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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Quadraginta novem


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 49 - Quadraginta novem


Os ferimentos nas pernas de Eiden eram bem graves, demorou quase a noite toda para os viajantes tratarem do amigo. As ervas medicinais não bastaram, Clare teve de fazer curativos e instruir Chris para fazer pontos. Ao fim de tudo, Eiden caiu no sono, e Clare declarou que ele parecia estar fora de perigo.

- Ainda bem... – Disse Chris, aliviado.

- Novamente ele se salvou por um milagre. – Disse Feanor, suspirando. – Ele poderia ter perdido as pernas...

- É verdade, muitos nervos e veias foram danificados, mas nenhum que causasse a perda das pernas. Se o leviatã tivesse mordido com mais força, ou precisão, aí seria outra história... – Disse Clare.

- Nossa, ficamos tão preocupados com o Eiden, que esquecemos completamente do ataque do leviatã! – Disse Penny, exausta. – Aquilo sim foi a coisa mais assustadora que vi na minha vida!

- Pois é, e parece que não nascemos mesmo para desbravar o mar, afinal sofremos vários ataques nesse tempo, o mar nos castigou bastante...e para completar, os dois barcos que pegamos foram perdidos. – Disse Feanor.

Mesmo que não tenha sido com a intenção de descontrair, as palavras de Feanor desencadearam risadas entre os viajantes. Mas logo voltaram a pensar no que fariam a seguir, principalmente com o estado de Eiden.

- Precisamos continuar amanhã, mas o Eiden não poderá andar por um tempo eu acho... – Disse Chris, preocupado.

- Com certeza, e mesmo quando melhorar, suas pernas não vão voltar a ser como antes. Para que ele se recupere logo, ele precisa de repouso total. – Disse Clare, séria.

- Não será bom nem para ele, e nem para nós se o levarmos... – Disse Penny, pensativa.

- Fico com receio em deixa-lo aqui sozinho, mas acho que não temos outra escolha. Ele pode nos encontrar depois pelo nosso cheiro. – Disse Feanor.

Chris ficou resmungando e pensando mais um pouco, ele não queria seguir sem levar Eiden junto, mas também sabia que não seria bom para ele ir junto com eles do jeito em que estava.

- AH! TIVE UMA IDEIA! – Disse Chris, empolgado.

- Calado! – Disseram os viajantes, tapando a boca de Chris.

- Desculpem... Bem, escutem só: o Nique pode leva-lo nas costas! Estarão seguros no céu e, depois que Eiden melhorar, ele pode voltar para nós mais facilmente! – Disse Chris.

- Oh... É uma boa ideia mesmo. – Disse Feanor, surpreso.

- Sim! Ótimo Chris! – Disse Clare, contente.

- Assim ele estará indo com a gente de todo jeito! – Disse Penny, animada.

- Então vou preparar uns remédios com minhas ervas, e colocar em uma bolsa tudo o que ele vai precisar, inclusive comida e a água dele. – Disse Feanor, se levantando.

- Vou preparar mais curativos então, ele vai precisar trocar algumas vezes! – Disse Penny, determinada.

- E eu vou ficar com o Eiden, vou usar minha magia para que ele durma bem. – Disse Clare, indo até Eiden.

- E eu...hum...acho que vou dormir mesmo... – Disse Chris, sem graça.

Na manhã seguinte, todos já estavam prontos, e haviam arrumado as coisas de Eiden também. Então o rapaz dragão despertou, e todos tomaram café da manhã juntos; aproveitando o momento, Chris contou a ideia que teve na noite passada, e o restante instruiu Eiden de tudo que ele teria de fazer sozinho até melhorar.

- Entendi... Me desculpem, estou dando trabalho demais... – Disse Eiden, tristemente.

- Não diga isso! Eu quero ver você bem, e quero que volte para nós logo! – Disse Chris, sorridente.

- Prometa que vai seguir à risca o que dissemos! Se não, não melhorará! – Disse Clare, séria.

- Sim, sim! Farei tudo direito! – Disse Eiden, nervoso.

- Eu tenho certeza de que voltará bem em breve, os dragões se recuperam bem rápido. Especialmente você. – Disse Feanor, confiante.

- É mesmo! Você já passou por coisa bem pior meu amigo! – Disse Penny, rindo.

- Obrigado por me lembrar... – Disse Eiden, sem graça. – Mas sim, vou melhorar logo, e voltarei para junto de vocês! Até lá, cuidem-se, por favor.

- Claro! – Disse Chris. – Bom, já que estamos de barriga cheia, vou chamar nosso amigo!

Chris prontamente começou a assobiar, e em poucos minutos Nique, o grifo, apareceu. Nique ficou surpreso e levemente preocupado ao ver o estado de Eiden, mas Chris logo explicou todo o ocorrido e o que teriam de fazer agora. Com tudo acertado, Eiden foi colocado nas costas de Nique e Clare lhe entregou a mochila com os remédios, curativos e mantimentos. Após isso, Nique alçou voo e desapareceu no céu junto com Eiden.

- Muito bem, vamos ao pântano! – Disse Chris, determinado.

Os viajantes não precisaram se afastar muito da costa para entrar na área do pântano, todo o lugar fedia muito e era coberto por névoa; Chris e seus amigos seguiram o caminho cobrindo os rostos com um pano. Havia muitos gêiseres de água quente, e algumas poças bem fundas que eram grudentas e, se ficassem presos, começavam a afundar. Foi exatamente o que aconteceu com Chris logo no início.

- ME PUXEM! ESTOU AFUNDANDO! – Gritou Chris, nervoso.

- TENHA CALMA! – Gritou Feanor, puxando Chris com todas as forças.

- PARE DE SE DEBATER ASSIM! – Disse Penny, também puxando Chris.

- Aguente firme! – Disse Clare, ajudando também.

Chris conseguiu se libertar com a ajuda dos amigos, e esse foi o único maior problema deles até o fim do pântano. Estranhamente, eles não entraram em nenhum embate ali, só ganharam muita tensão e estresse por não terem certeza do que encontrariam por ali. Foram dois dias até atravessarem o pântano e, após saírem, não encontraram um ambiente muito diferente: o solo era pedregoso e bem pobre, havia várias árvores podres por toda parte, nenhum animal a vista e o céu estava quase que coberto por nevoa espessa. Os viajantes se sentiam muito mal a cada passo que davam adiante.

- Que terrível, acho que aqui deveria ser uma floresta... – Disse Clare, tristemente.

- Tudo cheira a morte aqui, é bem assustador! – Disse Penny, incomodada.

- Quanto mais chegarmos perto do Reino de Inflayster, mais veremos disso.... Para vermos tal cenário, quer dizer que já não estamos muito longe. – Disse Feanor.

- Sim, finalmente estamos chegando lá...e vou poder encontrar minha irmã! – Disse Chris, sério.

Enquanto a viajem dura de Chris e seus amigos prosseguia, Deysmon foi atualizado da chegada deles no pântano pelos seus espiões, entre eles a harpia. Deysmon, dessa vez, não sentiu raiva pelo avanço dos viajantes, ele estava com um sorriso perturbador em seu rosto. Pazugorn estava no salão do trono, junto ao demônio, e estava sinceramente irritado com o progresso de Chris.

- Eu entendo bem sua fúria Pazugorn..., mas não precisa ficar assim, pois tenho um plano para acabar com eles de uma vez por todas. – Disse Deysmon, sorridente.

- Então minhas tropas poderão agir!? – Disse Pazugorn, surpreso.

- Sim, mas antes deixe-me revelar a minha ideia. – Disse Deysmon, se levantando.

- Sim, meu rei! – Disse Pazugorn, sério.

- Teresa já está quase pronta para abrir o portal, ela está muito forte, eu sinto..., mas ela ainda resiste, mesmo que não me diga. Há uma hesitação constante nela, e eu pretendo acabar com isso também. – Começou Deysmon. – Ela usa um colar irritante sempre, ele está coberto pela magia de sua mãe, a deusa Sophia, e por isso não posso sequer tocar nele. Então, Pazugorn, quero que vá até seu quarto e tire esse colar dela, pode usar a força se for preciso, desde que não a danifique muito.

- Perdão, mas ainda não entendo em que isso vai atrapalhar o progresso daqueles vermes... – Disse Pazugorn.

- Acabamos de saber que eles encontraram nosso leviatã, e não saíram bem de lá. Quando for ao encontro da princesinha, eu quero que diga que seu irmão morreu pelo leviatã, faça com que ela acredite nisso. Se ela perder a coisa que mais ama, e a única que lhe fornece esperança, ela será minha por completo! – Disse Desymon, sério. – Com o colar dela em suas mãos, quero que parta com seus ogros e encontre aqueles invasores. Você precisa mostrar o colar de Teresa para Chris, e fazer com que ele acredite que ela morreu. Creio que ele ainda não sabe de sua origem e do papel de sua irmã no meu plano...

- Entendo agora, com a motivação dele destruída, será mais efetivo mata-lo. E com o fim dele, seus seguidores também cairão... É um excelente plano meu senhor, e já sei o soldado perfeito para acabar com aquele rapaz. – Disse Pazugorn, sorrindo cruelmente.

- Ótimo, agora que entendeu, vá preparar seus homens, e os deixe saber do meu plano. Assim que pegar o colar de Teresa, poderão partir. – Disse Deysmon, rindo.

- SIM, MEU REI! – Disse Pazugorn, se retirando do salão.

Chris e Teresa estavam determinados em seguir em frente, e com esperanças de se reencontrar. Porém, não tinham como saber que as forças das trevas agiriam com mais crueldade sobre seus destinos, colocando suas vidas, e o destino do mundo, em grande risco. 



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