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História Procura-se um ômega desesperadamente - O mundo gira, por isso tem tanta gente tonta.


Escrita por: _Daniih_

Notas do Autor


E Petra Rall ataca novamente!

Capítulo 6 - O mundo gira, por isso tem tanta gente tonta.


Fanfic / Fanfiction Procura-se um ômega desesperadamente - O mundo gira, por isso tem tanta gente tonta.

Petra pede algo para a voz

Naquela noite, mais tarde, Petra conversa novamente com a voz misteriosa no corredor que dava para a escadaria do calabouço e lhe contou seu plano para dar um jeito em Armin, se livrar dele é difícil, mas ao menos poderia lhe dar uma lição. Ele nunca deveria ter se intrometido em sua tentativa de fazer Eren ir pra casa.

- Entendeu o que deve encontrar? – Perguntou ela, séria.

- Isso não vai acabar bem Petra. – Disse a voz. – É errado de muitas maneiras. – Suspirou o outro.

- Não me importa. Não se esqueça que quando eu for a imperatriz, lhe darei um cargo justo e tornarei sua família Nobre. – Disse ela começando a se estressar, precisava daquela pessoa para lhe ajudar.

Por alguma razão sentia que alguém a estava olhando a todo o momento, não fazia sentido nenhum. Foi adicionado até mesmo uma serva pessoal nova, que dividia espaço com a que ela sempre teve, e que estava lá quando ela acordava, quando ia dormir, e as vezes no meio da noite parecia que ela a olhava.

- Preciso ir antes que deem minha falta. – Disse ela olhando para todos os lados e saindo dali rapidamente, a pessoa dona daquela voz precisava conseguir o que ela queria.

Ela olhou para todos os lados enquanto voltava para o palácio, tinha que chegar o mais rápido possível em seu quarto.

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Ao chegar no quarto, apenas sua serva pessoal estava lá, a nova que Levi havia designado parecia ocupada com outra coisa.

- Onde está a outra? – Perguntou Petra, aquela serva vivia em sua cola onde quer que fosse.

- Eu não sei. – Disse sua empregada cuidando das roupas de Petra.

Mina Carolina era uma garota de 1,58, jovem de cabelos negros que prende na metade para frente do ombro.

- Droga... Ela vive atrás de mim e do nada some? – Soltou Petra, colocando sua unha na boca. Ela sempre fazia isso quando se sentia pressionada. – Eu não confio nela.

- Ela me disse que o imperador estava preocupado com você, por isso colocou outra serva para auxiliá-la. Mikasa comentou com ele que você andava pálida. – Disse Mina pensativa lembrando das palavras da outra em uma conversa que tiveram. – Ela sabe até mesmo primeiros socorros, está aqui para ter certeza de que você estará bem.

Petra deu um pulinho de alegria, se a empregada era tão instruída assim, quer dizer que Levi ainda tinha muito apreço por ela, a ponto de se preocupar em lhe ofertar uma segunda mão para lhe ajudar.

- Se é assim, onde ela pode estar? – Perguntou-se a ruiva após voltar a si da felicidade momentânea que obteve.

- Fui buscar isso, senhorita. – Disse a voz fria atrás dela causando um susto nas duas.

Ambas olharam para a porta e a empregada lhe mostrava um fraquinho com algumas pílulas.

A empregara se chamava Rico Brzenska, era quase pálida com cabelos albinos e olhos de um azul ciano penetrante que ficavam escondido atrás de seus óculos, e muito frios. Tinha 1,55, era pequena e esguia, mas tinha muita resistência, afinal, seguia mais Petra do que a outra empregada, Mina. Com toda a certeza, era de um país que existiu chamado Rússia, eles tinham esses sobrenomes estranhos.

Antes do mundo destruir tudo o que conheciam com uma terceira guerra nuclear, bombas e massacres, havia países e continentes, coisas lindas e diferentes no mundo a fora, mas a humanidade era uma espécie egoísta que não sabia eleger um líder. Sua burrice e orgulho quase os levaram a destruição, forçando os que sobreviveram a parecer voltar à uma era quase vitoriana, tamanha foi a destruição, mas fazer o que.

O ser humano era uma praga, e tal qual uma praga, se reproduzia rápido.

- O que seria isso? – Perguntou Petra desconfiada.

- O imperador em pessoa exigiu que eu a desse vitamina D, já que não anda pegando muito sol. – Disse ela retirando uma pílula do frasco, elas pareciam de um tipo de gel e eram laranjas, realmente pareciam ser a tal vitamina. – Até porque, além de fazer bem à sua saúde, melhora o aspecto do cabelo e unhas.

Petra avançou até a empregada pegando a pílula e tomando junto com um copo de água.

- O imperador não quer que sua favorita fique doente. – Disse ela, continuamente sem expressão alguma.

- Você com certeza tem razão. – Disse Petra convencida.

- Senhora. – Chamou Mina. – Lembre-se que a senhora vai escolher um marido, ele não pode entregar uma esposa doente.

- QUIETA MINA! – Soltou Petra furiosa virando-se para Mina. – Ele está preocupado comigo porque está voltando a si! Agora que vou embora ele deve estar se arrependendo da decisão. É só uma questão de tempo até ele me tomar como sua verdadeira esposa.

- Deve ser isso. – Soltou Rico. – Afinal, parece que ontem Eren Yeager tentou ataca-lo, é o que os guardas estão dizendo, Reiner e Berthold dizem ter visto toda a cena. – Ela disse pensativa, parecia tentar lembrar-se de algo.

- E por que o imperador não se livrou dele? – Perguntou Mina, estranhando toda essa conversa.

- 2 motivos. – A emprega fez o número com a mão e foi enumerando. – Primeiro. Ele não pode, ainda precisa de um filhote de um ômega. Segundo, aprece que Eren usou seu cheiro para hipnotizá-lo. Sendo um ômega ele faz com que nosso soberano tenha uma sensibilidade fora do comum à seus desejos e caprichos.

- É claro! – Soltou Petra. – Eren está controlando meu homem. – Disse ela sombria. – Não tem outra explicação. Dizem que Eren soltou seu cheiro na primeira vez que falou com o imperador para demonstrar ser ômega. Meu Levizinho deve ter ficado tonto do juízo! – Desesperou-se ela. – Preciso fazer ele voltar à razão.

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Domingo, uma semana antes do casamento.

Petra esgueirou-se pelos corredores tentando não ser vista logo cedo, eram 7:00 da manhã, estava indo para o ponto de encontro de sempre. Não havia sinal de Rico, ela estava lá pela manhã, mas se retirou para cuidar da roupa de cama enquanto mina cuidava da faxina do quarto.

 Flashback On

Petra havia se vestido, colocara um vestido cinza de mangas que iam apenas até o cotovelo e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo deixando algumas mechas soltas próximas ao rosto. Diferente dos demais o vestido tinha um decote reto.

Ela havia ganhado de presente de aniversário de seu amigo Galliard, mas nucna o havia utilizado por achar que ele não a valorizava, jamais pensou que eum dia seria útil.

- Senhorita Petra. – Chamou Rico entrando no quarto fazendo a ruiva tomar um susto. – Perdoe assustá-la, a senhorita já está de pé a essa hora? – Perguntou. – Precisa de algo.

- Não..., mas, por que está aqui tão cedo? – Perguntou a dama de reputação duvidosa. – Eu não acordo esse horário normalmente, não precisa estar aqui tão cedo.

- Nesse horário as empregadas já estão acordadas há um tempo considerável. A vida no palácio começa cedo. – Disse Rico sem ânimo na voz ajeitando seus óculos.

Petra tinha certa dúvida se Rico a estava chamando ou não de preguiçosa.

- Mesmo que assim seja, eu não acordo sempre a essa hora. – Rebateu Petra. Ela estava ansiosa demais para ir pegar aquela bendita encomenda que mal notou seu comportamento estranho.

- Mesmo que não acorde cedo, os afazeres não têm hora. Preciso pegar a roupa de cama que está guardada no armário. – Disse simplista como se fosse algo naturalmente óbvio. – A senhorita tem direito a muitas trocas, então as que estão ali a mais tempo devem pegar sol, ou podem criar mofo e bactérias.

Petra estremeceu só de ouvir essas palavras nojentas.

- Então leve daqui e coloque-as no sol, eu não vou encostar em algo sujo. – Disse movendo as mãos como quem dizia “leve logo e saia daqui.”

Rico apenas se limitou em pegar e sair sem mudar sua expressão facial ou dizer uma palavra, nem ao menos “Com licença, senhorita Rall.” Petra se irritava porque diferente de sua empregada original, Rico não a saudava abaixando a cabeça em respeito, mas como ela veio da enfermaria, entendeu que a outra talvez sequer tivesse educação para estar dentro do palácio e servir alguém tão digna quanto ela.

Flashback Off.

Ao chegar no ponto de encontro, tirou o dinheiro que escondera no decote e o deu para a pessoa.

- Ora ora... Então você sabe acordar cedo. – A pessoa debochou. – E está usando um vestido que tem quase a cor das paredes... está tentando se camuflar?

- Mais ou menos isso. – Ela respondeu enquanto a pessoa pegava o dinheiro.

- Interessante, você até que é inteligente para uma concubina. – Soltou a outra pessoa rindo enquanto contava o dinheiro.

- Quem se importa, logo serei a imperatriz. – Disse ela sorrindo enquanto o outro lhe estendia o frasco. – Como funciona?

- Deve colocar na bebida do garoto loiro, ele vai desmaiar algumas horas depois que tomar, entre 2 ou 3, vai se sentir cansado e provavelmente vai se retirar para dormir. – Disse ele. - Alguém deve conseguir levá-lo até onde você quer.

- Está ótimo, quanto tempo ele vai dormir? – Perguntou ela.

- Pouco. Em menos de uma hora ele vai voltar a si. – Disse a voz.

- Mas isso é muito pouco pelo que te paguei! – Vociferou a garota.

- Sua histeria não vai mudar nada. – A pessoa, que se disfarçava com uma túnica longa com capuz na cabeça deu claramente de ombros. – ômegas são afetados de maneira diferente, seu organismo não funciona como um alfa. E apenas Armin deve tomar.

- Eu sei que tracei o plano, mas e se eu o desse ao Eren ao invés do Armin. – Perguntou ela olhando o frasco.

- Esse franco contém o suficiente apenas para o que julgo ser o peso do Armin. Eren é muito maior e pesado. Capaz de se sentir sonolento, mas não apagar. – Disse a voz de maneira pensativa fazendo os cálculos em sua cabeça. – Não ia dar certo nunca.

Petra se enervou, mas não tinha o que fazer, o plano iniciar era apagar Armin.

Saiu de lá correndo enquanto escondia o franco entre os seios e foi em direção à cozinha, doparia o café de Armin.

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Ao entrar lá, ela encontra Nicolo começando a separar as cosias para o almoço.

- Nicolo, onde está o tal do café dos Yeagers? – perguntou ela cruzando os braços e falando em voz de autoridade.

- O pó está junto com os demais. – Ele rebateu olhando-a com tédio.

- O pó não. O café pronto que vai ser servido, eu quero um pouco. – Disse ela fazendo um olhar misterioso ao qual não passou despercebido por Nicolo.

- Então, já foi. – Disse ele querendo rir da expressão de incredulidade da menina.

- Como assim, já foi? – perguntou ela. – Escute aqui, eu quero essa droga de café agora! Eu vou tomar um pouco enquanto os ômegas tomam café da manhã!

Nicolo olhou para a garota histérica à sua frente, que gritava e lhe apontava o dedo como se fosse a mandante do castelo e sua expressão de tédio sequer mudou.

- Está atrasada. – Soltou ele dando de ombros. – Eren e Armin tomam café junto à vossa majestade.

- O que??? – Perguntou ela. – Aqueles caipiras acordam tão cedo assim? Levi levanta 5;30 da manhã todos os dias.

- Eu não sei que horas eles se levantam. – O outro deu as costas para ela continuando o que tinha que fazer. – Mas já são quase 8:00 da manhã, eles tomam café às 6:00. – Ele a olhou por cima dos ombros e ergueu uma sobrancelha. – Você mesma disse, são caipiras, a vida na fazenda começa cedo também.

Petra deu de ombros e revirou os olhos. Mais uma vez aqueles dois estavam à sua frente.

- Espere, eles tomam café com o imperador desde que chegaram? – Perguntou ela descrente.

- Sim. No primeiro café eles vieram e preparam a comida para o imperador. Ele ficou tão satisfeito que vai fazer negócios com a família Yeager. – Disse ele sorrindo. – Eles têm muita qualidade.

- Que seja, a que horas é o café da tarde para que eu possa me juntar a eles? – Perguntou ela, inquisitiva cruzando os braços.

- Para as majestades, as 16:30, pra você, nunca. – Soltou Nicolo dando de ombros.

- COMO ASSIM PARA MIM NUNCA? VOCÊ SABE QUEM EU SOU? – Perguntou ele estufando o peito

- Recebi instruções que é da vontade do futuro príncipe consorte que você não compareça à mesa. – Disse virando-se para ela sem ânimo nenhum na voz ou na expressão, embora ele quisesse muito rir da cara dela. – Logo, não devo preparar nada para a senhorita no mesmo horário que eles, apenas quando sua empregada Rico vier pegar seus alimentos para que coma em seu quarto.

- Rico? Por que não Mina? – Perguntou ela, sabia que se pedisse para Mina, ela iria pegar no momento das refeições e ela poderia se dirigir à mesa mesmo contra a vontade de Eren, afinal, Levi ainda a apreciava, já a outra não o faria.

- Ordens superiores. – Ele disse suspirando. – Mais alguma coisa?

- As 16:30 em ponto virei pegar meu café! – Soltou ela saindo sequer dando a chance de Nicolo responder, ele não prepararia nada para ela, mas ela ia descobrir.

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Erwin e Armin estavam cavalgando do nos campos do palácio, Armin sempre sentia-se bem e livre a todo o momento em que podia sentir o vento batendo contra seu rosto.

Erwin apenas olhava a diversão do outro, se Armin ficasse confortável ali, Levi se casaria com Eren sem maiores problemas, já que o pequeno não teria motivos para ir embora.

Acabaram de cavalgar quando estava dando a hora do almoço, como Armin era pequeno, sempre tinha dificuldades para descer do cavalo, mas Erwin o segurava e o auxiliava a descer, coisa que o pequeno sempre escondia o rosto para não demonstrar sua vermelhidão.

Logo ambos foram lavar as mãos para ir almoçar. Erwin se virou de costas para segas as mãos, e foi onde Armin ficou olhando para ele sem que o maior percebesse. Era um alfa forte, bonito, inteligente acima de tudo e o mais importante, era gentil consigo.

Armin balançou a cabeça em movimento negativo, tinha que tirar essas ideias da cabeça. O Tenente Ewrin era praticamente um nobre, isso se não fosse um! Que chances alguém como ele teria com um homem como aquele? Além do que, havia boatos de que ele podia tomar em casamento alguma das betas que pertenceram ao imperador, e se quisesse tinha prioridade sobre os demais.

Seu semblante ficou triste, se Erwin se casasse quem ficaria consigo? Ele também estava na idade de Levi de ter filhos.

Erwin escutou Armin murmurando palavras desconexas e se virou olhando questionador para o menor. Ele parecia pensativo e triste sobre algumas coisas, e parecia até um pouco... melancólico?

- Armin, você está bem? – perguntou o maior chamando a atenção do outro, que levou um susto. – Posso te ajudar em alguma coisa?

A preocupação genuína do outro lhe aquecia o coração, mas não podia abrir a boca e arriscar perder sua amizade.

- Não é nada eu só estava pensando. Meu irmão adotivo vai passar cada vez mais tempo com seu futuro marido e depois do casamento só vai piorar. – Denotou o menor. – Logo acho que vou ficar um pouco sozinho... – Teve uma ideia e olhou para Ewrin sorrindo. – Será que se tiver uma guerra eu posso ir?

- Absolutamente não! – Soltou o loiro maior com semblante duro. – Eu não vou deixar você ir para o campo de batalha, sabe o que pode acontecer se pegarem você?

- Me matam? – Perguntou como se fosse óbvio.

- Antes disso você vai sofrer muito nas mãos deles, é um ômega esqueceu, e alfas podem ser criaturas muito cruéis. – Notificou Erwin tornando seu rosto duro e fechado em um semblante mais calmo e preocupado. – Você vai ficar longe do campo de batalha. Nunca permitiria que você se machucasse dessa maneira.

- Ao menos eu poderia ir com você, sabe, fazer estratégias! – Soltou ele sorrindo para o outro em expectativa. – Vai por favor, eu posso não ser grande e forte como você, mas meu cérebro funciona!

Erwin sorriu terno para o menorzinho, ele queria se sentir útil, principalmente porque agora mais que nunca, Eren não poderia dar atenção integral a ele.

- Eu sei que quer se sentir útil, mas vamos ver como se sai aqui primeiro, onde é seguro. – Soltou o maior calmo e mais equilibrado. – Se me ajudar com algumas coisas e eu ver sua capacidade, é possível. POSSÍVEL. – Salientou ele. – Que eu o leve comigo, mas nunca sairia do acampamento, ficaria lá, quietinho.

- Eu posso levar um pouco do nosso café, assim quando você voltasse, eu iria te dar uma boa xícara! – Sorriu o pequeno em contraste com o assunto, que nada mais era do que sair em guerra territorial e matar uns ou outros.

Desde o começo Erwin não tinha a mínima vontade de levar o pequeno, mas dependendo se não fosse tão perigoso, fosse algo comum e tranquilo, até poderia pensar no assunto.

O campo de batalha não era lugar para um ômega. Isso era certeza.

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O dia passou e Petra ficava cada vez mais ansiosa, até que por fim, por volta das 16:20 ela se dirigiu novamente à cozinha esperando encontrar as coisas do café da tarde.

Porém, para seu azar, junto ao café, estava Yelena.

Ela olhou para Petra com seu costumeiro olhar duro que fez a garota tremer da cabeça aos pés.

- Pois não? – Perguntou a empregada de Eren.

- Eu gostaria de saber se posso tomar um pouco do café que os Yeagers trouxeram.

Bem... - Yelena a olhou com a mesma emoção de sempre. – Nicolo deve fazer mais. O que está aqui é apenas para as majestades, peça a ele quando ele aparecer.

Yelena se retirou com a bandeja que continha as xícaras de café e foi para o salão. Petra a seguiu de maneira automática chegando ao mesmo e notou que os demais ainda não estavam lá.

- Deixa eu adivinhar, o “futuro príncipe consorte” não me quer aqui. – Soltou ela fazendo aspas.

- De certo. – Disse Yelena virando-se e indo para a cozinha.

Petra não perdeu tempo, assim que ela sumiu foi para o lugar de Armin, pegando o fraquinho em seus seios e virando-o no café.

Ela ouviu passos e foi para o corredor ver se era Yelena, daria uma desculpa qualquer a ela, dizendo que iria pedir à Nicolo um pouco do café.

Mas para sua surpresa, deu de cara com Rico.

- AH MEU DEUS QUE SUSTO! – Soltou ela ao dar de cara com a empregada, ela parecia um fantasma.

- Eu vim aqui pedir para Nicolo preparar seu café da tarde. – Disse a empregada, simplista.

- Obrigada, eu não quero entrar na cozinha, a Yelena está lá e ela me dá medo. – Soltou ela suspirando aliviada.

- Deixe comigo senhorita, vá se recolher em seu quarto, o imperador não vai gostar de vê-la aqui. – Disse Rico e saiu andando.

Petra ficou perplexa, como aquela garota ousava a dizer o que fazer? E ainda dar-lhe as costas e sair andando? Ela era mesmo muito mal-educada e abusada.

- Senhorita? – Chamou Rico parando. – É melhor ir, se causar brigas com o imperador o ômega vence.

Petra decidiu que a garota podia ser uma idiota, mas tinha lá sua razão. Seria isso que ela estava tentando fazer. Ao menos parecia que ela estava ao seu lado.

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O café da tarde passou-se sem grandes problemas, foi mais rápido até, Erwin precisava se retirar com Levi para a próxima estratégia, havia boatos de um aliado implanto na zona inimiga que iriam tentar a recuperação de Ginganshina.

Levi estava mais do que disposto a derramar muito sangue. Era o território que havia conquistado duas semanas atrás, ao qual estava localizada a fazenda Yeager.

Erwin também não estava feliz, era o lar de Armin, o pequeno ficaria arrasado se soubesse que deixaram destruir a sua casa.

- Isso não faz sentido, por onde eles pretendem passar? – Disse o loiro alfa estrategista olhando o mapa. – Não há como eles passarem nossa segurança da muralha externa.

- Tem alguma coisa aí. – Notificou Hange. – Algo que não sabemos, não tivemos tempo para conhecer a região.

O semblante de Erwin se tornou preocupado. Esfregou a mão no rosto em previsão da úncia saída que tinham.

- Não. – Soltou Levi para Erwin.

- É preciso. – Rebateu o loiro, em calmaria como sempre. – Sem aqueles que conhecem, vamos perder, e o estrago será muito maior.

- Inferno. – Soltou Levi. – O Armin está enfurnado na biblioteca aqui ao lado, não é? – Perguntou vendo Erwin acenar positivamente, ele passava o tempo todo lá, quando não estava em aula teoria ou prática, ou cavalgando. – Vá chamar ele. E mande História chamar Eren.

Conforme solicitado, Erwin chamou Armin e pediu para História notificar Eren de que ele era necessário na sala de estratégias.

Eram 18:00 naquele momento, em pouco mais de uma hora Armin começaria a sentir a sonolência por ter sorvido todo o café. Petra, sabendo disso, ficou zanzando pelo salão principal aquele horário próximo ao corredor que dava nas salas, Armin só precisava passar por lá com sono que ela iria perceber.

Porém, o que percebera fora a movimentação incomum. Viu História correr em direção aos quartos.

- Ei cuidado – Disse Petra quase sendo atropelada por ela. – O que está havendo, para que tanta correria?

- O imperador precisa do Eren e do Armin na sala de estratégias nesse momento. – Disse a loira inocente se levantando e continuou correndo para atender o desejo do soberano.

“MERDA!” Pensou Petra.

Se Armin ficasse embaixo das asas de Erwin quando desmaiasse ia ser impossível pegá-lo, e ele só vai ficar sonolento por uma hora, e vai acordar depois! Tudo terá ido por água abaixo.

Ela tentou se concentrar e pensar, com sorte eles não demorariam tanto e Armin sairia logo.

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Assim que ambos chegaram, Levi precisou contar toda a situação. Eren ficou com raiva para variar mas naquele momento não tinha em quem avançar então só disse o óbvio.

- A gente sai pra chutar a bunda deles quando? – Perguntou o maior, cruzando os braços.

- A gente Levi, Erwin, Farlan, Isabel e Hange, saímos amanhã a noite. – Notificou Levi com um olhar sério. – A Gente Eren e Armin ficam aqui.

- Não pode estar falando sério, vão atacar minha casa! – Eren tentou argumentar.

- Podemos ajudar, mas talvez seja melhor ficarmos aqui. – Soltou Armin vendo Eren o olhar com descrença. – Olha Eren. Eu quero ajudar, e quero ir, até pedi pro Erwin me levar em conquistas territoriais no futuro e ele prometeu que iria pensar.

Levi olhou acusatoriamente para Erwin, que raio aquele infeliz estava pensando? Se Armin fosse, Eren iria querer ir e aí o problema iria ser gigante.

- Eu sei, mas em expedições menos perigosas eles podiam ver o mundo lá fora – Disse Erwin tentando amenizar a carranca do imperador.

- Que seja. Nessas vocês não vão. Retomada de território é muito violenta. – Soltou Levi.

- Eu concordo. – Disse Armin. – Ainda não somos muito bons com armas e você só sairia socando tudo. Já eu não ia ter muita utilidade. Ao menos daqui poderemos dar uma ajuda.

O loiro menor e o moreno olharam o mapa.

- Qual é o problema? – Perguntou Eren.

- Eles querem atacar, mas a única abertura possível aqui é pelas muralhas, onde nós temos soldados fortemente armados guardando, e mesmo sabendo disso, tivemos informações de que eles tentariam. – Soltou Farlan vendo a concentração do imperador no pedaço de papel.

Eren e Armin se olharam e olharam de novo para o papel.

- Kuso... – Soltou Eren. – É o que eu penso que é? – Perguntou olhando para Armin.

- Sim... – Ele olhou para o papel e olhou para Erwin. – Os túneis.

Todos olharam surpresos, havia tuneis ali? Por que não apareciam pelo mapa?

- Eles são mais antigos do que o mapeamento de Giganshina, gostávamos de brincar por lá quando crianças, ao crescermos notamos que eles foram fechados. Mas talvez tenha sido apenas do nosso lado, deve estar aberto do outro. – Soltou Armin arregalando os olhos. – Ai não. – Olhou para Eren.

- Eles devem estar escondidos lá nesse momento esperando para atacar! – Soltou Eren colocando as mãos na cabeça. – São pouquíssimos Kms da fazenda do papai!

Armin olhou direitinho o mapa, pegou uma folha de papel e um lápis, colocando-a em cima do papel e começando a desenhar o mapa de novo. Olhou para o papel e pegou uma régua.

- Está bem, vamos ver. – Ele fez alguns círculos com canetas de cores diferentes. – A caneta azul mostra as delimitações da fazenda Yeager, os círculos vermelhos são onde os túneis provavelmente estão, deve ter muita planta e terra na estrada deles, mas como foram colocadas de maneira artificial, provavelmente não vão combinar com o resto da paisagem. – Ele começou a circular com caneta preta pontos estranhos onde ficam a muralha e atrás dela.

- Esses pontos aqui são excelentes para ver pessoas tentando sair de dentro. – Falou Eren olhando o que Armin fazia.

– Colocando tropas aqui, aqui e aqui – Apontou no mapa, o loiro – será possível acertá-los sem muito problema. Mas há algo que eu não entendo...

- O que? – Soltou Isabel. O plano parecia perfeito, eles davam um susto nos outros, matavam tudo e voltavam felizes para casa.

- O túnel está coberto há alguns anos, como eles vão abrir de lá para cá? – Armin perguntou mais a si mesmo do que aos outros

Eren parou para pensar, assim como os demais. Como eles poderiam desfazer as aberturas dos túneis?

- Eu só vejo uma saída possível. – Soltou Armin chamando a atenção de todos. – Barris de Pólvora.

Claro. Eles iriam explodir tudo!

- Isso iria chamar a atenção demais. – Soltou Levi.

- Mas eles estão esperando que só haja fazendeiros no chão e pessoas inocentes. – Rebateu Armin. – Planejam estourar aquilo de noite, mas não nessa. – Soltou Armin. – Se decidiram em cima da hora e seu informante lhe trouxe essa mensagem hoje, eles ainda precisam se organizar e alinhas os soldados, isso leva certo tempo. Talvez amanhã à noite comecem.

- Por que estariam esperando até amanhã para invadir? – Se questionou Eren.

- Você. – Rebateu Armin. – Seu casamento está chamando a atenção de todos, essa semana vai ser a mais corrida, e para que consigam entrar e se aproveitar, precisam que todos estejam atentos apenas ao novo ômega que vai fazer parte da coroa então...

- Merda. – Soltou Farlan. – Seu casamento vai ter que ser adiado.

- Não tem nem como, minha mãe me mata, capaz de se der essa ideia ela dar um jeito de eu ficar aqui e vocês irem sem mim. – Soltou Levi frustrado colocando a mão nos olhos. – Partimos após o café da manhã, se alimentem bem hoje e pela manhã. Erwin, você fica com o desenho que o Armin fez e traça a estratégia.

- Cacete. – Eren olhou Levi com certo tédio. – Quem vai cuidar da Petra até você voltar?

- Eu quero falar com o Eren sozinho, vocês podem seguir seus afazeres. – Disse Levi dispensando todos.

Farlan e Isabel foram arrumar suas coisas e deixar prontas para a expedição, e notificar seus empregados pessoais que deveriam arrumar seus suprimentos.

Erwin acompanhou Armin até a biblioteca e foi ao seu quarto fazer o mesmo, havia muito o que arrumar e fazer, e precisava pensar um pouco, e com Armin perto não ia conseguir.

E Hange foi para o laboratório pegar suas novas experiências.

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- Eren. – Iniciou Levi. – Eu sei que a Petra é uma pedra no seu sapato. Mas por favor, só fica longe dela enquanto eu estiver fora, não vou demorar, se eles planejam atacar amanhã a noite, eu voltarei em 3 dias. – Olhou para Eren que lhe dava um olhar de quem não estava nada confortável.

- Ainda não a vi sendo castigada conforme foi prometido pela gracinha da carta. – Soltou Eren furioso. – Eu quase desisti dessa droga de casamento!

Levi o olhou com o olhar arregalado, Eren havia ficado mesmo sentido com aquilo.

- Calma... – Iniciou o Alfa andando devagar na direção de Eren, dando a volta na mesa. – Vem cá – Ele pegou a mão de Eren e o levou até um sofá que azul que havia ali. Sentando-se com ele imitando o gesto voltou a falar. – Sinto por isso, e para demonstrar, você quem vai decidir, junto à Mikasa, qual será o castigo ela. Não a matando ou machucando fisicamente, eu não tenho objeções. – Disse Levi vendo o olhar de Eren apagar depois que ele disse que não podia machucar fisicamente.

- 100 chicotadas, não pode? – Perguntou o ômega esperançoso.

- Eren. – Soltou Levi

- 50? – Tentou de novo.

- Não. – Rebateu

- 20? – Mais uma vez.

- Esqueça. – Negado de novo.

- 10? Só 10, por favor? – Eren pediu com os olhinhos brilhando.

- Nada que a comprometa fisicamente. – Disse Levi sem paciência. – Por hora eu quero que você grude na Mikasa ou na minha mãe e não fique longe de Yelena até que decidam o que vão fazer com ela. – Suspirou acalmando-se no final. – Ela não vale a pena Eren.

Ele deu de ombros e concordou com a cabeça.

- Fica bem enquanto eu não estou. – Disse Levi tentando acalmá-lo.

- Promete que volta logo? – Perguntou o maior encostando a cabeça no ombro de Levi.

- Prometo, enquanto eu não volto, deixarei instruções com Nicolo de que você pode pedir o que quiser. – Disse dando um pequeno sorriso para o outro.

- Legal! – Disse comemorando. – Mas eu tenho que tomar cuidado, não da para eu estar gordo no casamento. Quero estar bem!

- Por falar em casamento, por favor, tome as decisões sobre ele, não me importo com o que escolher, confio no seu gosto. – Disse o imperador tentando desajeitadamente fazer algum carinho no seu futuro ômega.

Ele não sabia fazer nada disso.

- Vou tomar à frente enquanto não está, mas quando voltar vai arcar com suas responsabilidades mocinho. – Disse Eren imitando a voz de Carla quando lhe dava uma bronca.

- Perfeitamente justo. – Sorriu o outro, um sorriso fechado.

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Armin estava sozinho na biblioteca pensando em Erwin de novo, e com seu rosto ficando vermelho por causa do outro, apenas o enfiou no livro, escondendo-o.

- Qual é o meu problema? – Perguntou ele a si mesmo, bocejando. – Que sono... – Disse Armin, ele olhou no relógio da biblioteca, eram quase 19 horas, porque sentia tanto sono assim?

Não sabia dizer, mas talvez ter cavalgado a manhã inteira com Erwin e ficar queimando os seus neurônios pensando no loiro e na sua casa tivessem o cansado, até que era plausível, também não dormira bem a noite pensando nele.

Não achou que faria mal tirar um pequeno cochilo ali, sabia que o alfa loiro logo viria procurá-lo, e se não fosse ele, seria História ou Eren, alguém uma hora iria acordar ele.

E esse foi seu erro, ele havia ouvido um barulho e visto alguém com capuz o encarando, mas depois não viu mais nada.

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- Patrão Armin? – Chamou História correndo para lá e para cá. – Patrão Armin?!

Ela corria pelos corredores o chamando, até mesmo entrou no banheiro masculino para procurá-lo, mas nada. Voltou à biblioteca e tudo o que viu foi o livro que lembrava que ele estava lendo antes de ser chamado por Erwin.

História se virou e saiu correndo, mas deu de cara com algo duro e quase caiu, sendo amparada.

- Ei, o que foi? – Ouviu a voz e olhou para frente, era Reiner com um semblante preocupado. – O que aconteceu? Você está gritando pra lá e pra cá, achei que estivéssemos sendo atacados. – O soldado arriscou um sorriso para a jovem loira.

- Não, o que acontece e que... o patrão Armin sumiu! – Disse ela alarmada. – Não está em lugar nenhum! Eu corri o palácio inteiro, fui até a área dos cavalos e perguntei para o Jean, que cuida deles, se ele o havia visto, não está no quarto, não está na sala de jantar, não esta no campo até onde pude ver, não está na área de treino militar e nem na sala que tem estudos teóricos com o Eren, não esta na cozinha com Nicolo ou mesmo com as guardas betas com quem fez amizade. A Sasha, a Annie e a Ymir também o estão procurando, e como Eren ficou com Levi, Yelena está revirando o castelo também.

- Que droga...! – Soltou Reiner. – Olha, tem mais um lugar que ele pode estar... – Disse meio sem jeito.

- Onde? – Perguntou ela, esperançosa.

- Bem sabe, o Armin é um ômega, e se dá bem demais com o Erwin, se somar 1 + 1 ele  meio que pode estar no quarto do comandante. – Disse Reiner tentando dar a entender que talvez estivessem juntos fazendo mais do que ler livros.

O rosto de História ficou mais vermelho que um pimentão.

- E-ei, será? – Disse ela se levantando junto a Reiner e ambos ficando frente a frente. – Se ele estiver lá, precisamos saber, ninguém o procuraria lá! – Disse parecendo um pouco estressada e avermelhada. – Mas há algo que me incomoda.... Armin nunca deixou um livro assim desde que chegou, ele sempre os guarda no lugar... Ele tem muito amor pelos livros. – Soltou ela com uma mão fechada perto da boca pensativa.

Reiner não tinha muita convivência com Armin, mas se História que era a empregada dele estranhou, ele acreditaria.

- Vamos. – Disse ele, indo junto com ela até o corredor que dava no dormitório dos guardas. Ela ficou na entrada enquanto ele avisava para todos que Armin havia sumido e que se estivesse com algum deles cabeças iam rolar.

Depois, foram até Levi e Eren, que estavam na sala de estratégia próximos à biblioteca e notificaram que Armin não estava em lugar nenhum, que haviam colocados os soldados atrás dele e que a melhor aposta deles era que estivesse no quarto com Erwin. Mikasa vendo a movimentação foi se informar e avisou Kuschel e Kenny do sumiço de Armin, não tendo nenhum deles o visto.

Levi se dirigiu ao quarto de Erwin e bateu na porta.

- Erwin seguinte. – Começou o imperador. – Se estiver com o Armin aí eu não quero incomodar nem nada, só me dá um sinal. – Disse e esperou.

Erwin abriu a porta do quarto e olhou confuso para Levi.

- Armin não estava na biblioteca? Eu tinha certeza de tê-lo deixado lendo lá. – Disse confuso, agora fechando a porta do quarto e acompanhando Levi até o Rall principal.

Ao chegarem, de cada ponto surgia uma pessoa diferente.

- Nas cocheiras ou campo o Armin não está. – Disse Jean Kristen. – Nem nas baias. Eu epguei um cavalo e dei uma volta, nada.

Ele era responsável pelos cavalos, tinha um cabelo penteado engraçado até os ombros e se dava relativamente bem com o Armin, sua altura chegava a 1,90 e se olhassem direitinho, era 2 cm’s maior do que Reiner.

- Nada. – Respondeu Yelena. – Não está nos quartos.

- Nada. – Respondeu História. – Eu fui olhar o resto da biblioteca e até o escritório do Levi.

- Nada. – Respondeu Reiner. – Olhamos toda a área dos quartos dos militares.

- Nada. – Disse Berthold. – Olhamos a área de estacionamento externo das carroças.

- Nada. – Respondeu Nicolo. – Não está na cozinha ou na dispensa.

- Nada. – Disseram Farlan e Isabel, mas foi a garota quem continuou. – Olhamos as áreas de treino.

- Nada. – Disse Annie. – Eu, Ymir e Sasha olhamos os dormitórios femininos.

- Nada. – Disse Mikasa. – Não está no Harém.

- Nada. – Soltou Kuschel e Kenny. – Não o vimos vindo para cá e não estava com nenhum de nós. – Finalizou Kenny.

- Nada. – Soltou Eren. - Não está no nosso quarto.

- Achamos que ele poderia estar com você Erwin. – Disse História. – Acho que aconteceu algo. Ele nunca deixa um livro aberto pegando pó, ele sempre fecha e o devolve na prateleira corretamente, desde que chegou aqui.

Erwin começou a sentir-me mal, Armin não estava em lugar nenhum, não era possível, isso tinha que acontecer justamente agora em que sairiam para deter uma retomada de território logo pela manhã?

Eren sentou-se na escada que dava aos tronos e tentou pensar. Se ele não estava em lugar nenhum, onde raios ele estaria? Ele não era de sumir, de dar trabalho, de nada, essas loucuras quem fazia era ele mesmo.

- Alguém notou alguma movimentação suspeita? – Perguntou Levi olhando para os demais.

- Não. Eu não notei nada. – Disse História pensativa passando a mão no joelho.

- História, quando você deu de cara comigo, se machucou? – Disse Rainer, apontando para o joelho da garota.

- Ah não. Eu estava correndo para chamar o Eren conforme pediram na sala de estratégias e esbarrei na Petra caindo no chão. – Disse com cara de incomodada. – Aquela estátua estava parada ali na curva do corredor, eu não esperava dar de cara com ela assim que o virasse.

- E o que ela fazia ali? – perguntou Levi. – Ela geralmente não sai da área do Harém, há um grande salão para que as mulheres se arrumem ali, ela passa grande parte do dia lá.

- Nada. Estava parada como uma estátua e ficou irritada quando eu a esbarrei. – História revirou os olhos.

- Novidade nenhuma. – Soltou Mikasa.

- Eram por volta de 19:00 horas quando saímso da sala e eu tinha certeza de que deixei o Armin na biblioteca, ele ficou paradinho ali sentado com o livro e eu disse que já voltava. – Notificou Ewrin.

- Petra não estava no Harém nessa hora. – Disse Mikasa lembrando-se. – Eu lembro que olhava o relógio entediada esperando... – Ela ficou vermelha e virou o rosto. – Esperando ficar mais a noite, é só.

- E ela chegou a aparecer? – Perguntou Kuschel, preocupada.

- Estava entrando no Harém pouco antes de me notificarem que História não tinha ideia de onde Armin estava e se eu o havia visto. – Falou Mikasa pensativa.

- Tudo bem. Eu não gosto da Petra, mas acho que nem todas as desgraças do mundo tem a mão dela no meio. – Disse Eren revirando os olhos, era só uma coincidência impressionante.

 - Eu fui passando para todas as empregadas, todas elas estão de olho, mas notificaram não o ter visto. – Disse Yelena.

Eren estava começando a ficar muito, mas muito preocupado mesmo, onde é que Armin estava?

- A Petra veio à cozinha querendo tomar café da manhã com o Armin e o Eren, dizendo que queria o mesmo do tal café Yeager, mas ela chegou era próximo das 8:00 da manhã. – Ressaltou Nicolo.

- Ela apareceu na cozinha quando eu estava servindo a mesa, poucos minutos antes de vocês virem tomar café, as 16:30 em ponto. – Disse Yelena. – Ela estava procurando o café de novo. – Yelena pareceu lembrar-se de algo. – Fui buscar o resto das coisas, já tendo deixado as xícaras postas à mesa, quando voltei, 2 minutos depois, ela já não estava mais lá. Dei de cara com Rico.

- Ótimo. – Soltou Levi com uma expressão sombria. – Vamos nos sentar à mesa. Chamem Rico para mim, e Petra também. – Ele começou a andar indo em direção à sala de jantar.

.

.

Petra estava mais do que radiante, Levi a havia chamado para sentar-se à mesa com ele e claro, ela havia tomado um banho gostoso após ter voltado para o harém, deveria ter suado muito.

Ela colocou um vestido amarelo com decote coração e espartilho apenas de cintura preto. botas de salto pretas e seguiu com para a sala de jantar.

Ao chegar tinha um sorriso gigante, que foi desfeito assim que mirou Levi.

Eren Yeager estava sentado em seu lugar.

Ela se aproximou devagar dele e com ares sombrios começou:

- Com licença, este é o meu lugar. – Disse ela apontando para si mesma.

- Não é não. – Disse Eren simplista, - Seu lugar é lá ó – Apontou para onde ele se sentava antes. – O Levi mandou trocar as cadeiras.

Petra fez a maior cara de interrogação possível, ela estava sendo jogada para a outra ponta da mesa? E porque havia os mais variados tipos de empregados, guardas, soldados, até mesmo o cara dos cavalos estava ali.

Petra foi à contragosto para o lugar onde Eren sentava-se antes, e notou, ao seu lado, Rico sentada com menos expressão do que Levi tinha. Mina ficou de pé ao seu lado, tentando entender o que aconteceria.

- Você viu Armin Arleut? – Perguntou Eren, iniciando o interrogatório. – Sabe onde ele está?

- O amigo é seu. – Disse ela empinando o nariz. – Se você não sabe, muito menos eu.

- Petra Rall. – A voz de Levi saiu perigosamente firme. – Você sabe onde o Armin está? Não minta pra mim.

- Eu não tenho ideia. – Ela disse cruzando os braços contrariada com o fato de Levi estar sendo tão rude consigo.

- Mais uma vez Petra. – Ele repetiu. – Não teste a minha paciência. Você sabe onde está o Armin?

- EU JÁ DISSE QUE NÃO DROGA! – Soltou ela e depois se recompôs. – Porque parece que está me acusando de algo.

- Rico. – Levi suspirou fundo e mirou seu olhar para Rico. – Relatório.

- Senhor. – Rico se levantou – Petra Rall encontra-se escondida com alguém desconhecido nas escadarias que vão para o calabouço.

Petra ficou pálida e olhou para Rico.

- O que pensa que está falando??? – Ela disse quase gritando.

- Essa pessoa lhe deu um frasco esta manhã, e lhe disse para colocar no café de Armin. – Rico soltou. – Estranhei quando ela acordou cedo e a segui conforme ordenado.

 - E quem te deu permissão para ficar me seguindo? – Perguntou ela se levantando virada para Rico. – Levi isso tudo é mentira.

- Tenho essa permissão desde que fui mandada para ficar te observando. – Ela deu uma pausa ajustando os óculos. – Meu trabalho começou quando você plantou uma carta falsa para Eren Yeager.

Petra não tinha reação naquele momento, ela apenas foi olhando de um em um, ninguém tinha o olhar de surpresa.

- Sabemos que foi você desde ontem. – Disse Eren.

- Seu omegazinho desclassificado, você usa seu cheiro para fazer Levi fazer o que você quiser. – Disse ela tentando convencer a todos de que Eren estava manipulando o imperador.

- Ele nunca fez isso. Ele apenas me acalmou uma vez. – Disse Levi pensativo. – O que tinha no frasco, Petra?

- Sonífero senhor. – Soltou Rico mostrando o frasco. – Tenho certeza de que Hange vai confirmar se analisar. – Disse e jogou o frasco para Hange, que o agarrou e guardou dentro do casaco.

- Como você...? – Petra ia perguntar como ela conseguiu o frasco.

- Você jogou no lixo do seu quarto. Deveria ser um pouco mais esperta. – Disse ela olhando diretamente para Petra. – Eu te sigo a todo o momento. Você deixou o Armin com aquele cara, a voz com quem você conversa?

- Quem é você para querer me perguntar alguma coisa? – Perguntou Petra, sentindo a pressão. – Sua empregadinha.

- Eu sou a líder do esquadrão de elite de espionagem do imperador Levi Ackerman. – Disse ela, tirando seus óculos, limpando-os calmamente e colocando-os de volta. – Você deveria ser mais esperta ao se encontrar com alguém na surdina.

- Quem é ele, Petra? – perguntou Erwin. – Armin está com ele?

- E-eu, eu, eu... – Ela olhava ao redor, todos tinham os olhos nela, esperando uma resposta.

- Ele é Floch Forster – Soltou uma voz masculina na entrada da sala de jantar. – Um alfa, soldado que tinha acesso aos calabouços, afinal, ele é o carcereiro.

- G-G-.... – Começou Petra, tentando terminar seu nome. – GALLIARD?!

- Porco Galliard. – Soltou Rico. – Eu me lembro de você se esgueirando por ali, mas não interagia. Eu ia chegar em você, mas ainda não descobri o que fazia ali.

A figura olhava a todos ali sem medo nenhum no olhar, ele era completamente debochado e não tinha uma personalidade agradável, além de um péssimo humor. Mas como disse Reiner, sempre foi leal à coroa.

- Não tive interação pois não tenho nada a ver. – Disse ele de pé, com o uniforme de soldado e com as mãos para trás. – Petra Rall começou a agir esquisito desde que Eren Yeager e Armin Aleut vieram pra cá. Era minha amiga e me preocupei com ela.

Petra sentou-se na cadeira, derrotada. Agora já era.

- Ela tinha planos de dopar Armin, mas pensei que o faria apenas amanhã, já que Levi e seu esquadrão especial sairão em missão, pela manhã. – Disse isso ele a viu bater na testa, e ele ergueu a sobrancelha.

- Você viu o que aconteceu? – perguntou Reiner. – Você não estava nos quartos quando fui chamar os guardas.

- Eu fui procurar Armin. Quando ele sumiu eu lembro de ter ouvido Floch falando o quanto achava o ômega bonitinho. – Soltou Galliard suspirando e balançando a cabeça negativamente.

- E por que você está tão sujo? – perguntou Berthold.

- Quando entendi o que acontecia, tentei acessar as celas, mas a porta abaixo da escadaria estava trancada, eu joguei meu corpo com toda a força, mas aquela porcaria não abre. – Soltou ele nervoso consigo mesmo. – Então eu subi para tentar achar o Reiner. Ele pode atropelar aquela porta sem maiores problemas como um rinoceronte se tomar a distância certa. E aqui estamos.

- EI! - Eren se levantou correndo e parando na frente de Galliard segurando seus ombros. – Onde fica esse corredor? Pra que lado? – Ele perguntava com o olhar assustado.

- Rico. – Disse chamou o imperador. – Você segura Petra Rall aqui. Vamos eu, Eren, Reiner, Berthold e Erwin.

Galliard apenas se virou e fez um sinal para que o seguissem, começando a correr.

Petra sentiu desprezo na voz do outro, e sentiu-se entristecida, não era para ser assim. Ela para ela ser a próxima imperatriz e ter o amor de Levi, e não o ódio.

.

.

Ao chegarem à porta estava trancada, mas ouviam-se gritos lá dentro. Eles diziam para que não se aproximasse e pedia para ser solto, era Armin.

- Que droga! – Soltou Erwin vendo que realmente estava trancada por dentro. – Espera. Galliard, você bateu quantas vezes aqui?

- Algumas. Mas Armin ainda estava dormindo provavelmente, não o ouvi. – Respondeu o outro soldado.

- Você conseguiu afrouxar as ferragens da porta, bom trabalho. – Disse Erwin o parabenizando.

- Agora só precisamos tentar abrir. – Soltou Eren.

- SAIAM! – Gritou a voz que entenderam ser Reiner, vindo correndo desde a escadaria direto contra a porta.

Todos saíram da frente e, naquele momento, só se ouviu algo sendo quebrado violentamente. Pela força mecânica somada ao peso de Reiner usando seu ombro para quebrar a porta, não sobrou praticamente nada dela.

(Momento Reiner arrombando o portão da muralha como se fosse o Titã Blindado Check)

Atrás de Reiner, Berthold vinha a todo o vapor e ao localizar Floch, foi direto pra cima dele.

Quando a poeira baixou, podiam ver Reiner sentado com a mão no ombro, com certeza havia deslocado e Berthold estava segurando Floch, que parecia não entender muito do que acontecia ali.

Porém, seu olhar virou puro terror quando o viu o imperador chegar com Eren Yeager de um lado e Erwin Smith de outro.

Estava fodido.

E sabia disso.

 

Armin chorava assustado com as mãos presas numa  parede por correntes com o corpo largado no chão, suas roupas foram mexidas e ele estava sem a sua coleira, o cheiro de medo e terror chamou a atenção de Erwin que foi correndo até ele.

- Calma, calma, está tudo bem, achamos você. – Disse Erwin o pegando no colo e observando a corrente que prendia os pulsos do mais novo.

Eren se virou e foi a passos pesados até Floch, que estava imobilizado com Berthold em cima dele.

- Cadê a porra da chave? – Perguntou Eren puto da cara.

- Não respondo à você sua putinha do imper- Ele não conseguiu terminar de falar.

Levi chutou a cara dele com tanta força que pelo menos 3 dentes saíram voando. Após isso, o mesmo abaixou-se à frente dele e segurou seu rosto.

- Vamos tentar de novo. A chave? – Perguntou Levi perigosamente.

- M-meu c-c-cinto... – Disse com medo do imperador e morrendo de dor.

Berthold mexeu nele e encontrou a chave suspensa no cinto, dando-a para o imperador que a jogou para Ewrin.

- Pronto, acabou, estou aqui. – Sussurrou Erwin abrindo as algemas que o prendiam na corrente.

Galliard estava ao lado de Reiner olhando o ombro dele.

- Não vai conseguir lutar amanhã, sequer andar à cavalo, isso ai vai doer. – Constatou o mais baixo dentro os guardas.

- Não pode estar tão ruim Galliard. – Disse Reiner.

- Mas está. – Soltou ele revirando os olhos. – Não seja teimoso infeliz. Vai ter que ficar aqui e receber cuidados.

Galliard e Reiner não se bicavam, mas até que de vez em quando tinham uma coexistência agradável. E ele estava se sentindo bem por ter ajudado.

Todos subiram exceto Floch, ao qual Levi mandou trancar na cela.

Erwin vinha com Armin em seu colo agarrado em si e tremendo, ele estava em choque e medo naquele momento, atrás vinham Eren e Levi sem muita expressão, mas Eren parecia aliviado. Atrás deles Berthold vinha com Reiner e Galliard, atentos as dores do maior guarda ali.

 Ao saírem da escadaria e acessarem o hall principal, viram todos ali preocupados com o pequeno.

- Reiner conseguiu mesmo abrir aquela porta. – Disse Jean, sentado ao lado de Mikasa.

Reiner entrou com a mão no braço e História chegou perto deles.

- Olhe para ele! Pobrezinho... – Disse História chegando perto de Armin que estava catatônico.

- Ele não pode ficar assim. – Disse Yelena. – Vou lhe preparar um banho, com certeza ficará muito bem! – Disse Yelena pedindo licença e se retirando.

- Reiner? – Chamou História olhando o rosto de dor, ele sentou-se um pouco. – Se machucou arrombando a porta?

Ele confirmou, mas disse não ser nada, logo estaria novo em folha.

A noite foi quase essa.

Reiner machucado;

Petra fora presa lá embaixo com Floch;

Erwin com Armin recusando-se a sair do lado dele, apenas ficou em seu quarto aguardando que tomasse banho;

Levi convidou Eren para passar a noite em seu quarto;

História após cuidar de Armin com Yelena e deixá-lo com Erwin foi até a enfermaria ver Reiner;

O resto foi cuidar da própria vida, aliviados que Armin parecia bem.

.

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Eren ainda tinha que decidir o castigo de Petra, e dessa vez, com o que ela havia aprontado, iria fazer Levi aceitar uma condição que ele queria de qualquer jeito!


Notas Finais


O que será dela agora? Eren estava bem puto.


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