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História Prometida - Encontros


Escrita por: Jwoanin

Capítulo 9 - Encontros


Hiashi sentou-se na sua cadeira em exaustão, fazia dias que estava tentando reformular as leis internas do clã, para que seu sobrinho assumisse como líder, no entanto, o conselho permanecia solido em sua decisão de não acrescentar a ementa a lei, onde membros próximos, porém de não linhagem da primeira família herdassem o cargo. Em outras palavras, teria que ser um filho direto, de sangue azul e titulo honroso – suspirou frustrado – somente Hanabi seria aceita sem barreiras. Mas era nova e impulsiva demais.

– Case-os vossa graça – disse seu conselheiro Koh.

– Não, definitivamente uma união entre Neji e Hanabi iria trazer conflitos – pousou os cotovelos sobre a mesa de madeira branca refinada, um presente da família real de Suna, em seus pêsames pelo sumiço da primogênita, Lady Hyuuga Hinata, condessa e herdeira da liderança do clã. Não haveria um só dia que não sentisse falta de sua filha, e que não lamentasse seu súbito desaparecimento.

– Se me permite meu senhor, por que treinar Neji para ser o líder, se vossa senhoria sabe que ele não será aceito? – Koh levantou os olhos, com uma sobrancelha arquejada em dúvida.

– Fé meu caro, é algo digno de se manter.

O maior umedeceu os lábios e se limitou a sorrir descrente, voltando-se para a legislação em sua mesa, vagando os olhos pelas ementas e incisos, buscando uma brecha, mesmo que pequena, que pudesse agir em seu favor, era uma pena e uma honra que seus ancestrais houvessem criado as leis de forma imutável.

– Conde Hyuuga, o mensageiro de seu sobrinho trás um comunicado importante – disse um de seus servos por detrás da porta ainda fechada.

– Mande-o entrar – disse seco.

Hiashi endireitou-se na cadeira de forma desconfortável, Neji nunca atribuía trabalhos para Kayto seu mensageiro, sentiu um arrepio correr por entre suas costas quando o viu entrar ofegante, quase como se tivesse vindo às pressas, e por um momento tortuoso, o moreno temeu o pior.     

– Irei me retirar senhor – disse Koh, saindo tropeço da sala.

Kayto parou diante o líder do clã, abrindo lentamente a mensagem envolta em um papel meio amassado, respirando fundo, provando o ar de forma descompassada, transformando aqueles pequenos segundos em horas para o Hyuuga. 

– “Conde Hyuuga Hiashi, meu tio, e líder do clã ao qual sou subordinado. Venho por meio dessa clamar encarecidamente que venha sem delongas para o castelo real, moradia de vosso rei e rainha, porque por um milagre de nosso Deus, ao qual fomos sempre tão fieis e gratos, nós a encontramos...”

O mundo pareceu parar, pode observar em câmera lenda a fala proferida pelo mensageiro, um suor frio escorreu pela lateral de seu rosto, e seu coração martelava sangue em suas veias e artérias de forma frenética, enquanto as pupilas peroladas eram dilatadas em urgência.

– ...Hyuuga Hinata, encontramos sua filha meu senhor.”

...

O príncipe acordou de forma preguiçosa, se acomodando melhor na cama, percebendo que tinha um peso acolhedor sobre o peito, desceu os olhos azuis e se deparou com a morena dormindo ali, com as bochechas coradas e os fios negros de seus cabelos espalhados de forma graciosa, se permitiu rir de como ela parecia serena assim.

Levantou uma das mãos e passeou pelo rosto angelical, sentindo a textura da pele e a respiração quente e calma em seus dedos, notou a tonalidade de seus cílios, longos e sedutores, tão negros quanto seus cabelos , e a boca rosada entreaberta, em forma de coração, contornou-a com o polegar, despertando a menor, que abriu os olhos bonitos.

– Perdoe-me, minha intenção não era acordá-la – disse sorrindo, mostrando as fileiras de dentes brancos e bem alinhados, estava lindo, e isso a fez corar de forma mais violenta – oh, bom dia minha querida.

– B..Bom dia – respondeu-lhe baixo mexendo-se de forma brusca, escondendo a cabeça no peito do loiro, fazendo com que o lençol escorrega-se até sua cintura, revelando as costas nuas de sua ex-prometida.

Ele abraçou o corpo frágil da menor, com cuidado para não machucá-la, tocando sua pele exposta com os dedos, subindo e descendo pela coluna da morena, que gemeu manhosa com o carinho, depositando um beijo cálido na clavícula de Naruto.

Ele suspirou, tinha que ir ao gabinete de seu pai tratar a liberdade dela, e imaginava que Hiashi chegaria a qualquer momento para vê-la, temeu perde-la, mesmo que sua mãe a rainha houvesse sugerido a retomada do contrato matrimonial entre o clã Hyuuga e o reino de Konoha, depois de tudo o que a menor passou, o Conde poderia simplesmente não aceitar mais a união, e assim, ela seria entregue para outro homem, um homem que naturalmente não poderia ser ele.

No entanto, há problemas maiores, aparentemente Hinata é sua ex-noiva, uma Condessa de sangue azul; e ele se deitou com ela mesmo sabendo de sua linhagem, e é claro, a fornicação entre membros da primeira e segunda classe era estritamente condenada, o ato sexual fora do matrimonio só era permitido entre a terceira e quarta classe, e ainda assim, de forma sigilosa. Além disso, existia o maior problema de todos: ele a amava, e não abriria mão dela sem resistir.

Estreitou mais os braços em volta dela e beijou-lhe o topo da cabeça, suspirando mais uma vez, deixando que o cheiro doce da menor lhe enchesse os pulmões, tragando seu perfume.

– Sinto muito Lady Hyuuga – disse baixo – minha intenção não foi usá-la.

– P...Por favor senhor meu dono, o senhor também não acredita que eu possa mesmo ser a C...Condessa Hyuuga – disse gemendo frustrada – Minha família me vendeu senhor, me vendeu para adquirir títulos.

– Sinto dizer que esta equivocada – disse rindo sem graça – sua família é a mais rica do reino, até mais que vosso rei e rainha, além de justos, eles jamais a venderiam. De qualquer forma, é uma honra ter conhecido minha ex-noiva – ele passeou os dedos pela extensão dos fios negros dos cabelos de Hinata, que soluçou ameaçando chorar.

– Não posso ser... isso é somente um sonho ruim – a menor soltou em um sussurro, como que para si mesma.

– Está dizendo que faço parte de um pesadelo seu? – disse em um falso tom de ofensa.

– Oh perdão senhor meu dono...

 – Naruto – ele a interrompeu – Não precisa ser tão formal ao se dirigir a mim, não mais.

– Não quis lhe ofender senh... Naruto – a voz era carregada de uma tristeza mal disfarçada, além de uma grande quantidade de desconforto. Ele percebeu, tocando-lhe a face ruborizada com gentileza.

– Seria uma boa ideia se trocar Hinata, seu pai logo irá chegar para vê-la.

– M...Meu pai? – os olhos se esbugalharam em surpresa, e ele sorriu solidário levantando-se da cama, estendendo a mão para a Hyuuga, que corou pela nudez dele.

Ela segurou a mão estendida vacilante, ficando de pé na frente do loiro, que dirigiu um olhar malicioso para a pele exposta da menor, estendeu uma mão tocando-lhe a lateral do corpo, subindo os dedos até a marca arroxeada que manchava a pele leitosa tão uniforme, sentiu o sangue martelar nos ouvidos de forma brusca, e mais uma vez a raiva encheu o coração do Uzumaki.

– Quem lhe fez isso senhorita? – disse com o maxilar tenso – sabe que a ideia de um ladrão no castelo real é absurda.

O príncipe a olhou de forma atenta, e soube quando o sangue deixou seu rosto por um minuto, voltando com a cor rubra segundos depois, que ele estava certo em não acreditar naquela versão, observou enquanto o olhar dela ficou tremulo desviando dos azuis deles de maneira nervosa, e chegou a segunda conclusão daquele dia: ela não diria “quem” ou “o que” de fato aconteceu, pelo menos, ainda não.

Suspirou frustrado a abraçando em seguida, levantou o rosto delicado beijando-lhe os lábios de forma lenta, provando-os sem aprofundar o ato, simplesmente a consolando de uma forma mais intima.

– Vem, vamos tomar um banho – disse conduzindo-a até o banheiro.

...

 

Hiashi chegou ao castelo no final da tarde, havia solicitado ao cocheiro que usasse os cavalos mais velozes que estivessem disponíveis no estábulo, o resultado disso foi um ganho de duas horas de viajem. Sentiu o vento acariciar-lhe o rosto de uma forma delicada, e deixou-se imaginar que aquilo era uma manifestação de sua falecida esposa, implorando-lhe que permanecesse calmo.

As mãos grandes do homem ainda tremiam desde que recebeu a noticia do mensageiro de seu sobrinho, e não podia culpar-se por ter duvidado das palavras dele.

.

“– ...Hyuuga Hinata, encontramos sua filha meu senhor.

A sala permaneceu em um silencio incomodo por alguns minutos, naturalmente Kayto esperava uma ordem para que pudesse em fim, se retirar daquela atmosfera pesada, no entanto, esse pedido não veio como esperado. Todos, inclusive ele tinham conhecimento do sumiço da pequena Hyuuga Hinata, e dos incontáveis processos de busca que o clã foi submetido para que pudessem encontrá-la. Tudo em vão, e sem resultado.

Apesar de não ter uma ligação intima com a linhagem da primeira família, foi solidário com a perca da menina, e mais tarde, com a morte da mãe da menor, que morreu de depressão pós-parto mais o desgosto pelo desaparecimento da primogênita, foi um ano de muitas percas, e de muitas lástimas para todos.

– Está caçoando de minha cara senhor? – a voz de Hiashi veio forte e estrondosa, e todos os pelos dos braços de Kayto levantaram-se em um arrepio doído.

– Não meu senhor, estou simplesmente seguindo ordens de vosso sobrinho, Conde da segunda família Hyuuga – disse alto e de forma clara, mantendo o respeito palpável na voz.

– Pode se retirar, e chame Julius o responsável pelo estábulo – observou o mensageiro sair do cômodo com uma expressão aliviada, enquanto o líder levantou as mãos tremulas até os cabelos com alguns fios brancos.

– Minha filha – disse descrente com os olhos marejados, antes que Julius atravessasse as portas do ambiente ofegante.”

.

Parou na entrada do castelo descendo da carruagem, observou a fachada bonita envolta do jardim extenso e alongado, assemelhando-se a um pequeno bosque, mas aquela era somente uma das entradas, a dos fundos, para ser mais exato. Ouviu seu nome ser anunciado antes de finalmente ser autorizado a entrar, foi instruído e acompanhado por um dos servos reais até gabinete do rei, entrou sem cerimônia e lá encontrou Hanabi e Neji sentados em uma mesa junto com Minato e o príncipe Naruto.

– Pai – soltou sua filha menor em surpresa.

– Pelo visto Kayto foi muito eficiente – disse o rei elogiando os serviços do mensageiro de Neji.

– Onde... Onde ela esta? – perguntou o mais velho com a voz tremula, andando em passos lentos até as figuras sentadas na mesa – Onde esta minha filha?

– Está na sala ao lado com a rainha. Estávamos esperando sua chegada – disse Minato baixo – precisamos te informar de algumas coisas antes que possa vê-la.

O loiro apontou para a cadeira vaga ao seu lado esquerdo,  a sala em que estavam eram ampla, com uma mesa de escritório de madeira escura, e uma lareira ao lado, no outro canto havia uma mesa de reuniões para oito pessoas, estavam acomodados dela, sentou-se então a esquerda do rei, em uma cadeira acolchoada vermelha, de forma desconfortável.

– Respire meu tio – disse Neji alertando-o, só então percebeu que estava prendendo a respiração.

– Como sabem que é ela? – perguntou o líder rápido – muitas outras jovens já tentaram se passar por minha filha.

– Sim, sabemos disso meu pai – respondeu Hanabi mantendo a voz controlada – mas dessa vez, é ela quem não sabe que é sua filha. Nós a reconhecemos, Neji e eu. Trombei com ela acidentalmente nos corredores, e bem... é ela, os olhos Hyuuga, e a semelhança com minha mãe, assombrosa – disse gesticulando nervosamente com as mãos.

– O senhor sabe tio, eu nunca o chamaria com urgência aqui, se não estivesse certo que é ela.

– Ela não sabe? Não sabe que é uma Hyuuga? – perguntou surpreso – mas o que infernos ela estava fazendo aqui?

– Agora vem a parte difícil de explicar – soltou a menor com os olhos marejados – ela foi entregue como prometida do príncipe.

Naruto finalmente olhou para o líder do clã mais poderoso de Konoha, passou as mãos pelos fios loiros e umedeceu os lábios, estava com a testa franzia e o maxilar tenso.

– Hinata foi entregue a mim, como uma subordinada – disse baixo, mantendo o contato visual – ela acredita que foi vendida pelos pais para a quarta classe, por títulos de nobreza, aparentemente, ela não acredita que possa ser a Condessa.

– Uma subordinada... Você se deitou com minha filha? – disse postando-se de pé de forma furiosa – a machucou?

– Sim, eu me deitei com Hinata – disse firme, sem se abalar pela posição ou fala de Hiashi – mas eu amo sua filha, da mesma forma que ela foi criada para me amar. E por isso, eu nunca ousaria machucá-la.  

Um silêncio se instalou pelo cômodo, enquanto todos olhavam surpresos para o príncipe, uma declaração aberta assim era raro, feito somente pelos mais corajosos e certos, nem mesmo o próprio rei, já havia na vida dito abertamente para outras pessoas que amava sua esposa, mesmo que a amasse mesmo, a declaração disso é intima.

Hiashi sentou-se novamente na cadeira, respirando fundo.

– Quero conversar com Orochimaru, o líder da quarta classe. Ele sabia que a minha primogênita havia sumido, e saber que ele a estava criando é um ultraje.

– Ele sumiu vossa graça – disse Neji baixo – estamos procurando-o desde ontem, mas aparentemente ele abandonou o posto há semanas. Ninguém sabe seu paradeiro.

Iam dizer mais alguma coisa quando a porta foi aberta, e duas figuras entraram devagar, Kushina sorriu sem graça se desculpando silenciosamente com o olhar, enquanto era acompanhada por Hinata, ela estava linda, com os cabelos longos soltos, e vestindo um Kimono de seda tradicional branco com flores de cerejeira, olhava para o chão com as bochechas ruborizadas.

– Perdoem-me, mas ela gostaria de vê-lo senhor Hiashi – disse a rainha solidária.

A morena levantou os olhos e os focou no suposto homem que deveria ser seu pai, sentiu um calor acolhedor quando o viu se levantar e correr até ela, lhe abraçando enquanto chorava.

– Minha filha... Minha Hinata...

Ela sorriu com os olhos marejados e o abraçou de volta, aquele cheiro de sol e terra, sim, ela se lembrava vagamente daquele cheiro.

   


Notas Finais


Creemdeuspai, como vocês são cruéis G-G estou levemente assustada com os #morteashion de vocês, tivemos de tudo! cremada e enterrada vida, esquartejada, decapitada, ENVENENADA, genteeeeeeee, acho que nunca vou atrasar um capitulo, já pensou se vocês ficarem estressados e eu sei lá... explodir do nada? hahahahaha bem, muito obrigada pela opinião de vocês *-* ajudam muito.

Sobre o capítulo TCHATCHARARAAAMMMMM *música de efeito fail* tio Hiashi chegou, e a treta já começa hohohoho bem, as coisas vão ficar mais claras com o tempo, e você querido leitor, que acha que já manjou as tretas todas! sinto informar que você está... certo haha eu notei que sou muito previsível, mas o tio Orochimaru vai surpreender ocêis tudo (voz de caipira que é sucesso) oremos! rs


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