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História Promessa - Capítulo Único


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


► O enredo, ligeiramente alterado, pertence a mais um clássico da Disney: Frozen.
► Todos os créditos da capa pertencem à maravilhosa Ysbelieber, do blog Castle Edits.
► Sou doida por este casal, mas só agora decidi escrever algo sobre eles. Penso escrever algo mais desenvolvido deles posteriormente. Aqui, apenas quis deixar uma ideia bonita e simples do que este casal representa para mim.

Capítulo 1 - Capítulo Único


O reino de Arendelle era encantador. Circulado por água cristalina, a tranquilidade reflectia-se nas flores e paisagem daquele espaço. Vários viajantes procuravam a ilha, comovidos por sua riqueza e prosperidade durante três décadas. No entanto, nunca ninguém olhava para além dos portões do castelo da região. As portas fechadas era um mistério que atraía diversas cortes, tentando descodificar a origem para tal posição.

Apesar da bondade da rainha e das suas filhas…

Da sabedoria e da clemência do rei…

Havia um segredo... Um terrível segredo.

A primogênita dos reis, Elsa de Arendelle, possuía um poder misterioso. Magnífica, conseguia criar gelo e neve, brincando com eles desde criança. Desde que nasceu o possuía, seus pais, apesar de não compreenderem aquele acontecimento, sorriam pela admiração da sua segunda filha, Anna, encantada com os bonecos de neve que as duas irmãs construíam.

Eram dias felizes, sem qualquer medo. Até que um dia tudo mudou, o poder encantador tornou-se uma maldição. Elsa e Anna brincavam inocentemente, como todas as outras vezes, a mais velha atirava bolas de neve, enquanto a mais nova gargalhava correndo, mas Elsa escorregou no gelo, e acertou na cabeça da irmã. A loira sentiu frio pela primeira vez quando assistiu a irmã cair inerte… Um frio que vinha de dentro, que congelou sua alma. Teve medo, de si… do seu poder. Correu até Anna, a abraçando, gritando e chorando por seus pais, enquanto uma camada grossa de gelo reflectindo suas emoções cresceu, subindo pelas paredes.

“— O que você fez, Elsa? “

“— Eu… Foi um acidente. Me perdoe, Anna. “

O curto diálogo com seus pais fez com que Elsa percebesse que ela era perigosa. Um monstro por ter tais poderes dentro de si. Notou uma madeixa branca substituir a cor marrom dos cabelos da irmã, branco como a neve.

Seus pais foram durante a calada dessa noite ter com um troll amigo e este explicou a Elsa que o seu poder era muito forte, que iria crescer e ela precisava de ser responsável e controlá-lo. Anna ficaria bem, pois o gelo atingiu apenas a sua cabeça. Mas se fosse no coração… Ela teria morrido. A consciência dessa realidade transformou drasticamente a rotina das duas irmãs inseparáveis. O castelo de Arendelle fechou as portas, e nublou os dias felizes dentro dele. Elsa trocou de quarto, isolando-se. E Anna não se lembraria nunca que ela tinha poderes, uma vez que o troll trocou as suas memórias. Ela não lhe poderia fazer mais mal. As gargalhadas foram substituídas por lágrimas.

Todos os dias, Anna procurava a irmã… Cantava para irem brincar na neve…

E todos os dias, encostada na porta, Elsa dizia à irmã para ir embora…

— Eu sou um monstro. —A voz chorosa da criança de dez anos ecoou pelo quarto, mas não foi ignorada.

— Errado, Elsa. Você não é um monstro. Seus poderes não mudam aquilo que o seu coração é. —Um jovem de idade aproximada da princesa, sorriu enquanto limpava as lágrimas da loira.

Seu nome era Jack Frost. Para muitos era um mito, uma personificação da geada e do frio. Mas ele era muito mais do que isso, ele é o guardião do Inverno. Ele encarregava-se de criar e manter as condições da estação mais fria do ano. Sua felicidade era observar os outros sorrirem brincando na neve, mesmo que não o conseguissem enxergar de volta. Apesar de ele ser um guardião como o Pai Natal, o Coelho da Páscoa ou a Fada dos Dentes… ele era invisível para todos. Ninguém acreditava na sua existência. Ou, quase ninguém.

Elsa não conhecia o seu mito, ainda assim o enxergou desde a primeira vez que se encontraram por casualidade. Sempre presa às responsabilidade e o peso dos seus poderes fortes impediram que seus pais lhe narassem histórias comuns à infância. Provavelmente, teriam sido os seus poderes semelhantes que a fizesse enxergá-lo: ambos traziam o Inverno eterno.

Isso tanto tinha um toque especial mágico, como solitário. Ambos eram invisíveis para as suas sociedades, incompreendidos e mal julgados.

Porém, eles compreendiam-se. Mas Jack queria muito mais do que isso… ele queria que Elsa voltasse a brincar na neve, que fosse feliz. Ele era o seu guardião, e iria preservar a sua felicidade.

E numa doce e inocente amizade, o amor floresceu na estação mais fria e improvável. Com os dias, Elsa voltou a sair do quarto, retomando às brincadeiras com a irmã mais nova… O controlo de seus poderes estava voltando. O amor estava derretendo o gelo incontrolável e destrutivo.

Os pais observavam as suas duas lindas filhas brincarem. E as duas correram em direcção a eles, em meio de abraços e atirando bolas de neve uns aos outros, Elsa encontrou Jack pairando pelo ar, sorrindo para ela. Ela correspondeu ao sorriso, envergonhada, notando que mais ninguém o estava conseguindo observar e que isso não o incomodava.

Ela o estava vendo afinal, e continuaria a vê-lo. Para sempre.

Elsa rodou as mãos, fazendo com que pequenos cristais voassem sobre seus dedos, formando um coração de gelo levando-o até Jack que a observou surpreso, recebendo o coração feito por ela. O guardião notou que aquela neve nunca iria derreter, era semelhante ao boneco Olaf. E por um momento, as lágrimas quase surgiram em seus olhos com tantos significados e emoções com que aquilo poderia ser interpretado.

Para Anna e os seus pais, Elsa apenas criara algo novo, não entendendo nada do que estava acontecendo. Porém, a loira sussurrou para que apenas o seu guardião a escutasse.

— Eu farei eles acreditarem; um dia. —Aquela era a palavra da futura rainha de Arendelle afinal. Todos enxergariam um dia Jack Frost. Era a sua promessa de gratidão e amor. Porque naquele dia, Jack também fizera com que todos a deixassem de temer.

Ela estava livre do medo e da solidão, porque Jack nunca desistiu dela. E Elsa nunca iria desistir dele também.



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