História Promised (Klaroline) - Capítulo Dois

Pov Autora

Os olhares de ambos se sustentarão. Klaus sentiu que havia algo familiar em Caroline ele só não sabia o que era. Será seu olhar? A cor dos seus olhos? Seu corpo? Ele queria saber o que era. E naquele instante, ela deseja desesperadamente beijar aquele homem que estava parado na sua frente e que horas atrás era um mero desconhecido que chamou a sua atenção em meio a dezenas de homens que estavam naquele noite no Falls South só para vê-la dançar. E que agora está se tornando seu chefe. Aquela aproximação entre ambos foi o suficiente para ver o seu rosto, sentir o seu perfume que era tão cheiroso que fazia Caroline querer inspirar mais e mais. E ver aqueles belos pares de olhos verdes que estava fazendo seu corpo todo formigar de tanto desejo.

E Klaus se aproximou o mais perto ainda para ver quais verdades repousavam sobre aqueles olhos azuis que o encarava sem demonstrar nenhum medo. O dia para eles estavam apenas começando. Klaus se recompôs e tentou voltar a sua atenção no seu problema familiar, o fato que seu irmão estava levando a falência o único bem que seu falecido pai deixou.

— Se vemos amanhã, senhorita Forbes – disse ele com uma voz séria de quem não demonstra fraqueza, nem diante da mais bela mulher que já viu na vida.

Caroline apenas acenou com a cabeça, pegou sua bolsa e saiu da sala. Klaus andava de um lado para o outro, queria focar no trabalho mas não conseguia tirar Charlote e nem Caroline da cabeça.

Ele sabe que vai ver Caroline todos os dias e naquele andar só vai ficar os dois e mais ninguém, mas que vai passar a maior parte do tempo na sua sala na qual ele mal sai a não ser para almoçar, ir embora ou quando tem alguma reunião importante que precisa da sua presença.

Caroline foi imediatamente para o banheiro seu corpo estava quente, suas pernas estavam trêmulas ela tentava imaginar como seria sua vida daqui pra frente, ver seu chefe todos os dias e encará-lo com medo dele saber o seu segredo ou de perceber que está começando a mexer com os sentimentos dela.

Ela pega seu telefone que não parava de tocar e ver no visor a foto de Elena sua melhor amiga e que estava curiosa para saber como foi a entrevista.

Ela tenta controlar sua respiração que estava bastante ofegante.

— Hey Baby! – disse ela num tom mais animado.

— Hey Baby? – Elena responde já brava com a amiga por não ter respondido suas dez mensagens. ― Caroline Forbes como você pode fazer isso comigo? Eu estou aqui a horas olhando para o meu celular que por sinal quase foi parar na lata de lixo por sua culpa. Como foi na entrevista? Eu preciso saber.

— Posso responder isso com um almoço? – pergunta Caroline.

— Pode sim, sorte sua que estou com fome. Eu estou no décimo quinto andar passa aqui para me buscar.

— Ok! Estou descendo e ah! Você paga. – ela dar uma risada e desliga.

Caroline molha um pouco o rosto, retocar seu batom e arruma sua saia que estava um pouco ameaçada, ela pensa em tirar o blazer mas se lembra da marca que o Tyler deixou em seu braço ao agarrá-la com força. Quando sai do banheiro mexendo na bolsa esbarra em alguém que a segura para não cair.

— Desculpe. Mil perdões. Desculpe mesmo. – repetia ela sem ao menos ver quem é a pessoa.

— Está tudo bem, senhorita Forbes – diz Klaus com uma voz suave e ao mesmo tempo rude. ― Ainda por aqui? Eu achei que deixasse bem claro que você começa amanhã, o que faz ainda aqui? ― ele a encarava com aqueles olhos sedutores que encontravam o reflexo dela. Klaus a imaginava no seu colo entrando naquele banheiro, seus seios tocando o peitoral largo dele e ela com as pernas entrelaçadas nele. Ele a colocava sentada na pia e a tocava entre as suas coxas que ficavam arrepiadas com seus toques. Seus dedos a entreabrir, descendo para o seu toque e o seu prazer. Os dedos dele eram de encontro a sua pele rosada e sedosa puxando a sua calcinha para uma abertura ávida. Ah sim, isso estava sendo muito bom para os dois. Por favor não pare de melhor olhar assim, de me desejar suplicava Caroline com apenas um olhar.

Klaus a largou e tentou fazer com que a sua imaginação voltasse ao normal, ele precisava ou não ia se conter mais.

—Eu já estou indo embora, senhor Mikaelson – ela o respondeu com uma voz ao tom dele que sentiu uma audácia da parte dela.

Klaus entrou na sua sala e deu um soco contra a parede, ele não queria saber da dor ou se tinha quebrado algum osso da mão. Ele apenas queria Caroline ou a Charlote, nem o mesmo sabia qual delas desejava tanto. Pega um celular qualquer que fica na sua gaveta que geralmente usa quando quer contratar os serviços Camille.

— Alô! Aqui quem fala é Klaus Mikaelson

— Senhor Mikaelson, como está? – dizia a mulher do outro lado da linha. — A que devo essa ligação?

— Aya sabe muito bem qual é o motivo da minha ligação, não gosto de adivinhações e muito menos tenho uma bola de cristal.

— Soube da sua presença na noite anterior. Espero que tenha sido bem atendido.

— Quero que reservar os serviços de Charlote essa noite.

— Não posso fazer isso, desculpe senhor Mikaelson.

— Como não pode fazer isso. Eu quero um motivo e que seja convincente, ou então… – Klaus faz uma ameaça.

— Charlote não é uma dançarina qualquer e temos um contrato com ela.

— Ela é igual às outras dançarinas não vejo diferença nisso. E que tipo de contrato é esse?

Klaus já estava perdendo sua paciência, ele queria aquela mulher, queria saber o porque daquele mistério todo em esconder sua identidade que o deixava tão fascinado, a viu apenas uma noite e já a desejava.

— Charlote é diferente, senhor Mikaelson. No contrato diz que ela jamais vai tirar a roupa no palco, que não vai ter exclusivamente com nenhum cliente não importante quem ele seja e que nunca seja revelada sua verdadeira identidade.

— Mais que contra ridículo – Klaus bufou alterando seu tom de voz. ― Eu sou o seu melhor cliente e não quero saber de porcaria nenhuma de contrato, estou te dando uma ordem se não quiser me perder como cliente.

Aya não tinha escolha, não foi ela que escolheu esse contrato. Ou aceitava as exigências de Caroline ou perderia sua melhor dançarina.

— Eu sinto muito senhor Mikaelson, mas foi a nossa dançarina que escolheu isso e Vincent concordou, sei que é o nosso melhor cliente mas Charlote é a nossa melhor dançarina e não queremos abrir mão dela para satisfazer a vontade de um cliente, eu sinto muito.

—Estou te dando uma ordem e não me interessa que seu chefe é um completo de um imbecil – ele grita ao telefone. O que estava acontecendo com ele, nem mesmo Klaus sabia. Nunca tinha falado desse forma com Aya ou com outra mulher, mas não ter Charlote nem que seja por uma noite estava deixando ele maluco, teria que arrumar outra forma de tê-la em seus braços e Klaus jamais desistiria.

— Mas se o senhor quiser posso reservar os serviços da Camille.

— Escute aqui Aya se eu estivesse interessado em Camille O’Donnell teria eu mesmo ligado para ela e não perderia meu precioso tempo com essa conversa medíocre.

Caroline Forbes foi apenas uma noite se apresentar no Falls South que naquele dia precisavam de uma dançarina para cobrir Camille O’Donnell que tinha sofrido uma lesão e Caroline precisa do dinheiro para pagar o aluguel ou seria despejada e a sua única escolha seria desistir dos seus sonhos e voltar para sua cidade em Nova Jersey. Ficou sabendo da vaga por uma dançarina a cafeteria preferida de Caroline, ela não tinha nada a perder e resolveu arriscar fazendo um teste. Afinal tinha feito aulas de pole dance na academia quando ainda tinha dinheiro para ir e não seria tão difícil de se apresentar para alguns homens.

― Será apenas por uma noite. – pensou ela.

Enquanto isso Caroline estava indo encontrar Elena que a esperava ansiosa para saber como foi na entrevista se ela tinha ou não conseguido o emprego.

—Pronto cheguei, desesperada. – diz Caroline entrando na sala onde Elena estava. ― Nossa essa é a sua sala? – ela olha tudo, e umas maquetes que estavam sobre uma mesa. Era um prédio e bem grande parecia mais como um Hotel. — O que é isso? – pergunta Caroline olhando para aquela maquete.

—Isso é um Hotel. Uma perfeita obra de arte. - Uma mulher loira com um sorriso simpático entra na sala respondendo a pergunta de Caroline que olhou assustada achando que aquela mulher poderia brigar com ela ou a expulsá-la da sala. ― Elena achei as plantas que eu estava procurando. – ela coloca um monte plantas em cima da mesa.

— Caroline essa é a Freya minha chefe – disse Elena apresentando as duas.

— Então você é a famosa Caroline. – disse Freya dando um abraço nela. ― Muito prazer em conhecê-la.

— Famosa, eu? Porquê?

— Elena não parava de falar em você especialmente hoje. Vejo que fez a entrevista com o meu irmão, então como foi? Porque se eu pergunta a ele com toda certeza a meu querido irmão vai me responder.

— Hum… Então Freya quero saber também, mas Caroline não conta. – disse Elena olhando uma das plantas.

— Eu consegui sim o emprego curiosa, eu já ia te responder isso mas você não deixa eu falar. – Caroline dar um suspiro de alívio e senta na cadeira. Agora que a ficha estava caindo depois de anos sem conseguir um emprego ela conseguiu e estava cogitando sair do Falls South. ― Seu irmão me deixou com medo.

― Klaus? Achei que fosse Genevive que tivesse feito a entrevista com você, já que essa é a função dela – disse Freya que encostou na mesa e a encarou. ― Nossa… Klaus Mikaelson fazendo uma entrevista, posso dizer que algo no seu currículo despertou interesse nele. Se bem que você merecia uma posição melhor do que ser uma secretária.

— Eu agradeço muito, mas eu não ligo para isso. O salário que vou ganhar aqui já é suficiente para mais tarde eu poder arrumar um lugar melhor para morar e ajudar minha mãe – Caroline é humilde mesmo trabalhando como dançarina, ela separava um pouco de dinheiro e depositava na conta da sua mãe. Quando houve a separação dos seus pais, Caroline foi a que sofreu mais não pela separação e sim por ver sua mãe daquele jeito e ela não podia fazer nada. Por um lado foi bom ela não aguentava mais ver seu pai traindo sua mãe e ter que aguentar isso calada. ― Mas o problema é que seu irmão puxou referência do meu último emprego. – Só de pensar no que ela passou com o seu ex chefe nos dois anos e meio que trabalhou com ele, Caroline chega a ficar vermelha de tanta raiva. ― E quando ele falou que conversou com meu antigo chefe eu não consegui pensar em nada, só que perdi meu tempo vindo até aqui.

― Isso é típico dele, Klaus é muito perfeccionista ainda mas quando é para se secretária dele. Eu Já tinha falado com a Genevive que não precisava puxar suas referências porque você é uma indicação minha e também Elena me contou sobre o seu antigo chefe.

― O que importa foi que consegui o emprego e muito obrigada Freya pela ajuda.

― Ei, eu também ajudei – indagou Elena brincando com a amiga.

— Eu sei bobinha não precisa ficar com raiva – brinca Caroline dando um abraço em Elena que retribui na mesma hora

— Freya você já viu a localização? Tem certeza disso? – pergunta Elena olhando as plantas em cima da mesa.

Klaus recentemente fechou um contrato valioso e muito importante para sua empresa, construir um Hotel em Monte Carlos, ele teve que disputar com as melhores empresas de Arquitetura de Nova York inclusive com a emprese de Connor seu maior rival, isso exigiu muito dele o máximo que poderia demonstrar. Foram várias viagens, telefonemas e reuniões, ele teve que montar uma equipe com os melhores engenheiros e arquitetos para montar esse projeto e contou com a ajuda da sua irmã Freya, dos seus amigos Marcel e Stefan que está trazendo seu irmão Damon para ajudar também.

― Marcel e Stefan precisam dar uma olhada nisso, não sei como vai ser pois temos pouco tempo. Caroline eu adoraria sentar e conversar com você sobre tudo mas como você pode perceber estou atolada.

— Chefinha estou indo almoçar, prometo que não vou demorar. – diz Elena puxando Caroline pelo braço e pegando sua bolsa.

Freya se despediu de Caroline e voltou sua atenção para as plantas que estavam em cima da mesa,

Elena com sempre estava muito feliz porque sua melhor amiga vai trabalhar junto com ela e que finalmente Caroline vai sair daquele clube. Elas se conhecem desde o seu primeiro dia no de faculdade entraram juntas e se consideram como irmãs. Caroline ficou ao lado de Elena quando seus pais morreram e quando sua irmã mais velha Katherine resolveu viajar pelo mundo deixando ela e Jeremy com a sua tia Jenna.

— Então finalmente você vai sair daquele clube? – Elena perguntou enquanto aperta o botão do elevador.

— Não sei ainda. – Caroline fica pensativa. - Eu devo muito ao Falls South, principalmente a Aya e Vicent, se não fosse por eles eu não teria onde morar. – Quando Caroline chegou no Falls South querendo se apresentar só por uma noite por causa dinheiro, Aya logo notou que ela é diferente das outras dançarinas que jamais iria para cama com um cliente ou tiraria a roupa no palco. Ela não queria não concorda que Caroline se apresentasse, mais a loira é determinada, teimosa e persistente precisa do dinheiro ou seria despejada. Então Caroline subiu no palco e pediu para o DJ soltar uma música. Ao som de Let Me Love You de Justin Bieber (From Fifty Shades Darker), ela se entregou aquela música, dançava só pra ela como se naquele momento não existisse mais ninguém só ela e o palco.

Todos que estavam ali não paravam de olhar Caroline Forbes dançando inclusive um certo segurança que ficou encantado por ela Tyler Lockwood esse é o nome dele.

— Como se eu nunca tivesse te convidado para morar comigo, meu apartamento é pequeno mais onde cabe uma, cabe duas – elas entram no elevador. ― Então me diz como foi na entrevista?

— Eu sei disso e agradeço muito por isso. E sobre a entrevista foi bem… Confesso que fiquei nervosa, mais nervosa que…. Ah! Você sabe. – Caroline suspira aliviada e não conseguia tirar Klaus da cabeça e nem esquecer aquela tensão entre eles na porta do banheiro.

Talvez fosse apenas impressão dela. Mas Caroline sentia tão tensa e tão desejada que naquele momento sentiu vontade de beijá-lo, de saber como era sentir os lábios dele encostando no dela ou de chegar ao êxtase. Talvez ela deveria confessar para sua melhor amiga que seu futuro chefe frequenta o Falls South e que a viu dançar, no entanto ela não tinha tanta certeza assim de como Elena reagiria pois a mesma nunca concordou dela dançar naquele clube para vários homens e sendo um deles Klaus Mikaelson.

Entraram em um restaurante que fica perto da Mikaelson Architects. Elas tinham muito que conversar, colocar o papo em dia pois tinha duas semanas que não se falavam, por conta do novo projeto da Mikaelson Architects Elena tem trabalhado até tarde e seus finais de semana ela passava a maior parte do tempo em casa revisando as plantas ou dando um trato no seu apartamento.

Elas chegam e vão se sentar.

—Caroline já pode tirar esse blazer, não está mais na empresa – diz Elena olhando o celular que tinha acabado de chegar uma mensagem que a deixou bastante pensativa.

— Bem que eu queria mas não posso. – Caroline olha o cardápio. ― Pela sua cara de decepção essa mensagem não te deixou feliz.

― Katherine resolveu aparecer, não sei porque mas essa notícia não me deixou feliz. Sabe quando eu e Jeremy mais precisamos ela resolveu viajar, seguir a sua vida. – Elena suspira. ― Eu superei e Jeremy também com ou sem Katherine em nossas vidas, sinceramente Caroline não sei se a quero vê-la. Agora me diz porque não pode tirar esse blazer.

— Simplesmente por causa disso. – Caroline amostra para a amiga a marca que estava no seu braço. ― Querendo ou não Katherine é sua irmã, um pedaço de você e por acaso você já se perguntou se Jeremy também pensa assim? Seu irmão ainda era uma criança naquela época e nem sabia direito o que estava acontecendo.

— Me diz que isso não foi um daqueles… – Elena não consegue terminar de falar. ― Se Jeremy quer vê-la eu que não vou impedir, mas eu não quero Katherine de volta na minha vida. Somos diferentes, temos personalidades diferentes, ela só pensa nela mesma e eu fiquei ajudei nossa tia a cuidar do Jeremy e quando vi que ele já estava grande o suficiente para poder de si mesmo resolvi vir para Nova York estudar e começar uma vida nova.

— Não foi nenhum deles, foi o Tyler e por favor não me olhe assim não temos mais nada e outra sei que vocês duas têm personalidades diferente mas será que não está na hora das duas sentar, conversar e você descobrir por qual motivo Katherine foi embora aposto que ela tem um bom argumento para isso.

Tyler e Caroline tiveram um breve namoro assim que ela começou a trabalhar no Falls South, no começo ele era muito romântico mas conforme Caroline foi ficando famoso no clube Tyler foi mudando seu comportamento, ficando mais agressivo e possessivo. A relação deles começou a desandar quando Caroline foi a uma festa com Elena e Liam que na época era namorado de Elena.

Caroline dançava muito animada, o seu único hobby era dançar, desde pequena sempre gostou. Mesmo sendo de uma família humilde e pequena fazia aulas de balé, seu sonho desde de pequena era ser uma bailarina profissional o que acabou não acontecendo. Seu pai sempre colocou na sua cabeça que dança não é futuro, não dar dinheiro, não sustenta família e muito menos coloca comida na mesa. Esse foi um dos motivos que a fez desistir do seu sonho e a fez estudar relações internacionais na Universidade Colúmbia.

Caroline encontrou com um amigo que não o via faz tempo que a convidou para dançar, espontânea do jeito que ela é aceitou na hora, embalada pelo som da música Caroline balançava os cabelos e dançava. Vendo aquela cena Tyler ficou cego de ciúme, ele já tinha bebido por não aceitar que Caroline tinha o dispensando para sair com Elena. Tyler entrou no meio de todos e foi arrastando Caroline pelo braço que batia para ele largar seu braço.

― Me solta Tyler, está me machucando – gritava ela.

― Eu não aceito ser trocado.

― Do que você está falando? – Caroline continuava a bater nele que não a soltava por nada. ― Você está bêbado.

― Tyler solta a Caroline – disse Elena chegando para ajudar a sua amiga. ― Se você não soltar ela, eu vou chamar a polícia. – Elena pega o celular no bolso e amostra para ele.

― Se queria dançar para homens, dançava no clube posso te arrumar ótimos clientes que pagam bem como arrumei para…. – aquelas palavras fez Caroline se sentir ofendida, ela estava no Falls South para trabalhar e não para se vender. ― Caroline me desculpe – ele largou o braço dela. ― Eu não queria dizer isso.

― Mas acabou de dizer. Não sou uma prostituta e nem quero ser – Caroline foi em direção a Elena, seu olhos estavam cheios de lágrimas. ― É melhor você ir embora e não me procure mais.

― Você está terminando comigo? É isso mesmo.

― Era o que ela já deveria ter feito a muito tempo. – disse Elena consolando Caroline.

Caroline nunca soube que essa não era a primeira cena de ciúmes que Tyler protagonizou desde que começaram a namorar, quando um cliente encostou nela pela primeira vez no palco foi motivo para ele demonstrar toda a sua possessividade pela Caroline. Tyler não conseguiu se conter, ao tirar o certo cliente do clube o levou para um beco deu uma surra e quebrou uma das mãos dele. O caso foi abafado por Vincent e Aya que não queria perder sua melhor dançarina e nem o chefe da segurança.

Toda essa possessividade de Tyler tinha nome Camille O’Donnell no qual sempre mantiveram um caso mesmo ele namorando Caroline. Camille ama Tyler e não o queria namorando mais com aquela que pegou sua fama e nem para isso todos teriam que descobrir sobre o caso deles.

Ninguém sabe mais foi Tyler quem colocou Camille na vida de Klaus, achando que juntos poderiam arrancar dinheiro dele e se dar bem na vida.

-― Eu não acredito que você deixou aquele cretino fazer isso com você, deveria denunciar ele desde aquela época. Está vendo esse é um dos motivos pelo qual quero que você saia desse clube.

— Calma Elena, por favor, – Caroline tentava acalmar a amiga. ― Vamos esquecer esse assunto, prometo que vou me cuidar mais e outra se ele fizer isso eu falar com Vincent.

— Esse cara é doente, um louco. Você merece alguém melhor, que trate como uma dama.

― Tenho que te contar uma coisa, mas me promete que não contar para ninguém?

― Caroline Forbes, somos amigas faz bastante tempo e olha nunca contei para ninguém que você dança naquele lugar – disse Elena fazendo uma cara de nojo. ― Sabe que pode muito bem confiar em mim.

Caroline pigarreou com o comentário de Elena que estava certa, sabia do segredo da sua amiga e mesmo não concordando nunca contou para ninguém.

― Ontem conheci um homem no clube. – só em dizer aquilo ela ficou ainda mais excitada.

― E isso é motivo de segredo? O que mais tem naquele lugar é homem e o problema nisso?

― O problema é que esse homem é Klaus Mikaelson.

Elena começou a se engasgar o que fez Caroline cair em gargalhadas.

— Está me dizendo que o nosso chefe frequenta o clube onde você dança. Me conta essa história direito. Espere… – Elena faz uma pausa para tentar raciocinar melhor. ― Ele sabe quem você é você? Que Caroline e Charlote são as mesmas pessoas?

― Bom… eu acho que ele não me reconheceu até porque uso uma mascará e uma peruca, fora que nenhum funcionário do Falls South está autorizado a revelar meu verdadeiro nome.

— Nunca imaginei que meu chefe, o todo poderoso frequenta esse tipo de ambiente – Elena fala com um tom de ironia.

As horas passam e a conversa foi se esticando até Elena perceber que seu horário de almoço já tinha acabado faz vinte minutos.

― Nossa perdi a noção do tempo – diz ela olhando para o relógio. ― Se eu não for agora, Freya vai me matar – ela se levanta e se despede de Caroline que foi para casa arrumar suas coisas para o seu primeiro dia de trabalho, no qual não teria vergonha em dizer onde trabalha ou ter que esconder da mãe, ela se sentia mal por ter que evitar suas ligações ou mentir em como está sua vida.

No dia seguinte Caroline chegou na empresa no horário determinado pelo Klaus, foi direto para a cobertura como ainda estava cedo imaginou que Elena ainda não tinha chegado. Ele foi objetivo com ela, dando as ordens e determinando seu horário, a mesma já estava acostumada com isso.

Os balancetes estavam na mesa dele, sua agenda atualizada, contratos revisados e estava em ordem alfabética mas faltava alguma coisa e ela não lembrava o que era. Foi quando Caroline olhou para sua mesa e viu o copo de café da sua cafeteria preferida.

—Ai meus Deus esqueci o café dele. – Caroline correu para bolsa e pegou o celular. Olhou no relógio e viu que faltava quarenta minutos para Klaus chegar na empresa. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Nora.

“Preciso que você peça para o Matt trazer um Expresso pra mim. Vou te mandar o endereço. Ele tem dez minutos para chegar aqui. Urgente. Beijos Caroline.”

Ela andava de um lado para o outro olhando para relógio e o elevador, Klaus não podia chegar antes que Matt e o bendito café. A porta do elevador abre e Caroline abre um sorriso achando que era o Matt mas para o seu desespero era o seu chefe que estava com uma cara que o clima hoje não estava nada bem.

— Bom dia senhor Mikaelson. – a excitação intensa e o desespero por ele perceber que seu café não estava na sua mesa conferiam um tom rouca em sua voz.

—Bom dia senhorita Forbes – ele respondeu soou estranhamente conciso e entrou na sua sala sem ao menos olhar para ela que se sentiu aliviada.

Logo depois a porta do elevador abre de novo e dessa vez era Matt trazendo o café que Caroline pediu.

— Até que fim – ela pega a embalagem e coloca o café na caneca. ― Agora vai e avisa a Nora que depois passo na cafeteria e combino tudo com ela.

Caroline entra na sala levando o café como se ela tivesse preparado e coloca em cima mesa, Klaus nem ao mesmo olhou para ela que sentiu seu chefe bastante tenso e irritado. O motivo era que ele não queria assumir que Caroline mexia com seus instintos e nem que para isso teria que descontar sua raiva em alguém ou evitá-la.

Ela sai sem dizer nada e volta para sua mesa.

— Bom dia – diz um homem educado e muito gentil. ― Então você deve ser a nova secretária do Klaus. Prazer, sou Stefan Salvatore – ele dar um beijo na mão dela.

— Prazer, Caroline Forbes. Você pode chamar ele de Klaus?

Stefan sorri e responde a pergunta dela.

— Posso sim. Somos amigos a muito tempo e trabalho aqui também. Ele já chegou – Stefan aponta para a sala de Klaus.

— Já sim e não está num bom humor.

— Normal – ele diz. ― Esse é o humor dele, já que estará sempre com ele vai ter que se acostumar e nunca vê-lo sorrir.

Stefan lançou um sorriso malicioso para ela que deu uma risada e revirou os olhos.

― Klaus se eu soubesse que a sua nova secretária é tão gata assim teria eu mesmo contrato ela – ele diz entrando na sala dele.

― Você veio aqui para falar da minha secretária ou mostrar o projeto do Hotel Guerreira – disse Klaus sendo rude com Stefan um dos poucos que atura o mal humor dele.

― Se continuar assim perderá outra secretária. Soube isso mesmo que temos que falar, já viu a localização.

― Já sim e posso garantir que temos total participação sobre o lugar. – assegurou Klaus.

Parecia que tudo estava indo muito bem, tudo muito bem mas não estava. Klaus estava com muita coisa em mente, queria se concentrar no trabalho mais estava sendo difícil.

― Foi o melhor lugar que eles conseguiram? Me admiro muito você ter concordo com você

Klaus deu uma olhada irritada para Stefan.

― Sabe muito bem que já pegamos lugares piores que esses e outra tenho os melhores engenheiros e arquitetos. Fizemos uma reunião pelo orçamento e, pela localização é uma opção bastante razoável.

Klaus deu outra olhada na planta, vislumbrando as muitas possibilidades.

Horas foram passando e Caroline trabalhava sem parar, seu almoço foi corrido. E nem se quer viu Klaus sair da sala para nada, passou o dia todo trancando e a chamou.

Seu chefe é um homem ocupado. Sombrio, intenso e fechado essas eram as palavras que passava na mente de Caroline definindo ele.

Pelas horas só estavam eles dois no prédio e ela já tinha perdido o último ônibus e não tinha dinheiro suficiente para pegar um táxi.

― Que ótimo acabei de perder o último ônibus. – bufou ela olhando para a tela do seu computador.

― O erro foi meu. – ela leva um susto ao ver ele parado atrás dela. ― Perdi a noção do tempo, deveria ter te dispensando.

Seu sotaque sexy e aquela voz roca de um jeito lhe causa arrepios na espinha, que a fazia precisar de um exame mental. Mas aquela não parecia ser a melhor observação mais prudente a ser feita sobre o seu chefe.

― É meu trabalho ficar à disposição do senhor – ela respondeu se levantando da cadeira encostando nele que continuou parado

Caroline ficou ainda mais úmida, o corpo inteiro trêmulo e os mamilos se tornando duros. Klaus, intenso e fechado, com leve sotaque britânico, era o homem que protagonizara o sonho dela.

― Caroline. – ele a chamou pela primeira vez pelo seu nome.

Ela se contorceu querendo voltar a si.

― Vou te levar em casa – só em dizer aquilo ela ficou ainda mais excitada.

A culpa e a vergonha alimentava mais ainda o desejo de Klaus em tê-la em seus braços.