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História Profundo - Verdades Reveladas


Escrita por: Dhnolis

Notas do Autor


Oioi, gente!

Tá ai o capítulo que prometi e esse é o penúltimo! O ultimo deve vir lá para terça feira, vocês estão preparadas?
E antes que me esqueça: Comecei uma fic nova, para quem se interessar, vou deixar o link nas notas finais.
Beijinhos
Dh

Capítulo 24 - Verdades Reveladas


Fanfic / Fanfiction Profundo - Verdades Reveladas

~ VERDADES REVELADAS ~

 

 

Suigetsu desceu degrau por degrau murmurando um palavrão diferente do outro. Haviam gritos dos funcionários, gente de branco fazendo o caminho contrario aos três, subindo as escadas com rodos e panos.

O rei olhou por cima do ombro e seus olhos lilases atingiram Sasuke e Sakura, a de cabelos cor de rosa e o moreno desciam a escada com mais lentidão, apoiados um ao outro enquanto trocavam olhares de cumplicidade.

Qual era o problema daqueles dois? Queriam ficar trancafiados naquele prédio?

Mas que inferno!

O Uchiha pisou em falso e Sakura o amparou com delicadeza, ela sorriu para ele não podendo deixar de se lembrar como o moreno a amparou quando ela aprendeu a caminhar.

- São os... Minha cabeça sabe? - Ele explicou, fitando-a nos olhos.

Não fazia sentido algum, porém de alguma maneira a outra concordou. Não havia tomado os remédios da manhã, era verdade, porém isso não impedia seu corpo de sofrer pelo conteúdo da medicação que ainda circulava dentro de si.

- Pelo amor de Netuno, andem logo com isso! - Suigetsu disse irritado, voltou alguns degraus e tomou o lugar de Sakura, amparando o moreno com um de seus braços musculosos. - Temos que sair daqui logo!

Quando chegaram ao térreo, atravessaram o salão principal na direção da grande porta de madeira, todos os pacientes da clinica psiquiátrica foram remanejados para aquele local, estava abarrotado de pessoas, cada qual com sua própria loucura.

Os três conseguiram sair do prédio, visto que não havia funcionários o suficiente para se assegurar que todos os internos ficariam onde era devido. Logo que saíram, desceram mais uma escadaria até a rua e em seguida o asfalto.

O rei olhou de um canto para o outro, devolvendo o peso do Uchiha para sua compatriota, ele procurava por algo.

- Onde aquele imbecil se meteu!?

E então um carro preto e antiquado veio pela via, o veiculo estacionou diante dos três e Suigetsu fez um sinal para que os outros dois entrassem. O de cabelos brancos contornou o carro e foi sentar-se no banco da frente, ao lado do motorista, enquanto os outros dois ocuparam o banco de trás.

- Até que enfim! -Murmurou Suigetsu para o ruivo que dirigia o veiculo. Ele batera a porta do carro com mais força do que deveria, era uma coisa nova aquela história de portas. - Tenho umas contas á acertar ainda.

O ruivo deu de ombros e olhou pelo espelho retrovisor, checando se os do banco de trás estavam sentados. Sabia exatamente qual seria a próxima parada.

De esguelha viu dois seguranças no alto da escada, com a porta da clinica aberta, sem pestanejar, arrancou com o carro e um instante depois os quatro já estavam dobrando uma esquina e em seguida outra.

- Bom te ver, Sakura. - Respondeu o ruivo quando sentiu uma mão pequenina em seu ombro.

 

- Bom te ver também, Juugo, e que bom que você está bem! Esse é Sasuke.

O Uchiha encarou a nuca do ruivo e acenou com uma mão quando viu os olhos calmos dele o fitando pelo espelho retrovisor. A moça aninhou-se a ele, depositando a cabeça na curva de seu pescoço.

- Você estava lá... - Ele murmurou mais para si do que para os outros no carro.

- Fui te buscar. - A mulher confirmou, arrancando um sorriso dos lábios finos do rapaz. - Não poderia deixá-lo.

- Eles me disseram que você era fruto da minha imaginação, que eu a tinha inventado.

- Cambada de arrombados. - O rei murmurou e voltou a se calar, escutando a conversa do banco de trás.

- Eu achei mesmo que estava maluco...

- Sou real. - Garantiu a moça. - E estou bem aqui.

- ...Eu pensei muito nesses dez anos que ficamos separados.

Sakura abafou um riso e se empertigou no banco do carro, endireitando as costas.

- O que?

- Eu mandei um peixe te avisar onde estava, foi assim que descobriu como me achar?

Aquilo não fazia o menor sentido.

- Sasuke nâo consigo compreender...

- Tem umas duas semanas, o peixe.

- Que história é essa de peixe? - Juugo quis saber também. - Você sabe algo sobre um peixe, Sui?

Suigetsu negou.

- O peixe dourado. - Explicou o Uchiha. - Joguei ele no vaso e dei descarga... Então eu... Vocês... Suigetsu, é. E Mary disse que não era real.

- Você mandou um peixe descarga abaixo? - Perguntou Suigetsu. - Do que ele esta falando, Sakura?

Juugo entrou na via expressa, agora podiam ver muitos outros carros na longa avenida.

- Sasuke eu vim atrás de você logo depois de Kisame morrer.

Ele sentiu o coração apertar e os olhos ficarem marejados de lagrimas.

- Você ficou aqui nesses dez anos?

- Que dez anos?

A moça suspirou.

- O que disseram para você?!

- Que eu... Que passaram... Eu não sei.

O moreno nunca se sentiu tão confuso antes, sua cabeça latejava de dor com a confusão.

- Sasuke só se passou um ano. - Explicou pausadamente a hibrida. - Eu e você ficamos presos naquele lugar por menos que isso, alias.

Não, Mary dissera dez anos!

Sakura começou a explicar quando notou os olhos arregalados do moreno:

- Depois que te deixei para ser resgatado, Karin e eu fomos para alto mar, encontrar os de nossa espécie. Suigetsu era o novo líder e precisava dele para conseguir as pernas de novo, convencê-lo a me deixar voltar foi difícil. Demorei semanas, meses, e fiz um acordo.

- Nada contra, cara... Mas precisava proteger meu povo. - Suigetsu acrescentou. - Estava tudo um caos desde que as quatro foram levadas. Por anos os humanos nos caçaram, jogavam grandes redes em seus barcos monstruosos! Kisame não estava mais lá, nosso rei foi trazer de volta o que foi roubado do mar. Meses se tornaram anos... E então, certo dia, minha Karin estava de volta! Ela e Sakura. Duas de quatro. Kisame havia perdido a vida tentando guiá-las para casa e agora eu deveria assumir o lugar dele. Tem noção, cara? Eu sou muito novo para esse tipo de responsabilidade ainda!

Houve um momento de silencio, foram tempos difíceis aqueles, de terror para seu povo, Juugo concordava com meneios de cabeça e então Sakura prosseguiu.

- Ele me permitiria voltar se eu viesse acompanhada. - Explicou. - Então eu vim, Juugo veio comigo. Foi duro encontrá-lo. Procurei em muitos lugares porém o caso todo foi abafado pelo dono do aquário. Sem escolha, fui até ele.

- Você não devia ter feito isso, Sakura.

- Eu sei, Sui, eu sei... Mas precisava saber! Precisava encontrá-lo!

- Você se colocou em perigo! - Ele ralhou, fazendo a moça fazer um bico. - Avisei, pedi tanto para não fazer nada estúpido, era nosso acordo... E você o quebrou!

Sasuke ainda absorvia as coisas em silencio. Passava os olhos de um para o outro.

- O que você faria por Karin, Sui?

E só com aquilo o rei se calou. Ele faria tudo por Karin! Naqueles dez anos só não abandonou o mar em pernas, pois ainda não tinha o poder suficiente para fazê-lo.

Sakura fitou o Uchiha e confessou-lhe com sinceridade:

- Eu precisava te salvar como você me salvou... Não por uma divida, mas por que quando eu o olhei, do lado de fora daquele tanque, quando ouvi a musica ecoando, me senti mais viva do que a muito tempo não sentia e isso era apavorante! E ter que deixar você com sua espécie naquela noite, acabou comigo.

O moreno se lembrava bem do dia em que se conheceram. Ele sentia-se tão sozinho, como se não fizesse parte daquele mundo e então enquanto ouvia uma de suas musicas antigas preferidas, ela surgiu, curiosa com o som. Era um ser de outra espécie e estava só.

Naquele momento, dez anos atrás ou apenas um ano atrás, não importava! ...Naquele momento viu-se cativo pelo que ela representava.

Não que estivesse apaixonado pela tal sereia, não. Encantado seria a palavra, hipnotizado pela curiosidade dela, pelos trejeitos. E conforme o tempo passou, com ele isolado naquela clinica psiquiátrica, percebeu que em algum momento depois de perdê-la, ele não era mais ele.

- Despistei Juugo e fui sozinha encontrar aquela cobra...Ele me pegou... Jogou-me em um tanque e fiquei na água por uma noite inteira, mas na manhã seguinte, ainda tinha pernas, era inútil manter-me ali, apenas Suigetsu poderia me transformar de volta ao que era antes e Sui não estava ali.

- Então ele te trancou naquele lugar? – Sugeriu Sasuke. A de cabelos cor de rosa confirmou. – ...Maldito...

- Entenda, Sasuke: Orochimau não poderia me deixar solta, ele tinha medo do que eu poderia falar contra ele, então acabei trancada naquele quarto de paredes brancas, contei os dias e as semanas, fiquei presa por quase seis meses...

Aquilo era revoltante! Sasuke percebeu que a paisagem que estava vendo do lado de fora do carro era conhecida... Eles estavam próximos do aquário e de onde o Uchiha morava com o irmão em outros tempos.

- Eu gritei por você por muitos dias seguidos.

- Não a escutei. – E era verdade, se tivesse... Se ouvisse... Ah!

- ...Eu sabia que Juugo iria me encontrar, mais cedo ou mais tarde e também sabia que Suigetsu viria com ele.

- E eu vim!

- Veio para colocar um ponto final naquele homem, não é?!

- Mas com toda a certeza disso! – E o rei socou o ombro do homem que dirigia com força. – porra, Juugo! Deixei você tomando conta das coisas, ocê é o mais perigoso entre nós!

Juugo reclamou do soco, quase havia acertado outro carro pois o pegara de surpresa.

- Eu o enganei para ir ao encontro de Orochimaru, não é culpa dele, Sui.

- ...A culpa é de vocês dois...

Sasuke pousou uma das mãos no joelho da rosada e ela o capturou com delicadeza, entrelaçando seus dedos aos dele.

Sua cabeça foi desfeita e refeita ao bel prazer de Orochimaru enquanto estava trancafiado naquele lugar. Muitas coisas precisavam ser ditas, toda a história da fuga das sereias precisava ser descrita ao Uchiha, para que ele conseguisse compreender o que era real e o que fora introduzido por Mary.

- E como você me encontrou, Suigetsu?

- Foi Juugo. – Ele respondeu. – Juugo me procurou, disse que você havia sido levada e que passou meses à sua procura. Quando a achou, finalmente, disse que havia encontrado Sasuke também e então eu tive que vir.

- Veio por mim? – Quis saber o Uchiha ainda muito confuso. – Por que por mim?

Suigetsu riu de maneira irônica.

Sakura apertou o enlace da mão do Uchiha e então explicou para o moreno:

- Você é muito famoso entre os nossos.

- Eu?

- Você, o humano que nos levou de volta.

Ele se sentiu encabulado, suas bochechas coraram.

- Seu nome, o do seu irmão e o de Naruto... São conhecido pelos sete oceanos!

Eram?

- O sacrifício de vocês não será esquecido. – Garantiu o rei. – E agora... É hora da vingança!

O carro estacionou em uma vaga dentro do aquario, Sasuke podia ver os portões azuis distante. Era hora do acerto de contas com Orochimaru.

- Sou muito grato, Uchiha, por ter me devolvido Karin... Mas peço que não se envolva no que eu tenho á resolver com esse humano, dono do aquário, é uma questão de honra.

- O que pretende, Sui? – Sakura quis saber, receosa. Por ela, eles partiriam para o mais distante possível daquele lugar, daquele aquario, daquele homem. – Melhor irmos embora!

- Não... – Sasuke murmurou e confirmou com um meneio de cabeça, indicando que concordava com Suigetsu por estarem ali. – isso tudo tem que ter um fim.

O rei girou o corpo no banco do passageiro e encarou os dois sentados atrás.

- Vou despedaçar Orochimaru.

- ...Suigetsu! Isso não é certo!

Sakura passara anos confinada por aquele homem e agora estava com pena do que o destino lhe reservava?

- Sim, é o certo, Sakura.

- Você também está do lado dele, Sasuke?!

- Vida longa ao novo rei.

Suigetsu estava gostando cada vez mais do Uchiha.

Os dois permaneceram dentro do carro sem dizer uma palavra se quer e acompanharam as costas do rei dos mares e de Juugo se afastando, na direção dos portões do aquário.

Depois que já não era mais possível ver os dois, o moreno inclinou seu corpo para o lado da híbrida, permitindo que ela o abraçasse com carinho, lágrimas grossas saltaram de seus olhos, molhando o ombro da moça e sua roupa de algodão da instituição psiquiátrica de onde fugiram.

- O que fizeram com você, Sasuke? – Ela perguntou em um sussurro, apertando o corpo do moreno ainda mais.

Tudo nele estava cansado, exausto.

Mentiram para ele, o drogaram com sabe-se lá o que... Retaliaram seus pensamentos.

Mas não era só por isso que ele estava chorando, não.

Metade daquilo era de alivio.

O moreno enroscou-se à Sakura também, permanecendo daquela maneira por bastante tempo, quando ele ergueu o rosto, já não havia mais lágrimas para serem derramadas, pelo menos não naquele momento. Eles estavam muito próximos, encaravam os olhos um do outro Omo se pudessem ver o interior infinito, a alma a sua frente.

O moreno tinha bolsões em baixo dos olhos, cabelos bagunçados e um ar de cansaço. Sakura por sua vez possuía os cabelos mais compridos do que ele se lembrava, o mesmo ar tórrido de quem estava exausta, sorriram um para o outro como se um segredo tivesse sido dito em pensamentos.

- Você veio me buscar. – Ele lhe disse simplesmente e a mulher confirmou. – Veio me libertar.

Quando a moça roçou os lábios nos dele, não sabia exatamente como deveria prosseguir, o beijo não era comum em sua cultura. O homem apertou os lábios aos dela e se afastou o suficiente apenas para inclinar o rosto para cima e beijar-lhe a testa.

- Yours are the sweetest eyes I've ever seen. – Cantarolou o Uchiha.

Cantarolou para ela como havia feito, muito tempo atrás, na primeira vez que a moça subiu a superfície do tanque.


Notas Finais


REFÉNS DO PRAZER

Sasuke é um renomado diretor de filmes eróticos. Durante as gravações de um longa muito esperado pelo público - Reféns do Prazer -, ele acaba conhecendo a nova esteticista do set, Sakura, e se encanta pela moça.
Enquanto o filme vai sendo gravado, os dois se envolvem emocionalmente e agora são obrigados a conciliar a carga de desejo atribuída pelo trabalho com a necessidade que ambos têm em conhecer melhor o outro.
Afinal de contas um relacionamento não pode ser baseado apenas em sexo.

https://www.spiritfanfiction.com/historia/refens-do-prazer-11357551


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