1. Spirit Fanfics >
  2. Projeto bebê!-vkook >
  3. Paixão e semelhança

História Projeto bebê!-vkook - Paixão e semelhança


Escrita por: Moon_Angel_

Notas do Autor


Leiam com cuidado pois esse capítulo pode estar meio confuso...

Capítulo 8 - Paixão e semelhança


A única vez que Taehyung mentiu para o marido, na vida, foi sobre o maldito beijo no jardim.

Por que ele teve que tocar nesse assunto? Teria Jungkook confessado enquanto os dois viajavam?

Evitando seu próprio olhar no espelho enquanto escovava o cabelo,Tae não podia acreditar que Jungkook o tivesse feito. Embora o acontecido pudesse causar um estremecimento entre ele e Junghyun, teria causado um problema maior entre os irmãos. Jungkook devia saber disso. Foi a razão de ele não contradizer a mentira de Tae naquela noite horrível.

Ele não gostava de pensar naquele beijo. O ato o pegou de surpresa. Deixou-o querendo mais.

Mais tarde, quando Junghyun o beijou pela primeira vez, Tae ficou decepcionado ao constatar que a boca do noivo não estivesse tão faminta, tão exigente, tão carente. A sorte é que isso tinha mudado depois que eles se casaram, os beijos melhoraram.

Mas Tae nunca conseguiu se esquecer do beijo que deu em Jungkook. Nem perdoar ele por enganá-lo.

Tae encarou o próprio olhar no espelho. Era falta de caridade pensar mal dos mortos. Pelo menos tinha a certeza de que Junghyun nunca saberia de sua traição. Taehyung sempre se preocupou que Jungkook, durante uma de suas bebedeiras, pudesse deixar escapar o que tinha ocorrido entre as roseiras. Ele se sentiu muito melhor quando o cunhado foi morar em sua própria casa, longe deles.

— Você não fez nada de errado — garantiu ao próprio reflexo. Exceto não conseguir diferenciar um irmão do outro. Tae não repetiu o erro desde aquela noite.

Agora a possibilidade não existia mais.

O que o espantava era o quanto a morte de Jungkook o entristecia.

Taehyung acreditava que ele não tinha feito por mal. Foi apenas mais uma travessura dele. O orgulho do Kim tinha sido ferido, ele ficou constrangido e, com toda certeza, queria que o marido nunca soubesse.

Tentava encontrar lembranças de Jungkook para compartilhar com Junghyun, mas aquela noite no jardim nunca seria uma delas.


Levantando-se, Taehyung olhou para a porta que dava para o banheiro.

Vejo você num segundo, Junghyun tinha dito antes de deixá-lo e passar por lá.

Pela manhã, Tae quase jogou fora todos os pijamas do marido, para garantir que ele não os usasse mais quando estivesse na cama. Era uma delícia ter tanta pele acessível ao toque.

Taehyung andou até a cama, deitou sob as cobertas, encarando o dossel, atento ao silêncio e ao barulho do chuveiro se desligando. Ele ouviu o estalido da porta se abrindo. Virou a cabeça para o lado e sorriu ao ver a pele revelada pelo V do robe do marido.

— Você está bem aquecido? — Junghyun perguntou, secando os cabelos com uma toalha pequena e então passando a mão pelos fios vermelhos.

— Vou ficar. —Tae bateu com a mão a seu lado, no colchão.

Jeon apagou as luzes antes de se acomodar ao lado do Kim, deitando de costas e encarando o mesmo dossel que pouco antes tinha sido objeto da atenção alheia.

— É entediante — Tae disse.

Junghyun virou a cabeça para o esposo, que desejou que ele não tivesse apagado a luz. Havia sombras demais e Tae não conseguia ver os olhos dele com a mesma clareza que gostaria, não conseguia ver o que ele pensava. Por outro lado,a escuridão facilitava para dizer palavras que o faziam se sentir vulnerável.

— Você não me beijou desde que voltamos para casa.

Havia luz o bastante para que o Kim pudesse vê-lo franzindo a testa.

— Eu o beijei.

O ruivo lembrou-se de ter um selo roubado pouco antes de Taehyung sair do banho, quando foi lhe entregar uma toalha.

— Não, eu o beijei, mas você não tomou a iniciativa.

— O bebê...

— Um beijo não vai fazer nenhum mal ao bebê. Enquanto a falta de beijos me faz duvidar, me faz temer que você mudou muito mais do que imagino enquanto esteve fora. Nós costumávamos nos beijar tanto.

Erguendo-se sobre um cotovelo, o ruivo aninhou o rosto do esposo, acariciou sua face com o polegar e o encarou.

— Não podemos deixar que você duvide do amor de seu marido.

Ele baixou a cabeça. Tae fechou os olhos enquanto recebia os lábios quentes do marido sobre os seus pouco antes de ele roubar sua boca. Essa é a única palavra para descrever a força e a decisão com que a língua dele invadiu a boca do Kim,reivindicando cada canto, cada espaço.

O beijo lhe amoleceu todo o corpo, fazendo um calor intenso se espalhar por cada centímetro. Tae se virou para o marido, deslizando um dos joelhos entre as coxas dele, deliciando-se com seu gemido.

Ele deslizou as mãos pelo peito e pelos ombros nus do Jeon, descendo pelas costas. Tão firmes, tão duras... Tae deslizou os dedos pelo abdome do marido, pela cintura, até chegar ao membro semi desperto e segurá-lo.

Junghyun levantou a cabeça de repente, e segurou firme a mão do loiro.

— Não vamos por aí.

— Eu quero tocar você. Por inteiro.

— Não.

O Jeon levantou a mão do esposo e a colocou no centro de seu peito, segurando-a ali.

— Você pode tocar tudo o que não estiver coberto por tecido.

— Isso não é justo, porque estou disposto a deixá-lo me tocar onde quiser.

Tae o ouviu inspirar fundo, sentiu as costelas do marido se expandirem sob sua mão. Ele fechou os olhos bem apertados e encostou a testa na sua.

— Eu vou obedecer às mesmas regras.

Taehyung não deixou de perceber como a voz dele soou rouca e tensa, como se ele tivesse ido buscar aquelas palavras bem longe. Junghyun o queria. Tae não teve nenhuma dúvida disso. Ele mordiscou o queixo do marido.

— Estraga prazeres.

O ruivo riu baixo.

— Estou tentando ser um bom marido. Atencioso. Cuidadoso devido à sua condição delicada. — Ele se deitou. — Além do mais, imagine como vamos estar loucos um pelo outro depois que o bebê nascer.

— Estou louco por você agora.

Com um gemido baixo, ele cobriu a boca de Taehyung, beijando-o com tal abandono que Tae ficou zonzo. Junghyun manteve a promessa de tocá-lo apenas onde o tecido não separasse a pele dos dois. Graças a Deus ele reparou que a barra da camiseta do Kim tinha subido. Jeon acariciou sua perna, passando pela área sensível atrás do joelho. Tudo isso enquanto mantinha a boca colada na alheia, chupando e acariciando a língua quente do loiro, separando os lábios e os colando outra vez, como se tirasse dali sua vontade de viver.

Tae começou a sentir calor, tanto calor que quis jogar as cobertas para o lado, ansiando por ir muito mais além, pois suas terminações nervosas palpitavam com um desejo descontrolado. Ele percebeu seu membro latejar e endurecer quando o Jeon o pegou na mão e passou a bombear, levando o indicador até a cabeça e acariciando a fenda, então voltando com a mão para baixo e, então, de novo para cima…

Enquanto as línguas brigavam por espaço e Taehyung o puxava cada vez mais para si, o coração a mil. O poder do beijo do ruivo o espantou. Todas as sensações que provocava.

Tae sentiu formigamentos, calor, tornou-se letárgico e energizado ao mesmo tempo. Ele queria tirar a camiseta, queria as mãos do marido por baixo do traje, mas considerando aonde aquela ação poderia levá-los, teve que admitir que a regra dele era sábia. Não tocar nada que estiver coberto por roupas.


O Jeon desceu os lábios pelo queixo do Kim, seguindo pelo pescoço. A boca dele era quente, tão quente que não dava para acreditar. Era um espanto que não queimasse sua pele. Ele tirou a mão do membro duro do esposo e rapidamente envolveu a sua nuca o puxando para o lugar no ombro dele onde a pele estava úmida. O coração de ambos ribombava furiosamente no peito.

— É melhor nós dormirmos — ele murmurou, a voz baixa e rouca.

Tae concordou, descansando o braço na lateral do corpo do ruivo, a mão nas costas do marido, seus dedos descrevendo círculos suaves na pele.

A regra de só tocar o que não estava coberto pareceu não valer quando o Jeon não estivesse com a boca na sua. O ruivo o envolveu com os braços, puxando-o para perto, e Tae adormeceu inspirando a fragrância do calor da pele dele.


Considerando como estava letárgico, Taehyung deveria ter dormido bem. Ao contrário, sonhos em que era beijado em um jardim o despertaram sempre que seu sono ficava mais pesado. Quando Junghyun começou a se mexer, ele fingiu que não estava acordado, e não se mexeu quando ele levantou da cama e saiu do quarto.

Tae se sentou à penteadeira e encarou o próprio reflexo, assombrado pelos sonhos. Não pensava nos detalhes daquele beijo há anos; tinha escondido dentro de si todas as reações inadequadas que ele provocara. Havia se entregado com tanto abandono à boca colada à sua porque acreditava que pertencesse a Junghyun e não a Jungkook. As sombras fizeram com que não enxergasse com clareza, que avaliasse mal...

A batida na porta o fez afastar os pensamentos malucos de sua cabeça.

— Entre.

Ele entrou. Não havia sombras nesse momento. Tae conhecia aquelas feições. O maxilar bem definido, os olhos escuros, o cabelo antes sempre preto agora tingido, como Jungkook…

— A empregada disse que você não saiu para o café da manhã e nem pediu por ele. Eu queria saber se você está bem.


O timbre grave da voz dele.

— Tive dificuldade para levantar esta manhã.


O ruivo se aproximou.


— Você está doente?


O vinco profundo na testa, a preocupação nos olhos. Tae conhecia essas características dele tão bem quanto conhecia a palma da própria mão. Ele o conhecia tão bem quanto a si mesmo. Embora os dois tivessem admitido mudar durante a separação, a essência deles não devia ter mudado. Ainda assim, algo fazia com que ele o evitasse, e não podia ser nada relacionado ao luto. Seria um sentimento de culpa por mau comportamento? Longe dos olhos,longe do coração, esse tipo de coisa?


— Você praticou enquanto esteve longe?


O Jeon arqueou as sobrancelhas e franziu ainda mais a testa.

— Perdão?


Atormentado por sua própria desconfiança, Tae engoliu em seco.


— Você beijou outras pessoas enquanto esteve fora? Eu sei que foi um longo tempo de separação…


— Tae. — Ele se ajoelhou ao lado do loiro, segurando sua mão entre as dele,antes que Taehyung conseguisse extrair o restante daquelas palavras medonhas. A mesma pose que ele tinha feito quando o pediu em casamento.

— Seu marido nunca lhe seria infiel.


— Você é meu marido. Por que está falando de si mesmo na terceira pessoa?


— Só quero dizer que qualquer homem que tivesse a felicidade de ser seu marido iria adorá-lo a ponto de não pensar em mais nada, em nenhuma outra pessoa.


Qualquer homem. Incluindo eu. — Ele apertou a sua mão. — Por que você pensa que eu beijei outra pessoa?


Tae baixou os olhos para as mãos dele, com uma nova força, as veias e músculos sobressaídos.


— Os beijos da noite passada me lembraram... — A memória era falha. Taehyung sabia disso. Aquele beijo no jardim... não tinha sido como os da noite passada, mas havia algo de semelhante. — ...estavam tão urgentes.


— Nós estivemos separados algum tempo. Um pouco de urgência é esperado, eu acho.


— Mas a noite anterior…


— Foi contida pelo luto. — Erguendo uma das mãos, ele aninhou o rosto do Kim, erguendo seu queixo até os olhos dos dois se encontrarem. — Juro para você, pela alma do meu irmão, que eu não beijei nenhuma outra pessoa enquanto estivemos longe. Não fui para cama com ninguém.


Tae encarou os olhos expressivos do marido e não viu nada além de honestidade e sinceridade.


— Eu me sinto um idiota.


— Não se sinta assim. Você precisa sempre poder dividir suas preocupações comigo. É minha função tranquilizá-lo, deixar claro que tudo está bem.


Com uma risada constrangida, o Kim levou a ponta dos dedos à testa.


— Não sei o que eu estava pensando.

Envolvendo os punhos de Taehyung com as mãos, o Jeon baixou os braços dele,aproximou-se e roçou os lábios do Kim com os seus.


— Vou me esforçar para fazer um trabalho melhor e conter minha paixão.


— Não, não faça! Eu admiro sua paixão. Ela parece maior do que antes. Talvez a ausência faça crescer mais do que apenas o afeto.


— Sim, terei que concordar. Agora é melhor você comer alguma coisa.


Depois de se levantar, ele andou até a porta, parou ali e olhou para trás.


— Nada jamais permanece igual, Tae, não importa o quanto nós possamos desejar.


E assim ele saiu, fazendo com que o Kim imaginasse o que, exatamente, ele quis dizer com isso.


Notas Finais


Opa... Não sei o que dizer... Nos vemos nos comentários?
😋😋😍


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...