Apesar de eu ser mais submissa do que, sabe, dominante - assente - isso por acaso é um problema pra você? - questiono por curiosidade
- Não! Por que seria? - dei de ombros, acariciando os gominhos de seu abdômen despretensiosamente - Confesso que fiquei surpreso, mas é até bom você ter essa variação de posição sabia? Não curto garotas obedientes demais - o encaro irônica
- Sério que você tá falando isso? Pra mim? Depois de ter me fodido do jeito que fez ontem?- soltou uma risada rouca e gostosa - Sabia que voce foi o primeiro, que eu fui obediente logo na primeira transa?
- Não, não sabia. Por que? - me inclino, ficando com meus seios colados em seu peitoral e parte do meu tronco cobrindo a sua barriga
- Você tem uma aura assustadora sabia? Tive medo de te desobedecer e acabar ficando em uma cadeira de rodas pro resto da minha vida - ao contrário do que achei que faria, Natsu acarinhou meu rosto e me fitou sério
- Te assustei tanto assim? - assenti - Você tem medo de mim Luce?
- Não tenho medo de você! Apenas fico meio intimidada quando você assume sua postura de dominante. Mas apesar disso, meu amor, eu amo o jeito que você me fode - respondo, sorrindo maliciosa no final, vendo-o rir baixinho, antes de selar nossos lábios em um beijo intenso e doce
- Ok, vou acreditar em você então Heartfilia. Mas ó, eu quero poder ver hein? - se levantando da cama, me proporcionando a visão maravilhosa de seu traseiro redondinho e cheio
- Ver o que? - sem tirar os olhos de sua bunda, e ele notando, não deixou de rir com isso
- A Lucy Dominante - arqueei as sobrancelhas
- Sério? Deixaria que eu comandasse? - olhou para o teto pensativo, mordendo o lábio inferior suavemente
- Talvez. Isso é algo que a gente pode tentar, mas eu não prometo pegar leve - avisou, saindo pra fora do quarto e me deixando sozinha.
Sorri, imaginando todas as nossas futuras transas. Sou muito pervertida por isso? Fazer o que, se Natsu Dragneel desperta o meu lado mais primitivo e insano, não é minha gente?
Com a preguiça reinando em meu corpo, me levantei, só agora me dando conta da falta das cordas que anteriormente estavam amarradas em meus peitos e costas. Acho que Natsu deve ter tirado enquanto me dava banho.
Também não deixei de reparar no quanto a minha pele estava vermelha, e em alguns pontos, com hematomas. Meio caminhando, meio arrastando, fui pro banheiro, sentindo dor em lugares que nunca achei possível sentir. Eu tô acabada!
Entro no banheiro que tinha no quarto, e me posiciono em frente ao espelho, ainda sem enxergar muito bem por conta da claridade. Mas assim que meus olhos se acostumam com a luz incômoda do Sol, meu rosto vira o espelho nítido do que eu estou sentindo agora. Terror e Horror. Apertei as mãos na minha boca para que não gritasse. Eu estou toda roxa. TODA!
Cheia de marcas de mordida, chupão, mão. Eu tô toda marcada! Cara, é nessas horas que a gente chora, se perguntando o por quê de não termos ouvido nossos pais, e termos sido filhos mais obedientes? Porque eu com certeza sinto vontade de voltar para o útero da minha mãe, depois de ter visto essa imagem "linda" de mim.
Respirei fundo, ignorando a irritação que sentia, e entrei no box do banheiro, disposta a me banhar e dar uma surra na cara do Dragneel. Só se for uma surra de língua né Lucy? Nããão monamour! Surra de soco mesmo!
Mano, não tinha necessidade de ter me marcado tanto assim. Realmente, não tinha. Eu tenho chupão até na Joelma pra vocês terem noção. Me diga, qual a necessidade? Pra que tanto? Por acaso alguém vai enfiar a cabeça debaixo da minha saia, arrastar minha calcinha pro lado e me chupar? Tipo, do nada? Nããão querido, então POR QUE CARALHOS TU DEIXASTE UM CHUPÃO NA MINHA BUCETA??????
Respiro fundo, tentando em vão me concentrar na lavagem de meu corpo. Termino meu banho, pegando uma toalha dobrada qualquer e me secando, ainda sentindo raiva, que aumentou consideravelmente depois de me olhar no espelho, outra vez. Bufei, catando uma pomada que tinha lá e passando nos lugares que eu conseguia. Meu corpo vai ficar cheio de hematomas por, no mínimo, duas semanas. Duas. Fuckyng. Semanas! Vou ser obrigada a usar calça, e blusa de manga comprida. Só que em Magnólia, agora é temporada de calor, ou seja, eu vou sofrer pra uma porra. Saco!
Saí do banheiro, penteando os meus fios, desembarançando com a mão mesmo, parando em frente ao closet de Natsu. Abri a porta do mesmo, me deparando com inúmeras camisas e camisetas de marca. O bixo tinha bom gosto! Peguei uma camiseta extra grande, que eu sabia, ficaria enorme em mim, e uma cueca que ainda estava dentro do pacote. Me vesti, e desci as escadas. Parecendo um macaco. Sabe, com as pernas abertas e tals.
Eu ainda estava brava, mas me acalmei um pouco depois de ver o cuidado que ele estava tendo em preparar o café da manhã para nós dois. Natsu é bruto? É. É um pouco agressivo demais? É. Tem sérios problemas com possessividade? Tem sim. Mas isso não o impede de ser fofo quando quer.
Sorriu pra mim assim que me viu, me dando a oportunidade de ver aquelas lindas covinhas rasas que tinha, e os caninos afiados que só o deixavam mais charmoso. Suspirei fundo, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha. Ele me encarou confuso
- O que foi que eu fiz? - ri irônica
- O que você fez? O QUE VOCÊ FEZ? Isso, você fez. Você fez isso - mostrando as marcas em meu corpo - sabe que estamos em temporada de calor, não sabe? Então sabe que eu vou passar o inferno pra poder esconder essas marcas? NÃO SABE? Droga Natsu! Pra que me marcar tanto? Qual a necessidade disso? - o questiono, emburrada, ouvindo sua risada alta e grave. Logo em seguida, vem até mim, me puxando pela cintura. Não desfaço meu bico, o encarando com raiva
- Meu Deus Luce, você com certeza é uma peçinha rara! - riu mais um pouco - Desculpa ter te marcado tanto, mas não pude evitar. Ainda mais por saber que você chama tanta atenção. Queria apenas proteger o que é meu de olhares indesejados. Sei que exagerei. Me perdoa? - fazendo uma voz fofa no final, me olhando manhoso. Mordi o lado interno da minha bochecha, assentindo, logo sendo atacada por beijos. Rio, sentindo cócegas - Ah meu Deus do céu, que sorte eu tive de te encontrar! - sorrio pra ele
- Eu que encontrei você - o corrijo, sentindo seus beijos em meu pescoço
- Tanto faz. Agora que seu stress já passou - dou um tapinha em seu ombro por causa disso - podemos comer esse banquete que eu preparei, especialmente para você, senhorita Heartfilia? - reviro os olhos com sua atuação, sentando na cadeira que me oferecia
- Mas é claro! Estou faminta - e meu estômago da sinal de vida, concordando comigo. Natsu ouviu, e me encarou risonho - você ouviu né? Ele pede comida - e foi assim, a nossa primeira manhã juntos.
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