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História Procurados - O arco-íris dentre a tempestade


Escrita por: Leups

Notas do Autor


Hello people.

Vou já pedir pra ficarem atentos, que eu vou lançar uma fic nova juntamente com minha amiga -w-
Vai ser de BNHA tbm.

Sobre esse cap, eu não gostei muito dele, porém acho que vai recompensar os sofrimento de vcs. Graças á deus uma p*taria.
Gente, eu juro, esse hot vai chegar logo.

Boa fic ;)

Capítulo 17 - O arco-íris dentre a tempestade


Fanfic / Fanfiction Procurados - O arco-íris dentre a tempestade

[Deku]

-Tem duas pessoas que se ofereceram para te levar pra casa e cuidar de você por hoje.—Todoroki disse.

Nós estávamos no corredor principal do hospital. Depois de quase duas semanas, eu levei alta e já podia voltar pra casa, obrigado á manter repouso por 3 dias, e claro, com alguém me supervisionando. Não pude evitar de me sentir uma criança. Me foram dadas duas muletas para me ajudar nas maiores dificuldades com minha recuperação, já que aparentemente se eu me esforçasse, os tendões da minha perna poderiam se soltar, e eu ficaria meses sem andar. No melhor, não reclamei.

Todoroki me ajudava á caminhar, sempre achando que eu poderia cair, dando pulinhos toda vez que eu movia as muletas. Eu acabava soltando risinhos e sorrisos por vê-lo tão estabanado assim.

-Ah é? Quem?—Perguntei.

-Você vai ver.—Ele sorriu também.

 

Enfim chegando na recepção, notei que o movimento era quase nulo. Não tinha quase ninguém esperando para ser atendido. Ou pelo menos, ninguém por hora. Mas minha surpresa foi reconhecer o casal de garotas que correram até mim quando apareci, ambas expressando alivio e alegria.

-Deku!! Nem acredito!—Uraraka me enlaçou o pescoço, quase me sufocando.

-Ficamos preocupadas...—Tsuiu complementou, se contentando em sorrir pra mim, as bochechas levemente coradas pela atenção que a namorada chamava.

-Preocupadas?! Eu fiquei é maluca! Eu juro garoto, se você tivesse morrido, eu te matava!—Ela se afastou com rapidez e deu tapinhas em minhas bochechas.

-Ué, por que não veio me visitar então?—Indaguei, confuso.

-Porque será?! Toda vez que eu e Asui viemos você tava capotado, babando nos travesseiros!—Com um suspiro debochado, ela cruzou os braços.—Além de gordo, é preguiçoso! Sinceramente Todoroki, quanta paciência!—.

-Para de falar asneira que eu tô dodói, mereço tratamento de príncipe beleza?—Ergui o queixo, fazendo um bico de olhos fechados.

Tsuyu e Todoroki soltaram uma risadinha nasal, virando o rosto para esconder a vergonha. Ambos não sabiam se riam ou rezavam pelo rumo da conversa.

-Tratamento de príncipe você recebe do seu rei ai.—Ela apontou para Todoroki.—De mim você deveria agradecer se receber um pão.—.

-Vocês dois vão nos dar dor de cabeça...Anda Uraraka, vamos levar Deku pra casa.—A esverdeada tocou o ombro da parceira com um sorriso entredentes.

-Ta bom, ta bom!—Ela disse, derrotada. Não tinha mais argumentos na manga pra manter a discussão.

-Podem esperar um pouco meninas? Quero falar com ele antes de ir.—Todoroki se colocou ao meu lado.

Uraraka abriu um sorrisinho e me lançou uma piscadinha disfarçada, que apenas eu e sua namorada perceberam. Minhas bochechas esquentaram até as orelhas, e eu mostrei a língua pra ela. Será que ela sabia do que se tratava? Ou ela tinha dito alguma coisa vergonhosa pra ele?! Aaaah, que droga!

Tsuyu puxou a namorada pelo ombro e as duas saíram do hospital com os dedos entrelaçadas, soltando risadinhas pelo caminho. Eu engoli em seco, presenciando que eu e Todoroki estávamos sozinhos numa recepção de hospital. Que romântico...

-Eu vou pra agência. Passamos dias demais, alguém precisa ajudar o Bakugou com todos os problemas de lá.—.

-Não tem problema! Tenho certeza que Uraraka cuidará muito bem de mim.—Soltei um risinho, torcendo pra que isso fosse verdade.

-Ta...E sobre aquela ideia que você teve...de passarmos uma tarde juntos...—Agora sim, minhas pernas estremeceram um pouco.—O que acha de ser nesse fim de semana? Até lá, você vai estar recuperado.—Ele desviou o olhar, parecendo constrangido com o pedido.

Eu fiquei observando seu rosto rosado por alguns segundos. A resposta já estava perfeitamente pronta em minha cabeça, e era tão óbvia...Mas alguma coisa estava diferente ali. Meu coração estava batendo muito forte, palpitando desesperadamente. Minhas mãos foram em busca das suas, eu as segurei entre nossos corpos, em quanto analisava os olhos curiosos dele. Talvez ele não estivesse entendendo, talvez estivesse enrolando...Só sei que ele estava muito curioso com a resposta, mais do que o comum. Os olhos heterocromáticos me fitavam com tanto fervor que eu me sentia derreter. Aqueles olhos mexiam tanto comigo...Eram sensações muito repentinas...Novas demais...

-Eu adoraria...—Respondi, dando um passo curto para mais perto.

Como eu não podia forçar minhas pernas para me por na ponta dos pés, ele fez o esforço de abaixar o rosto e deixar seu nariz a milímetros do meu. Eu esperava por um beijo, ou mesmo um esfregar de narizes. Mas ele desviou os lábios para minhas bochechas e depositou beijinhos ali.

-Hey, eu estou n-necessitado aqui.—Estiquei os lábios pra frente, indicando que o beijo deveria ter sido em meus lábios.

-E eu estou necessitado de você...—A ponta de sua língua tocou o lóbulo de minha orelha.

Um arrepio devastador percorreu meu corpo, terminando na ponta dos dedos do pé. A frase tinha tanto duplo sentido que minhas bochechas se sentiram explodir, de tão vermelhas que ficaram com essa...”Insinuação”.

-T-Todoroki...N-não num hospital...—Sussurrei, olhando em todos os lugares com o canto do olho, já que a posição de seu rosto sobre mim não me permitia mexer.

E eu não estava querendo me mexer também...

-Não o quê? Eu não fiz nada.—Eu senti seu sorriso se alargar.—Como você é pervertido, Izuku.—A pronuncia de meu primeiro nome causou alguma coisa ainda pior.

Suas mãos se soltaram das minhas, uma delas vindo segurar meu quadril, e a outra se contentando em tocar levemente minhas costas. Mesmo com as roupas que eu usava, eu sentia o quão suas mãos estavam geladas. Aquilo provocara muito mais arrepios do que eu estava acostumado...

-Se você soubesse o quanto me provoca...—Agradeci internamente por ele ter livrado minha orelha.—...Somente por existir.—.

-E-eu...deveria me sentir culpado por isso?—O que era fogo pra quem já estava no inferno afinal?

-Não. Pelo contrario...—Os lábios finos estavam puxados para um lado só, e faziam um sorriso tão provocante, que meus olhos se sentiam embriagados por aquilo.—Devia se sentir orgulhoso. Não é qualquer um que tem esse...privilégio.—Eu soltei um risinho.

-Tudo bem então...Shouto.—Ele pareceu surpreso com seu primeiro nome ter sido dito.

Para como por um ponto final naquela disputa de provocações desejosas, ele juntou nossos lábios num beijo longo e recompensante. Era o necessário, pelo menos para o momento. Se tivéssemos ficado nisso por mais tempo, a solução não seria tão simples. E acho que ele sabia disso melhor do que ninguém.

-Então está combinado. Eu passo lá no começo da tarde...—Ele se afastou e se manteve calmo.

-Vou te esperar.—Sorri.

Juntos, ele me ajudou á andar como fazia antes, e descendo as escadas da entrada, chegamos á primeira parte do estacionamento. Uraraka e Tsuyu estavam apoiadas em seu carro, a castanha falando ao telefone, parecendo estar bem mais chateada do que estava antes. Nós caminhamos até ela, evitando atrapalha-la.

-Ta...sim, ele vai entender, não se preocupe...Beijo, fica bem!—Ela se despediu e desligou o celular.

Passando os olhos por nós, ela suspirou e se apoiou no carro de novo, agora acariciando as têmporas com os dedos, claramente estressada. A namorada se aproximou numa tentativa de reconforta-la.

-Algo errado?—Todoroki questionou, também percebendo que ela não estava exatamente tranquila.

-Vocês garotos são tão complicados! Mesmo sendo um bando de adultos sabichões!—Ela nos deu um olhar de relance.—Era o Kirishima. Ele disse que queria que você fosse vê-lo, mas infelizmente o Bakugou proibiu que você entrasse naquele quarto. Ele me ligou pra te avisar, pra tentar manter distância do biriba por alguns dias.—A esverdeada revirou os olhos, impressionada com mesmo a situação sendo decepcionante, ela conseguia usar palavras que quebrassem toda a imagem da conversa.

-Ah...c-claro...—Desviei o olhar das duas.

A verdade era que eu não fazia ideia do que Bakugou falava, e qual era o motivo de tanta raiva. Na hora, eu achei que era somente o calor do momento, que ele tinha se deixado levar pelo fogo do próprio cansaço e preocupação. Mas agora, sinto como se esse fogo estivesse começando á me queimar também. Isso poderia se tornar algo tão grave assim?

-Bom, nada desse clima de periquito certo?! Vamos logo, que eu tô faminta!!—Uraraka deu um beijo na bochecha de sua parceira, e com um sorrisão, entrou no volante de seu carro.

-E você...se cuide.—O bicolor também depositou um beijo em minha bochecha.

Eu me contentei em soltar uma risada feliz. Depois de tanta tempestade, a calmaria parecia finalmente ter chegado ao meu oceano cor de rosa.

Asui me ajudou á entrar no carro, ajeitando minha muletas sobre o espaço restante no chão. Depois, se sentou ao lado da parceira no banco da frente. Uraraka primeiro abriu seu espelho próprio e arrumou os cabelos, fazendo alguns ajustes nos cílios, que eu imaginei serem postiços. Então, finalmente se virou pra trás com um sorriso sapeca e piscou repetidas vezes.

-Como estou?—.

-Com a mesma cara de sempre.—Ri.

-Você não entende nada de beleza natural mesmo.—Ela jogou os cabelos pra trás com desdém.

-Pare de pegar no pé dele por cinco minutos, Ochaco.—Tsuyu soltou com uma risadinha também.

-Agradeça! Eu poderia estar atormentando você!—Apontou pra ela.

-Você já faz isso todo dia. Agora vamos, ou não vou fazer o almoço de vocês.—Ela mesma girou a chave do carro, o ligando.

A castanha se contentou em bufar, derrotada pelas únicas pessoas que tinha para incomodar sem ser repreendida.

 

 

A viagem se passou sendo bem agitada. Quando as músicas estrangeiras começavam á tocar no rádio, Uraraka não se importava de fechar os vidros e arregaçar a própria voz, ás vezes cantando bem, ás vezes quase rachando aqueles vidros. E quando eu me sentia animado com a música, ficava lisonjeado em cantar também, gritando sem nenhum pudor. A única que continuava cantando baixinho era Tsuyu, que somente soltava gargalhadas esganiçadas quando a namorada errava a letra da música e dava soquinhos frustrados no volante. Pelo visto, aquilo já era costumeiro para ela, estava familiarizada por ver o papel vergonhoso de Uraraka. Eu, só chorava de rir quando coisas assim aconteciam.

-Afff, que casa longe da poha.—Ela se jogou pra trás no acento, agradecendo por termos chegado.

-Desculpa, eu não tinha como adivinhar que a madame drama que cuidaria de mim!—Fuzilei-a com o olhar.

-Olha garoto que eu te chuto desse carro e vou embora!—Ela devolveu o olhar.

-Meu deus! Parem por dois segundos!—A esverdeada reclamou em quanto já saía do carro.

Nós dois bufamos e nos preparamos pra sair, Tsuyu me ajudando novamente com as muletas. Eu agradeci, dizendo que não precisava de tudo isso. Uraraka revirava os olhos, provavelmente querendo comer o meu fígado por insulta-la.

-Okay, okay, você não é dramática.—Tentei de alguma forma me desculpar.

-Acha que eu tô preocupada com isso?—Ela veio até mim para segurar meu braço em quanto a esverdeada destrancava a porta.—Para de roubar a atenção da minha namorada, seu larápio!—.

-Uraraka!!—A parceira que a repreendeu.

Eu cai na gargalhada, entendendo finalmente o porque de tantas reclamações ao longo das horas. Ela estava com ciúmes, ou talvez apenas fazendo graça para descontrair qualquer momento entre nós. Com certo cuidado, ela adentrou a casa e me lançou no sofá, os braços cruzados e os pés batendo.

-Agora, o que tem de legal nessa casa enorme?—Ela olhou em volta, buscando por algum divertimento.

-Hm, não sei, livros?—.

-Deku, precisa seriamente começar á se divertir como um ser humano.—.

-Hey, livros são legais!—Fiz um biquinho. Ora, ela estava ofendendo meu ego perfeccionista!

-Claro, claro! O que é isso?—Ela pegou uma caixinha pequena e quadricular.

-Tarô. Minha mãe gostava bastante de jogar comigo e com meu pai.—Observei ela arregalar os olhos maravilhada.

-Uaaau, essas cartas são lindas! Me ensina á jogar?—Ela me encarou com um brilhinho nos olhos.

-Haha! Claro! Vem, vamos jogar.—Indiquei para ela se sentar do outro lado da mesa de centro.

-Vamos na cozinha! Tsuyu pode aprender também.—Ela veio até mim, já dando o suporte para meu corpo.

 

Ela espalhou as cartas pela extensão da mesa escura. O verso das cartas eram todos detalhas em preto e prateado, tendo como símbolo principal um coração com uma flecha atravessada. Elas brilhavam de acordo que a mesa refletia a luz do lustre pendurado sobre nossas cabeças. A esverdeada cortava alguns legumes em quanto Uraraka terminava de espalha-las.

-Você quer que eu te ensine á jogar, ou quer que eu leia seu futuro primeiro?—Me ajeitei na cadeira ao seu lado.

-Isso é possível?—Asui parecia surpresa.

-Na verdade, não acredito muito nisso, mas minha mãe sempre disse que as cartas de tarô podem escrever seu futuro.—.

-Parece empolgante! Pode ler o meu!—Ela pendeu o corpo sobre a mesa, animada.

-Hahaha! Ta bom! Escolhe três cartas.—Embaralhei as cartas uma última vez, e deixei-a observar cuidadosamente.

As cartas estavam todas viradas, então ela não fazia nem ideia de qual escolher. E provavelmente estava curiosa para saber o significado delas também. Sem muita demora, ela pegou três cartas de cantos diferentes, e com um sorrisinho, as posicionou na minha frente.

-Vejamos...—Virei a primeira carta.

A carta tinha o enunciado “O sol”. Um homem nu montado num cavalo branco, em quanto um sol com o semblante quase adormecido iluminava tudo. As cores eram bem marcantes e diferenciavam o simples do bem feito. Virei a segunda carta.

Esta tinha o enunciado “Diabo”. Retratava uma criatura medonha com peitos robustos e pés diferenciados, segurando um chicote. Em sua frente, duas outras criaturas estavam amarradas á uma bigorna, com rostos assustados e lágrimas vermelhas escorrendo dos olhos.

-Nunca vi uma carta fazer tanto jus ao escolhido.—Tsuyu esticou o pescoço por cima de minha cabeça.

-Cala boca que eu sou um anjinho.—A castanha deu beijinhos no ar, antes de voltar sua atenção á mim. Eu ri e virei a terceira carta.

A última anunciava “Os enamorados”. Nela, um homem era disputado pela atenção de duas mulheres que o seguravam com raiva, em quanto um pequeno anjinho apontava uma flecha para ele, retratando a mitologia do cupido.

-Você é uma pessoa honesta, calorosa, e por isso, o destino pode acabar te jogando um vicio, mas se você escolher a pessoa certa, vai ser um vicio amoroso. Caso contrário, você pode acabar derretendo.—Passei os dedos delicadamente, sentindo a textura lisa das cartas.

-Você viu isso tudo nessas cartas?!—Ela observava os desenhos, boquiaberta.

-Cada uma tem um significado, é só junta-los e deixar a mente imaginar.—Dei de ombros com um sorrisinho besta nos lábios.—Por isso não acredito muito nessas coisas.—.

-É...Tem razão.—Ela riu também.—Até porquê, acho que já estou com a pessoa certa.—A mão da esverdeada repousou em seu ombro. Ela depositou um beijo na palma, o que fez a outra corar.

-Boba...—Tsuyu sorriu.—Agora levanta e me ajudar á pôr a mesa.—.

-Mas é um poço de carinho e amor.—A castanha se levantou, torcendo as costas, mostrando estar com preguiça do trabalho.

Eu comecei á recolher as cartas para dar espaço ás panelas que Tsuyu colocava, sorrindo por ver como elas se davam bem. Foi quando notei um fio de cabelo grudado numa das cartas. Ele era longo, e tinha o mesmo tom esverdeado que o meu. Seria meu? Não...Os meus cabelos eram mais encaracolados que esse.

Virei a carta. “A morte”. Ela simboliza o fim. Suspirei pesadamente ao pensar que aquele fio poderia ser da minha mãe, já que ela amava aquele baralho.

Mãe...

No fim, dei de ombros e conclui que deveria ser um dos meus fios rebeldes.

 

 

O jantar que Asui nos preparou só me fez ter mais certeza que ela era melhor cozinheira entre nós. Todas as coisas simples e rápidas que ela preparou estavam deliciosas! Eu me perguntava como ela tinha feito coisas tão boas em tão pouco tempo...

-Uraraka, você cozinha tão bem quanto á sua namorada?—Estiquei o braço pra pegar mais um pedaço.

-Eu? Ata!—Ela apontou pra si mesma e gargalhou.—Sou profissional em miojo. Mas é só isso também.—A esverdeada balançou a cabeça, provavelmente se lembrando de alguma situação parecida.

-Sim. Em queimar ovos também.—.

-Tsuyu, não me expõe!—Ela silenciou a namorada com uma colher.

Eu ri, observando Asui xinga-la por ter machucado sua boca. Era incrível conhecer um pouco mais sobre Tsuyu, uma menina que parecia introvertida e bastante calma. E mesmo assim, Uraraka conseguia tira-la do sério só com algumas palavras. Mas não precisava ser muito inteligente para notar que a esverdeada só estava tomando conta de sua amada.

 

 

O almoço se passou sem mais emoções. Uraraka fazia qualquer um que estava ao seu lado gargalhar com poucos gestos e palavras, e isso acabou erguendo um pouco meus ânimos, que não estavam dos melhores nessas últimas semanas. Talvez ficar numa cama de hospital por tanto tempo me deixasse mais esgotado que qualquer coisa.

-Eu vou escolher um filme pra gente, que tal?—A castanha remexia nas gavetas. Eu já havia desistido de repreendê-la por isso.

-Nada de terror.—Tsuyu me entregou um prato pra enxugar.

-Aaaaah, por quê??!—Os olhos escuros se abaixaram, ficando decepcionados.

-Porque você mesma grita á cada dois segundos! O Izuku quer um pouco tranquilidade hoje!—.

-Haha, Asui, não precisa se preocupar tanto comigo.—.

-Viu?! Ele deixou! Por favooooor!!—Ela olhou com os olhos pidões para a namorada, que suspirava em quanto lavava talheres.

-Se passar de 5 gritos, a gente troca o filme.—Ela colocou um ponto final na discussão.

-Yes!!—A castanha deu um soco no ar e correu para a sala procurar por um filme.

-SÓ NÃO QUEBRA A TV!!!!—Gritei, provocando-a.

-VAI SE FERRAR!!—Ela retrucou e eu gargalhei.

 

 

 

 

-AAAAAAAAH!!! FILHA DA MÃE!!!—Uraraka berrou.

-Esse é o quarto grito!!—Tsuyu deu um puxão forte em sua orelha.

-Ai ai, desculpa! Não vou fazer de novo.—Ela afastou o rosto pra salvar sua orelha.

As duas estavam sentadas num canto do sofá, Tsuyu recebendo o corpo da outra sobre si num abraço caloroso, em quanto os cabelos castanhos eram acariciados e enrolados nos dedos longos da esverdeada. As bochechas de Uraraka tinham um tom rosado e seu sorrisinho bobo aumentava cada vez Asui depositava um beijo em sua cabeça. A única que realmente prestava atenção era Tsuyu, que nem percebia o quão sorridente a castanha estava em seus braços. Eu observava as duas em silêncio, também sorrindo. E talvez com um pouco de inveja.

Nem me toquei de quanta falta eu estava sentindo daqueles cabelos bicolores... O cheiro deles parecia estar grudado em minhas roupas, sendo que eu nem os toquei direito.

Foi pensando nele, que minha cabeça se perdeu, e as minhas pálpebras pesaram. Eu só cedi, adormecendo com um sorriso tranquilo nos lábios.

 

 

 

 

[Shigaraki]

-Você tá mais fudido que o normal. Aqueles caras eram tão barra pesada assim?—O moreno me encarava com zombação.

Toga estava de pé em minha frente, passando algodões molhados por todos os ferimentos em meu rosto, que já estava inchado e roxo depois de tanto tempo. A dor que o produto medicinal causava ainda muito forte, mas a loira me ameaçava com olhares se eu tentava me mexer.

-Não foi você que levou uma parede na cabeça.—Rosnei.

-Claro. Sou muito inteligente pra isso.—Ele se gabou, fazendo uma brisa no rosto com a camisa.

-Pelo menos eu não apanhei de um baixinho com cabelo de brócolis.—Retruquei.

-Fala de novo, seu merda.—Ele ameaçou vir em minha direção com um punho erguido.

-Vocês dois!!—As mãos da loira largaram os algodões.

Uma delas segurou o meio de minhas pernas, cravando as unhas no tecido da calça, e com a outra, segurou o saco de Dabi também, erguendo o queixo para penetrar seus olhares na gente. Nós cerramos os dentes e soltamos uma respiração pesada.

-Se não calarem a poha da boca, eu arranco isso que vocês chamam de pau!—Ela parecia irritada de verdade.

Os olhos azuis do maior a fitavam com tanta surpresa, que os olhos brilhantes dela pareciam normais. Curiosamente, eu não via o sorrisinho maníaco que ela sempre fazia questão de ter.

Violentamente, ela nos soltou e pegou a caixa de socorros com rapidez e foi até seu quarto, batendo os pés. O moreno a observava com um sorriso de canto, lambendo os lábios. Eu estava surpreso pelo jeito que ela estava agindo. Será que estava doente? Passando mal?

-Ora princesa, pra quê tanta raiva?—Ele elevou a voz para ela ouvir.

-Ela é sempre assim quando está com raiva?—Indaguei.

-Não! Só quando vocês merecem!—Ela apareceu na porta e cruzou os braços, fuzilando o maior com o olhar pra que ele parasse de sorrir assim.

Eu fiquei encarando-a, esperando por uma explicação.

-Você, é o pior líder que eu já vi na vida!! Cagou pra própria subordinada quando viu que eu estava nocauteada!—Ela apontou pra mim, praticamente cuspindo as palavras.—E você! Um namorado devia demonstrar preocupação, nem mesmo perguntou se eu estava bem!! Ah, mas eu esqueci! Você só gosta do que tem no meio das minhas pernas não é?—Ela franziu as sobrancelhas.

Os coques bagunçados em sua cabeça balançavam conforme ela mexia a cabeça com reprovação. Eu olhei para o moreno, que estava com o sorriso ainda mais largo e os olhos ainda mais sedentos.

-Talvez.—Ele deu de ombros.

Com um suspiro alongado, ela fechou os olhos e bateu a porta com força, a trancando.

-Então não vai se importar de dormir no sofá hoje!—Ela gritou.

-Hey, princesa, eu estava brincando!!—Ele correu até a porta e começou a dar soquinhos nela.—Sabe que eu te amo...!—Ele forçou uma voz fofinha.

Eu franzi as sobrancelhas, olhando com um pouco de nojo aquela cena. Como cabia tanta falsidade em uma só pessoa?

Reclamei internamente por não ter expulsado aqueles dois antes, e me levantei para ir até minha sala, ignorando os gritos raivosos que eles trocavam um com o outro. Precisava descansar a cabeça, ou eu ainda ficaria maluco no mesmo ambiente que eles.

O grande quadro ainda estava lá, sempre me encarando com um olhar frio.

-Mestre...Não vai demorar...eu prometo.

 

 

 

 

[Narradora] Porque, obviamente, eu que quero narrar a p*taria.

 

Os dias passaram sem muitas dificuldades. Todos os dias, o casal de garotas passava o dia na casa do esverdeado. Iam para casa somente pra dormir, e chegavam por volta das 8:00 da manhã. Ás vezes, Tsuyu precisava participar de conferências online, até porque, ainda estava trabalhando para Todoroki nesse meio tempo.

Os dias em si não tiveram muita empolgação. Asui sempre fazia o almoço e o jantar, em quanto os dois corriam pela casa como crianças, querendo socar um ao outro por piadinhas sem graça. Á tarde ou antes de dormir, assistiam filmes de diferentes gêneros, sempre com as duas abraçadas e o menor deitado, apreciando o relacionamento perfeito de suas amigas. A verdade era que não parava de pensar quando seria a sua vez de sentar num sofá em frente á TV abraçado á pessoa que gostava. Contava as horas para que os dias passassem mais rápido. Claro que a castanha também sabia disso. Eram as melhores oportunidades que ela tinha para zoar do sorrisinho bobo de seu parceiro.

-Obrigado por terem cuidado dele.—A voz grossa fez o esverdeado despertar e se sentar.

-Por nada.—Tsuyu sorriu.

-E...como está com o Bakugou?—Uraraka desviou o olhar, finalmente tendo oportunidade para perguntar aquilo.

-Não mudou. Ele está irritado de verdade.—O bicolor cerrou os punhos, lembrando vagamente dos xingamentos que ele balbuciava sobre o esverdeado.

-Se precisarem de ajuda, vamos estar sempre aqui.—Asui tentou amenizar o rancor do garoto, sabia que isso pioraria tudo, principalmente em relação ao final de semana que teria com o namorado.

Eles trocaram mais algumas palavras combinando coisas da empresa, e depois a castanha entregou a chave da casa para o maior e eles se despediram. Izuku viu sua chance de se levantar e ir até ele.

-Já disse que me sinto uma criança com vocês me tratando assim?—Ele se apoiou na parede, enfim tendo a visão de Todoroki.—Eu já estou curado, não precisam disso tudo.—Sorriu.

-Midoriya...—Ele disse em meio á um suspiro satisfeito.

No mesmo instante, largou as chaves em cima de uma estante e correu em direção ao esverdeado. Passando os braços em volta de sua cintura, o puxou para bem perto e o apertou. A altura entre eles fez com que o menor saísse do chão, e o bicolor aproveitou disso para rodopiar seus corpos.

-Hey, hahaha!—Izuku não conseguiu evitar rir.

Estava sendo tratado como uma criança de novo, mas dessa vez...não se importou. Estava feliz por estar nos braços de quem tanto sentiu falta nessas semanas.

-Como estão suas pernas?—Enfim parando, o colocou no chão, colocando uma mão em seu rosto, a outra ainda em sua cintura.

-Pararam de doer á dias.—Ele passou seus braços pelo corpo do bicolor.—Posso até dizer que estão melhores que antes!—O sorriso em seu rosto mostrava todos os dentes brilhantes, causando uma sensação de iluminado.

Todoroki apreciou esse pequeno brilho que se assemelhava ao brilho em seus olhinhos felizes. A orbes esmeraldinas eram tão bonitas quando estavam assim, que ele podia passar horas apenas mergulhando nelas.

-Eu senti sua falta.—O esverdeado cortou seus devaneios.

-Eu também.—Sorriu.

Como se tivesse sido orquestrado, o menor se colocou na ponta dos pés para receber os lábios calorosos de seu parceiro, em quanto o mesmo abaixou a cabeça para saciar aquela saudade que tomava seus pensamentos nos últimos dias. Não se cansaria de repetir que esses lábios eram o remédio mais eficaz que tinha na vida agora.

As línguas se encontraram, começando a se enroscar com carinho. Estavam afoitas por aquilo, mas se controlavam para que aproveitassem ao máximo. A saliva se acumulava nas pontas, e trazia uma sensação de frescor para ambos. Estavam felizes.

-Vai me contar como estão as coisas por lá?—O menor ergueu o queixo para encara-lo.

-Claro.—Ele sorriu.

 

Midoriya levou-o para se sentarem no sofá e conversarem sobre o que fizeram nesses dias. Ao que parece, as coisas na agência estavam mais tranquilas do que aparentavam. Felizmente, Aizawa estava esperando os demais se recuperarem para ter uma conversa séria sobre o que fizeram, e isso era a única coisa que abaixava um pouco os ânimos. Não podiam evitar de pensar que poderiam sim ser suspensos, ou mesmo demitidos.

A situação de Kirishima também parecia estar repercutindo por toda a empresa. A surpresa de todos ao descobrirem o que havia acontecido com Bakugou era clara, e só tinha aumentado a preocupação de todos em relação á ele. Ontem, o ruivo parecia ter ganhado algum tipo de alergia, e isso estava afetando um pouco seus pulmões, que em conjunto com a fratura descoberta na costela, não estava colaborando. Isso não só preocupava á todos, como deixava o humor de Katsuki pior do que era.

Ele não havia conseguido fazer nenhuma missão, seu desempenho com a contabilidade havia caído, e ele não falava com ninguém. Os poucos que se atreviam eram ameaçados com punhos levantados e dentes cerrados. Nem mesmo o bicolor conseguia trocar mais de duas palavras com ele.

-Ele ainda está com aquela ideia absurda de que você é culpado...—Dava pra notar a irritação do maior só por citar aquilo.

-Não se preocupe com isso, tenho certeza que ele está estressado pela situação do Kirishima. Ele precisa pôr a culpa em alguém afinal...—Izuku abaixou o olhar, um pouco chateado.

-Mas esse alguém não precisava ser você...—O maior também estava chateado. No fundo, estava dividido entre o melhor amigo e o namorado.

Midoriya não permitiu que ele continuasse. Para amenizar todos aqueles sentimentos, depositou um selinho longo nos lábios dele. O bicolor ficou de olhos abertos por alguns segundos, estranhando algo tão repentino. Mas logo se deixou levar pelo sabor doce e fechou seus olhos pra retribuir.

Quando o beijo terminou, o esverdeado deixou sua cabeça cair sobre as pernas de seu parceiro. Um sorrisinho bobo em seus lábios se abriu, e ele mostrou que não sairia dali tão cedo.

-Heh...Você é muito carente, Izuku.—Os dedos do maior foram logo acariciar os cachos esverdeados, ficando maravilhado com o quão eles eram macios.—Hm, então...você disse que tinha a sensação de não me conhecer direito. Ainda sente isso?—.

-Um pouco.—O menor ganhou um leve rubor por se lembrar daquela conversa.

-Pode me perguntar o que quiser.—Ele afrouxou a caricia.

-De verdade?!—Os olhos verdes se arregalaram.

-Sim.—Sorriu.

O esverdeado iniciou uma sequência de perguntas aleatórias. A maioria delas envolvia o passado do bicolor, sua passada pelo ensino Fundamental, e pela faculdade. Obviamente o menor se irritava com tudo que Enji havia feito para impedir alguns de seus sonhos e desejos. Mas o bicolor conseguia acalma-lo com uma afirmação de que estava feliz com a vida que tinha agora.

-Eu tenho...dois irmãos. Fuyumi e Natsuo. Nós moramos todos juntos. Também revezamos para cuidar da nossa mãe.—Ele olhava pra cima, perdido nas próprias palavras.

-Como ela está?—.

-Melhorando. O tratamento dela está ajudando muito.—.

-Não tenha medo de me pedir ajuda. Vou ficar feliz em ajudar se precisar que eu c-cuide dela!—O esverdeado sorriu envergonhado.

A ideia de conhecer a mãe de seu namorado dessa forma podia ser bem constrangedora, mas ele não hesitaria se fosse para ajudar.

-Ta bom...—O maior agradeceu com um carinho.

-E não demore á me apresentar aos seus irmãos! Vou esperar ansioso pra conhece-los!—Ele riu.

-Acredite, eles também estão.—.

-O que acharam quando disse que estava namorando?—.

-Meu irmão não liga muito pra isso. Fica me chamando de pegador e diz que isso já não é novidade pra ele. Nunca entendi isso direito.—O esverdeado gargalhou, achando graça ele não entender algo tão simples.—E minha irmã deu pulos de alegria e agarrou meu rosto. Acho que ela gostou.—Ele deu de ombros.

-Haha, deve ser!—Não pôde deixar de imaginar que seu comportamento foi o mesmo de Uraraka.

O bicolor também soltou um risinho. Em sua cabeça, tinha vontade de lhe contar um pouco mais. Talvez citar que tinha mais um irmão, que já não estava mais entre eles. Não precisava detalhar dizendo que o culpado era Endeavor, mas apenas para não se sentir carregar um peso extra. Mas quando as palavras chegavam á sua garganta, elas travavam e se recusavam á sair. Ele tinha receio. Falar sobre isso ainda não era tão fácil assim.

-E sua família? Você...nunca me contou muito sobre.—Ele desviou o assunto.—Mas não precisa me falar se sentir incomodado.—.

-N-não, eu...—Ele desviou o olhar.—...Foi á muito tempo. Eu tinha só quatro anos quando aconteceu. Nós morávamos numa cidade do interior, num apartamento pequeno. Uma vez, eu saí para a casa da m-minha tia, e...quando voltei, meu prédio tinha pegado fogo. Meus pais tiraram todos de lá, mas...n-não conseguiram se salvar.—Ele não gostava de se lembrar.

No fundo, estava torcendo para o maior não notar nada em sua fala. Não queria que descobrisse que metade dessa história era falsa. Ele estava lá quando o lugar pegou fogo, e sua mãe o entregou á sua tia para que sobrevivesse. Eles tinham algo pendente ali, e já haviam desistido de tudo, então apenas se entregaram ás chamas para pagar os pecados, que ainda eram desconhecidos para Izuku.

-Eles trabalhavam com alguma coisa estranha pra isso acontecer?—.

-Meu pai era um espião também.—O bicolor arqueou uma sobrancelha, um pouco surpreso.—Foi por isso que eu me tornei um também. Quero ser como ele...e orgulha-los!—Um sorrisinho se abriu em sua face tristonha.

Todoroki não conseguiu evitar sorrir, orgulhoso da pessoa que tinha em seus braços.

Uma imensidão de ideias abordaram a cabeça do bicolor, mas somente uma ele achou coerente. Seu senso estava satisfeito com as conversas que tiveram, havia descoberto um pouco mais sobre seu amor. Mas tinha uma coisa que ele ainda não tinha saciado em toda aquela saudade sufocante que sentia do seu esverdeado.

Abaixou o rosto para roubar seus lábios num beijo instigante, sua língua atacando á outra com fervor. As bochechas dele coraram por receber repentinamente aquele tipo de beijo, mas depois de segundos, resolveu ceder ás próprias vontades também, e deixou que o maior tomasse posse de seu corpo por em quanto. Shouto se remexeu impaciente e deu algum jeito de colocar seu corpo sobre o menor, sem parar o beijo.

As mãos dele percorreram todo o corpo do menor e pararam no topo de sua cabeça, segurando as duas mãos com força. A outra começou á descer lentamente por seu pescoço, por seu peito, por sua barriga, por suas costelas, e por fim, seu quadril, o segurando com firmeza para que o menor fosse imobilizado de um jeito confortável. Sua língua abandonou sua boca e começou a dar lambidas em todo o lugar em volta. Os lábios de Izuku já estavam inchados de tantas mordidas que recebia, e suas bochechas já coravam até as orelhas. Ele não podia fazer nada, senão receber as mordidas de seu parceiro, e arquear as costas toda vez que a língua encontrava alguma parte mais sensível em seu pescoço.

A cada mordida, a área já começava á esquentar. É óbvio que ficariam bem marcadas depois, mas isso não impediria ninguém.

-T-Todoroki...—Arfou, em quanto a boca do outro chupava sua clavícula.

-Relaxa, a gente não vai fazer isso aqui.—Ele ergueu o olhar, sorrindo para o menor.—Pelo menos não hoje.—O riso malicioso complementou sua frase.

Izuku tinha a vergonha até o limite. Estava constrangido por essa insinuação, tão pervertida quanto o prazer que estava sentindo ao ser imobilizado daquele jeito. Já o bicolor se sentia nas nuvens, tão radiante quanto uma criança. O gosto da pele de seu namorado era doce, quase quanto seus lábios. Era viciante a ponto de não conseguir separar seus lábios por mais de dois segundos.

Sua mão começou á se aventurar por dentro da camisa fina, subindo com pequenos toque e beliscos, que provocavam ainda mais o desejo do menor.

-Eu só quero provar o seu gosto.—Com um último olhar, seus dedos começaram á acariciar os mamilos de seu parceiro.

Izuku arregalou os olhos quando entendeu o que seu namorado estava querendo fazer. Tentou erguer o corpo para impedi-lo, mas as mãos segurando seus pulsos, e os arrepios calorosos eram muito fortes, e o obrigaram á aceitar.

Percebendo que enfim seu parceiro colaborara, Todoroki abaixou a barra de sua bermuda, juntamente com a cueca, ameaçando brevemente deixar seu falo exposto. Mas visto o jeito que o outro se contorcia, se sentiu instigado á provoca-lo ainda mais. Queria ouvir seu nome ser pronunciado “naquele” tom.

Deixou a calça naquela altura mesmo e focou sua força nos movimentos que fazia com os mamilos entre seus dedos. Era visto que havia conseguido um suspiro frustrado do menor, que percebeu a enrolação proposital do outro.

O bicolor soltou uma risada contida, apreciando sua vitória mais uma vez. Tinha certeza de que Midoriya planejaria uma vingança bem próxima pra ele, mas no fundo, aquilo seria uma bela oportunidade pro futuro. Uma oportunidade que ele estava esperando á muito tempo, e por isso, queria que o esverdeado lhes proporcionasse essa oportunidade.

Percebendo a impaciência violenta do menor, ele finalmente voltou sua boca até a barriga dele, rodeando cada área com a língua, se sentindo excitado com cada arrepio que Izuku ganhava. Puxou o barbante que prendia a bermuda para baixo, deixando-a exatamente no fim de suas coxas. A boxer de um tom claro demonstrava o quão desejoso ele estava, e isso fez o orgulho do bicolor aumentar.

Para isso, teve que tirar a mão que acariciava os mamilos, e a levou até o local, apalpando-o com delicadeza. Isso fez o esverdeado gemer baixo e alongadamente. Estava sendo levado á loucura sem muitos atos, e isso o deixava envergonhado.

Sem mais rodeios, tirou de uma vez a cueca clara de seu caminho, a deixando na mesma altura que a calça, e rodeou o membro com os dedos, agarrando-o com uma velocidade que fez o esverdeado sobressaltar. As mãos do maior apertaram as suas com ainda mais força, as afundando ainda mais na almofada, porem o gemido não pôde ser contido, e saiu livremente por sua garganta, mais alto do que deveria. As mãos do bicolor circularam todas as extremidades até o final, espalhando o pré-gozo como um lubrificante natural, e quando se sentiu apropriadamente preparado, o abocanhou com os dentes cobertos.

Novamente, a rapidez fez as costas do esverdeado se arquearem. Ele soltou um gemido gritado, sendo surpreendido pela nova sensação que tomava todo seu baixo ventre. Era uma mistura enlouquecedora o jeito que a língua fria e o corpo quente se combinavam. Se sentia até mesmo furioso por já poder gozar com tão pouco. Queria sentir mais daqueles calafrios quando o maior lhe chupava.

Em meio á toda aquela euforia sobre seus pensamentos, Todoroki conseguiu fazer seus dedos se entrelaçarem ao do esverdeado, sem soltar a outra mão. Sua boca conseguiu estabelecer um ritmo de desce e sobe, em quanto o próprio membro se mexia enlouquecido por sua boca.

Com o corpo sensível daquele jeito, devido á nova sensação que lhe tomava, não demorou para que ele se sentisse próximo de despejar.

-T-Todoroki...s-sai, eu vou...—O bicolor até levantou o olhar, para avaliar a expressão rosada e constrangida do menor, mas ignorou seus comandos.

Agora, aumentou ainda mais o ritmo, instigado por saber que Midoriya estava nervoso daquele jeito. Queria mostrar ao seu esverdeado que não sairia dali até que terminasse o que estava empenhado pra fazer.

 

E como prometido, não demorou para que o menor chegasse ao seu ápice, despejando todo seu gozo na boca do maior. Ele fez uma careta com o gosto amargo do liquido quente, mas se forçou á engolir com um só gesto.

Finalmente soltando as mãos, antes presas sobre a cabeça, o menor as deixou cair, cada uma perto de uma orelha. Sua respiração estava acelerada, o suor escorria por todos os cantos de seu rosto, a boca estava seca, as bochechas queimando, e o corpo recebendo espasmos calorosos, pelo que ele conhecia como o orgasmo. Talvez o mais forte que já tivesse tido até hoje.

-V-você é maluco!—O esverdeado esganiçou, em quanto o maior voltava seu rosto para cima.

-Maluco por você.—O sorriso que se formou no canto daqueles lábios corou todas as partes do menor.

Todoroki selou os lábios num beijo contido, o suficiente para apagar o resto de calor que rodeava seus corpos, e isso acalmou um pouco o coração de Midoryia, que logo sairia pela boca.

-E-eu...—Ele precisava falar alguma coisa, pelo menos.—O-o-obrigado...—Ele desviou o olhar, completamente com vergonha da situação.

-Não me agradeça por isso.—Ele depositou selinhos molhados pelas sardas dele.

Com seu corpo um pouco menos amolecido, o esverdeado passou os braços em volta do pescoço de Todoroki, o fazendo deitar a cabeça em seu peito. Queria que ele ouvisse o quão havia afetado seu coração, e que apesar de todos os gaguejos, estava imensamente feliz.

Ambos cansados, acabaram adormecendo nessa mesma posição, embriagados apenas por suas próprias respirações.


Notas Finais


Hehehe

Desculpem pra quem n shippa Tsuyu e Uraraka, mas eu precisava enaltecer a relação delas.

Outro detalhe, isso ali de previsão de futuro com a cartas, fui eu que inventei gente ta? pelo amor de deus KKKKKKK

Comentem ai
Bjos


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